19 fevereiro 2009
Novíssima denúncia abala gov. Yeda
Por que razão Marcelo Cavalcante "começou a ficar apreensivo, muito nervoso"?
Deu no RS Urgente, sobre o conteúdo da 'explosiva coletiva' concedida hoje à tarde, na capital gaúcha, pela direção do PSOL: "Pedro Ruas e Luciana Genro conduziram a coletiva fazendo questão de destacar que a decisão de apresentar as denúncias foi tomada a partir da morte de Marcelo Cavalcante, em Brasília. O depoimento que o ex-assessor de Yeda Crusius prestaria ao Ministério Público Federal, depois do Carnaval, estaria causando dor de cabeça para muita gente, inclusive, obviamente, para o próprio. Em entrevista ao jornal Zero Hora, Magda Koenigkan disse que Marcelo estava muito angustiado em função desse depoimento. “Ele começou a ficar apreensivo, muito nervoso”. Magda confirmou o encontro de Marcelo com a governadora, semana passada, em Brasília. A conversa teria ocorrido na “embaixada” do RS na capital federal. Segundo os representantes do PSOL, Marcelo Cavalcante aparece em várias das gravações em áudio e vídeo que teriam sido feitas por Lair Ferst em encontros envolvendo recebimento ou repasse de dinheiro.
O ônus da prova, como se sabe, é de quem acusa. Durante a coletiva, Luciana Genro, Pedro Ruas e Roberto Robaina foram indagados se não temiam as conseqüências de fazer acusações tão pesadas sem apresentar provas. Pedro Ruas deu detalhes sobre a qualidade de áudio e vídeo de algumas das gravações, enfatizou que o contato que tiveram com esse material não foi através do Ministério Público e deixou aberta a possibilidade de ter cópias do mesmo. Advogado experiente, Ruas não parece um kamikaze político. Se Lair Ferst fez tais gravações, para a sua própria proteção, é possível que outras pessoas tenham tido contato com elas. Foi dito, em alto e bom som, que ele já fez a delação premiada e contou coisas que podem sacudir o Palácio Piratini. Coisas envolvendo, por exemplo, a repartição do dinheiro do Detran e a compra da casa da governadora.
Os acusados não têm outro caminho a não ser exigir judicialmente que os acusadores apresentem as provas das acusações. Trata-se de um movimento previsível que, provavelmente, foi previsto pelos acusadores. O prato servido hoje pelo PSOL tem alto teor explosivo. No frigir dos ovos, há duas alternativas: ou Pedro Ruas, Luciana Genro e Roberto Robaina inventaram as denúncias que apresentaram hoje, ou não..."
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O que o PSOL diz que existe
Na entrevista coletiva de hoje, o PSOL afirma que existe o que segue abaixo:
- Áudio e vídeo mostrando representante da Mak Engenharia entregando 500 mil para a campanha de Yeda na presença de Chico Fraga, Aod Cunha, Rubens Bordini, Delson Martini, Lair Ferst e Marcelo Cavalcante;
- Áudio e vídeo de representantes de empresas fumageiras entregando 200 mil para Aod Cunha e Lair – na conversa, Lair diz que não poderia dar recibo a pedido de Yeda
- Lair Ferst relata conversa que seria sobre a repartição do dinheiro do Detran entre ele, Yeda, Vaz Netto e Maciel. Lair oferece 100 mil por mês para Yeda para manter o esquema e ela responde: por 100 mil eu não me levanto da cadeira.
- Áudio e vídeo de José Otávio Germano entregando 400 mil em espécie, do dinheiro do Detran, para caixa 2 do segundo turno da campanha de Yeda. José Otávio diz que aquela era uma ajuda para obter crédito político. Presentes: Lair, Yeda e Marcelo Cavalcante.
- Longo vídeo de conversa de Lair com o corretor Albert sobre a formatação da compra da casa de Yeda. Bem detalhado. Lair entrega 400 mil em dinheiro vivo para o corretor. Dinheiro este além dos 750 mil pagos formalmente. Neste vídeo são citados nomes de 20 pessoas, entre eles o marido Crusius e vários secretários;
- Áudio e vídeo de distribuição de pacotinhos de dinheiro para várias pessoas cujos nomes não são conhecidos. Quem aparece distribuindo (e inclusive a expressão "mensalinho" é dita por alguém) é Valna Villarins (assessora de Yeda) e Delson Martini. Testemunham o fato: Lair e Marcelo.
- Áudio e vídeo de Humberto Busnello entregando 200 mil para o caixa dois da campanha de Yeda para Aod Cunha. Lair testemunha.
- Áudio e vídeo de uma longa explanação de pagamentos de contas particulares da governadora, supermercado inclusive. Alguma coisa envolvendo empresas de publicidade – DCS entre elas. Presentes: Lair e Marcelo.
- Diálogo sobre reforma da casa de Yeda feita pela Magna Engenharia. Lair é que está negociando.
(http://www.rsurgente.net/)
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*À respeito de todas estas gravíssimas denúncias, eis a lacônica resposta dada pelo governo Yeda, através de nota à imprensa distribuída hoje à noite: "Em resposta às demandas recebidas da imprensa, o Palácio Piratini informa que as declarações que o PSOL deu em entrevista coletiva foram desmentidas pelo Ministério Público Federal. Porto Alegre 19 de fevereiro de 2009."
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**Grifos e edição deste blog.
Atualizado às 22,35 h
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