04 setembro 2009
Grito dos Excluídos (II)
Manifestantes exigem saída de Yeda e fim da corrupção no RS
A corrupção que exala do Palácio Piratini espalha pobreza pelo Rio Grande afora. A fim de reverter esse cenário negativo, trabalhadores do campo e da cidade uniram-se, na manhã desta sexta-feira (4), durante o Grito dos Excluídos para exigir o impeachment da governadora Yeda Crusius e punição aos culpados. Essa manifestação popular acontece na semana da pátria em todo pais. Em Porto Alegre, os ativistas postaram-se em frente ao Palácio Piratini. Da sede do governo estadual, rumaram para a Esquina Democrática. Antes, porém, protestaram diante do Ministério Público Estadual e do Palácio da Justiça, condenando a omissão dos órgãos em apurar as denúncias que pesam sobre a gestão tucana e por silenciar diante da violência do governo contra os movimentos sociais.
“O povo excluído está nas ruas exigindo os seus direitos e moralidade nos gastos do dinheiro público”, disse o deputado Dionilso Marcon (PT), ao ressaltar a importância do ato que coloca a vida em primeiro lugar e adverte que corrupção gera corrupção. “É um momento importante para a juventude. Somos o setor mais atingido pelo governo Yeda em função da falta de emprego e de educação, pela violência e pela inexistência de políticas públicas voltadas à juventude”, acrescentou Pedro Sérgio da Silveira, do DCE da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e da diretoria dos Movimentos Sociais da União Nacional dos Estudantes (UNE).
Já o presidente da CUT/RS, Celso Woyciechowski, salientou que além de denunciar o assassinato do sem-terra Elton Brum da Silva, ocorrido durante a desocupação da Fazenda Southall, em São Gabriel, a manifestação também condena a corrupção e cobra punição aos agentes políticos da gestão tucana, que desviaram cerca de R$ 350 mil dos cofres públicos.
Claudia Prates, da Marcha Mundial das Mulheres, também brada pelo fora Yeda, contra a criminalização dos movimentos sociais e defende transparência nas investigações da CPI da Corrupção. “Todos querem o fim desse governo corrupto”, frisou. De cima do carro de som, a presidente do Cpers-sindicato, Rejane de Oliveira, disse que o dinheiro desviado para a compra da mansão da governadora faz falta para a saúde e para a educação. Por fim, o professor Nei Sena disse ser fundamental que os movimentos populares, sindical e estudantil do campo e da cidade se agreguem pelo fora Yeda e pelo impeachment já.
Em todo o país, essa manifestação visa a denunciar o modelo político e econômico que, ao mesmo tempo, concentra riqueza e renda e condena milhões de pessoas à exclusão social. Os ativistas defendem caminhos alternativos ao modelo neoliberal capazes de desenvolver uma política de inclusão social com a participação de todos os cidadãos. (Por Stella Máris Valenzuela, do sítio PTSul)
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