26 março 2010

Saúde, demagogia e 'esquecimento'...


















PSDB-DEM-PPS é que extinguiram a CPMF


José Dirceu escreve:

Em evento nessa 5ª feira em Tatuí (SP), presentes o presidente Lula e a sua candidata à sucessão, ministra Dilma Rousseff, o governador tucano de São Paulo, José Serra, o nome da oposição (PSDB-DEM-PPS) na disputa pelo Planalto, supreendeu ao fazer de forma franca, mas não sincera nem completa, a defesa de melhorias no sistema de saúde brasileiro.

Por ter sido ministro da Saúde durante quatro anos do governo Fernando Henrique (e outros quatro, do Planejamento) Serra julgou oportuno aproveitar a presença de público e de toda a mídia para afirmar: "Temos que aperfeiçoar o nosso sistema de saúde, torná-lo cada vez melhor, com atendimento de primeira classe. Podemos ter em avião primeira, segunda e classe turista, mas não ter na saúde serviços de primeira e de segunda classes. Saúde tem que ser de primeira classe para todo mundo e esse é um trabalho que nós estamos perseguindo".

O presidente Lula o rebateu na hora. "Fiquei muito magoado e ofendido quando a minha oposição no Senado derrubou a CPMF. Eu não conheço um empresário no Brasil que reduziu do custo do seu produto 0,38%, que é o que a gente pagava no (imposto CPMF) cheque. Quem quer que seja o presidente da República depois de mim vai ter que discutir mais dinheiro para a saúde. Não tem alternativa. Não é possível fazer saúde neste país sem dinheiro. Custa caro".

Tucanato quer apagar FHC da história


Serra supreendeu pela forma de sua cobrança e por ela não ser completa, por dar apenas o diagnóstico e não o remédio para atenuar os problemas de Saúde. E ele não o fez porque foi a oposição - o ex-PFL-DEM à frente e o seu PSDB - que extinguiu no Congresso Nacional, na virada de 2007/2008 a CPMF retirando de uma só vez e de forma implacável R$ 40 bilhões do orçamento anual da Saúde.

Surpresa maior - mas, essa no campo político - só mesmo a decisão do tucanato de esconder o ex-presidente FHC na festa em que Serra será lançado candidato ao Planalto no próximo dia 10, em Brasília.Por decisão do partido, o ex-presidente já está fora da lista de oradores e não poderá discursar no evento.

FHC terá de se conformar que, na campanha, não poderá colocar o pé em um palanque nem falar. O tucanato teme que se o fizer dará pretexto a que o PT e a candidata Dilma Rousseff comparem o governo Lula ao seu. Esse é o maior pânico que os tucanos têm nessa disputa eleitoral.

Mas, a decisão é um atentado à memória do país. FHC é o uníco ex-presidente nos quadros do PSDB. Retirá-lo, assim, de toda a trajetória do tucanato é uma falsificação histórica sem precedentes no Brasil. É preciso respeito com a história e até numa crítica como essa feita à área de Saúde - sem lembrar à população quem extinguiu a CPMF - demagogia tem limites.

*Do Blog do Zé Dirceu - http://www.zedirceu.com.br/

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