Gigantinho lotou no comício da Unidade Popular pelo Rio Grande
Último a discursar, o presidente se emocionou ao lembrar o fim de seu mandato de oito anos. Dirigindo-se à Dilma Rousseff, contou que, em Porto Alegre, chorou em 2002 e disse engasgado:
— Faltam apenas cinco meses e dois dias.
O presidente exaltou as alianças políticas construídas no Rio Grande do Sul e atribuiu a diversidade na coligação a Tarso Genro.
- Essa aliança, eu posso dizer a vocês, e posso dizer ao companheiro Tarso: você construiu a aliança que no dia 3 de outubro vai te levar ao Piratini como governador do estado do Rio Grande do Sul - disse o presidente.
Lula sugeriu, ainda, que o PT não conseguiu vencer eleições no Estado a partir do momento em que perdeu a humildade e parou de fazer alianças, e comemorou os apoios reconquistados, que reeditam a Frente Popular.
- Hoje eu estou aqui alegre de ver o PSB na chapa de Tarso como vice, de ver o PC do B com Abgail candidata ao Senado junto com o Paim e estou feliz, mesmo não tendo uma decisão do PDT local, de ver o nosso querido Collares apoiando Tarso como se fosse um menino de 30 anos, apesar de já ter 56 anos de idade.
Antes de Lula, Dilma foi quem tomou a palavra. A candidata do PT ao governo federal disse que o presidente tirou o Brasil da escuridão e transformou o país em uma grande nação.
- E é esse caminho que eu tenho a missão e a honra de dar continuidade e fazer avançar. Eu não posso errar - salientou - Eu vou honrar essa obra, porque eu sei que o presidente Lula coloca nas minhas mãos aquilo que ele mais ama, que é o nosso povo, o povo sofrido dele. Eu vou honrar essa herança e esse legado - completou Dilma.
A candidata também reafirmou que será a primeira presidente mulher do país e lembrou sua identificação com o povo gaúcho.
- Eu sempre fico muito alegre de estar aqui em Porto Alegre. E dois sentimentos, entre os muitos que tomam conta de mim, falam muito forte. Um é a gratidão e o outro é a confiança. Porque hoje eu estou aqui e tenho, sim, esse sentimento de gratidão pelo povo do Rio Grande, que quando eu mais precisei me acolheu aqui, me deu apoio, me deu força pra seguir em frente - disse Dilma.
Tarso Genro
O candidato ao governo do Estado na coligação, Tarso Genro, também discursou e foi enérgico ao lembrar a trajetória de Lula na presidência do país, à qual tentou associar o seu projeto político..
- Estamos confiantes que vamos obter uma grande vitória, a vitória de um projeto político que pretende colocar o Rio Grande no mesmo nível de desenvolvimento que o governo Lula colocou o Brasil - disse o candidato.
Tarso também destacou a variedade dos partidos que compõem a coligação e os apoios obtidos e se dirige a Lula, dizendo:
- Isso significa, presidente, que o seu exemplo de tolerância, a sua maestria política, a sua capacidade de costurar uma unidade popular superior chegou aqui no Rio Grande do Sul, chegou aqui de uma maneira muito concreta - completou, dizendo que o governo de Lula terá continuidade no Rio Grande do Sul, caso seja eleito.
Senadores e Olívio Dutra
Os candidatos ao Senado pela coligação Unidade Pelo Rio Grande também fizeram seus discursos no Gigantinho. Paulo Paim, do PT, e Abgail Pereira, do PC do B, exaltaram os apoios conquistados pela coligação até agora.
- Nunca antes na história desse Estado se viu tamanha unidade, unidade em torno das nossas propostas - disse Abgail.
Paim destacou o apoio de Alceu Collares e disse que o ex-governador é o símbolo da Unidade pelo Rio Grande. Collares foi lembrado, também, por Olívio Dutra, que disse que falaria em nome do pedetista. Desde o início da campanha, Collares declarou apoio a Tarso, indo contra seu partido, que apoio o candidato José Fogaça. (...)
Fonte: sítio PTSul com zerohora.com
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*Nota do Blog: Abaixo, reproduzimos postagem do blog RS Urgente, sobre o grande comício de ontem da Unidade Popular e a tentativa da RBS de diminuir sua importância com um suposto 'esvaziamento' - que, em absoluto, não ocorreu; este blogueiro é testemunha, esteve lá. Do início ao fim do evento (vide foto acima, oriunda do blog do Júlio Quadros (na foto, à direita). À esquerda - como sempre, heheheh!!- , este blogueiro . Júlio Garcia
Isolamento, tumulto e esvaziamento: a campanha de Dilma e Tarso no RS, segundo ZH
Chega a ser comovente o esforço de jornalistas da RBS em encontrar algum viés negativo nos atos públicos e comícios das candidaturas Dilma Rousseff e Tarso Genro no Rio Grande do Sul. O comovente, neste caso, para ser mais exato, anda de mãos dadas com o ridículo. No dia 6 de julho, o ato que deu início à campanha das duas candidaturas no Estado foi destacado com a palavra “tumulto”. Dilma e Tarso juntaram muita gente e acabaram provocando um “tumulto” no centro de Porto Alegre.
Agora, o “tumulto” deu lugar ao “esvaziamento”. O comovente dá lugar ao ridículo que, por sua vez, cede lugar ao surreal. Se há algo que não pode ser destacado como “esvaziado” é o comício realizado ontem no Gigantinho. Pois a Zero Hora, desde ontem à noite, conseguiu dar destaque a um “Gigantinho esvaziado”. Essa era a expressão que destacava a manchete de ZH sobre a fala de Lula no Gigantinho. O presidente demorou tanto a falar que metade do público foi embora, dizia o jornal, em sua página na internet.
Nesta sexta, a colunista política de ZH, Rosane de Oliveira, foi mais específica e disse que o “esvaziamento” ocorreu justamente no momento em que Lula disse que Tarso Genro é seu candidato no RS. “Metade do público já havia ido embora”, escreveu. Ufa!
Antes de iniciar a campanha, a palavra que definia a campanha de Tarso no Estado, segundo ZH, era isolamento. Pois o isolamento virou tumulto que, felizmente, acabou esvaziado no final da noite de ontem. É notável, mas não surpreendente, que a principal analista política do jornal do grupo RBS tenha dificuldade em reconhecer e afirmar (numa frase que seja) o que os próprios adversários de Lula, Dilma e Tarso no Estado já admitem: que as suas campanhas aqui no Estado saíram na frente na mobilização da militância. Mas aí, é claro, já é pedir demais para um jornalismo imparcial. http://rsurgente.opsblog.org/
*Edição deste blog
Eu também estava lá Júlio, praticamente sentindo o perfume da Dilma e não vi nenhum esvaziamento. O que vi foram algumas pessoas que passavam mal com o aglomerado no centro do Gigantinho, procurando um lugar mais arejado na porta ou colocando-se em frente ao telão que estava lá fora. Inclusive, eu era uma delas. Mas, Zero Hora será sempre Zero Hora...
ResponderExcluirLisa Siqueira - Santo Augusto
Grande, comp. Lisa! Uma multidão... Foi isso mesmo! Grande abraço!
ResponderExcluirSalve, Júlio. Eu também estava lá, via WEB. Cada um vai como pode. Abraço.
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