13 dezembro 2010

O Enem da OAB


 O ENEM DA OAB ESTÁ MANCANDO

                             Por Joaquim Onésimo Ferreira Barbosa*

Segundo informou o JN, para quem o presidente da OAB, meu conterrâneo paraense Ophir Cavalcante presta serviços como comentarista de assuntos gerais, a prova da OAB, uma espécie de Enem dos recém formados em Direito, também teve “problemas”, para não dizer que foi um fracasso. A FGV, responsável pela realização da prova, divulgou o resultado da segunda fase, o qual está sendo contestado por alunos e especialistas. O problema só veio ao conhecimento do público por causa das inconsistências no padrão de contagem das notas e na estruturação de espelho. Também, o que chama atenção é o percentual de reprovados que chega a 88%. Número considerado alto. Se fosse o Enem, isso seria motivo para impeachment de todos aqueles que são responsáveis pela realização da prova, mas como foi no Exame da OAB, parece tudo normal, tudo tranquilo. Tão tranquilo que o presidente da OAB disse ao JN que não há por que se anular a prova ou por que serem contestados os resultados. A FGV não errou. A OAB assina embaixo e pronto. Foi quase isso que Ophir quis dizer. Em entrevista a Beatriz Bulla, do Portal UOL, o advogado Maurício Gieseler diz que a correção precisa ser anulada. É caso de mandado de segurança, e inclusive de ação civil pública. Para o advogado, “a OAB raramente se manifesta quando erra. Ela ocupa na sociedade civil uma posição que intimida e até impede que outros órgãos exerçam sobre ela uma crítica. A OAB precisa de um ombudsman”, destaca Maurício Gieseler. Gieseler diz que problemas nas provas da OAB sempre acontecem, mas dificilmente ganham repercussão. A OAB olha para o problema dos outros, mas não percebe que tem problemas que precisam ser revistos. O Advogado cita o caso do exame número 3 de 2006, no Distrito Federal, em que teria havido fraude em mais de 100 provas, mas o caso “caiu no esquecimento”.

Quando foram divulgados os problemas que aconteceram com a prova o Enem, o presidente da OAB vociferou aos quatro cantos que a prova deveria ser anulada. Que isso não poderia acontecer. Foi preciso o ministro da Educação, Fernando Haddad, ir até Ophir e explicar que o MEC não puxa para baixo do tapete os problemas que acontecem naquela Instituição. Por ironia, o troco veio mais rápido do que se esperava. O Enem da OAB acabou tropeçando. (...)
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*Via Portal Luis  Nassif

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