18 abril 2011

Charles Chaplin (II)



Chaplin: a silenciosa crítica de um gênio


Alex Minoru*  escreve:


Nossa homenagem a Charles Chaplin pelo seu 122º aniversário. Esse artista que revolucionou o cinema e soube fazer de sua obra um poderoso instrumento de crítica à sociedade moderna e ao seu modo de produção com tremenda sensibilidade e senso de humor.

O fantasma da pobreza

Charles Spencer Chaplin, o genial criador do personagem Carlitos e de obras clássicas do cinema, nasceu em 16 de abril de 1889.

Ele, no entanto, tinha tudo para ser mais um garoto de enorme potencial e talento a ser engolido pelo capitalismo na batalha diária pela sobrevivência. Sobre sua infância em Londres ele declararia anos mais tarde:

“Durante a infância, a fome e o medo do amanhã eram duas constantes em minha existência. Por mais rico que possa vir a ser, jamais conseguirei me libertar desse medo. Sinto-me como um homem perseguido por um fantasma – o fantasma da pobreza.”


Seus pais eram artistas de music hall, espécie de teatro de variedades muito popular na Inglaterra vitoriana. A vida confortável começou a decair quando o pai de Chaplin rendeu-se ao alcoolismo e separou-se de sua mãe, Hannah Hill.

Ela passou a cuidar sozinha de seus dois filhos, Charles e Sydney. A voz de Hannah começou a falhar e ela teve que abandonar os palcos, sem emprego e sem dinheiro, realizou um esforço sobre-humano para manter os filhos limpos, protegidos e aquecidos, inclusive utilizou tecido de seus vestidos para costurar agasalhos a eles. A fome os rondava permanentemente, mudavam sempre para uma casa pior que a anterior. Sem moradia acabaram em um asilo. Nesse período, Charles e Sydney tiveram que se afastar da mãe, poucas semanas depois os dois foram transferidos para um orfanato, aumentando ainda mais essa distância.

No filme O Garoto há uma cena memorável: os funcionários de um orfanato, com a ajuda de um policial, tentam separar Carlitos da criança que ele cuidava como seu filho desde bebê, o desespero do Vagabundo e do Garoto com essa separação, a luta para permanecerem juntos mesmo com toda a pobreza que os rodeava, sem dúvida é uma alusão ao período em que Chaplin foi forçado a afastar-se de sua mãe. (...)

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*Alex Minoru é formado em artes cênicas pela Universidade Estadual Paulista e dirigente da tendência Esquerda Marxista do PT.

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