15 julho 2011

Luto


Luto: Faleceu o Dr. Danilo Garcia da Rosa

Acabo de saber que faleceu o meu prezado e estimado tio-avô Danilo Garcia da Rosa. A triste notícia chegou-me através do Blog do amigo Ruy Gessinger. O 'Dr. Danilo' (foto), como era mais conhecido, era advogado e oficial reformado do Exército brasileiro. Foi vereador pelo PDT, Presidente da Câmara de Vereadores de Santiago e do Jockey Club local.

O 'tio Danilo' sempre foi para mim e para meu pai  uma espécie 'mocinho',  intelectual consciente, aventureiro, destemido, além de ser considerado - até pelos adversários - um homem de fibra, corajoso, honrado.   Meu primeiro voto, aliás, foi para ele, no (nem tão) distante ano de 1976, quando elegeu-se vereador pelo MDB (oposição) em Santiago/RS. Bom, tem tantas histórias... que eu deixarei para contar depois...

O velório ocorre na Capela F do Cemitério São Miguel e Almas (Av. Prof. Oscar Pereira, 400 - Porto Alegre/RS). O sepultamento será realizado neste sábado,  16/07, às 11 horas, no mesmo cemitério.
...

*Então, hoje pela manhã - uma manhã cinza e chuvosa aqui na Região Metropolitana de Porto Alegre -  participamos da difícil mas necessária tarefa de  sepultar o 'tio Danilo'. Muitos amigos, familiares, conterrâneos e admiradores presentes.

Agora a pouco, acessando o Blog do meu caro amigo Ruy Gessinger, deparei-me com este belo depoimento, que  dá um pouco da dimensão do que foi e o que representou para a nossa geração o 'Dr. Danilo':

'Quando cheguei a Santiago para assumir como juiz, havia poucos advogados na Comarca e faziam parte da Sub-seção de Santa Maria. Poucos advogados, mas muito bem preparados. Todos, sem nenhuma exceção.
Homens nobres, de fibra, lhanos de trato.
O dr. Danilo tinha a finesse de um nobre, a humildade de um puro, a elegância de um príncipe.
Tinha seus gostos: há que os respeitar.
Entre eles, os cavalos.
Muito amigo, muito cordial. Amava Santiago como poucos.
Talvez tivesse tido adversários. Inimigos, não: nunca o ouvi falar mal de ninguém.
Muita prosa ele e eu tivemos ao pé do fogo. Por ter eu casado com sua sobrinha, me considerava um parente.
A última imagem que guardo dele era seu dorso ereto e altivo sobre um cavalo, lá na nossa estância.

Esse era da verdadeira cepa campeira. Da antiga nobreza rural.'

-(Atualizado às 14,45 h de 16/07/2011) 

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