13 fevereiro 2014

Deputado Jeferson Fernandes pede providências ao MPF sobredeclarações de Heinze e Moreira


Porto Alegre/RS - Racistas, preconceituosas e homofóbicas. Assim o presidente da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, deputado Jeferson Fernandes (PT), definiu declarações de dois deputados federais gaúchos – Luiz Carlos Heinze (PP) e Alceu Moreira (PMDB) – feitas em audiência pública no interior do estado , que podem ser conferidas em vídeo que circula em redes sociais, como o youtube. Em pronunciamento na tribuna da Assembleia Legislativa na sessão desta quarta-feira (12), o parlamentar afirmou que encaminhará todas as informações e materiais disponíveis sobre o caso para a análise do Ministério Público Federal.

A reunião da Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados sobre a demarcação das terras indígenas, em que os deputados foram filmados, ocorreu em 29 de novembro, em Vicente Dutra, município localizado na região norte do Rio Grande do Sul. Segundo o deputado Jeferson (foto) narrou na tribuna da Assembleia Legislativa, Heinze classificou quilombolas, indígenas, homossexuais e lésbicas como “ tudo o que não presta”. Já o deputado Alceu Moreira aconselhou os agricultores a seguir o exemplo ocorrido no Pará em que produtores agrícolas contrataram jagunços para fazer a proteção de suas terras. “É inadmissível que utilizem de preconceito, racismo e homofobia para colocar mais lenha na fogueira, em vez de se esforçar pela diminuição da violência, em uma região que já está conflagrada pela disputa de terras “, condenou o parlamentar.

O presidente da CCDH pretende encaminhar ao Ministério Público Federal toda a documentação sobre o episódio para que sejam tomadas providências. “As imagens estão publicizadas. Queremos que as lideranças do PP e do PMDB se manifestem sobre isto. Estão querendo ressuscitar uma oligarquia rural, sem obediência ao estado democrático de direito e com posturas de senhores feudais e não de cidadãos que estão a conquistar uma democracia plena e duradoura”, criticou.

*via sítio PTSul  http://www.ptsul.com.br/

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