05 agosto 2014

Na RBS, Duda antecipa Aécio, tira o sono de 6 mil famílias e promove arrocho em benefício dos “colegas”



Chamando os funcionários de “colegas”, presidente da RBS anuncia demissões e defende crescimento da empresa

por CR, de Porto Alegre*

Passando os olhos pela carta enviada pelo Grupo RBS aos jornalistas da empresa, no fim da tarde desta segunda-feira, chama a atenção a intimidade da assinatura do e-mail: Duda. Trata-se de Eduardo Sirotsky Melzer, presidente da empresa, que escreve logo após o anúncio das 130 demissões que o grupo deve fazer esta semana. Ele – o patrão – também chama os funcionários de colegas, prática recorrente da mídia nativa, como seguidamente alerta Mino Carta.

Mas quem pensar que a intimidade do tratamento tenta estabelecer uma certa empatia com os funcionários vai se enganar. A leitura do longo texto revela que o objetivo da empresa é bem outro. E não tem nada a ver com qualidade da informação ou algum resquício de jornalismo. Não se fala em comunicação e conteúdo nem pró-forma.

A carta prega o DESAPEGO de coisas que não fazem a empresa crescer, trata o tema das demissões com frieza, como se fosse uma ação cotidiana qualquer, defende enfaticamente a meritocracia como método, tenta convencer que os cortes são pelo bem dos próprios funcionários e traz como únicas pautas positivas os negócios da empresa.

Não se sabe quais jornalistas serão demitidos, e até quarta todo o grupo vai ter que dormir com a incerteza. Mas o mais dramático é a indiferença do grupo com a situação. Em vez de lidar com as questões pessoais dos profissionais que vão sofrer com o corte e de mostrar alguma sensibilidade e humanismo, o e-mail foca no desempenho da empresa, buscando, em um momento como esse, apenas o engajamento dos jornalistas com a situação do grupo. (...)

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