31 dezembro 2015
30 dezembro 2015
Todo o Sentimento
*Todo o Sentimento - Chico Buarque
(...) "Prometo te querer
Até o amor cair
Doente
Prefiro então partir
A tempo de poder
A gente se desvencilhar da gente
Depois de te perder
Te encontro, com certeza
Talvez num tempo da delicadeza" (...)
29 dezembro 2015
Pimenta questiona a PF: Por que estão paradas as investigações contra grandes sonegadores, como Bradesco, Santander, Gerdau e RBS? Por que FHC não é chamado a depor?
Foto: Assessoria Deputado Paulo Pimenta.
Deputado Pimenta pede à PF retomada do foco central da Operação Zelotes e questiona seletividade das investigações
Relator da subcomissão da Câmara Federal que acompanha os desdobramentos da Operação Zelotes, o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) questionou, nesta terça-feira (29), o Diretor-Geral Substituto da Polícia Federal, Rogério Galloro, por que estão paralisadas as investigações que apuravam desvios de R$ 20 bilhões no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) da Receita Federal. Prometidas para julho de 2015, as denúncias contra grandes bancos e empresas, como Bradesco, Santander, Mitsubishi, nunca apareceram. A reunião entre o parlamentar e o Diretor-Geral Substituto ocorreu na sede da Polícia Federal em Brasília.
A preocupação do deputado Pimenta é que, segundo informações, a Polícia Federal, há meses, não realiza nenhuma diligência dentro escopo original das denúncias da Operação Zelotes. Nesse período, porém, a PF abriu uma investigação paralela para apurar a compra de medidas provisórias no Governo Federal. “Não posso crer que o curso das investigações na PF seja ditado pelo interesse editorial do Jornal Nacional”, disse Pimenta em referência ao fato de a Zelotes só ter recebido destaque na imprensa quando o nome do filho do ex-Presidente Lula foi envolvido na Operação.
Pimenta aponta nessa “dobradinha com a imprensa” um dos fatores que podem ter sido responsáveis pelo desvio de foco e paralisação da Zelotes, já que, para o parlamentar, a investigação contra bancos e grandes anunciantes da própria mídia não tem espaço na imprensa. O deputado lembra que o juiz da Lava-Jato, Sérgio Moro, é defensor dessa relação com a imprensa. Em artigo, Sérgio Moro defendeu que só “com o apoio da opinião pública, elas [as operações] têm condições de avançar e apresentar bons resultados”. (...)
CLIQUE AQUI para continuar lendo (via Viomundo)
27 dezembro 2015
As diferenças no tratamento da mídia ao PT e PSDB
Por André Singer
Seletividade
Na Folha*
O pagamento de R$ 60 milhões por parte da Alstom, como indenização por uso de propina no mandato do pessedebista Mário Covas em São Paulo (Folha, 22/12), a revelação de que a dobradinha Nestor Cerveró-Delcídio do Amaral remonta ao tempo em que ambos serviam ao governo Fernando Henrique Cardoso (Folha, 18/12) e a condenação do ex-presidente tucano Eduardo Azeredo a 20 anos de prisão (Folha, 17/12), por esquema análogo ao que levou José Dirceu à cadeia em 2012 (condenado à metade do tempo), confirmam que há dois pesos e duas medidas no tratamento que a mídia dá aos principais partidos brasileiros.
Enquanto o PT aparece, diuturnamente, como o mais corrupto da história nacional, o PSDB, quando apanhado, merece manchetes, chamadas e registros relativamente discretos. O primeiro transita na área do megaescândalo, ao passo que o segundo ocupa a dimensão da notícia comum.
Isso não alivia a situação do PT, o qual, como antigo defensor da ética, tinha compromisso de não envolver-se com métodos ilícitos de financiamento. No entanto, o destaque desequilibrado distorce o jogo político, gerando falsa percepção de excepcionalidade do Partido dos Trabalhadores. A salvaguarda do PSDB pelos meios de comunicação reforça a tese de que o objetivo é destruir a real opção popular e não regenerar a República.
Note-se que o acordo feito pela Alstom não inclui os processos "sobre o Metrô, a CPTM e as acusações de que a multinacional francesa fez parte de um cartel que agia em licitações de compra de trens", diz este jornal. Os 60 milhões de reais ressarcidos dizem respeito só ao "contrato de fornecimento de duas subestações de energia". Será que o montante completo dos desvios, caso computado, não chegaria a proporções petrolíferas?
Se a mídia quisesse, de fato, equilibrar o marcador, aproveitaria o gancho para mostrar que juízes, procuradores e policiais, vistos em conjunto, têm sido parciais. Enquanto a máquina investigatória avança de maneira implacável sobre o PT, o PSDB fica protegido por investigações que andam a passo bem lento. Aposto que se uma vinheta do tipo "e o metrô de São Paulo?" aparecesse todo dia na imprensa, em poucas semanas teríamos importantes novidades.
O problema, contudo, pode ser mais grave. Hipótese plausível é que os investigadores poupem o PSDB exatamente porque sabem que não contariam com a simpatia da mídia se apertassem o cerco aos tucanos. Conforme deixa claro o juiz Sergio Moro no artigo de 2004 sobre a "mãos limpas" na Itália, a aliança com a imprensa é crucial para o sucesso desse tipo de empreitada. Trata-se de um sistema justiça-imprensa, que aqui tem agido de modo gritantemente seletivo.
*Via http://jornalggn.com.br/
26 dezembro 2015
Eric Nepomuceno, na BAND: Bate-boca 'não foi bem assim, minha filha'
"Não foi bem assim, minha filha..." (Eric Nepomuceno, escritor).
CLIQUE AQUI para ouvir (via Conversa Afiada).
VICE-PREFEITA DE CANOAS/RS DEIXA O PP E CONCORRERÁ À SUCESSÃO DE JAIRO JORGE (PT)
Vice-prefeita Beth Colombo com o prefeito Jairo Jorge |
Canoas/RS - A atual vice-prefeita de Canoas, Beth Colombo, ex-PP (Partido Progressista), encaminhou carta ao Diretório Municipal do PT informando que deverá filiar-se a um partido da base de apoio do Governo Federal e que esteja em oposição ao governo Sartori (PMDB/RS). Colocou seu nome à disposição para suceder o prefeito Jairo Jorge (PT) e dar continuidade ao projeto vitorioso ora em curso. Também reafirmou sua solidariedade ao Partido dos Trabalhadores e à Presidenta Dilma, em defesa do mandato popular, da ordem constitucional, da Democracia e do Estado Democrático de Direito.
Segundo o Jornal Diário de Canoas, o prefeito Jairo Jorge e a direção municipal do PT (que, por maioria absoluta, aprovou o nome da atual vice-prefeita para concorrer ao Executivo nas eleições de 2016 pela coligação que dirige o município há 7 anos) reuniram-se com Beth Colombo para informar-lhe da posição adotada pela agremiação partidária: "É uma decisão inédita não termos candidatura própria {em Canoas}, mas entendemos que era preciso essa inovação. E a Beth encarna a continuidade deste projeto, desse governo", disse o prefeito Jairo Jorge, que destacou a lealdade da vice. "Administramos juntos 2.536 dias, sem qualquer desentendimento. Ela sempre foi uma vice leal, parceira, é uma gestora experiente", destacou.
Ainda por confirmar, especula-se que o futuro partido da atual vice-prefeita de Canoas seja o PRB. O Deputado Estadual Nelsinho Metalúrgico (PT) retirou sua pré-candidatura. O prefeito reuniu também o Conselho Político (formado pelos 17 partidos da base governista), cuja maioria referendou a decisão, com exceção do PTB e PMDB, que deverão deixar o governo e lançar candidatura própria. O PDT ficou de avaliar a nova situação e dar um posição em breve se vai também apoiar a candidatura de Beth Colombo e aliados (BOM) e continuar (ou não) no governo.
Fonte: Blog 'O Boqueirão Online'
http://o-boqueirao.blogspot.com.br/
25 dezembro 2015
Poema
Poema de Natal
Para isso fomos feitos:
Para lembrar e ser lembrados
Para chorar e fazer chorar
Para enterrar os nossos mortos —
Por isso temos braços longos para os adeuses
Mãos para colher o que foi dado
Dedos para cavar a terra.
Assim será nossa vida:
Uma tarde sempre a esquecer
Uma estrela a se apagar na treva
Um caminho entre dois túmulos —
Por isso precisamos velar
Falar baixo, pisar leve, ver
A noite dormir em silêncio.
Não há muito o que dizer:
Uma canção sobre um berço
Um verso, talvez de amor
Uma prece por quem se vai —
Mas que essa hora não esqueça
E por ela os nossos corações
Se deixem, graves e simples.
Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre
Para a participação da poesia
Para ver a face da morte —
De repente nunca mais esperaremos...
Hoje a noite é jovem; da morte, apenas
Nascemos, imensamente.
Vinícius de Moraes
24 dezembro 2015
Bronca com apê de Chico Buarque em Paris expõe intolerância e ressentimento
Por Mário Magalhães, em seu blog*
Pingos nos is: na essência, o que houve no Leblon na noite da segunda-feira não foi bate-boca.
E sim intimidação e provocação de um grupo de jovens adultos contra Chico Buarque, 71, e amigos com quem o artista passeava, depois de jantar.
Chico estava na dele.
O ato hostil decorre do que na cachola de intolerantes constitui delito de opinião.
A, B ou C? É o de menos. Poderia ser qualquer uma. O crime é ter e expressar opinião diversa.
“Você gravou um vídeo apoiando a Dilma'', disse em tom acusatório um dos participantes do cerco.
Diante da agressividade, Chico tentou esgrimir ideias. Pode-se concordar ou divergir dele. O inaceitável é levar uma dura por acreditar nisso ou naquilo.
O compositor que criou uma canção falando “no tempo da delicadeza'' escreveu sobre um porvir que parece cada vez mais alucinação utópica.
“Você é um merda'', berrou um sujeito para ele.
A desqualificação do interlocutor é característica autoritária. O mal não é apenas o que o outro pensa, mas o outro. No fundo, trai a indigência de argumentos.
“Vai correr daqui já?'', urrou um valentão de ópera-bufa.
Como Chico é Chico, enquanto rostos vincados pelo ódio o miravam, ele reagia com sorrisos. Para quem odeia, o que dói mais é o sorriso.
Retrato do Brasil, os insultos no Leblon são herança de nossas raízes.
Não somos a terra de gente cordial, mas onde a escravidão foi mais longeva, onde a desigualdade obscena campeia, onde depois de vencidos adversários são decapitados (de Canudos ao Araguaia, passando pelo cangaço).
Os intolerantes de anteontem aparentemente não querem cortar a cabeça de ninguém.
Talvez somente arrancar as cordas vocais. Pensar até pode. Falar seria prerrogativa de quem pensa igual.
O surto na noite do Rio têm outras ascendências. Na Alemanha da década de 1930, os nazistas perseguiam também quem ousava dizer não.
Os intolerantes da segunda-feira formam no que um protagonista do Brasil republicano ironizava como “a turma do Jockey''. Núcleos de grã-finos que pretendem impor a qualquer preço ideias e interesses.
Outro traço distintivo é a vulgaridade de certa elite, como contemplado no vídeo que nasceu como documento histórico e antropológico (para assisti-lo, é só clicar aqui).
Já de início a abordagem a Chico Buarque foi vulgar, tomando árvores pela floresta: “Todo mundo era seu fã, Chico''.
Um dos intolerantes, Alvaro Garnero Filho, é rebento do empresário Alvaro Garnero. O pai “confirmou a presença do filho no episódio'' e “disse que teve de explicar a Alvarinho quem era Chico Buarque“.
Quer vulgaridade e ignorância maiores que um marmanjo com acesso à educação e à cultura precisar de explicação, no século 21, sobre quem é Chico Buarque?
O milionário Alvaro Garnero é um dos herdeiros do grupo Monteiro Aranha.
A nau da intolerância guarda lugar para os ressentidos.
O mesmo indivíduo que chamou Chico Buarque de “merda'' falou: “Para quem mora em Paris, é fácil''.
Vacilou: “Você mora em Paris, não mora?''
Chico mora ali pertinho, no Leblon.
Logo outro provocador emendou “Tem um apartamento lá em Paris. É gostoso Paris, né?''
A bronca com o apê de Chico em Paris é o vômito dos ressentidos.
No Marais ou na Île Saint-Louis, o autor de “Vai trabalhar, vagabundo'' o comprou com dinheiro ganho honestamente.
Ao contrário de alguns brasileiros donos de imóveis na Europa, não recebeu de herança seu apartamento. E se tivesse?
Adquiriu-o com a grana suada do seu trabalho.
Qual o problema? Os fascistoides agora viraram partidários da propriedade coletiva?
De uma parte deles, Chico é alvo do ressentimento comum a determinada classe média que abomina pobre e inveja rico.
Nesse caso, merda é a inveja.
Para os ricos-ricos, Chico é um traidor. Traidor de classe.
Como pode um cidadão que vive no Leblon e tem apê na França não votar como a esmagadora maioria dos endinheirados?
Soa como exigência de fidelidade de classe. A diferença equivale a traição.
O silêncio sobre o comportamento primitivo e intolerante é conivente.
Vale o clichê: quem cala consente.
Não está em jogo, enfatizo, o mérito das opiniões de Chico Buarque, mas o direito democrático de manifestação dele e de todos os brasileiros.
Muita gente ralou para que opinar não resultasse mais em cana e castigo.
Só o que faltava era um bando furioso de intolerantes e ressentidos levar a melhor em sua cruzada obscurantista, rancorosa e vulgar.
*Fonte: Blog do Mário Magalhães
http://blogdomariomagalhaes.blogosfera.uol.com.br/
http://blogdomariomagalhaes.blogosfera.uol.com.br/
23 dezembro 2015
22 dezembro 2015
A resposta musical do Chico Buarque aos provocadores tucanos
Por Fernando Brito, no Tijolaço*
O único sentimento negativo que havia em minha geração em relação ao Chico Buarque era o certo ciúme que nós, homens, sentíamos pelo fato de que todas as nossas namoradas-mulheres-amigas serem apaixonadas por ele, platonicamente.
Aliás, acho que nem ciúme era, era inveja…
Por isso, nada mais surpreendente do que ver um grupo de tucanos ir fazer provocações gratuitas ao nosso maior compositor do século 20 – talvez junto com Noel, mas com um rebuscamento poético que o meu adorado poeta da Vila não pode ter, morrendo tão novo – na saída de um restaurante na Zona Sul do Rio.
Aliás, um grupo integrado, entre outros, pelo filho do playboy outonal Álvaro Garnero, o que mais discute com Chico. Sobrinho do notório Mario Garnero e dono do Brasilinvest. Entre no Google, não vou nem explicar.
(retificação: um leitor atento acaba de me avisar que cometo um erro geracional. É o filho do playboy, Alvaro Garnero Filho quem está no grupo. O qual ficou conhecido por um vídeo onde Ronaldo “Fenômeno”, visivelmente aecizado, é beijado e mordido por ele e reclama: “para, Alvarinho”. Pura poesia, como se vê)
Coisa idiota, de gente que não deu ao mundo 0,0001% do que Chico já deu e que por isso, merecia ser respondida com uma música dele próprio, dizendo o que o seu líder Aécio Neves deveria fazer com a presidenta que se elegeu, com mais votos que ele, coisa que o neto de Tancredo jamais aceitou.
Portanto, abaixo, o vídeo da provocação a Chico e a letra e música da resposta que sugiro aos aecistas e seu herói derrotado.
Não é por estar na sua presença
Meu prezado rapaz
Mas você vai mal
Mas vai mal demais
São dez horas, o samba tá quente
Deixe a morena contente
Deixe a menina sambar em paz
Eu não queria jogar confete
Mas tenho que dizer
Cê tá de lascar
Cê tá de doer
E se vai continuar enrustido
Com essa cara de marido
A moça é capaz de se aborrecer
Por trás de um homem triste há sempre uma mulher feliz
E atrás dessa mulher mil homens, sempre tão gentis
Por isso para o seu bem
Ou tire ela da cabeça ou mereça a moça que você tem
Não sei se é para ficar exultante
Meu querido rapaz
Mas aqui ninguém o aguenta mais
São três horas, o samba tá quente
Deixe a morena contente
Deixe a menina sambar em paz
Não é por estar na sua presença
Meu prezado rapaz
Mas você vai mal
Mas vai mal demais
São seis horas o samba tá quente
Deixe a morena com a gente
Deixe a menina sambar em paz
*Fonte: http://tijolaco.com.br/
20 dezembro 2015
RÉQUIEM PARA O AMIGO WOLMER JARDIM
Jornalista Wolmer Jardim |
CRÍTICA & AUTOCRÍTICA - nº 105
*Somente no dia de hoje, mais de um ano após o ocorrido, fiquei sabendo do falecimento do amigo jornalista e blogueiro Wolmer Jardim, ocorrido em 22 de agosto do ano passado, em Porto Alegre.
*Conheci Wolmer Jardim no início de 1991, em Santiago. Ele era natural de Uruguaiana, mas residia há muito tempo em Porto Alegre. Dali nasceu uma amizade, fortalecida por afinidades jornalísticas, mas também políticas e ideológicas - e pelo entendimento de que Santiago e Região careciam de um veículo jornalístico impresso, diferenciado, moderno, democrático e independente - fato esse que resultou numa interessante parceria cujo resultado foi o lançamento do saudoso jornal quinzenário 'Tribuna de Santiago', que marcou época pela qualidade, coragem no enfrentamento aos 'poderosos', somado a independência editorial que norteou aquele empreendimento. Foram 52 edições (pouco mais de 3 anos circulando), mas que fizeram a diferença, contribuindo também significativamente na politização do povo e na vitória da oposição ao PP (então PDS) santiaguense nas eleições municipais de 1992.
*A Tribuna de Santiago, que teve direção minha e do Wolmer, em que pese o papel importante realizado ao fazer o 'contraponto' aos veículos impressos e rádios 'chapa branca' alinhados com o PP local, foi, de certa forma, incompreendida por aqueles setores que não rezavam a política do conservadorismo e que poderiam ter colaborado mais com a continuidade do jornal; além disso, o jornal - devido a sua linha editorial independente e crítica, em que pese ter sido sempre 'plural' - foi fortemente boicotado pelas 'elites' empresariais/latifundiárias e seus aliados políticos reacionários, o que nos levou, em sinal de protesto e cansados de 'malhar em ferro frio', a acabar desistindo do projeto.
*Considero hoje que foi um erro político termos adotado essa decisão radical de fechar o jornal mas, naquele momento, achamos que não restava outra alternativa... Para quem acompanha minimamente o 'papel' e a 'qualidade' (?!!) da mídia terrunha, hoje, há de convir comigo: a 'Tribuna de Santiago' continua fazendo falta ... e como! (Para quem quiser conhecer e/ou mesmo realizar pesquisas, as edições completas do jornalTribuna de Santiago foram doadas por este Editor ao Museu Pedro Palmeiro, de Santiago/RS, e encontram-se à disposição dos interessados).
*Considero hoje que foi um erro político termos adotado essa decisão radical de fechar o jornal mas, naquele momento, achamos que não restava outra alternativa... Para quem acompanha minimamente o 'papel' e a 'qualidade' (?!!) da mídia terrunha, hoje, há de convir comigo: a 'Tribuna de Santiago' continua fazendo falta ... e como! (Para quem quiser conhecer e/ou mesmo realizar pesquisas, as edições completas do jornalTribuna de Santiago foram doadas por este Editor ao Museu Pedro Palmeiro, de Santiago/RS, e encontram-se à disposição dos interessados).
*Eu tinha estranhado que o blog do Wolmer, o 'Ponto Livre', estava bastante desatualizado e, nos últimos dias, inclusive sem possibilidade de acesso (devido a 'problemas técnicos', pensei). Os últimos e-mails que tínhamos trocado foram em meados do ano passado, já no início da campanha eleitoral. Após, tentei contato com ele por e-mail, não tive retorno. Este ano novamente tentei contatá-lo, não tive sucesso. Hoje, ainda sem conseguir localizá-lo, e desconfiando que algo estranho pudesse ter ocorrido, resolvi fazer uma busca na internet colocando seu nome no Google e, para surpresa minha, fiquei sabendo do seu passamento.
*Foi uma trágica surpresa. Fiquei, claro, chocado e triste. A última vez que tínhamos conversado pessoalmente foi por ocasião da visita que ele me fez quando eu trabalhava na Casa Civil, no Governo Tarso Genro, em 2012. Ficamos de dar continuidade ao papo na outra semana, degustando uma Coruja Extra-Viva em algum restaurante do Mercado Público de Porto Alegre, uma das nossas paixões comuns. Por motivos de trabalho acabamos adiando a conversa... e o tempo foi passando... Wolmer Jardim ficou me devendo essa...
*Uma grande perda, não só de um grande jornalista, mas também de um amigo, parceiro, lutador e grande pai de família.
*Foi uma trágica surpresa. Fiquei, claro, chocado e triste. A última vez que tínhamos conversado pessoalmente foi por ocasião da visita que ele me fez quando eu trabalhava na Casa Civil, no Governo Tarso Genro, em 2012. Ficamos de dar continuidade ao papo na outra semana, degustando uma Coruja Extra-Viva em algum restaurante do Mercado Público de Porto Alegre, uma das nossas paixões comuns. Por motivos de trabalho acabamos adiando a conversa... e o tempo foi passando... Wolmer Jardim ficou me devendo essa...
*Uma grande perda, não só de um grande jornalista, mas também de um amigo, parceiro, lutador e grande pai de família.
Abaixo, transcrevo a notícia do seu falecimento, postada no site http://wp.clicrbs.com.br/:
"Morreu, na madrugada de sexta-feira, na Capital, o jornalista Wolmer Jardim, aos 68 anos, de problemas cardíacos.
Jardim atuava no jornalismo desde a década de 1970 – começou em Santana do Livramento, na combativa A Plateia. Na Capital, fez parte das redações de Zero Hora e do Jornal do Comércio e, no Interior, do Diário Popular, de Pelotas, O Semanário de Bento Gonçalves, {Tribuna de Santiago, Maria Fumaça}, Gazeta de Alegrete, Correio Serrano de Ijui, entre outros. Recentemente, assinava coluna em jornais interioranos, editava o mensário Mensageiro Rural, mantinha uma rádio na internet e o blog pontolivre.org
Nascido em Uruguaiana, levava a Fronteira Oeste dentro de si para onde ia. Reconhecido na região pela capacidade de polemizar, ganhou fama, entre os colegas, pela facilidade com que produzia humor a partir de qualquer situação. Era um fronteiriço clássico, dividido entre os valores do campo e a inconformidade com a resignação da região em relação à falta de crescimento econômico e de iniciativas inovadoras
Casado desde 1974 com Eni, teve três filhas, Jerusa, Juliana e Jeovana. Gremista fanático, quando nascia uma de suas filhas, divulgava no jornal que vinha ao mundo “a mais nova gremista.
Jardim deixa, também, os netos, Eduardo e Gabriela, e os genros, Rafael, Thiago e Lorenzo." - (O falecimento ocorreu em 22/08/2014)
...
-Nossos mais sinceros sentimentos aos amigos e familiares do saudoso amigo e companheiro Wolmer Jardim. (por Júlio Garcia, especial para 'O Boqueirão Online')
19 dezembro 2015
Nelson Barbosa é o novo ministro da Fazenda
Nelson Barbosa é o novo ministro da Fazenda
Ele sai do Planejamento para o lugar de Levy indicação agrada ao PT e aos desenvolvimentistas; Dyogo de Oliveira assume Planejamento como interino
A presidente Dilma Rousseff definiu na tarde desta 6ª feira (18.dez.2015) que Nelson Barbosa vai substituir Joaquim Levy no Ministério da Fazenda.
Barbosa tem 46 anos e até agora era o titular do Ministério do Planejamento. No segundo mandato de Dilma Rousseff, travou uma batalha constante com o seu colega da Fazenda.
Enquanto Levy buscava sempre uma política econômica mais contracionista, Barbosa defendia alguma flexibilidade na meta fiscal (a economia que o governo faz).
Levy sempre quis uma meta fiscal de 0,7% do PIB para 2016. Barbosa defendia algo perto de zero ou uma banda na qual a meta poderia variar. O Congresso acabou aprovando, com anuência do Planalto, uma meta de 0,5%.
Barbosa foi secretário-executivo do Ministério da Fazenda de 2011 a 2013, quando se desentendeu com o então titular, Guido Mantega, e deixou a função.
Por ter uma visão mais flexível sobre como cortar gastos, Barbosa desfrutou nos últimos meses de boa relação com políticos no Congresso. Tem ótimo trânsito na ala governista do PMDB, liderada por Renan Calheiros, o presidente do Senado.
Joaquim Levy já havia decidido sair do governo há algum tempo. Foi convencido pelo seu ex-patrão, Luiz Carlos Trabuco (presidente do Bradesco), a permanecer na cadeira até o final deste ano.
A nomeação de Levy para a Fazenda se deu depois de uma extensa procura por parte de Dilma Rousseff no final de 2014, quando ela havia decidido substituir o então titular, Guido Mantega.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pressionou para que o nomeado fosse Henrique Meirelles, que havia comandado o Banco Central nos primeiros 8 anos do PT no poder. Dilma rejeitou Meirelles.
A segunda opção foi o nome de Luiz Carlos Trabuco, um consenso entre Dilma e Lula. Mas aí o próprio Trabuco não demonstrou muito interesse e ofereceu um de seus funcionários no lugar –Joaquim Levy.
Levy foi nomeado com duas missões principais. Primeiro, reequilibrar as contas públicas (que apresentavam déficit por causa das políticas compensatórias adotadas por Lula, na crise econômica de 2008/2009, e depois ampliadas por Dilma). A segunda meta de Levy era convencer as agências classificadoras de risco a não tirarem do Brasil o selo de bom pagador. O ex-funcionário do Bradesco falhou nas duas tarefas.
Para Levy, foi difícil atuar num governo no qual não havia consenso a respeito do que ele fazia. Mais de uma vez a presidente Dilma Rousseff não o apoiou em disputas internas. Mas, ao mesmo tempo, o agora ex-ministro da Fazenda tinha dificuldades no relacionamento com deputados e senadores, que são os que ao final decidem como deve ser aprovado o Orçamento.
GUINADA NA ECONOMIA
Ao escolher Nelson Barbosa, a presidente Dilma Rousseff faz um agrado na ala mais à esquerda do PT e em grande parte de seus aliados no Congresso, sobretudo os que defendem uma política mais desenvolvimentista e menos ortodoxa.
O PMDB, principal partido no apoio ao Planalto, está há meses reclamando com Dilma Rousseff a respeito da atuação de Levy. Numa reunião ontem (17.dez.2015), Renan Calheiros e outros senadores listaram o que a presidente deveria fazer a partir de agora. Uma das recomendações é dar uma “guinada na economia” para promover algum alívio para os brasileiros no início de 2016.
PLANEJAMENTO
O secretário-executivo Dyogo Henrique de Oliveira deve assumir de maneira interina o Ministério do Planejamento e conduzi-lo durante o mês de janeiro, até que um nome definitivo seja escolhido.
Oliveira trabalhou com Nelson Barbosa desde 2011 no Ministério da Fazenda, onde era secretário-executivo adjunto, durante a gestão de Guido Mantega. Em janeiro de 2015, tornou-se secretário-executivo do Planejamento, quando Barbosa assumiu a pasta.
Via http://www.viomundo.com.br/
18 dezembro 2015
LEVY ESTÁ FORA DO GOVERNO!
Presidenta Dilma anuncia Nelson Barbosa para a Fazenda e Valdir Simão para o Planejamento
Confira, abaixo, íntegra da nota à imprensa divulgada pelo governo na noite desta sexta-feira (18).
A presidenta Dilma Rousseff anunciou, hoje, dois nomes da equipe econômica do seu ministério.
Para o Ministério da Fazenda, a presidenta indicou o sr. Nelson Barbosa. O novo titular do Ministério do Planejamento será o sr. Valdir Moysés Simão.
A presidenta agradece a dedicação do ministro Joaquim Levy, que teve papel fundamental no enfrentamento da crise econômica, e deseja muito sucesso nos seus desafios futuros.
Assume interinamente, como ministro-chefe da CGU, o sr. Carlos Higino Ribeiro de Alencar.
Secretaria de Imprensa
Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República
Fonte: http://blog.planalto.gov.br/
Charge: Aroeira (Edição final deste blog)