03 junho 2016

Presidenta Dilma: ‘Governo ilegítimo de Temer tem uma tendência incontornável ao arbítrio e à repressão’


Dilma participou do ato de lançamento do livro “A Resistência ao Golpe de 2016”, no Teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. (Foto: Guilherme Santos/Sul21)

Por Marco Weissheimer, no Sul21*
A presidenta afastada Dilma Rousseff disse nesta sexta-feira (3), em Porto Alegre, que o governo interino de Michel Temer, em função de sua falta de legitimidade, tem uma tendência incontornável para o arbítrio e a repressão, o que já começa a se materializar na sociedade, com o ataque a direitos humanos e sociais, o desmonte de políticas públicas voltadas para as parcelas mais pobres da população e o cerceamento do direito de defesa no processo do impeachment. Dilma participou do ato de lançamento do livro “A Resistência ao Golpe de 2016”, no Teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, que ficou completamente lotado. Em sua fala, Dilma criticou as medidas tomadas pelo governo Temer, sempre qualificado por ela como “interino e ilegítimo”.
Reunindo mais de 100 autores, o livro “Resistência ao Golpe de 2016” (Editorial Práxis) foi organizado por acadêmicos, jornalistas, cientistas políticos, advogados e líderes de movimentos sociais que produziram textos ao longo da atual crise política. Como já aconteceu em outros estados, os autores e autoras que vivem no Rio Grande do Sul participaram do ato de lançamento no Teatro Dante Barone. Representando o conjunto dos autores, José Carlos Moreira da Silva Filho, Magda Biavaschi e Tarso Genro saudaram Dilma e falaram sobre o sentido do livro. Na abertura do ato, Nei Lisboa homenageou Dilma com duas canções que lembraram a luta dos combatentes contra a ditadura implantada após o golpe de 64, entre eles o seu irmão Luiz Eurico, morto pelos militares.
José Carlos Moreira da Silva Filho, vice-presidente da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, destacou que as reformas não realizadas nos últimos anos e a transição democrática incompleta cobram o seu preço hoje no Brasil. A juíza trabalhista aposentada, Magda Biavaschi, assinalou que o país está vivendo um grande retrocesso nas últimas semanas com as medidas anunciadas pelo governo interino de Temer. Já o ex-governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, denunciou a articulação entre o oligopólio midiático brasileiro, instituições empresariais e organizações não governamentais de direita financiadas pelos Estados Unidos que se capilarizaram para dentro do conjunto de partidos que articulam o processo de impeachment. “O que vemos hoje é uma confederação de denunciados, de investigados, de corruptos, com o objetivo de derrubar uma presidenta eleita pelo voto popular. Se esse golpe prosperar abrirá um precedente na América Latina de desmonte do constitucionalismo democrático, com consequências imprevisíveis”, disse ainda o ex-governador. (...)
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