14 agosto 2016

Cunha, Temer e a história dos “cinco amiguinhos” que foram passear no poder



Por Fernando Brito*
A coluna de Lauro Jardim, em O Globo, daqui a pouco deve ser desmentida no twitter de Eduardo Cunha, que odeia o colunista global com todas as suas forças.
A história da vez é a de que um amigo de Cunha foi conversar com o presidente golpista e contou uma parábola: “O Eduardo me disse: ‘era uma vez cinco amigos que faziam tudo junto, viajavam, faziam negócios…. então, um virou presidente, três viraram ministros e o último foi abandonado’… E que isso não vai ficar assim.”
A metáfora – na geração deles todos leram o “O Caso dos Dez Negrinhos”, da Agatha Christie – não parece muito ao estilo de Eduardo Cunha.
Parece destinada mais a mostrar a suposta resposta:
Temer, de acordo com o relato que Cunha tem feito a pessoas muito próximas, respondeu: “Ele sabe que estou tentando ajudá-lo”.
Seja como for, a chantagem e o medo que ela provoca estão se tornando explícitos.
Como está se tornando explícito o asqueroso papel do Ministério Público e do Judiciário em apenas assistir ao o esquema mafioso  – em cujas  entranhas os vermes do golpe ameaçam entredevorar-se – consume a ruptura do regime democrático no Brasil, reduzidos a conferir prazos, formalidades, selos e estampilhas.
A imagem de Nossa Senhora colocada às paredes de certos ambientes ao menos coram, ruborizadas pela luz avermelhada com que as iluminam.
*Editor do Tijolaço, fonte desta postagem

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