04 outubro 2016

'Poucos partidos não seriam destruídos com uma campanha dessas' diz Boulos sobre PT




São Paulo – por Rodrigo Gomes, da Rede Brasil Atual - Apesar do resultado eleitoral desfavorável, elegendo 256 prefeitos nas eleições municipais deste ano, ante 630 em 2012, o PT não está morto. Na avaliação do coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, embora tenha havido inegável vitória dos setores conservadores, é preciso considerar o massacre sofrido pelo PT no último ano e meio. “Um massacre midiático, jurídico. Houve um trabalho para dizimar o PT. Poucos partidos não seriam destruídos com uma campanha dessas. Era esperado que o PT sofresse com isso, o antipetismo foi disseminado no país”, afirmou.

Boulos, porém, avaliou que “o PT sai enfraquecido, mas não foi dizimado”. E que precisa, com os demais atores da esquerda – movimentos sociais, sindicatos, movimento estudantil, demais partidos –, retomar as bases de um projeto pautado em superar o atual sistema político. “A esquerda tem condições de construir uma alternativa coerente a esse sistema político, que está falindo, com a radicalização sobre a democracia. De confrontar os efeitos da crise econômica sobre os mais pobres, com um programa de reformas populares e estruturais. E não tomar a institucionalidade como o único espaço da política”, afirmou. (...)

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