30 março 2017

Centrais Sindicais convocam trabalhadores para ato nesta sexta-feira (31)

Último ato realizado reuniu milhares de pessoas na Esquina Democrática. | Foto: Guilherme Santos/Sul21


Da Redação do Sul21*



A sexta-feira (31) será marcada por uma série de manifestações em todo o país contra as reformas da Previdência e Trabalhista. No Estado, Centrais Sindicais e entidades ligadas aos movimentos sociais, como a CUT-RS, o Sindicato dos Professores do Rio Grande do Sul (Cpers), o Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região (SindBancários) e o Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Policia do Rio Grande do Sul (Ugeirm) convocam a população para um dia de mobilizações contra as medidas do governo Michel Temer (PMDB).
Pela manhã, às 11h, será realizado um ato em defesa da Justiça do Trabalho, em frente ao prédio do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 4ª Região. A manifestação será realizada por todos os TRTs e tem como objetivo chamar a atenção da população para os serviços prestados à sociedade, bem como alertar para a constante ameaça de fragilização da Justiça do Trabalho e dos direitos sociais.
No fim da tarde, todos os manifestantes se reúnem para um ato final na Esquina Democrática, a partir das 17h.
Também estão sendo organizadas manifestações no interior do Rio Grande do Sul pelos policiais filiados a Ugeirm. A diretora do sindicato, Neiva Carla, chama os policiais para a mobilização. “No dia 15 de março, já demos uma mostra do que a nossa mobilização é capaz. Agora, temos que multiplicar o número de pessoas nas ruas. Esse governo Temer/PMDB é um governo fraco e que não tem nenhum compromisso com o povo brasileiro. Somente a mobilização dos trabalhadores vai conseguir fazer ele recuar. Por isso, no dia 31 de março não podemos ficar dentro de casa vendo nosso futuro ser destruído”, diz Neiva.
Para Claudir Nespolo, presidente da CUT-RS, o objetivo do ato é ampliar a resistência dos trabalhadores e da sociedade contra o retrocesso da agenda daqueles que apoiaram o golpe que tirou Dilma Rousseff (PT) da presidência. “O golpe de 2016, que derrubou uma presidenta sem crime de responsabilidade, já congelou gastos sociais por 20 anos, ataca empresas públicas, como a Petrobrás, e desmonta a indústria nacional, como o setor naval, dentre outros retrocessos. Além disso, os golpistas querem acabar com o direito à aposentadoria, aprovar uma reforma trabalhista para rasgar a CLT e implantar a terceirização irrestrita, o que significa a precarização do trabalho e a volta aos tempos da escravidão”.
Já o presidente do SindBancários, Everton Gimenis, demonstra preocupação com a retomada que ocorre sob a batuta do governo Temer e de seus ministros, muitos deles já denunciados na operação Lava Jato em casos de corrupção. “Estamos num contexto político de retrocesso. Falamos sempre que se trata de um retorno à década de 1990, aos tempos do presidente FHC e ameaça de retornar à Ditadura Militar. Foi ele (FHC) que instalou o neoliberalismo e promoveu uma ampla reforma conservadora na direção da privatização de empresas públicas e retirada de direitos dos trabalhadores”, diz Gimenis.
*Fonte: http://www.sul21.com.br

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