11 junho 2017

"Café com Lênin"



Por Marcelo Pires Mendonça*

“Quando a ruína do povo chega a tal ponto que nas cidades e nas aldeias há sempre massas de desempregados, quando os patrões amealham enormes fortunas e os pequenos proprietários são substituídos pelos milionários, então o operário isolado transforma-se num homem absolutamente desvalido diante do capitalista. 
O capitalista obtém a possibilidade de esmagar por completo o operário, de condená-lo à morte num trabalho forçado, e não só ele, como também sua mulher e seus filhos. 
Com efeito, vejam as indústrias em que os operários ainda não conseguiram ficar amparados pela lei e não podem oferecer resistência aos capitalistas e comprovarão que a jornada de trabalho é incrivelmente longa, até de 17 e 19 horas, que criaturas de cinco ou seis anos executam um trabalho extenuante e que os operários passam fome constantemente, condenados a uma morte lenta. 
Exemplo disso é o caso dos operários que trabalham a domicílio para os capitalistas; mas, qualquer operário se lembrará de muitos outros exemplos! Nem mesmo na escravidão e sob o regime de servidão existiu uma opressão tão terrível do povo trabalhador como a que sofrem os operários quando não podem opor resistência aos capitalistas nem conquistar leis que limitem a arbitrariedade patronal.” (Vladimir Lênin, Sobre as Greves)

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*Marcelo Pires Mendonça (foto) é professor. Trabalha na Secretaria de Educação do Distrito Federal. Foi Coordenador-Geral de Instâncias e Mecanismos de Participação Social da Presidência da República. É filiado ao Partido dos Trabalhadores.

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