15 julho 2017

Defesa da democracia e de Lula marcam abertura da 15ª Plenária Estadual da CUT-RS

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A defesa da democracia, com eleições diretas já e a revogação das reformas de Temer, e a solidariedade ao ex-presidente Lula, perseguido e condenado sem provas pelo juiz Sérgio Moro, foram destacadas na abertura da 15ª Plenária Estadual/Congresso Extraordinário da CUT-RS, ocorrida no início da noite desta sexta-feira (14) no Teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul.
O evento contou com a presença do senador Paulo Paim (PT),  do deputado federal Adão Villaverde (PT), em nome da Presidência da Assembleia, e da representante da Frente Brasil Popular no RS, Suélen Gonçalves.
Além dos delegados e observadores já credenciados, participaram dirigentes sindicais e representantes da CTB e movimentos sociais. Também compareceram dois militantes de economia solidária da Espanha. A solenidade foi transmitida ao vivo na página da CUT-RS nas mídias sociais (facebook/cutrs-cutdoriograndedosul).
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A abertura foi coordenada pelo secretário-geral adjunto da CUT-RS, Amarildo Cenci, e pela secretária de Finanças da CUT-RS, Vitalina Gonçalves.
“Se prenderem Lula, ele será um novo Nelson Mandela”
Paim afirmou que o golpe foi contra a Dilma e todo o povo brasileiro.  Ele ressaltou que, se a Dilma estivesse lá, a reforma trabalhista nunca teria passado no Congresso. “Essa reforma só serve ao patronato e ao mercado”, frisou. “Fizemos o bom combate, com as senadoras valentes que ocuparam a mesa do Senado”, destacou.
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“Espero que o líder do governo e senador Romero Jucá (PMDB) renuncie ao mandato”, cobrou Paim ao comentar que o golpista não entregou o que havia prometido aos senadores aliados de Temer que votaram a favor do projeto.
O senador ressaltou que a classe trabalhadora precisa se preparar muito. “Se prenderem o Lula, ele entra para a história como um novo Nelson Mandela e existirão movimentos aqui e no mundo por sua libertação”, sublinhou.
Transformar indignação em atitude
O presidente da CUT-RS,  Claudir Nespolo, agradeceu a presença de todos os representantes de movimentos sociais e destacou a importância da unidade que se intensificou no último período. “A CUT sabe que sozinha somos presa fácil. Vocês são muito importantes para nós”, disse
“Estamos fazendo história e o caminho está aberto. Vamos ter que transformar a indignação do povo em atitude. Analisar as narrativas e ver como dialogar com as massas. E não tenho dúvida de que estamos prontos para percorrer esse caminho”, enfatizou Claudir.
Ele anunciou que a próxima quinta-feira (20) será dia de atos nacionais, em todas as capitais dos estados, contra as reformas de Temer, por diretas já e em solidariedade a Lula.
Unidade e organização nas bases
A representante da Frente Brasil Popular destacou que “construímos a resistência em todos os campos” e que é necessário dialogar e levar plano de emergência para o próximo período. Suélen apontou que a organização é fundamental para enfrentar o próximo período. “Não podemos sair das ruas, mas temos que ter unidade e estar organizados nas bases”, frisou.
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Representando a Presidência da Assembleia, o deputado Adão Villaverde (PT-RS) disse que o momento é de afirmar e reafirmar a soberania e a democracia do país. “Não aceitamos uma democracia tutelada por uma confederação de investigados”, observou.
Villaverde apontou que a conjuntura de crise é mundial. “Globalização, o setor financeiro, sistema neoliberal não tem a noção de uma nação soberana para a construção de um projeto de desenvolvimento”, declarou.
O parlamentar disse que os governantes ilegítimos tentam recolocar a classe trabalhadora numa condição submissa e escravagista. “Não aceitaremos este retrocesso. Por isso, a importância do congresso de uma entidade como a CUT e, em meio a este cenário, pensar um projeto para recuperar a soberania do Brasil”, concluiu.
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Fonte: CUT-RS

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