O
advogado Cristiano Zanin, advogado de Lula, divulgou há pouco nota dizendo que
as acusações feitas hoje pelo ex-ministro Antonio Palocci em depoimento a
Sérgio Moro tem como motivação a negociação das penas de de 12 anos a que foi
condenado, antecipadas há um ano pela prisão a que está submetido.
Zanin
diz que as declarações de Palocci são inconsistentes, fala de reuniões das
quais não participou e que não tem provas do que diz.
Leia
a nota:
A
história que Antonio Palocci conta é contraditória com outros depoimentos de
testemunhas, réus, delatores da Odebrecht e provas e que só se compreende
dentro da situação de um homem preso e condenado em outros processos pelo juiz
Sérgio Moro que busca negociar com o Ministério Público e o próprio juiz Moro
um acordo de delação premiada que exige que se justifique acusações falsas e
sem provas contra o ex-presidente Lula. Palocci repete o papel de réu que não
só desiste de se defender como, sem o compromisso de dizer a verdade,
valida as acusações do Ministério Público para obter redução de pena e que no
processo do tríplex foi de Léo Pinheiro.
A
acusação do Ministério Público fala que o terreno teria sido comprado com
recursos desviados de contratos da Petrobrás, e só por envolver Petrobrás o
caso é julgado no Paraná por Sérgio Moro. Não há nada no processo ou no
depoimento de Palocci que confirme isso. Sobre a tal “planilha”, mesmo Palocci
diz que era um controle interno do Marcelo Odebrecht e que “acha” que se refere
a ele. Ou seja, nem Palocci conhecia a tal planilha, quanto mais Lula.
Palocci
falou de uma série de reuniões onde não estava e de outras onde não haveriam
testemunhas de suas conversas. Todas, falas sem provas.
Marcelo
por sua vez diz ter pedido que seu pai contasse para Lula e Emílio negou ter
contado isso para Lula.
O
réu Glauco da Costa Marques reafirmou em depoimento ser o proprietário do
imóvel vizinho ao da residência do ex-presidente e ter contrato de aluguel com
a família do ex-presidente, e que está recebendo o aluguel. Uma relação de
locador e locatário não se confunde com propriedade oculta.
Processos
fora da devida jurisdição com juiz de notória parcialidade, sentenças que não
apontam nem ato de corrupção nem benefício recebido, negociações secretas de
delação com réus presos que mudam versões de depoimento em busca de acordos com
o juízo explicitam cada vez mais que os processos contra o ex-presidente Lula
na Operação Lava Jato em Curitiba não obedecem o devido processo legal.
O
Instituto Lula reafirma que jamais solicitou ou recebeu qualquer terreno da
empresa Odebrecht e jamais teve qualquer outra sede que não o sobrado onde
funciona no bairro do Ipiranga em residência adquirida em 1991.
O
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirma que jamais cometeu qualquer
ilícito nem antes, nem durante, nem depois de exercer dois mandatos de
presidente da República eleito pela população brasileira.
*Fonte: Tijolaço (Por Fernando Brito)
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