26 outubro 2018

‘Não aceitamos exílio nem prisão, nossa opção é a rua’, diz Boulos em Porto Alegre


Foto: Guilherme Santos/Sul21

Por Débora Fogliatto, no Sul21*

O viaduto do Brooklyn, próximo ao campus central da UFRGS, têm sido palco de diversas manifestações culturais, rodas de samba, confraternizações e mobilizações políticas. Nesta quinta-feira (25), o local foi tomado por milhares de pessoas que se reuniram para ver e ouvir Guilherme Boulos (PSOL), que concorreu à presidência do Brasil, juntamente com Tarso Genro (PT), ex-governador do Rio Grande do Sul, Fernanda Melchionna (PSOL), vereadora de Porto Alegre e deputada federal eleita, e Maria do Rosário (PT), deputada federal.

O vão do viaduto localizado na avenida João Pessoa foi escolhido como palco do ato pela democracia, organizado pela Frente Povo Sem Medo, após a Justiça Eleitoral proibir que fosse realizado nas dependências da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). O evento se colocava como uma atividade “contra o fascismo, pela democracia”, e o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) acatou o argumento de que se trataria de um ato favorável à candidatura de Fernando Haddad (PT) e contrário a Jair Bolsonaro (PSL).

Esse teor não foi negado por nenhum dos palestrantes, que deixaram explícito que Haddad é o candidato que representa a continuidade democrática, enquanto com Bolsonaro haveria a ameaça de uma ditadura. “Se a decisão judicial disse que uma aula sobre fascismo era uma campanha eleitoral, é porque está identificando que entre os candidatos há um fascista”, apontou Tarso Genro.

Para o ex-governador, “estamos atravessando um período histórico inédito”, pois nesse momento o fascismo vem da própria sociedade, através da manipulação feita pela mídia e pelos empresários que querem a vitória de Bolsonaro. Segundo ele, os apoiadores do fascismo “querem destruir o Estado democrático de direito porque querem destruir na sociedade a possibilidade das relações humanas, da solidariedade e da justiça”. “A luta social se dá em termos de civilização ou barbárie, democracia ou ditadura, liberdade ou fascismo. E nós estamos do lado da liberdade”, afirmou Tarso. (...)

Recebido com aplausos e gritos pela plateia, Boulos começou sua fala mencionando a decisão judicial que proibiu que o ato acontecesse dentro da UFRGS. “A gente faz aqui fora, a gente é da rua. A rua é a nossa casa”, disse. Ele lembrou a luta de Leonel Brizola pela legalidade, destacando que “do Sul vem muita resistência”, a qual irá fazer com que haja uma virada favorecendo Haddad até domingo. Ao mencionar os outros políticos presentes no evento, destacou a luta de Maria do Rosário na Câmara contra Bolsonaro.

Em uma fala esperançosa, em que afirmou que a campanha a favor de Haddad está “virando votos todos os dias”, ele criticou declarações recentes do candidato do PSL, que disse representar “a continuidade mais perversa dos golpes que foram dados nesse país, do golpe que colocou Temer no governo, que aprovou uma agenda anti-popular, do golpe que prendeu Lula de maneira ilegal e arbitrária. Mas mais do que isso, ele representa o retorno a um passado sombrio, de ditadura, de tortura, de prisões políticas”. (...)

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