Em pouco mais de dois meses do atual governo, a mídia conservadora e
ligada às elites, que por causa do ódio ao ex-presidente Lula e por medo
do PT, apoiou a candidatura de extrema direita de Jair Bolsonaro ao
Palácio do Planalto, caiu em si de que sua aposta foi uma fraude; em
editoriais fortíssimos, os maiores jornais do país, O Globo, o Estado de
S. Paulo e Folha de S. Paulo, dispararam duras críticas contra
Bolsonaro e seu governo, ou melhor, a falta dele; em todos uma linha
comum: que Bolsonaro deixe as redes sociais, desça do palanque que ainda
acha que está e comece, de fato, a governar o país; as revistas
semanais Veja e IstoÉ também questionam em suas reportagens de capa onde
foi parar o decoro presidencial
247*- Em pouco mais de dois meses do atual governo, a mídia
conservadora e ligada às elites, que por causa do ódio ao ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva e por medo do PT, apoiou a candidatura de
extrema direita de Jair Bolsonaro ao Palácio do Planalto, caiu em si de
que sua aposta foi uma fraude. Em editoriais fortíssimos, os maiores
jornais do país, O Globo, o Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo,
dispararam duras críticas contra Bolsonaro e seu governo, ou melhor, a
falta dele. Em todos uma linha comum: que Bolsonaro deixe as redes
sociais, desça do palanque que ainda acha que está e comece, de fato, a
governar o país. As revistas semanais Veja e IstoÉ, que chegam às bancas
neste final de semana, também questionam em suas capas o decoro por
parte de Boslonaro em função da postagem do vídeo obsceno feita por ele
nas redes sociais como forma de rebater as críticas de milhões de
foliões durante o Carnaval.
Para o jornal o Globo,
"o desastrado tuíte do presidente Bolsonaro, com cenas pornográficas do
carnaval de rua, recebeu o merecido repúdio e deflagrou incontáveis
análises sobre quais seriam as motivações do presidente", ressalta o
editorial. "Bolsonaro precisa descer de vez do palanque, arregaçar as
mangas e trabalhar com afinco para executar o que prometeu na campanha",
diz o texto mais à frente. "Ser presidente exige postura e também
trabalho duro", ressalta o editorial do jornal da família Marinho.
Também em seu editorial, o jornal O Estado de S. Paulo
diz que "vai mal um país cujo presidente claramente não entende qual é
seu papel, especialmente quando não consegue dominar os pensamentos que,
talvez, lhe venham à mente". "A julgar pelo comportamento muitas vezes
grosseiro e indecoroso de Bolsonaro, o presidente provavelmente se
considera acima do cargo que ocupa, dispensado dos rituais e protocolos
próprios de tão alta função. Até à disseminação de pornografia pelas
redes sociais ele tem se dedicado, para estupefação nacional e
internacional", dispara o texto.
Mais adiante, o editorial destaca que diante dos desatinos cometidos
por Bolsonaro, "a ala adulta do governo parece ter decidido trabalhar
por conta própria, tentando reparar os danos da comunicação caótica e
imprudente de Bolsonaro – desde os prejuízos econômicos causados pelo
despropositado antagonismo público do presidente em relação à China e
aos países árabes, até a dificuldade de arregimentar apoio a uma reforma
da Previdência na qual Bolsonaro parece não acreditar".
Nesta quinta-feira (7), a Folha de S. Paulo
já havia publicado um editorial intitulado "Governe, presidente", onde
ressaltava que o atual governo age feito criança e está recheado de
ministros que prezam mais o cunho ideológico do que uma administração
voltada para os interesses do país.
"O governo infante, ademais, demonstra dificuldades precoces no modo
de lidar com um Congresso Nacional que bateu na eleição o recorde de
fragmentação partidária. Ministros que agradam ao círculo ideológico,
como o da Educação e o das Relações Exteriores, exibem estrepitosa
inapetência técnica", diz o texto.
"No Brasil, um presidente da República há 66 dias no cargo tem mais a
fazer do que publicar boçalidades e frases trôpegas numa rede social",
destaca o editorial do jornal da família Frias.
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