Fernando Brito*
Agora não dá para reclamar que o Instituto de Pesquisas Espacial está dominado por “maus brasileiros”, que querem “queimar ” a imagem do Brasil no exterior.
No UOL, relato é claro e assustador:
O número de focos de queimadas cresceu 70% este ano (até o dia 18 de agosto) na comparação com o mesmo período de 2018. Ao todo, o Brasil registrou 66,9 mil pontos, segundo a medição do Programa Queimadas do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Os dados apontam que as queimadas atingiram maior índice desde 2013 –primeiro ano em que há dados informados de período similar.
O número só se compara ao de 2016, onde o vazio de poder causado pelo impeachment paralisou os órgãos fiscalizadores.
Hoje, até em São Paulo, capital, a tarde virou noite com a fumaça que chegava do Norte do País.
É só o começo, isso vai piorar. Nem se disfarça a perseguição aos servidores que têm a tarefa de fiscalizar a preservação do meio ambiente.
O fiscal que multou Jair Bolsonaro por pesca em área protegida foi perseguido, o responsável por Fernando de Noronha foi mandado para o agreste e, agora, o MP abriu investigação sobre dois servidores que multaram o presidente da Embratur por obras irregulares na reserva da Costa dos Corais (entre Pernambuco e Alagoas) por obras de uma pousada e foram transferidos para Curitiba e Cuiabá.
É querer demais que, sob tantas ameaças, a já insuficiente fiscalização atue com algum rigor.
O programa “Queima, Brasil” está em pleno curso.
*Jornalista, Editor do Tijolaço
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