07 agosto 2019

Sobre a 'contrarreforma' da Previdência: "A hipocrisia da política ou como Tábata votou pior que Frota"


Por Fernando Brito*
O Governo diz que na nova política não compra deputados. Os deputados, por sua vez, também não se vendem.
E assim, em meio às negativas e sob o aplauso da imprensa que é contra a corrupção, acerta-se um negócio de R$ 3 bilhões em emendas e aprova-se uma reforma não apenas injusta, mas com vieses de crueldade social.
Tristemente, nada diferente do que sabemos e esperamos da camada dirigente brasileira.
Com o detalhe sórdido de que “promessas” da política como Tábata Amaral [dentre outrxs] conseguiram dar um voto mais obsceno que Alexandre Frota, que, ao menos, absteve-se.
Hoje ainda ou amanhã consumarão a aprovação, sob os aplausos do dinheiro, da mídia e de uma camada da classe média que julga que previdência social é “coisa de pobre” e, portanto, deve ser amesquinhada ao máximo, pagando-se o mínimo.
Afinal, é preciso liberar os dinheiros públicos para remunerar quem realmente importa a um país, os tais “investidores”.
Semana que vem, começa a tramitação pelo Senado, com poucas esperanças de que mude algo de significativo no projeto.
A não ser que, como aconteceu com Michel Temer, surja a JBS de Bolsonaro.
*Jornalista, Editor do Tijolaço

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