Atos dos estudantes, sindicatos e movimentos populares aconteceriam no dia 18, três dias após os atos de bolsonaristas que pedirão o fechamento do Congresso e STF
Manifestação em São Paulo (Foto: Patrícia Santos/UNE) |
Seguindo a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde sobre evitar grandes aglomerações, a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a Frente Brasil Popular decidiram cancelar as manifestações que estavam planejando para o próximo dia 18. A decisão se dá em meio ao aumento do número de casos confirmados do coronavírus no Brasil.
O “18M – em defesa da Educação, do Emprego, dos Direitos e da Democracia”, será um dia de mobilização que, além dos atos de rua, contará com paralisações e greves de servidores públicos. Somente os atos foram suspensos.
“Diante do avanço da contaminação do COVID-19 no Brasil, nós, da União Nacional dos Estudantes, acreditamos que esse é um momento de responsabilidade com a saúde do povo brasileiro e por isso em conjunto com outros movimentos, decidimos pelo adiamento dos atos de rua do dia 18, evitando o fomento de grandes aglomerações conforme orientações da OMS e Ministério da Saúde, mas mantendo as greves e paralisações”, anunciou a UNE.
“Neste momento delicado do País, entendemos que é necessário fazermos todos os esforços para evitar o agravamento da pandemia que está em curso. Isso exigirá um comportamento adequado de todos os atores políticos, principalmente do Judiciário, do Executivo e do Legislativo federal que deverão suspender a agenda de reformas neoliberais para concentrar todas as suas energias para encontrar meios que tenha a saúde do povo brasileiro como prioridade máxima”, escreveu a Frente Brasil Popular.
Centrais sindicais que estão na organização do dia de mobilização também avaliaram, segundo a Folha de S. Paulo, que seria melhor suspender os atos de rua. A Central Única dos Trabalhadores (CUT) deve discutir até a próxima segunda-feira (16) se mantém seus atos de rua ou não.
As manifestações dos estudantes e trabalhadores aconteceria apenas três dias após os atos de bolsonaristas que acontecerão no dia 15. Incentivadas pelo próprio presidente Jair Bolsonaro, essas manifestações terão como principais pautas o fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF). Alguns dos organizadores desses atos, no entanto, também já estão avaliando uma suspensão ou um adiamento por conta do coronavírus.
Nenhum comentário:
Postar um comentário