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O presidente da República Jair Bolsonaro usou uma rede nacional de TV para desconvocar os atos que estimulou no próximo dia 15 de março, domingo.
Os atos seriam um protesto contra o Congresso e o STF.
A alegação foi a pandemia de coronavírus.
Testado, Bolsonaro aguarda o resultado de seu exame para esta sexta-feira, 13.
Seu assessor de comunicação Fabio Wanjgarten testou positivo para o coronavírus e pode ter contaminado colegas e autoridades dos Estados Unidos.
A Secom, de Wanjgarten, usou trecho de discurso de Bolsonaro nos Estados Unidos para convocar à manifestação do domingo.
Wanjgarten fez parte da comitiva de Bolsonaro que encontrou o presidente Donald Trump e o vice-presidente Mike Pence na mansão de Mar-a-Lago, na Flórida, no início da semana.
Não está claro se Wanjgarten levou o vírus do Brasil para Miami ou trouxe o vírus de lá.
A primeira dama Michelle e o deputado federal Eduardo Bolsonaro também foram testados para o coronavírus.
O recuo de Bolsonaro se dá num quadro de extrema fragilidade interna e externa.
No Brasil, a Bovespa derreteu e o dólar fechou o dia a R$ 4,79, apesar das intervenções do Banco Central.
No Exterior, mesmo com a promessa do Banco Central dos Estados Unidos de torrar até U$ 1,5 trilhão para comprar papéis podres do mercado, Wall Street viveu o pior dia desde o desastre de 1987.
Os indicadores já apontam para uma sexta-feira de muitas perdas nos mercados asiáticos, que podem ser replicadas em seguida na Europa e nos Estados Unidos.
É quase certo que à desaceleração — que já vinha sendo observada nas principais economias do mundo — vão se somar os impactos da pandemia, que podem causar uma nova recessão mundial.
Uma quebradeira à moda da grande crise financeira de 2008 não está fora do horizonte.
Sem partido, sem um plano para enfrentar a recessão e sem noção, Jair Bolsonaro parece ter chegado à conclusão de que é melhor evitar que um fracasso nas manifestações do próximo domingo possa ser atribuído a ele.
*Fonte: https://www.viomundo.com.br/
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