08 abril 2022

“Ninguém aguenta mais: povo volta às ruas para dizer Bolsonaro nunca mais”, dizem as centrais

 


CUT e outros movimentos sociais convocam mobilização contra o governo, que acontecerá em todo país no dia 9/4 

Assistimos a uma redução de quase tudo no Brasil. Diminuíram, especialmente nos últimos três anos, os postos de trabalho formal, os direitos trabalhistas, o número de pessoas contempladas com benefícios sociais, as políticas de distribuição de renda, o investimento nos serviços públicos, o poder de compra da população e o crescimento econômico. Só uma coisa aumenta desenfreadamente: a inflação, que corrói os salários da classe trabalhadora e acentua a fome e a desigualdade social no país. Em protesto contra a gestão desastrosa de Bolsonaro, o povo volta a ocupar praças e ruas de todo o país no dia 9/4. 

Em Brasília, a concentração será a partir das 16h, no Museu Nacional da República. Às 17h, os militantes saem em marcha pela Esplanada dos Ministérios, onde, munidos da esperança por justiça social, comida na mesa, emprego e renda, levarão para o Congresso Nacional o grito que é mote deste dia de luta: “Bolsonaro nunca mais!”. 

A mobilização, convocada pela CUT e outros movimentos sociais, tem como um dos eixos centrais, o protesto contra os aumentos aplicados pela Petrobrás em março, que chegaram a 18,8% na gasolina, 16,1% sobre o gás de cozinha e 24,9% no valor do Diesel. Além disso, o povo também se posiciona contra a fome e o desemprego, trazendo à tona a triste realidade da insegurança alimentar, que hoje assola, em algum grau, 116,8 milhões de brasileiras e brasileiros, sendo que 19 milhões estão passando fome, de acordo com a Rede Brasileira de Pesquisa e Soberania Alimentar. 

“Nós sabemos de quem é a culpa por essa situação trágica que a nossa população enfrenta. Bolsonaro fez questão de negligenciar o povo brasileiro no momento em que o país mais precisava de uma gestão competente e preocupada com a classe trabalhadora, que foi e ainda é essa pandemia. Ao invés de garantir que a população pudesse se proteger do vírus e continuar tendo emprego e renda, o presidente se voltou contra os mais vulneráveis, congelando salários, permitindo redução dos rendimentos, recusando a compra de vacinas que poderiam ter salvado a vida de milhares, privilegiando rentistas e empresários. Por tudo isso, vamos deixar claro que Bolsonaro e todos aqueles que abandonaram a classe trabalhadora, nunca mais vão ocupar cargos de poder neste país”, afirma o presidente da CUT-DF, Rodrigo Rodrigues. 

A secretária de Mobilização e Relação com Movimentos Sociais da CUT-DF, Leilane Santos, explica a importância de continuar nas ruas contra o governo atual. “O ato Fora Bolsonaro deste dia 9 de abril, construído pelo movimento sindical, social, estudantil e por partidos políticos progressistas, terá como centro a carestia e o desemprego, pautas tão importantes para a classe trabalhadora. É importante que neste ano eleitoral os atos sejam ainda mais representativos que em 2021. Nós da CUT-DF e todos os sindicatos filiados sabemos da importância dessa mobilização para impedir mais retrocessos”, afirmou.

*Fonte: Jornal Brasil Popular

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