27 novembro 2022

RS: Conhecida pelo uso da força, BM diz aguardar ordens para agir contra golpistas na Capital

Comandante do 9º BPM se diz à espera de ordens do governo do Estado, que por sua vez insiste na estratégia do diálogo


Ao contrário de outras manifestações, governo estadual tenta encerrar ato golpista na base do diálogo. Foto: Joana Berwanger/Sul21

Aguardando ordens. Essa é a posição do tenente-coronel Fábio da Silva Schmitt, comandante do 9º Batalhão de Polícia Militar (BPM), responsável pelo centro da Capital, sobre o que fazer para pôr fim aos atos antidemocráticos que perduram na cidade.

Mais de 20 dias após o segundo turno e a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como novo presidente do Brasil, o centro de Porto Alegre segue convivendo com atos golpistas em frente ao Comando Militar do Sul. Sem aceitar o resultado democrático das urnas, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) pedem uma intervenção militar que impeça o petista de assumir o Palácio do Planalto a partir do dia 1º de janeiro de 2023.

O ato na capital gaúcha não é um caso isolado. Cenas semelhantes têm sido vistas diante de quartéis do Exército Brasil afora. Em Porto Alegre, chama a atenção a duração do ato. A Rua Padre Tomé está trancada há muitos dias e, desde o princípio, a posição do governo de Ranolfo Vieira Júnior (PSDB) é tentar dispersar o movimento por meio do diálogo, sem o uso da força policial.

No dia 11 de novembro, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, determinou a desobstrução imediata das vias públicas bloqueadas por atos golpistas em todo o País. Para cumprir a decisão judicial, o comandante do 9º BPM  explica haver um protocolo para a desobstrução de vias públicas e que a Brigada Militar o está seguindo.

Schmitt explica que fez dois pedidos recentes aos bolsonaristas. Na quinta-feira da semana passada (17), solicitou que fossem retirados os veículos que estavam estacionados irregularmente na rua. A demanda foi atendida. O outro pedido foi para que as barracas dispostas na rua fossem retiradas. Esse não foi atendido.

Com a negativa, na última segunda-feira (21), o comandante do 9º BPM voltou ao local para novamente pedir a retirada das barracas. No mesmo dia, a polícia recolheu o caminhão de som que estava no local. Tecnicamente, o veículo foi apreendido por “alteração de característica”, devido ao fato de ser um caminhão de carga utilizado para outro fim sem autorização.

Quanto às barracas, porém, até esta quarta-feira (23), elas continuavam na rua, assim como os apoiadores do presidente Bolsonaro que pedem por um golpe. “A solicitação foi feita. Fiz uma fala institucional em nome da Brigada Militar buscando uma solução pacífica para todos os lados. É desse jeito que fica. Essas ações fazem parte de uma gradação para encontrar uma saída pacífica”, diz o comandante do 9º BPM. (...)

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