10 fevereiro 2024

PT, ano 44

 


Por Milton Alves*

O Partido dos Trabalhadores (PT) completa 44 anos neste sábado (10), um momento de celebração e reflexão para o maior partido de esquerda da América Latina. Uma trajetória que foi forjada nas lutas do povo trabalhador por democracia, direitos sociais e econômicos. É a marca do partido, e também a vocação, defender a classe trabalhadora e o povo pobre do Brasil.

Nestes 44 anos, o PT teve uma presença marcante e decisiva nos diversos embates do povo brasileiro por uma vida digna, com justiça e inclusão social, enfrentando os poderes das classes dominantes, a perversa herança escravista e autoritária — que ainda moldam o estado brasileiro.

A construção original do PT, que reuniu o sindicalismo combativo dos anos 70, marxistas de diversos matizes e milhões de lutadores sociais, garantiu o continuado protagonismo político, o prestígio eleitoral e a capilaridade de um partido de massas nacionalmente organizado. O PT é mais uma façanha histórica da classe trabalhadora brasileira.

Ao longo de mais de quatro décadas acumulamos vitórias e duras derrotas. O PT sofreu e sofre o ataque sistemático dos inimigos do povo trabalhador, o ódio de classe dos que se julgam donos do país.

O PT, ao mesmo tempo, viveu e vive toda sorte de pressões para abrir mão de seus princípios fundadores. É um desafio presente em cada jornada na trajetória do partido. Ilusões institucionais, acomodação ao parlamentarismo burguês, convivem com a saudável e combativa militância popular do partido. Os militantes e apoiadores do PT em cada território e segmento de atuação são as antenas de referência e as nossas raízes mais profundas.

Nos últimos anos, enfrentamos uma campanha odiosa contra o PT, que tinha por objetivo a destruição e a desmoralização político-ideológica do partido aos olhos do povo trabalhador. Instrumentos persecutórios como a Ação Penal 470, que prendeu parte da direção histórica do partido, a operação Lava Jato, o golpe contra o mandato legítimo da presidenta Dilma Rousseff e a prisão de Lula foram parte dessa ofensiva criminosa. Resistimos!

Em 2022, nas eleições presidenciais, enfrentamos e vencemos o liberal-fascismo na disputa eleitoral, mas a extrema-direita bolsonarista, o empresariado neoliberal e a casta militar travam uma acirrada guerra contra o mandato de Lula — sabotam o governo, vide a mega espionagem da Abin e a intentona do 8J –, e operam tentativas de desestabilização política no Congresso, como as ameaças do jagunço Arthur Lira, de subtrair os poderes do presidente Lula.

A derrota definitiva do bolsonarismo e do neoliberalismo exige a mobilização popular e uma clareza de objetivos na defesa de um programa de transformação e a permanência da identidade de esquerda, socialista.

O PT precisa combinar o apoio institucional ao governo com a pressão da rua, de massa, por baixo, contribuindo para a auto-organização do povo, evitando as armadilhas e as trapaças institucionais da “democracia” dos ricos.

Nas próximas eleições municipais, o PT, novamente, é chamado a levantar sua bandeira vermelha em todo o país para defender cidades humanizadas e democráticas, mobilidade urbana, moradia digna, fortalecimento do SUS nos territórios, o acesso do povo à cultura e ao lazer, entre outras demandas do povo trabalhador. Para isso, é fundamental que os nossos candidatos – prefeitos e vereadores – tenham uma trajetória de compromisso com as pautas populares e de esquerda.

O Partido dos Trabalhadores tem pela frente imensos desafios para ajudar o governo do presidente Lula na tarefa de reconstruir e transformar o país, consolidar uma democracia mais participativa, assegurar um novo curso econômico de desenvolvimento e distribuição de renda e contribuir para a integração da América Latina.

Vida longa ao PT! Salve, salve, a combativa militância do PT!

*Milton Alves é jornalista 

-Com o site Brasil247

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