12 dezembro 2008

RS: escândalos sem fim


Nomeação do Coronel Mendes para o TJM será contestada na justiça

Na sessão plenária desta quinta-feira (11), o deputado Dionilso Marcon (PT) anunciou que recorrerá ao Ministério Público Estadual (MPE) contra a nomeação do Coronel Mendes no Tribunal da Justiça Militar com salário de 20 mil. No mesmo dia em que o Diário Oficial do Estado publicou a saída do coronel Mendes do comando da Brigada Militar e o seu ingresso no outro posto, matéria do jornal Zero Hora revelou uma articulação de Mendes com o secretário-geral do governo de Canoas, Chico Fraga, para ser alçado ao comandante-geral da BM.

Uma gravação da Polícia Federal com a autorização da justiça, feita durante investigação da Operação Solidária, envolvendo fraudes em contratos de fornecimento de merenda escolar e de obras rodoviárias, captou conversa onde o coronel Mendes pedia a Chico Fraga que intercedesse por ele junto ao governo Yeda Crusius para garantir a sua nomeação no comando-geral do BM. “Fomos pegos de surpresa. Achávamos que ele tinha assumido o cargo por mérito e pelos anos de corporação, mas foi em decorrência de uma forte articulação com Chico Fraga, personagem da quadrilha que roubou merenda escolar de crianças”, frisou Marcon, ao salientar a influência do secretário-geral da prefeitura de Canoas junto ao Palácio Piratini.

“Em nome da lei, o coronel Mendes reprimia os movimentos sociais. Agora, a imprensa quer discutir quem vazou a informação. Eu quero discutir esta nomeação. Pedirei manifestação do Ministério Público Estadual”,
adiantou o petista, referindo-se ao ditado popular que diz: “Deus pode atrasar, mas tem hora que vem a público”.

As artimanhas usadas por Mendes para se manter no poder também foram condenadas por Marcon. O parlamentar citou o fato de o coronel ter pedido a Chico Fraga que plantasse uma notinha na coluna do jornalista Polibio Braga sobre a Fazenda Southal, ressaltando que o MST obteve êxito numa referida ocupação porque a operação não foi dirigida pelo comandante linha dura.

Por todas estas razões, o deputado acredita que Mendes não pode ser alçado ao Tribunal da Justiça Militar.

*Por Stella Máris Valenzuela, do sítio PTSul
** Foto acima: Mendes com a gov. Yeda

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