20 maio 2014

Imprensa familiar


Editora da “Folha” vai-se declarar impedida? Marido dela trabalha para Aécio



Jeferson não quis seguir carreira com Aécio


por Rodrigo Vianna*

No mesmo dia, duas revelações: a campanha do PSDB assediou dois comunicadores, tentando atraí-los para a candidatura de Aécio Neves.

Jeferson Monteiro, responsável pelo perfil @dilmabr (o famoso “Dilma bolada”), disse não aos tucanos. Ofereceram dinheiro para que ele se bandeasse pro outro lado. É o que diz o Jeferson (leia abaixo a carta boladíssima, em que ele esculhamba a campanha do PSDB).
Aécio e Veja: aliança agora explícita

Otavio Cabral, jornalista da revista “Veja” disse “sim” aos tucanos. Cabral é o mesmo que escreveu uma biografia de péssima qualidade sobre o ex-ministro José Dirceu. Mario Sergio Conti (que de petista não tem nada, mas mantem o hábito de escrever em português intelígível, e de desprezar jornalistas que pisoteiam a verdade factual) esculhambou o Cabral. Disse que a biografia é “invencionice delirante”.

Aécio não se importou com isso. O sujeito é ruim de apuração, escreve mal? Não tem problema nenhum. Importante para o PSDB é consolidar as alianças formais com a mídia velhaca. Assim como tenta fechar com o Meirelles do PSD para vice, Aécio propõe aliança formal com a Abril. São partidos políticos: Abril, PSDB, Folha, Globo, DEM. E jogam juntos. Os cabrais fazem o serviço sujo enquanto os patrões se acertam pelo alto.

Jeferson não foi para a campanha de Aécio, ok. Mas Cabral, a rigor, também não “foi”. Ele sempre esteve nela. Jamais deixou de estar. Agora formalizou tudo.  Outro fato: Cabral é casado com a editora da coluna ”Painel” da “Folha” – dedicada a temas da Política. A tal editora (Vera Magalhães) vai-se declarar impedida para publicar qualquer nota sobre a eleição presidencial? Bobagem. A mulher de Ali Kamel (Patricia Kogut) assina a coluna de TV de “O Globo”. E não há qualquer impedimento. Tudo se resolve em casa. Mirem-se no exemplo daquelas mulheres… 

A mídia velhaca brasileira é um grande acerto familiar. A Revolução de 30 não chegou à imprensa – que vive como se ainda estivéssemos na República Velha.

Jeferson é o ponto fora da curva nessa história de acertos familiares. Não é à toa que os cabrais, mervais, kamels e koguts sejam filhos da … (ops, calma) velha imprensa. Enquanto os jefersons, cloacas e outros detestados pelos kamels e mervais são resultado da revolução digital. (...)   (*Via Blog Escrevinhador)

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