30 janeiro 2015

Por que tanto ódio ao PT? Marx é quem melhor explica




O ódio ao PT

Nos últimos tempos, têm pessoas, principalmente da classe média, que odeiam com toda alma o PT. Não conseguem pensar com isenção sobre qualquer questão em que este partido esteja envolvido. Reagem emocionalmente, inclusive sem a possibilidade de existir um diálogo construtivo com elas. Não ouvem argumento algum se ele ressaltar um aspecto positivo do PT. Esta reação emocional é, em grande parte, de responsabilidade da mídia tradicional, que é parte integrante do capital. Os transbordantes de ódio nem entendem que são manipulados.

Assim, em que se baseia o ódio ao PT? A disseminação de ódio a quem está no poder por quem quer passar a deter este poder é velha na política. Foi isto que Carlos Lacerda fez com relação a Getúlio Vargas, buscando transmitir a idéia que existia um “mar de lama no Palácio do Catete”, acusação esta nunca comprovada. Portanto, não acreditem que o PT é o partido mais corrupto de todos os tempos. Existem integrantes dele, inclusive alguns da cúpula, que foram flagrados em transgressões com o dinheiro público, assim como existem idênticos políticos em outros partidos. (...)

CLIQUE AQUI para continuar lendo o artigo de Paulo Metri (via Viomundo, postado originalmente no Correio da Cidadania)

29 janeiro 2015

Ministro Miguel Rossetto reforça diálogo e participação digital do governo em conversa com blogueiros



Durante café da manhã com blogueiros, nesta quinta-feira (29), o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, afirmou que o governo tem a responsabilidade de construir um diálogo permanente com a sociedade civil como uma maneira de incentivar a participação social no planejamento e execução das políticas públicas do governo federal.
“É um compromisso que nós estamos empenhados. A tarefa dos ministros é apresentar suas propostas e anunciar suas iniciativas. É assim que um governo como nosso, um governo no ambiente democrático, se comporta. Cada vez mais usar seus instrumentos de comunicação para favorecer esse diálogo aberto, uma compreensão mais verdadeira e adequada das iniciativas e da qualidade dos objetivos das ações de governo. Esse é um processo permanente”, afirma.
O ministro ainda destacou que a participação direta contribui para uma governança mais democrática e de acordo com a necessidade da população. “É uma orientação muito forte da presidenta Dilma, que é o diálogo, que é dialogar e escutar com a sociedade brasileira, que é riquíssima na sua capacidade de produzir ideias e opiniões e colaborar ativamente na qualificação de todos os programas do governo federal. Nós governamos muito melhor quando governamos juntos. Nós acertamos mais quando governamos de uma forma participativa. E é tudo que nós queremos”, ressalta.
Rossetto ainda discutiu com os blogueiros a importância de criar mais espaços de participação digital, além de destacar a agenda governamental em andamento para o crescimento econômico do país. Segundo o ministro, a criação de empregos é prioridade do governo federal.(...)
CLIQUE AQUI para ler - na íntegra - e assistir a entrevista (via Blog do Planalto).

28 janeiro 2015

A Globo não ataca o Governo, ataca o Estado nacional



O Jornal da Globo ultrapassou todos os limites da manipulação no sentido de execrar com a Petrobras, puro charlatanismo e economia de botequim.

Por J. Carlos de Assis*

O noticiário da Globo é tendencioso. Ninguém que seja medianamente informado pensará diferente. Entretanto, não sei se as vítimas desse noticiário perceberam que no afã de denegrir o Governo, o que está perfeitamente dentro de suas prerrogativas de imprensa livre, a Tevê Globo, sobretudo nas pessoas dos comentaristas William Wack e Carlos Sardenberg, passaram a atacar o Estado brasileiro, o que sugere crime de lesa-pátria.

O Jornal da Globo de ontem, terça-feira, ultrapassou todos os limites da manipulação no sentido de execrar com a Petrobras através de uma análise distorcida de fatos e estatísticas. Os dois comentaristas tomaram por base valor de mercado, comparando-o com dívidas, para sugerir que a empresa está quebrada. É puro charlatanismo, economia de botequim, violação das mais elementares regras de jornalismo sério.

Valor de mercado não mede valor de empresa; é simplesmente um indicador de solvência de ações num dia no ambiente ultra-especulativo de bolsas de valores. O que mede o valor real de uma empresa é seu patrimônio comparado com seu endividamento. As dívidas que a Petrobras contraiu para suas atividades produtivas, notadamente do pré-sal, são muitíssimo inferiores a seu patrimônio, no qual se incluem bilhões de barris medidos de óleo do pré-sal.Evidentemente que os dois comentaristas da Globo torcem para que o petróleo fique por tempo indefinido abaixo dos 45 dólares para inviabilizar o pré-sal brasileiro. Esqueçam isso. É uma idiotice imaginar que a baixa do petróleo durará eternamente: a própria imprensa norte-americana deu conta de que os poços em desenvolvimento do óleo e do gás de xisto, os vilões dos preços baixos, tem um tempo de vida muito inferior ao que se pensava antes.

É claro que o preço baixo do petróleo tem um forte componente geopolítico a fim de debilitar, de uma tacada, a economia russa, a economia venezuelana e a economia iraniana – e muito especialmente a primeira. Mas o fato é que atinge também empresas americanas que entraram de cabeça no xisto, assim como países “aliados” que produzem petróleo. No caso do pré-sal, ele só se tornaria inviável no mercado internacional com o barril abaixo de 45 dólares.


Os ataques dos dois comentaristas da Globo à Petrobras têm endereço certo: é parte de uma campanha contra o modelo de partilha de produção do pré-sal sob controle único da Petrobras, contra a política de conteúdo nacional nas encomendas da empresa e contra a contratação das grandes construtoras brasileiras para os serviços de construção de plataformas e outras obras civis, principalmente de refinarias.


Esses três pontos foram assinalados no discurso de Dilma como inegociáveis. É uma decisão de Estado, não apenas de Governo. Sintomaticamente, os dois comentaristas da Globo sequer mencionaram esses pontos. Preferiram dar destaque maior ao noticiário pingado da Lava Jato, que, cá pra nós, já está ficando chato na medida em que não tem nada realmente novo, mas simples repetição à exaustão de denúncias anteriores.

P.S. Talvez os dois comentaristas teriam maior simpatia pela Petrobras se parassem para dar uma olhada nos anúncios televisivos sobre a performance vitoriosa da empresa,  e que ela está pagando para serem exibidos na Globo, para mim de forma absurda e injustificável.*Economista, doutor pela Coppe/UFRJ, professor de Economia Internacional da UEPB.

-Créditos da foto: Montagem feita com fotografia da Agência Senado - Fonte: Carta Maior

27 janeiro 2015

Presidenta orienta ministros a reagirem aos boatos “travando batalha da comunicação”



A presidenta Dilma Rousseff conclamou todos os ministros a combaterem a divulgação de informações falsas e boatos sobre ações do governo. A recomendação foi feita na primeira reunião com seu novo ministério, realizada nesta terça-feira (27), na Granja do Torto, em Brasília.
“Nós devemos enfrentar o desconhecimento, a desinformação sempre e permanentemente. Vou repetir: sempre e permanentemente. Nós não podemos permitir que a falsa versão se crie e se alastre. Reajam aos boatos, travem a batalha da comunicação, levem a posição do governo à opinião pública, a posição do ministério, a posição do governo à opinião pública. Sejam claros, sejam precisos, se façam entender. Nós não podemos deixar dúvidas”, argumentou a presidenta.
Dilma citou exemplos de desinformação que permeiam a opinião pública e correm as redes sociaiscomo a retirada de conquistas sociais e trabalhistas com as novas medidas econômicas do governo.
“Quando for dito que vamos acabar com as conquistas históricas dos trabalhadores, respondam em alto e bom som: ‘Não é verdade! Os direitos trabalhistas são intocáveis, e não será o nosso governo, um governo dos trabalhadores, que irá revogá-los’”, enfatizou.
A presidenta ainda citou a questão da mobilidade urbana nos municípios e lembrou do apoio aos governos estaduais, responsáveis pelo abastecimento de água.
“Quando se levantar a questão da mobilidade urbana em nossas cidades, falem dos R$ 143 bilhões que estamos investindo em 118 municípios de grande e médio porte, em todos os Estados. Quando for mencionada a crise da água, lembrem-se que desde o início desta que é a maior estiagem das últimas décadas, o governo federal apoiou, está apoiando e continuará apoiando, de todas as formas, inclusive com vultosos investimentos, com investimentos elevados, as demandas dos governos estaduais”, ressaltou.
A presidenta pediu ainda aos ministros que levem ao conhecimento da população os compromissos assumidos e desafios superados go governo em suas áreas.
“Vamos falar mais, comunicar sobre nossos desafios, nossas iniciativas e nossos acertos. Vamos mostrar a cada cidadão, a cada cidadã brasileira, que não alteramos um só milímetro o nosso compromisso com o projeto vencedor na eleição, com o projeto de desenvolvimento que nós estamos implementando desde 2003, um projeto de crescimento com distribuição de renda”, lembrou ela. - Fonte: http://blog.planalto.gov.br/

26 janeiro 2015

28/01 - Dia Nacional de Lutas por Emprego e Direitos

A CUT conclama todos/as seus dirigentes e militantes, trabalhadores/as de base para o Dia Nacional de Luta por Empregos e Direitos


A CUT conclama todos/as seus dirigentes e militantes, trabalhadores/as de base, juntamente com as demais Centrais Sindicais e Movimentos Sociais para o Dia Nacional de Luta por Empregos e Direitos, no próximo dia 28, em todo o país.
Diante da conjuntura que se apresenta neste início de ano, nós trabalhadores/as devemos exigir a garantia dos empregos, a manutenção e ampliação de direitos e impedir que a agenda da direita derrotada nas eleições, de arrocho, recessão e desemprego seja colocada em prática. Não vamos permitir que as conquistas dos últimos 12 anos sejam colocadas em risco!
Nossas Estaduais e Ramos da CUT deverão:
  • realizar Plenárias Organizativas do Dia Nacional de Luta, para preparar o dia 28 de janeiro, convocando as demais Centrais e movimentos sociais;
  • organizar para o dia 28 de janeiro: mobilizações de rua, em locais estratégicos e de visibilidade, que permitam dialogar com os/as trabalhadores/as sobre a atual conjuntura;
  • dar grande visibilidade ao nosso Dia Nacional de Luta, ampliando nosso poder de pressão junto aos/às governadores/as e deputados/as estaduais e federais;
Solicitamos às entidades que se organizem e participem ativamente das mobilizações e informem à Secretaria Geral Nacional (cut@cut.org.br) sobre as atividades programadas (ações, locais, horários).
Solicitamos também que sejam enviadas fotos das atividades do dia 28 para que possamos divulgar no site da CUT Nacional e nas redes sociais: imprensa@cut.org.br
CLIQUE AQUI para ler mais.

25 janeiro 2015

ÓDIO DA DIREITA A DIRCEU O TRANSFORMA EM BRUXA NA FOGUEIRA



"A satanização recorrente de José Dirceu se tornou, indelevelmente, um dos mais covardes e perversos linchamentos da história recente da política brasileira"

Por Davis Sena Filho*
Mais uma vez, e não vai ser a última, que as mídias familiares e essencialmente de mercado voltam a bater no ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, um dos principais militantes históricos do Partido dos Trabalhadores, e, principalmente, um dos articuladores políticos mais influentes do País, antes da chegada da agremiação popular ao poder máximo da República Federativa do Brasil, por intermédio do líder trabalhista, Luiz Inácio Lula da Silva.
Sem sombra de dúvida, a direita de passado escravocrata e que atualmente se articula para evidenciar toda sorte de golpes políticos e jurídicos não se esquece de Dirceu, pois a intenção é dar um caráter maior às "crises" em suas manchetes, pois sabedora que o político ora encarcerado se tornou um símbolo da "corrupção" do PT e do Governo Trabalhista, e, portanto, quando necessário, recorre-se ao seu nome, mesmo se o político não tiver quaisquer envolvimentos com lutas políticas e partidárias, bem como em escândalos que frequentam as capas dos jornais e revistas e as chamadas de televisões e rádios.
A satanização recorrente de José Dirceu se tornou, indelevelmente, um dos mais covardes e perversos linchamentos da história recente da política brasileira. Não existe nada mais sórdido e infame do que as ações e os atos de jornais e revistas como o Globo, a Folha, o Estadão, a Veja e a IstoÉ, além das televisões cujas redações são pautadas por essas publicações, que há muito tempo abandonaram o jornalismo e que hoje se dedicam, pura e somente, a achincalhar e a linchar àqueles que são considerados inimigos dos magnatas bilionáros de todas as mídias cruzadas, que exigem submissão do poder público e que os governantes efetivem suas agendas políticas e econômicas, conforme seus interesses inconfessáveis.
No meio dessa parafernália política capitaneada pelo maior partido de direita deste País, a imprensa de negócios privados, eis que surge novamente o nome de José Dirceu no caso Lava Jato. As Organizações(?) Globo, por intermédio de seus bate-paus, toma a frente da demonização de José Dirceu, o acusa, o julga e o condena mais uma vez, pois só falta os repórteres, blogueiros e colunistas de tal organização(?) assumirem também os papéis de policiais e carcereiros do homem escolhido por eles para fazer o papel eterno de protagonista de escândalos e de malfeitos. (...)
CLIQUE AQUI para ler na íntegra (via Brasil247*)

'Se eu cantar não chore não, é só poesia'




* Um Girassol da Cor de Seu Cabelo - Nenhum de Nòs

(...) 
"Se eu cantar não chore, não
É só poesia
Eu só preciso ter você
Por mais um dia
Ainda gosto de dançar
Bom dia
Como vai você? 
Sol, girassol, verde, vento solar
Você ainda quer morar comigo?
Vento solar, estrelas do mar
Um girassol da cor de seu cabelo
Se eu morrer não chore, não
É só a lua
É seu vestido cor de mar
É filha nua
Ainda moro nesta mesma rua
Como vai você?" (...)

23 janeiro 2015

Folhas de Relva




Vida

Sempre a desencorajada alma do homem
resoluta indo à luta.
(Os contingentes anteriores falharam?
Pois mandaremos novos contingentes
e outros mais novos.)

Sempre o cerrado mistério
de todas as idades deste mundo
antigas ou recentes;
sempre os ávidos olhos, hurras, palmas
de boas-vindas, o ruidoso aplauso;
sempre a alma insatisfeita,
curiosa e por fim não convencida,
lutando hoje como sempre,
batalhando como sempre.
...

Canção de mim mesmo

"Walt Whitman, americano, um bronco, um kosmos,
Agitado corpulento e sensual....comendo e bebendo e procriando,
Nada sentimental....alguém que não se põe acima dos outros homens e mulheres
Nem deles se afasta....nem modesto nem imodesto.
Arranquem os trincos das portas!
Arranquem as próprias portas dos batentes!
Quem degrada uma pessoa me degrada....e tudo que se diz ou se faz no fim volta pra mim,
E o que eu faça ou diga volta pra mim,
A inspiração surgindo e surgindo de mim....por mim a corrente e o índice.
Pronuncio a senha primeva....dou o sinal da democracia;
Por Deus! Não aceito nada que não possa devolver aos demais nos mesmos termos.
Por mim passam muitas vozes mudas há tanto tempo,
Vozes das intermináveis gerações de escravos,
Vozes das prostitutas e pessoas deformadas,
Vozes dos doentes e desesperados e dos ladrões e anões, (...)
Por mim passam vozes proibidas,
Vozes dos sexos e luxúrias....vozes veladas, e eu removo o véu,
Vozes indecentes, esclarecidas e transformadas por mim.
Não cruzo os dedos sobre a boca,
Cuido bem dos meus intestinos tanto quanto da cabeça ou do coração,
A cópula não é mais indecente do que a morte.
Acredito na carne e nos apetites,
Ver e ouvir e sentir são milagres, como é milagre cada parte e migalha de mim."

                                  Walt Whitman, in "Leaves of Grass" ('Folhas de Relva')

21 janeiro 2015

Papel da CUT e dos movimentos é combater retrocesso




O ano de 2015 não seria fácil e isso o movimento sindical já sabia logo após o final das eleições. A posse de um Congresso ainda mais reacionário que o anterior e as cobranças da coalisão que ajudou a eleger a presidenta Dilma eram garantia de muitas pedras no caminho para a continuidade do desenvolvimento com distribuição de renda e inclusão social.

Surpreendente foi o pacote de medidas que o governo federal anunciou de início, por meio de Medidas Provisórias (MPs) 664 e 665, que atacavam conquistas caras aos trabalhadores, especialmente os mais pobres, como o seguro-desemprego e o abono salarial.

Nessa segunda (19), em reunião da CUT e das demais centrais sindicais com os ministros da Secretaria-Geral da Presidência da República (Miguel Rosseto), do Planejamento (Nelson Barbosa), da Previdência (Eduardo Gabas) e do Trabalho (Manoel Dias), o Executivo frustrou as expectativas ao dizer que não revogaria as medidas. Mas, ao menos acenou com a possibilidade de mudanças no conteúdo das ações.

Em entrevista, o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, destaca que o princípio de derrubar a economia para conter a inflação é um equívoco, tanto quanto abrir o capital da Caixa Econômica Federal. Ele apontou ainda que a Central terá como eixo central de 2015 a luta por direitos e contra a direita e defendeu uma manifesto em defesa da Petrobrás.

CLIQUE AQUI para ler a íntegra da entrevista com o companheiro Vagner Freitas (via sítio da CUT Nacional).

19 janeiro 2015

Morte de promotor argentino é um tiro para desestabilizar Cristina Kirchner



Nisman, que mantinha relações com o governo americano, havia pedido que Cristina fosse chamada para depor na causa do atentato terrorista contra a AMIA.

O promotor Alberto Nisman apareceu morto com um tiro na cabeça disparado com sua arma pessoal em um apartamento localizado a poucas quadras da Casa Rosada, a sede do governo. Seu corpo foi encontrado nas primeiras horas desta segunda-feira (19), dias depois de ter acusado Cristina Kirchner de encobrir os responsáveis do atentado que matou dezenas de pessoas na AMIA (Associação Mutual Israelita Argentina), em julho de 1994.

O procurador se transformou em uma estrela de televisão e dos meios de comunicação oligopolistas que deram ampla cobertura às suas sonoras denúncias, geralmente vazias de provas. Nisman era para a grande mídia algo como se tornou o juiz paranaense Sergio Moro para a imprensa tradicional brasileira.

Os principais dirigentes oposicionistas haviam viajado de seus respectivos estados para Buenos Aires a fim de participar nesta segunda-feira de uma exposição de Alberto Nisman na Câmara dos Deputados, em que havia prometido que apresentaria provas sobre a interferência de Cristina na investigação sobre o atentado terrorista de 1994.

Segunda essa versão do promotor, a presidenta quis evitar que fossem investigados suspeitos iranianos. A morte de Alberto Nisman motivou comoção nacional a 10 meses das eleições presidenciais, enquanto os adversários do governo não estão conseguem superar suas diferenças internas para compor uma coalizão unitária.

“Os dados da autópsia de Alberto Nisman estarão prontos à noite, o que podemos adiantar é que sua morte aconteceu antes do jantar [de domingo]... estava sozinho e a porta do apartamento estava fechada com chave”, informou a promotora Viviana Fein.

“Pedimos aos jornalistas que nos deixem trabalhar”, disse Viviana diante de um enxame de repórteres que a esperavam na porta do elegante prédio em que ele residia, onde o corpo jazia dentro do banheiro junto da arma com a qual o disparo foi feito.

Como os dados da perícia forense ainda não foram divulgados, seria irresponsável arriscar se o promotor que investigava o atentado da associação mutual judia AMIA se suicidou ou se foi assassinado. Em todo caso, é evidente que este fato sangrento carrega consigo uma consequência política: prejudica o governo da presidenta Cristina Kirchner, que mantém uma alta popularidade e deve exercer sua influência nas eleições em que seu sucessor será escolhido. (...)

CLIQUE AQUI para continuar lendo (via Carta Maior)

18 janeiro 2015

O dilema do PSDB: social democracia ou direita?




Distanciado da origem social democrata, o PSDB adotou o receituário inspirado no Consenso de Washington, abraçou explicitamente o moralismo da velha UDN em 2010 e em 2014 saiu das urnas fortalecido à direita

Por Ricardo L. C. Amorim e Keila C. G. Rosa*

O Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) nasceu quando o PMDB deixava de representar a aliança contra a ditadura e transformava-se, aos poucos, em uma força política indefinida. Naquele fim dos anos 1980, quando surgiu, o PSDB personificou a esperança de organizar uma alternativa social democrata em meio ao conjunto das forças políticas que emergiam no País.
Suas alianças e estratégia permitiram que, já em 1994, o partido chegasse à Presidência da República com a promessa de dar continuidade ao Plano Real, fundamental esforço de combate a inflação.
O controle de inflações elevadas, todavia, implica custos e redistribuição de renda. O governo do PSDB escolheu, então, os perdedores, os que pagariam a conta: os trabalhadores (1).
Foram os anos de liberalização da economia com abertura comercial (sem contrapartidas), privatização de empresas (em processos questionados), redução do papel do Estado (desarticulando e minando órgãos) e ênfase sobre a regulação (enfraquecendo políticas estratégicas de Estado).
O capital, por sua vez, pouco sofreu, pois o Governo Federal propôs uma rota de fuga para a multiplicação do dinheiro. Foi o período das incrivelmente elevadas taxas de juros, em que a compra de um papel da dívida pública garantia alto rendimento com baixíssimo risco.
A liquidez necessária aos ativos para serem aplicados no mercado financeiro foi conseguida, muitas vezes, com a venda de empresas nacionais ao capital estrangeiro.
Além desse receituário inspirado no Consenso de Washington, outras medidas aumentaram a distância do PSDB em relação à população menos abastada: o partido raro conversou com as organizações populares, os pobres foram pouco aquinhoados no orçamento da União, o governo aliou-se à direita mais conservadora (o Democratas, ex-PFL que, antes, foi PDS e Arena) e, por fim, emendou a Constituição no capítulo econômico, extinguindo qualquer viés nacionalista.
Como prêmio pela ajuda aos capitais nacionais e estrangeiros, o governo do PSDB recebeu apoio da imprensa nacional que, mesmo quando denunciava problemas, não aprofundava a investigação e tendia a esquecer rápido cada acusação (2).
Em 2002, todavia, outra força política ganhou as eleições ao encarnar a esperança na retomada do crescimento econômico e na melhor distribuição de renda no País. Nos anos seguintes, programas redistributivos foram melhorados e ampliados, o salário mínimo cresceu significativamente, cessaram as privatizações e os investimentos públicos foram retomados.
O setor externo facilitou a tarefa, pois a valorização das commodities exportadas gerou divisas suficientes para controlar, através de importações, qualquer pressão inflacionária.
O cenário favorável ao novo governo acuou a oposição peessedebista que, sem projeto político alternativo, passou a gritar o samba de uma nota só: corrupção, corrupção, corrupção. Era o início do período lacerdista do PSDB, a inesperada aflição de refundar o comportamento da velha UDN que acusava Getúlio Vargas de administrar um “mar de lama”. O contraditório era que o PSDB acusador também era acusado de ter seu próprio “mar de lama” (3).
Em 2010, o PSDB abraçou explicitamente o moralismo da velha UDN. Naquele ano, José Serra (PSDB) enfrentou Dilma Rousseff (PT) pela Presidência da República. Ali, a guinada conservadora do partido impressionou pelo uso de símbolos religiosos e partidarização de temas caros aos fiéis evangélicos e católicos. A escolha feita pelo PSDB, naquele momento, afastou-o de mais elementos primários da social democracia. Agora, o partido descuidava da defesa do Estado laico.
Do mesmo modo, a recente eleição de outubro de 2014 reforçou a opção do PSDB de afastar-se da social democracia e trouxe, também, uma preocupação: o partido encarnou, para parte dos eleitores, uma alternativa conservadora e de direita no cenário político brasileiro.
O motivo estava nas escolhas. Por exemplo, o PSDB continuou buscando apoio de figuras conservadoras do pensamento religioso, não se aproximou dos movimentos sociais, o programa de governo destacou a regulação e as funções liberais do Estado, o candidato cercou-se de economistas neoliberais, arrecadou o apoio do setor financeiro entre outras escolhas.
A imagem do candidato do PSDB, então, atraiu os insatisfeitos com o atual governo, mas principalmente os radicais de direita, muitos deles sem qualquer noção sobre o funcionamento da política, da economia ou da história do País, mostrando o lado para o qual pendia a candidatura.
Nesse ambiente, o PSDB, ao solicitar uma auditoria sobre a eleição presidencial, lançou uma nuvem de suspeita sobre o processo eleitoral e o Tribunal Superior Eleitoral. O pedido atendeu aos reclamos dos descontentes com o resultado da eleição e jogou gasolina sobre a brasa dos grupos de extrema direita. Aparentemente, a intenção limitou-se a agradar esses grupos para mantê-los ativos em ataques ao Governo Federal, como linha de frente da batalha política que se anuncia.
Em resumo, o PSDB precisou assumir o apoio da direita e caminhar mais alguns passos na mesma direção, encarnando, no imaginário dos brasileiros, a ordem e o status quo, em oposição a projetos populares.
O resultado, portanto, foi que o PSDB saiu fortalecido das urnas em 2014, mas fortalecido à direita e não em nome da social democracia. O crescimento do partido é um fato para seus líderes comemorarem, mas pode revelar-se lamentável quando se recorda o discurso de sua fundação: um partido social democrata que deveria buscar a construção da justiça social em uma nação marcada pela desigualdade e pobreza, aplicando-se, portanto, na luta pela distribuição de oportunidades, poder e cultura (4).
Diante disso, o melhor para o Partido da Social Democracia Brasileira seria surgir um verdadeiro partido de direita no Brasil, a fim de não ser mais confundido como tal. Poderia o PSDB, então, resgatar seu programa social democrata e, na oposição, chamar para si a relevante tarefa de ajudar o Brasil a ser mais democrático, justo, empreendedor e laico.
Notas
(1) Os trabalhadores sofreram, no período, as maiores taxas de desemprego já registradas no país. Na Região Metropolitana de São Paulo, a taxa de desemprego cresceu de 12,6%, em dezembro de 1994, para 20,4%, em abril de 2002.
(2) Esse comportamento da mídia nacional fica muito claro a partir dos números coletados pelo Prof. João Feres Junior (IESP/UERJ), reunidos no site Manchetômetro.
(3) As acusações de compra de votos de parlamentares na emenda constitucional que permitiu a reeleição para cargos no poder executivo, as desconfianças de favorecimento nos processos de privatização de grandes empresas públicas e a condenação do banqueiro Salvatore Cacciola com problemas junto ao Banco Central são alguns dos casos mais famosos do período.
(4) O Programa Partidário aprovado no III Congresso Nacional do PSDB parece relativizar o documento de fundação de 1988. Ver AQUI.

17 janeiro 2015

15 janeiro 2015

PHA pergunta: "Por que eles querem executar os blogueiros?"





*Paulo Henrique Amorim no 'Conversa Afiada':

"Estatísticas explicam por que os gilmares, imaculados banqueiros e Gilbertos Freires com “i” estão desesperados.

E tentam usar a Justiça como uma arma de fogo."

(Vejam as razões no vídeo acima) http://www.conversaafiada.com.br/

Maria Frô detona enquete desinformada do PSDB — e pede votos



Do Viomundo*por Maria Frô, no Facebook: O PSDB é o partido mais escroto no país, a Frente Nacional para a Democratização da Mídia (FNDC) deveria fazer uma representação contra a desinformação deste partido reacionário nesta enquete.

Presta atenção, partidinho de idiotas, leia a Constituição do Brasil, a regulação econômica da mídia é artigo constitucional, assim como o estímulo à democratização dos meios de comunicação, da radiodifusão — que é concessão pública –, mas voces fazem questão de desinformar seus eleitores, tão idiotas quanto este partido reacionário e contra o povo.

Sem uma mídia democrática, toda democracia corre riscos.

O direito à liberdade de expressão é um direito humano, reconhecido pela ONU e difere da liberdade de imprensa (no Brasil, liberdade de empresa).

Esta enquete só mostra de que lado vocês estão, o lado do monopólio midiático que criminaliza as lutas sociais, que só defende o interesse do grande capital.


Leia também:

*Fonte:  http://www.viomundo.com.br/

13 janeiro 2015

Centrais vão às ruas em defesa de empregos e direitos



Em coletiva nesta terça (13), entidades apontam mobilizações em janeiro e fevereiro por revogação de Medidas Provisórias.

CLIQUE AQUI para ler na íntegra (via sítio da CUT  Nacional).

12 janeiro 2015

Charlie Hebdo: 21 líderes mundiais que marcharam em Paris e não são “amantes” da liberdade de expressão



Com uma série de tuítes, estudante da London School of Economics aponta a hipocrisia na “solidariedade” de diversos governos para com o ataque à redação da Charlie Hebdo, numerando 21 líderes mundiais que marcharam em Paris pela liberdade de expressão, mas que não demonstram tanto fervor em defendê-la nos seus próprios países
Por Vinicius Gomes*
Na esteira do assassinato de 12 pessoas na última quarta-feira (7) em Paris, entre elas dois policiais franceses e dez funcionários da publicação semanal satírica Charlie Hebdo, as ruas de diversas cidades francesas foram tomadas por quase 4 milhões de pessoas nesse domingo (11) que marcharam em solidariedade às vítimas e suas famílias e contra o terrorismo e pela defesa da liberdade de expressão. Em Paris, a manifestação contou com a presença de dezenas de líderes mundiais andando de braços cruzados em nome desses valores. Visualize aqui um rápido “quem-é-quem” de alguns dos que participaram.
A hipocrisia pela demonstração de solidariedade às vítimas inocentes da Charlie Hebdo poderia, por exemplo,ser apontada logo de cara com a presença do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, que há menos de seis meses causou a morte de mais de duas mil pessoas em Gaza, cerca de 500 delas sendo crianças; mas como a organização internacional Repórteres Sem Fronteiras escreveu, eles ficaram “estarrecidos pela presença de líderes de países onde jornalistas e blogueiros são sistematicamente perseguidos” – citando alguns como o primeiro-ministro da Turquia, os ministros de relações exteriores do Egito, da Rússia, da Argélia e dos Emirados Árabes, além do presidente do Gabão.
Porém, um estudante da London School of Economics foi mais além: Daniel Wickham postou uma série de tuítes dando nome aos bois daqueles que andavam de braços cruzados em nome da liberdade de expressão, quando em seus próprios países eles não parecem tão preocupados em defendê-la - fato esse que não pode ser classificado como nada menos do que um show de hipocrisia. Sendo que a mais flagrante foi a condenação de Raif Badawi, um blogueiro saudita, por“insultar o islã“: 10 anos de prisão e 1.000 chibatadas em público, ao longo de 20 semanas – as primeiras 50 foram dadas na sexta-feira (9), dois dias antes de o embaixador da Arábia Saudita marchar com outros defensores da liberdade de expressão.
Confira abaixo a lista de Wickham, apontando 21 líderes mundiais e fervorosos defensores da liberdade de imprensa e expressão:
1) Rei Abdullah, da Jordânia, que no ano passado sentenciou um jornalista palestino a 15 anos na prisão com trabalhos forçados
2) Primeiro-Ministro Davutoglu, da Turquia, que prende mais jornalistas do que qualquer outro país no mundo
3) Primeiro-Ministro Netanyahu, de Israel, cujas forças [armadas] mataram 7 jornalistas em Gaza no ano passado (ficando atrás apenas da Síria)
4) Ministro das Relações Exteriores Shoukry, do Egito, que além de prender jornalistas da Al Jazeera, deteve também o jornalista Shawkan por cerca de 500 dias
5) Ministro das Relações Exteriores Lavrov, da Rússia, que no ano passado prendeu um jornalista por “insultar um funcionário do governo”
6) Ministro das Relações Exteriores Lamamra, da Argélia, que prendeu o jornalista Abdessami Abdelhai por 15 meses sem julgamento
7) Ministro das Relações Exteriores dos Emirados Árabes, que em 2013, manteve um jornalista incomunicável durante um mês
8) Primeiro-Ministro Jomaa, da Tunísia, que recentemente prendeu o blogueiro Yassine Ayan por 3 anos, por ter “difamado o exército”
9) Os primeiro-ministros da Georgia e Bulgária, ambos países que têm um histórico de atacar ebater em jornalistas
12) Secretário-Geral da Otan, que ainda precisa ser responsabilizada pelo bombardeio e assassinato deliberado de 16 jornalistas sérvios em 1999
14)  Ministro das Relações Exteriores de Bahreinsegundo maior país que prende jornalistas no mundo (e também os torturam)
15) Xeique Mohamed Ben Hamad Ben Khalifa Al Thani, do Qatar, que condenou um homem por 15 anos por escrever o “Poema do Jasmim” - que criticava os governos do Golfo Pérsico no pós-Primavera Árabe
16) Presidente Mahmoud Abbas, da Autoridade Palestina, que prendeu diversos jornalistas em 2013 por “insultá-lo” no Facebook
17)  Primeiro-Ministro Cerar, da Eslovênia, que condenou um blogueiro a seis meses de prisão por “difamação”, em 2013
18) Primeiro-Ministro Enda Kenny, da Irlandaonde “blasfêmia” é considerado um crime
Foto de Capa: Reprodução 
- Fonte: Revista Forum http://www.revistaforum.com.br/