10 novembro 2017

Pesquisa mostra que retrocesso trabalhista está claro para o brasileiro

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Por Fernando Brito*

Quatro em cada cinco brasileiro (81%) desaprovam a reforma das leis trabalhistas que entram em vigor amanhã, sábado. Pesquisa da Vox Populi, encomendada pela CUT e realizada no final de outubro (dias 27 a 31), mostra uma aprovação mínima, semelhante á de seu autor, Michel Temer: apenas 6% aprovam.

Talvez nem isso tenha, a partir de segunda-feira, quando os empregados começarão a ser chamados para “acordos individuais” sobre jornada de trabalho, banco de horas, parcelamento de férias e intervalos para amamentação. Ou quando entrar em operação o “bico legalizado”, chamado de trabalho intermitente, onde o sujeito só trabalha quando for chamado pelo patrão, e recebe de acordo com as horas de serviço prestadas. Nem mesmo um mínimo de horas a ele se garante: é o “só uso quando preciso” transferido para as relações de trabalho.

Mesmo com o pouco, quase nenhum, espaço dado na mídia para a crítica à nova legislação e a enxurrada de empresários e colunistas que a louvam, 67% dos brasileiros sabem que ela será boa para os patrões e outros 15% que não será boa para nem para eles, nem para os empregados.

Talvez estes últimos sejam os que mais razão têm, o que se verá quando a enxurrada de ações judiciais começar a crescer no horizonte.

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