04 janeiro 2020

EUA cometeram segundo maior erro estratégico deste século, diz pesquisador



Milhares de iranianos protestam em Teerã contra ataque dos EUA. (Foto: Nima Najafzadeh/Tasnim News Agency)

Por Marco Weissheimer, no Sul21*
A decisão do presidente Donald Trump de ordenar a morte do general Qasem Soleimani, comandante da Força Quds da Guarda Revolucionária iraniana, representa o segundo maior erro estratégico que os Estados Unidos cometeram neste século, depois da invasão do Iraque em 2003. A ordem para assassinar o general iraniano deve ampliar o isolamento e a desconfiança que pairam sobre os EUA no Oriente Médio, além de poder alimentar uma escalada militar de conseqüências imprevisíveis. A avaliação é do professor Hugo Arend, Doutor em Sociologia pela PUC/RS, professor convidado do curso de pós graduação em Estudos Estratégicos Internacionais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e diretor do espaço Ideias e Saberes.
Em entrevista ao Sul21, Arend avaliou algumas das possíveis implicações a partir do assassinato do general Soleimani, destacando que uma escalada militar entre EUA e Irã acabaria arrastando a Europa também, em função das cláusulas que regem a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), e outros países como Síria, Rússia e China. Quanto à posição do Brasil diante deste cenário, o pesquisador diz que, pela primeira vez, nos últimos 30 anos, ela é irrelevante. “O Ministério das Relações Exteriores está nas mãos de uma pessoa que não sabe absolutamente nada a respeito do que está acontecendo no mundo. Hoje, na cúpula do Ministério, não temos recursos humanos capazes de lidar com essa crise. E também não temos nenhuma credibilidade junto aos europeus e aos árabes para ter alguma atuação relevante”, afirma.
CLIQUE AQUI para ler a entrevista, na íntegra.

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