04 maio 2020

#LUTO: FALECEU ALDIR BLANC



Como se não bastasse tudo  de ruim que tem acontecido em nosso país, especialmente no último período, recebemos  hoje outra notícia muito triste, que nos deixa ainda mais deprimidos: a perda de um dos grandes nomes da música popular brasileira, Aldir Blanc

Além de grande poeta e compositor (parceiro de João Bosco imortalizado principalmente nas gravações da gaúcha Elis Regina, em particular durante o período da famigerada ditadura militar), é mais um guerreiro em defesa da democracia e da cidadania que se vai precocemente devido ao ataque do maldito vírus Covid-19 (a maioria já sabe - salvo alguns dementes e irresponsáveis - que não é apenas "uma gripezinha"). Estamos todxs de luto!

Abaixo, reproduzo a postagem do companheiro jornalista Fernando Brito, no seu Tijolaço, que sintetiza muito bem o que sentimos com a notícia da morte do nosso grande Aldir Blanc. (Júlio Garcia)

Acreditar na existência do sol, o recado do Aldir 


Minha geração – que abençoada! – teve muitos monstros sagrados da poesia e da música a nos ajudarem a pensar.
Um havia, porém, que era pessoalmente muito pouco conhecido pelo rosto, mas tanto pelo que criou, Aldir Blanc foi o mais perto de Noel Rosa que o Rio criou como poeta popular.
Não cabe fazer a lista imensa de seus clássicos, desde o triste “Amigo é pra Essas Coisas” até o hino da Anistia, com o “O Bêbado e a Equilibrista”.
Mais uma vítima desta doença horrorosa, que nos rouba o ar e a esperança
Os sites e TVs, hoje, tocarão várias pérolas do carioca do Estácio, criado na Vila Isabel e depois abancado, até o fim de sua fértil vida na Rua dos Artistas, antes Aldeia Campista, hoje agregada à Tijuca.
Eu tomo a liberdade, porém, de escolher uma, do início dos anos 70, para mim um hino de valentia que o Aldir, com o seu eterno parceiro João Bosco e a voz sem igual da Elis, certamente nos daria nesta hora de sermos fortes.

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