Como se não bastasse tudo de ruim que tem acontecido em nosso país, especialmente no último período, recebemos hoje outra notícia muito triste, que nos deixa ainda mais deprimidos: a perda de um dos grandes nomes da música popular brasileira, Aldir Blanc.
Além de grande poeta e compositor (parceiro de João Bosco e imortalizado principalmente nas gravações da gaúcha Elis Regina, em particular durante o período da famigerada ditadura militar), é mais um guerreiro em defesa da democracia e da cidadania que se vai precocemente devido ao ataque do maldito vírus Covid-19 (a maioria já sabe - salvo alguns dementes e irresponsáveis - que não é apenas "uma gripezinha"). Estamos todxs de luto!
Abaixo, reproduzo a postagem do companheiro jornalista Fernando Brito, no seu Tijolaço, que sintetiza muito bem o que sentimos com a notícia da morte do nosso grande Aldir Blanc. (Júlio Garcia)
Acreditar na existência do sol, o recado do Aldir
Minha geração – que abençoada! – teve muitos monstros sagrados da poesia e da música a nos ajudarem a pensar.
Um havia, porém, que era pessoalmente muito pouco conhecido pelo rosto, mas tanto pelo que criou, Aldir Blanc foi o mais perto de Noel Rosa que o Rio criou como poeta popular.
Não cabe fazer a lista imensa de seus clássicos, desde o triste “Amigo é pra Essas Coisas” até o hino da Anistia, com o “O Bêbado e a Equilibrista”.
Mais uma vítima desta doença horrorosa, que nos rouba o ar e a esperança
Os sites e TVs, hoje, tocarão várias pérolas do carioca do Estácio, criado na Vila Isabel e depois abancado, até o fim de sua fértil vida na Rua dos Artistas, antes Aldeia Campista, hoje agregada à Tijuca.
Eu tomo a liberdade, porém, de escolher uma, do início dos anos 70, para mim um hino de valentia que o Aldir, com o seu eterno parceiro João Bosco e a voz sem igual da Elis, certamente nos daria nesta hora de sermos fortes.
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