11 janeiro 2024

Brasil condena genocídio perpetrado por Israel em Gaza

 

Mauro Vieira, Lula e Gaza ao fundo (Foto: ABr | Ricardo Stuckert/PR | REUTERS/Mohammed Salem)


Por Hildegard Angel*

"À luz das flagrantes violações ao direito internacional humanitário, o presidente manifestou seu apoio à iniciativa da África do Sul de acionar a Corte Internacional de Justiça para que determine que Israel cesse imediatamente todos os atos e medidas que possam constituir genocídio ou crimes relacionados nos termos da Convenção para a Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio", diz a nota divulgada há pouco pelo Itamaraty. A pressão das redes sociais, da mídia progressista e dos movimentos de resistência ao massacre perpetrado há 96 dias pelo Estado sionista de Israel contra Gaza, apesar da cobertura vergonhosa e mentirosa da mídia corporativa brasileira. 

Parabéns, presidente @lulaoficial ! Parabéns @fepal_brasil ! Parabéns a todos - os poucos - nas redes sociais, no Instagram, no Facebook, no X, no YouTube, que deram sua cara a tapa, ignoraram ataques, ofensas, desconfianças, ameaças; parabéns aos que mesmo recebendo retaliações não se dobraram. 

Parabéns aos brasileiros que optaram pela Humanidade, pela vida, pelo amor ao próximo. Parabéns aos que priorizaram a compaixão e os valores humanos às conveniências, às amizades que logo se revelaram "de araque". Aos que ignoraram os narizes torcidos.  

Parabéns aos jornalistas que não se dobraram ao lobby dos poderosos, e se mantiveram firmes na arena em defesa dos inocentes palestinos assassinados, os mártires dessa "guerra" unilateral. Ao lado dos bebês bombardeados, das crianças desmembradas, das mães e avós assassinadas. Os vilões do massacre em Gaza, dos ataques na Cisjordânia, das bombas jogadas contra o Líbano estão sendo desmascarados e abandonados. África do Sul, Holanda, a Liga Árabe e agora o nosso Brasil se posicionaram contra Israel pelo crime de genocídio na Corte Internacional de Justiça!

Os Estados Unidos, mesmo ainda timidamente, já externam oposição ao massacre operado contra os palestinos. O chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, pede a Israel que freie os ataques contra civis em Gaza e pare de "minar" as possibilidades dos palestinos de se reerguerem como povo, nação, de terem seu país, e também do básico: de beberem água, de se alimentarem, de receberem assistência médica. 

Este foi apenas um passo. E a resistência continua, até a extinção completa desse estado de horror, desse morticínio, desse holocausto, que manchou para sempre a história do povo judeu tão oprimido, agora desempenhando o abjeto papel de opressor. 

Até agora o saldo dessa devastação sombria é de 23 mil mortos, 58 mil feridos e quase 10 mil desaparecidos. Quanto martírio, quanta dor.

E que o judaísmo não seja confundido com o implacável e desumano sionismo.

*Via Brasil247

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