31 maio 2018

FUP: O TST joga o jogo do capital e não deixaria barato a greve dos petroleiros



Não nos calarão

Os petroleiros novamente deixam sua marca na defesa da soberania. A luta contra a privatização da Petrobrás ganhou a sociedade. A categoria colocou em debate os interesses que pautam a política de preços dos combustíveis, deixando claro o projeto da gestão Pedro Parente de sacrificar o povo brasileiro e a soberania do país para cumprir os ditames do mercado financeiro e das grandes corporações internacionais.

Antes do protesto legítimo dos caminhoneiros contra os preços abusivos do diesel, a FUP e seus sindicatos já haviam aprovado uma greve nacional para deter a escalada descontrolada de aumentos do gás de cozinha e dos derivados, cobrando a retomada da produção a plena carga das refinarias e o fim das importações de derivados.

Diante da situação caótica em que se encontra o país, desgovernado e refém das imposições do mercado que manda e desmanda na Petrobrás, uma empresa que é estratégica para a nação, os petroleiros não poderiam se omitir. E, como em outros momentos da história, se levantaram e enfrentaram os desmandos do Tribunal Superior do Trabalho, que mesmo ciente de que a greve de advertência da categoria não causaria riscos de desabastecimento, tomou a decisão arbitrária e política de decretar a ilegalidade do movimento, assumindo o golpe e agindo como um tribunal do capital.

Os petroleiros não recuaram e seguiram em frente, ganhando a solidariedade dos movimentos sociais e de várias outras categorias, dentro e fora do país. A população veio junto e apoiou a greve, pois sofre os efeitos do desmonte da Petrobrás, que vão muito além da disparada dos preços do gás de cozinha e dos combustíveis. A privatização conduzida por Pedro Parente, os desinvestimentos, a transferência para a Ásia das encomendas de plataformas e navios desmontaram a indústria nacional, aumentaram o desemprego em massa e fizeram o PIB despencar.

O TST joga o jogo do capital e não deixaria barato a greve dos petroleiros. As multas diárias de R$ 500 mil saltaram para R$ 2 milhões, acrescidas da criminalização do movimento. O tribunal cobrou da Polícia Federal investigação das entidades sindicais e dos trabalhadores, em caso de desobediência. Essa multa abusiva e extorsiva jamais seria aplicada contra os empresários que submetem o país a locautes para se beneficiarem política e economicamente. Jamais seria imposta aos empresários que entregam patrimônios públicos, aos que destroem empregos e violam direitos dos trabalhadores.

A decisão do TST é claramente para criminalizar e inviabilizar os movimentos sociais e sindicais. Diante disso, a FUP orienta os sindicatos a suspenderem a greve. Um recuo momentâneo e necessário para a construção da greve por tempo indeterminado, que foi aprovada nacionalmente pela categoria. Essa grave violação dos direitos sindicais será amplamente denunciada.

Estamos diante de mais um desdobramento do golpe que fragiliza cada vez mais as instituições e o Estado Democrático de Direito. O enfrentamento é de classe e precisa da união de toda a sociedade.

A pauta pela mudança da política de preços da Petrobrás é de todos os brasileiros, pois diz respeito à luta histórica contra a exploração do país, que desde os tempos de colônia vem tendo seus bens minerais espoliados pelas nações imperialistas. É assim que ocorre ainda hoje com o nosso petróleo. E por isso, a população está pagando preços absurdos pelo gás de cozinha e pelos combustíveis.

Os petroleiros saem da greve de cabeça erguida, pois cumpriram um capítulo importante dessa luta, ao desmascarar os interesses privados e internacionais que pautam a gestão da Petrobrás. O representante da Shell que o mercado colocou no Conselho de Administração da empresa já caiu. O próximo será Pedro Parente.

Sigamos em frente, pois a defesa da Petrobrás é a defesa do Brasil.

[FUP]

30 maio 2018

“CPI do Parente” pode ser nova enxaqueca para Temer

falta

Por Fernando Brito*

A senadora Vanessa Grazziotin, do PCdoB do Amazonas, e Lídice da Mata, do PSB baiano, protocolaram um pedido de abertura de uma CPI sobre a política de preços da Petrobras, com a adesão de 27 outros senadores.

Já está sendo chamada de “CPI do Parente”, em referência ao tucano colocado por Temer para destruir a empresa.

Se o presidente do Senado, Eunício Oliveira, estiver, como sugere, incomodado com o desgaste que que os senadores estão sofrendo para votarem, com o pé no pescoço, propostas apara empurrar para a frente o problema, pode ser uma tremenda enxaqueca para o que resta do Governo Temer.

Pedro Parente tem tudo para se tornar o candidato da boneco de Judas  dos sábados de Aleluia.

Não haverá senador que não queira “tirar um sarro” de suas explicações sobre “alavancagem” e “desmobilização de ativos”, enquanto o país arde com a crise do diesel e a sua inevitável irmã, a da gasolina, que retomou hoje sua trajetória de alta com mais um aumento (0,78%), que deverá ser seguido de outros, uma vez que o petróleo, que tinha dado um “refresco” de alguns dias, voltou a subir nos mercados internacionais.

A quatro meses e pico das eleições, quem vai correr o risco de sugerir que os preços dos combustíveis sejam os estratosféricos que o “mercado” quer?

Do seu passado de ministro do Apagão do governo FHC aos botijões de gás caros e em falta, tudo será prazerosamente arremessado na cabeça de Parente, devidamente retratado nos vídeos da TV Senado que circularão nas redes sociais.

Michel Temer, talvez, até fique contente, porque hoje teve de mandar desmentir uma menção que fez a revisar a política do “imexível” Parente, depois que a Globo, pela boca de Míriam Leitão, disse que o presidente não pode mandar na Petrobras.

*Jornalista - via Blog Tijolaço

29 maio 2018

Os ‘blackblocs’ do Bolsonaro



militar


Não vê quem não quer que o que remanesce no bloqueio das estradas é a parte –  e não necessariamente pequena – de caminhoneiros e – autônomos e empregados de transportadoras – ligados ou manipulados por gente de extrema direita ensandecida.

Impossível ignorar as dúzias de faixas, vídeos e reportagens de um sem-número de empresários, de todos os portes, dizendo que “não é só pelos 46 centavos” e exigindo a intervenção militar.

Eu mesmo assisti um empresário de Sorocaba conclamando a derrubar o Governo Temer por ser…comunista!

Os relatos de que grupos destes sujeitos intimidam com ameaças ou até com depredações os postos que recebem combustível não deixam dúvidas sobre o grau de fanatismo que praticam.

Recomenda-se a leitura de matéria da Folha, esta tarde:

No fim da tarde desta segunda, um grupo de cerca de mil manifestantes obstruíram parcialmente a região da Praça dos Três Poderes e a Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Eles pediam a volta da ditadura militar, a saída do presidente Michel Temer e a queda do preço da gasolina.

Meter-se com este grau de irracionalidade política, como querem alguns, é mais que imprudência, é suicídio político.

A esquerda é passageira neste caso e não deve pedir carona.

O foco é a necessidade de que a Petrobras seja uma empresa pública que olhe pelo interesse público. Sua reestatização, não sua privatização como vem sendo feita pela dupla Temer-Parente.

Não há razão para aderir e há todas para recusar a promiscuidade com os blackblocks do Bolsonaro.

(Por Fernando Brito in Tijolaço)

28 maio 2018

Vox Populi: Lula tem 39%, contra 30% da soma dos adversários, e venceria eleição no primeiro turno; veja a íntegra


Mesmo preso há 52 dias e atacado ferozmente pela mídia golpista, o ex-presidente Lula mantém a vantagem sobre os demais candidatos a presidente da República e seria eleito no primeiro turno se as eleições fossem hoje.

E se houvesse segundo turno, Lula também derrotaria qualquer adversário por ampla margem de votos.

No cenário estimulado, quando os nomes dos candidatos são apresentados aos entrevistados, Lula alcançou 39% das intenções de voto contra 30% das soma dos adversários, mostra pesquisa CUT/Vox Populi, realizada entre os dias 19 a 23 de maio e divulgada nesta segunda-feira (28). (...)

CLIQUE AQUI para ler na íntegra (via Viomundo)

27 maio 2018

O Caos de Temer e o futuro dos patos amarelos - A greve de caminhoneiros começou por uma questão econômica mas, assim como o passe livre de 2013, pode ser capturada pela turma que quer dar um reboot no golpe





Por Rodrigo Vianna*

Muita gente se pergunta: onde foram parar os patos amarelos do golpe de 2016? Outros tendem a ver os caminhoneiros que param o Brasil como parte do movimento patolino. Estariam arrependidos do que ajudaram a fazer com o país?

Sobre o tema, tenho dito o seguinte (com base em pesquisas, dados, e também com base em o que ouço nas ruas):

– engana-se quem acha que os patos estão “envergonhados”, ou que farão um movimento de sensatez, de volta ao “centro”, ajudando a reconstruir o que Temer/PSDB transformaram em terra arrasada;

– a tendência deles é achar que o diagnóstico da época da derrubada de Dilma estava certo (“país socialista, estado ladrão, o que vale é a meritocracia, privatiza tudo, porrada e bomba em esquerdista, fora PT, morte aos sindicatos, isso aqui não é a Venezuela”) e que Temer/PSDB foram e são incapazes de fazer o que precisaria ter sido feito;

– essa massa de patos na burguesia (Flávio Rocha/Amoedo e outros são sintomas da doença), na classe média (“quero meu Brasil de volta”) e na baixa classe média (taxistas, caminhoneiros, autônomos de todo tipo – com as exceções de sempre) está à espera de um grito ou toque de corneta que os reúna em torno de um novo movimento;

– acho que a greve de caminhoneiros começou por uma questão econômica mas, assim como o passe livre de 2013, pode ser capturada pela turma que quer dar um reboot no golpe (talvez tirando Temer e instalando uma junta provisória com Maia, e aparência de legalidade – garantida e chancelada por Justiça/militares). Parte desse projeto incluiria aprovar PEC que adie eleições pra 2020. Assim, a centro-direita ganharia tempo pra fazer a economia andar e pra gestar um nome palatável nas urnas.

Como disse o Renato Rovai outro dia: se fizerem isso, eles vão tirar a máscara. Golpe ficará mais escancarado.

Não quer dizer que vão conseguir. Há muita divisão do lado de lá. E há gente já mergulhada em projetos eleitorais (Alckmin e Meirelles)…

A parte mais organizada da elite golpista (bancos/Globo) sacou que ia dar merda e tentou fazer esse movimento de ajuste no ano passado. Mas Temer inesperadamente soube resistir.

E agora “eles” (=elite que poderia oferecer um novo “projeto” à massa disforme de patos) estão numa situação muito difícil.

Há um setor que gostaria de manter militares fora disso (não é à toa que os crimes da ditadura voltaram à pauta, a partir de cima, e com grande alarde por parte de O Globo). Mas como a elite se mostra incapaz de formular um plano mais “moderado”, a massa dos patos pode embarcar num projeto mais maluco – sob apelo de uma intervenção militar.

A elite financeira sabe que seria difícil sustentar isso (um governo da “ordem”, tutelado por militares e Judiciário) por muito tempo, frente ao mundo. Mas a bagunça do lado de lá é tanta que já há gente no mercado topando embarcar numa saída linha dura.

No meio de tudo isso, há o governo morto, apodrecido. Maia já havia enterrado a privatização da Eletrobras (ultima cenoura que Temer podia oferecer para se mostrar útil ao mercado). Agora, Temer/Parente foram para o desespero porque o governo está se desfazendo e toparam remendar a política de preços do diesel. A concessão veio tarde. Mas pode ser suficiente para o objetivo medíocre de Temer: ele precisa ganhar tempo até a Copa. Depois, vem um mês de “pra frente, Brasil”. E na sequência, eleição (quem sabe…)

Se eu fosse apostar, diria que Temer ainda se segura.

E, de certa forma, pra “nós”, acho melhor que ele fique lá – caindo pelas tabelas.

Se “eles” conseguirem reorganizar o bloco golpista (Temer/MDB são hoje entrave pra isso), a situação pode piorar pro nosso lado.

No voto, eles não vão conseguir. E o timing não ajuda a criar uma situação anômala pra suspender eleição.

Mas isso está na mesa. Há gente pensando e trabalhando com essa hipótese. A greve caminhoneira surge como aliada (talvez inesperada) dessa tática amalucada de refundar o golpe em outras bases.

*Jornalista - Editor do Blog Escrevinhador 

26 maio 2018

#LULA PRESIDENTE!

Deputado Marco Maia (PT/RS) com o ex-Presidente Lula

DIA 27/05, DOMINGO: #LULA PRESIDENTE!

A propósito da Nota  que o Partido dos Trabalhadores divulgou esta semana,  em que reafirma a pré-candidatura de Lula e pede ao povo brasileiro e à militância da legenda que ocupem as ruas, praças e feiras no próximo domingo, dia 27/05, para anunciar que o ex-presidente Lula será o seu candidato à Presidência da República, o Deputado Federal Marco Maia (PT/RS) assim se pronunciou:

"A posição do  Partido dos Trabalhadores está absolutamente correta: é preciso deixar claro que Lula será registrado como nosso candidato à Presidência da República.  Eleição sem Lula não tem credibilidade nenhuma, é fraude. Ele é o único presidenciável que se conecta com o desejo da maioria do povo brasileiro. O PT precisa deixar isso bem claro com as lideranças, deputados, governadores e senadores.”

Segundo Marco Maia, a estratégia central do PT e da esquerda brasileira para o próximo período é a liberdade de Lula e sua candidatura. “Nós devemos nos unir, caminhar na mesma direção e reafirmar todos os dias que Lula é o nosso candidato. Neste momento, nós estamos seguindo aquilo que defende a maioria da população brasileira, é Lula presidente”, afirmou o petista.

“Não vamos aceitar passivamente que a democracia e a vontade da maioria sejam mais uma vez desrespeitadas, principalmente o desejo dos militantes que são responsáveis pela construção do PT e fortalecem nossas lutas todos os dias”, destacou. O parlamentar petista afirmou ainda que Lula merece que a luta continue firme e forte e sua liberdade  será a bandeira permanente do partido.

*Com Layla Andrade, da Assessoria de Imprensa do Gabinete do Deputado Federal Marco Maia (PT/RS) - http://www.marcomaia.org

25 maio 2018

PT: repressão militar não resolverá crise do Brasi

 
Comissão Executiva Nacional do PT, presidido pela senadora Gleisi Hoffmann, divulgou na noite desta sexta-feira, 25, nota com duras críticas à decisão de Michel Temer de usar o Exército contra a greve dos caminhoneiros; "O recurso contumaz às Forças Armadas é um sintoma do caráter autoritário e fraco de um governo rejeitado por quase 100% da população", diz o PT na nota; "O acordo anunciado ontem não só preserva uma política abusiva como a subsidia com dinheiro público. Dinheiro que poderia ser investido na Saúde e Educação do sofrido povo"

247 - A Comissão Executiva Nacional do PT divulgou na noite desta sexta-feira, 25, nota com duras críticas à decisão de Michel Temer de usar o Exército contra a greve dos caminhoneiros, que protestam pelo quinto dia contra a política de reajuste de preços dos combustíveis. 

"O recurso contumaz às Forças Armadas é um sintoma do caráter autoritário e fraco de um governo rejeitado por quase 100% da população", diz o PT na nota. "O acordo anunciado ontem não só preserva uma política abusiva como a subsidia com dinheiro público. Dinheiro que poderia ser investido na Saúde e Educação do sofrido povo", diz o partido. 

O ministro Eliseu Padilha, da Casa Civil, acabou de anunciar que o governo Temer decretou, a pedido do comando do Exército, a edição de um decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) que ampare a atuação das Forças Armadas em todo o território nacional para liberar rodoviais bloqueadas pela greve dos caminhoneiros. Segundo Raul Jungmann, os bloqueios de rodovias caíram de 930 para 519 no País. GLO tem validade até 1º de junho. Militares foram a última cartada de Temer contra o caos que ele mesmo criou (leia mais).

Leia a nota do PT na íntegra:

Sem qualquer autoridade política e incapaz de construir soluções pelo diálogo, o governo golpista recorre novamente às Forças Armadas, convocadas desta vez para reprimir, militarmente, os piquetes de caminhoneiros e do povo nas estradas e vias públicas do país. E pela primeira vez o decreto de utilização das Forças se estende a todo o território nacional.

O recurso contumaz às Forças Armadas é um sintoma do caráter autoritário e fraco de um governo rejeitado por quase 100% da população.

O Partido dos Trabalhadores vem alertando para os riscos de manipulação política da crise dos combustíveis, de resto agravada pelo noticiário alarmista da Rede Globo. A entrada em cena das Forças Armadas reforça o discurso dos aventureiros e dos fascistas.
O acordo anunciado ontem não só preserva uma política abusiva como a subsidia com dinheiro público. Dinheiro que poderia ser investido na Saúde e Educação do sofrido povo.

A reivindicação dos caminhoneiros de redução do preço do diesel é justa, assim como é justa é necessária a redução do preço da gasolina e do gás de cozinha.

O PT mostrou em seus governos que é possível ter uma política justa de preços dos combustíveis. Fizemos reajustes em ciclos longos, equilibrando os interesses da Petrobras com os interesses maiores do povo e da nação.

A Petrobras deve ter lucro mas, sobretudo, deve servir ao país, tornando-se instrumento de desenvolvimento nacional e de financiamento da Educação.

Temos de rever inteiramente a lógica privatista e antissocial da Petrobras e desse governo golpista, que retira direitos do povo e ataca vergonhosamente nossa soberania nacional, ao mesmo tempo em que serve, de forma subserviente, aos interesses do grande capital, especialmente do capital estrangeiro.

Apresentaremos ao Congresso Nacional proposta de orientação para política de preços da Petrobras para os combustíveis, bem como o aumento da contribuição sobre lucros dos bancos e a reversão das isenções tributária que foram dadas ano passado as grandes multinacionais de petróleo. Medidas importantes e justas para compensar a desoneração de tributos sobre a gasolina, diesel e gás de cozinha.

O PT acredita no Brasil e no povo brasileiro!

Fora Temer! Lula lá!

Comissão Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores


Globo incendeia o país e agora pede “responsabilidade”?



patogas

Por Fernando Brito*

Depois de três dias açulando a população com os efeitos do bloqueio de rodovias, provocando corridas aos postos de combustíveis, as Organizações Globo, assustada com o descontrole da situação, sai-se, agora, com editorial, na capa do site do jornal O Globo, dizendo que “agora a situação começa a ultrapassar limites perigosos“.

Ao contrário do que aconteceu com os bloqueios de estradas no governo Dilma, desta vez o império global diz que há sinais de envolvimento patronal no movimento e que  empresários “atuam nos bastidores para se beneficiar da redução do preço do diesel, a ser bancada pelo contribuinte, enquanto o Tesouro já acumula elevado déficit”.

Ora, o corte de impostos, tanto quanto o subsídio, é bancado pelo contribuinte, ainda mais no país onde o orçamento público está estrangulado a ponto de se cortar gastos com saúde, com educação e, praticamente, já não haver investimentos públicos e, com isso, mantendo a economia estagnada.

Como parece, a cada minuto que passa, se dilui a esperança que o falso acordo firmado ontem com duvidosas lideranças do movimento resulte na tal “trégua” que se apregoou, o risco de uma “afirmação de autoridade” por parte de um governo que não a tem pode levar a situações desastrosas.

*Jornalista, Editor do Tijolaço

Nota do PT: Governo entreguista criou crise dos combustíveis - “A saída para mais esse desastre do governo golpista está na recuperação da Petrobras e do papel estratégico que nossa maior empresa sempre exerceu”


A paralisação do transporte rodoviário no país é resultado direto da política irresponsável de preços de combustíveis da Petrobras sob o governo golpista, que atingiu primeiramente a população mais pobre, com os aumentos escandalosos do gás de cozinha. Trata-se de uma crise anunciada e agravada pelo noticiário da Rede Globo, que estimula a corrida aos postos e supermercados, além da especulação com preços dos alimentos. A Globo investe na crise, como fez em 2013 e ao longo do golpe do impeachment de 2016.

O protesto contra a alta dos combustíveis é justo. Foram absurdos 229 reajustes no preço do diesel nos últimos dois anos. Nos 12 anos de governo do PT, foram apenas 16 reajustes.

Na época dos governos do PT os preços do diesel, da gasolina e do gás acompanhavam os preços internacionais em ciclos longos. Os reajustes eram feitos de forma espaçada e moderada, conciliando os interesses da empresa com os interesses maiores do bem-estar público e da eficiência global da economia. Já a gestão golpista da Petrobras adotou uma política de transferência compulsória e imediata das oscilações internacionais para o mercado interno e de maximização dos preços dos derivados, com o intuito único de remunerar os acionistas e tornar a empresa atrativa para as privatizações setoriais a que é atualmente submetida. Tal política, que trata a Petrobras como se fosse uma bolha privada desconectada do interesse nacional, provocou uma volatilidade absurda dos preços, que passaram a ser reajustados, em alguns casos, de forma praticamente diária.

É por isso que o preço do diesel no Brasil está hoje bem acima do preço internacional do produto (56% acima). É por isso que o Brasil está com a segunda gasolina mais cara do mundo. É por isso que a população mais pobre não consegue mais comprar botijões de gás. É por tal razão que a economia brasileira está paralisando. É por isso que o Brasil está importando cada vez mais combustíveis de grandes petroleiras norte-americanas, como Chevron, Exxon, etc.

Além disso, a direção entreguista da Petrobras reduziu em cerca de 30% a produção de combustíveis em nossas refinarias, abrindo o imenso mercado brasileiro para a importação de combustíveis. Nossas importações de derivados norte-americanos subiram de 41% para 82%. Estamos exportando óleo cru, ao invés de refiná-lo aqui mesmo, e comprando combustível mais caro no estrangeiro, que muitas vezes é produzido a partir do nosso petróleo. É uma estratégia suicida, que visa a atrair investidores para a privatização da Petrobras. Um crime contra a economia popular e contra a soberania nacional.

Neste contexto, é meramente paliativa a ideia de zerar os impostos federais sobre combustíveis (objetivo das grandes empresas de transporte que se aproveitaram do movimento para realizar um locaute). A volatilidade dos preços internacionais e do câmbio vai continuar a gerar novos aumentos. Além disso, o custo fiscal dessa proposta, que incide sobre o PIS/Cofins, recairá fatalmente sobre o orçamento de programas sociais e políticas públicas, como a do seguro desemprego, que beneficiam o povo mais pobre. Além de inútil, a proposta do governo golpista é injusta.

O acordo anunciado nesta noite (24/05) confirma essas fragilidades, já que, além de não revolver adequadamente o problema, vai onerar a União, que terá de remunerar a Petrobras caso ela tenha algum prejuízo com as medidas tomadas. Trata-se de uma total inversão de valores, na qual os interesses privados dos acionistas da empresa se sobrepõem aos interesses públicos.

A saída para mais esse desastre do governo golpista está na recuperação da Petrobras e do papel estratégico que nossa maior empresa sempre exerceu no país, inclusive na regulação dos preços dos combustíveis. É urgente reverter a política ultraliberal de Pedro Parente, que trata a Petrobras como se fosse uma empresa privada, com foco no lucro de quem detém ações (grande parte estrangeiros), em detrimento do maior de todos os acionistas: o povo brasileiro.

A reversão deste processo, em benefício do país e do povo, só será possível quando tivermos um governo eleito pela maioria, com legitimidade para enfrentar as pressões do mercado, ao invés de submeter-se a ele como fazem Michel Temer e Pedro Parente. Esta é mais uma razão para lutarmos pela liberdade de Lula e pelo direito do povo de votar livremente num projeto de país melhor e mais justo, um país soberano, com desenvolvimento e inclusão social.

Alertamos, por fim, para as tentativas de manipulação política da paralisação dos transportes e suas consequências. Uma crise dessas dimensões, diante um governo que já não tem sequer a capacidade de dialogar, por absoluta falta de credibilidade, pode se transformar em terreno fértil para aventuras autoritárias. Principalmente porque o campo dos golpistas não consegue apresentar uma candidatura e um projeto de país com viabilidade eleitoral. O PT defenderá sempre as soluções democráticas e justas para o país.

Pela recuperação plena da Petrobras e de seu papel estratégico!

Por uma política justa e soberana dos preços de combustíveis!

Por eleições livres e democráticas!

Lula Livre! Lula Presidente!

Gleisi Hoffmann, presidenta nacional do PT


Lindbergh Farias, líder do PT no Senado Federal

24 maio 2018

Longe demais para um recuo rápido



Por Fernando Brito*
Dizem os jornais que “parte” das lideranças do movimento dos caminhoneiros estaria disposta a acatar o pedido de trégua feito pelo Governo Federal.
Até agora, porém, esta “parte” não tem nome ou sobrenome, o que não é nada estranho, pois ao lado do que há de justiça nas dificuldades dos autônomos, há o interesse de empresários que controlam a maior parte da frota de caminhões pertence a empresas – sejam as que usam no transporte de produtos próprios, seja as que usam veículos próprios para o transporte de produtos alheios. Para estes empresários, diesel mais barato é lucro.
Há, ainda, o componente ideológico do segmento, muito bem investigado pela BBC em reportagem publicada hoje (veja a imagem do post):
A BBC Brasil entrou em cinco grupos fechados criados em redes sociais por caminhoneiros para difundir informações sobre a greve. Em todos eles, frases de apoio a militares começaram a ganhar força nos últimos dias.
“As reações à greve dos caminhoneiros, amplamente apoiada pela população, demonstram que o brasileiro está sem paciência alguma com as ‘autoridades’. As condições são ideais para uma verdadeira revolução que refunde o Brasil. Mas onde está a liderança desse processo? Escrevam no para-brisa dos caminhões e carros. Intervenção militar!”, diz uma das mais replicada.
Diante disso, não creio que, existindo, estas lideranças não se arriscariam a pedir que se dissolvessem manifestações que transcorrem sem qualquer repressão e que, do ponto de vista político e midiática, está vencendo a luta.
Obter uma redução de 10% no preço do diesel, convenhamos, pode não resolver os problemas, mas é uma vitória.
O mais provável é que trabalhem para esvaziar progressivamente as manifestações.
Mandar desfazer os bloqueios seria falar a surdos.
O problema é que, com a histeria causada pela mídia, os ânimos se acirraram, os estoques se acabaram e a anormalidade continuará mesmo com um desfecho relativamente rápido da crise.
E, na atual situação, rápido é na semana que vem, apenas.

Temer, a Petrobras e os caminhoneiros


A história das movimentações políticas e reivindicatórias de determinadas categorias sociais carrega consigo uma tendência a apresentar elementos de natureza conservadora e retrógrada. Travestidos de manifestações de protesto contra políticas setoriais, tais movimentos muitas vezes acabam por enganar a opinião pública e provocar crises políticas mais amplas. 

          Parente e Temer: "Duplinha" contra os interesses nacionais

 

Por Paulo Kliass*

 

Em geral, as greves de caminhoneiros tendem a ser um exemplo bem característico desse quadro de confusão. Talvez a mais dramática de todas tenha sido a atuação dessa categoria no Chile, às vésperas do golpe que derrubou o governo de Salvador Allende.

Pesquisas de historiadores acabaram por confirmar a profunda articulação existente à época entre as lideranças do famoso “paro patronal” em outubro de 1972 e as forças organizadas pela CIA e os representantes da oposição burguesa e empresarial ao governo da Unidade Popular. Ao mesclar interesses de empresas de carga e proprietários autônomos de caminhões, aquela greve aprofundou um quadro de desabastecimento generalizado pelo país e contribuiu para ampliar a crise política que chegou ao assassinato do presidente eleito e a tomada do poder pelos militares.

Na nossa vizinha Argentina a categoria também é muito bem organizada e obtém sucessivas conquistas em função de sua capacidade de pressão sobre os governos. As mobilizações ocorrem com periodicidade quase anual e não costumam perdoar os ocupantes da Casa Rosada, seja Cristina Kirchner ou seja Macri, para falar apenas dos mais recentes.

Chile, Argentina, Brasil: caminhoneiros em ação.

Ao longo dessa semana, o Brasil assiste a mais um capítulo de manifestações organizadas por entidades vinculadas ao setor de transporte de cargas por rodovias. A base objetiva para a ampla adesão ao movimento reside, obviamente, nas elevadas taxas de impopularidade do governo Temer e suas desastrosas opções de política econômica. No caso concreto, estamos falando da estratégia adotada para o setor da energia, em especial a conduta escolhida para a Petrobras.

Ao nomear o tucano Pedro Parente para o cargo de presidente do maior conglomerado empresarial brasileiro, Temer fez muito mais do que simplesmente agradecer de forma generosa pelos apoios emprestados pelo PSDB à sua empreitada para assumir o Palácio do Planalto, inclusive com o incentivo decisivo para o sucesso do “golpeachment”. A intenção maior era dar início ao processo de privatização dessa estatal gigante e que atua em área estratégica para a economia e a sociedade brasileiras. Assim, o novo dirigente começou a implementar, logo de início, um caminho de “desinvestimento” na empresa. Na verdade, um termo pomposo e enganador para o procedimento objetivo de venda de ativos do grupo estatal para o setor privado. Em português claro, o substantivo mais adequado para esse crime contra a economia nacional é privatização.

Além disso, foi conferida a Parente uma impressionante autonomia para gerir a mudança fatal no processo de exploração das reservas valiosíssimas do Pré-Sal. Atendendo a pleitos das grandes empresas petroleiras estrangeiras, o governo retirou a exclusividade da Petrobras para a tarefa de organizar a retirada do óleo e gás daquelas camadas profundas. Uma loucura! Afinal, trata-se de uma reserva potencial imensa e não há justificativa que apoie tal iniciativa que prejudica a inserção internacional do Brasil, compromete nossa segurança nacional e reduz de forma sensível o uso adequado dos recursos de tal exploração econômica em um Fundo Soberano para as futuras gerações.

Outra linha adotada pelo tucano refere-se ao reforço da narrativa demagógica de evitar o assim chamado “uso político” da Petrobras. Amparado no desgaste de imagem provocado pelos escândalos revelados pela Operação Lava Jato, o governo resolveu dar um verdadeiro cavalo de pau na política de preços praticados pela empresa. Isso significa a adoção de uma paridade automática com as variações do preço do petróleo no mercado internacional. Na prática, a Petrobras passou a aumentar os preços internos praticados nas refinarias apenas em função das mudanças externas.

Parente e o desmonte da Petrobras.

A retórica utilizada para justificar essa mudança se apoiava no chamado “realismo tarifário” e na condenação da política anterior de contenção de aumentos nos preços dos derivados de petróleo para evitar contaminação inflacionária. No entanto, o fato concreto é que a Petrobras é uma empresa pública atuando em setor estratégico. Assim, nada mais compreensível que os governos democraticamente eleitos adotem políticas para ela. Por exemplo, não é razoável supor que a Petrobras siga de maneira cega ou ingênua as regras das empresas privadas do setor nem mesmo os seus critérios de lucro e retorno financeiro.

No entanto, o quadro havia mudado bastante desde quando FHC resolveu internacionalizar a empresa e quase conseguiu transformar seu nome em “Petrobrax”. Afinal, a prioridade absoluta de seu governo era atrair o interesse dos meios do financismo internacional para investir em papéis da nossa petroleira na Bolsa de Valores de Nova Iorque. Ao assumir esse compromisso, a partir daquele momento o governo brasileiro estava se sujeitando às regras desse tipo de mercado, onde o interesse único é a rentabilidade especulativa sobre o título e não a contribuição da empresa para o desenvolvimento econômico e social de nosso país.

Ao mudar a política de preços mais recentemente, Parente terminou por criar uma armadilha de médio prazo para o próprio governo Temer. Afinal, estava claro que os baixos preços do barril do petróleo seriam recuperados em algum momento futuro. Pois a fatura chegou. Em uma primeira fase, foram os sistemáticos reajustes no preço do gás de cozinha, que estão provocando um piora dramática nas condições de vida da maioria da população de baixa renda. Com o desemprego monumental e a redução dos salários, pesquisas indicam que teve início a substituição dessa fonte de preparação de alimentos por lenha nas cozinhas da população mais desprotegida. Uma loucura!

Gás de cozinha, gasolina, diesel: aumentos sem parar.

Os aumentos frequentes nos preços de gasolina e diesel também passaram a pesar nas contas da classe média, além do impacto generalizado nos índices de inflação em razão do uso generalizado dessa fonte de energia pelo Brasil afora. E a população começou a perceber que a tal política de preços só operava para aumentos. Nas inúmeras ocasiões em que o preço do petróleo havia sido reduzido, os efeitos de queda jamais eram sentidos nos postos de gasolina.

Apesar de todas as evidências em contrário, o governo seguiu fazendo ouvidos moucos a tais reclamos generalizados de insatisfação com tal estratégia. A situação mudou a partir da semana passada. Com o forte simbolismo de cinco reajustes seguidos nos preços em uma única semana, o movimento dos caminhoneiros ganhou expressão nacional. E foi só a partir de tal pressão que Temer resolveu se mexer. Afinal, estão programadas eleições para o mês de outubro e os candidatos alinhados com o governo não querem saber de ainda mais novidades negativas para carregar como fardo pesado e incômodo em suas campanhas.

Assim, é bem provável que aquela bravata toda da “seriedade e competência” da área técnica em não ceder a pressões políticas seja abandonada. As trapalhadas todas de Trump na cena global têm contribuído para uma elevação dos preços do petróleo no mercado internacional. Se o governo Temer mantiver essa obstinação burra de manter a equiparação automática, é bem capaz de tenhamos uma explosão ainda mais acentuada aqui dentro.

Reajuste automático de preços: política burra.

Não faz sentido que o Brasil adote essa política que só se justifica para países que dependem totalmente do petróleo importado. No nosso caso, pelo contrário, somos auto suficientes graças à nossa grande produção interna. Ao longo de 2017, por exemplo, nosso saldo na Balança Comercial do óleo foi positivo em US$ 3,7 bilhões. Isso significa que exportamos mais do que importamos. O único raciocínio que pode explicar esse tiro no pé da duplinha Temer & Parente refere-se à preocupação com o investidor externo. Sim porque o detentor de ações pode considerar esquisito que a Petrobras deixe de ganhar ainda mais dinheiro com a alta nos preços do barril de petróleo praticada pelo cartel da OPEP. Afinal, isso representa menor valorização do papel nas bolsas e menor participação nos dividendos. Mas e daí?

Ora, estamos tratando de uma empresa pública e que deve atender prioritariamente aos interesses da maioria da população brasileira. O fundamental é que os resultados positivos de sua atividade econômica sejam utilizados para aumentar sua capacidade de produção interna, com mais investimentos. A remuneração dos lucros do acionista minoritário nas bolsas estrangeiras não pode ser o fator a determinar, por exemplo, a política de preços.

No entanto, por mais uma dessas ironias da História, Temer talvez seja obrigado a ceder ao movimento dos caminhoneiros. Depois de ignorar os pleitos generalizados por mudanças na política de desmonte na empresa, ele pode recuar frente ao poderoso lobby dos empresários da área de transportes. Felizmente no momento atual, os caminhoneiros terminam por verbalizar o sentimento generalizado de descontentamento popular com esse governo, que se desmancha um pouco mais a cada novo dia que passa.

*Paulo Kliass é doutor em Economia pela Universidade de Paris 10 e Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental, carreira do governo federal. 

 

-Via Portal http://www.vermelho.org.br e O Boqueirão Online

22 maio 2018

PT realizará atos em todos as cidades do Brasil para lançar candidatura de Lula

Domingo, dia 27 de maio, é o dia de dizer ao povo do seu município que Lula é candidato à Presidência da República



O Partido dos Trabalhadores divulgou nota em que pede ao povo brasileiro e à militância da legenda que ocupem as ruas, praças e feiras no próximo dia 27 para anunciar que Lula será candidato à Presidência da República. O comunicado diz:

"Vá até a feira ou à praça da sua cidade, vista a camisa, leve a bandeira, organize uma carreata ou chame todos e todas para o Diretório Municipal do PT de sua cidade, onde reafirmaremos que Lula é o nosso candidato a Presidente da República." http://www.lula.com.br/
...

Segundo ainda o site Conversa Afiada, "o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso na Superintendência da PF (Polícia Federal) em Curitiba (PR), escolheu o dia 27 de maio para o lançamento de sua pré-candidatura à Presidência em todo o Brasil. A informação foi repassada pelo deputado federal Wadih Damous (PT), que visitou o petista na manhã desta segunda (21) na condição de seu advogado.

O parlamentar afirmou à militância do acampamento Lula Livre, nos arredores da PF, que o ex-presidente pediu para enfatizar que no dia 27 o lançamento ocorrerá em cada cidade brasileira onde o PT está organizado".

"Pouco importa se em cada ato tenha 10 pessoas, tenha 5 pessoas, tenha 500 pessoas. O importante é o somatório em todo o Brasil de cada um desses atos, para deixar claro que o presidente Lula é o nosso candidato”, disse Damous.

(...) Segundo Damous, Lula voltou a dizer que não quer receber um indulto, mas sim o reconhecimento de sua inocência. (...)

21 maio 2018

Nicolás Maduro vence as eleições presidenciais na Venezuela - Com 5,8 milhões de votos, Nicolás Maduro é reeleito após uma jornada de votação que se desenvolveu num ambiente de paz



Nicolás Maduro, candidato da Frente Ampla da Pátria, foi o vencedor das eleições presidenciais na Venezuela deste domingo, com 5.823.728 votos, segundo a informação divulgada ainda na noite deste domingo (20/5) pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE).

A presidenta do CNE, Tibisay Lucena, detalhou que 8.603.936 milhões de votos válido durante a jornada eleitoral.

O candidato Nicolás Maduro foi reeleito com 67,7% dos votos válidos, em um pleito que transcorreram sem incidentes, segundo avaliação relatada e confirmada pelos observadores internacionais que acompanharam a jornada. A participação eleitoral, segundo informação do CNE e também confirmada pelos observadores, foi de 48% (pouco mais de 8 milhões de votos).

O segundo candidato mais votado foi Henri Falcón, opositor e representante do partido Avançada Progressista (AP), que obteve 1.820.552 votos (21,1%). O pastor evangélico Javier Bertucci, candidato da aliança Esperança por Mudanças, teve 925.042 votos (10,8%), ficando com a terceira colocação, enquanto Reinaldo Quijada, do partido Unidade Política Popular, ficou com 34.614 votos (0,4%), na quarta posição.

Um total de 20.526.978 eleitores em território venezuelano e 107.284 residentes em países estrangeiros estavam habilitados para exercer seu direito a votar nos 14 mil centros de votação distribuídos em todo o país e nas representações consulares venezuelanas.

A jornada eleitoral começou às 6h (hora local) e finalizou às 18h. A votação foi observada pelo Sistema de Acompanhamento Internacional, com 150 participantes de todo o mundo. Entre esses acompanhantes estavam políticos, acadêmicos, parlamentares, intelectuais, jornalistas e personalidades da América Latina, do Caribe, Europa, África, América do Norte e Ásia.

Uma vez conhecidos os resultados, milhares de simpatizantes do presidente Maduro foram até as imediações do Palácio de Miraflores, sede do Poder Executivo venezuelano, para festejar o triunfo eleitoral.

“Me subestimaram”
Em seu discurso da vitória, Nicolás Maduro criticou o que chamou de “arrogância da oposição e seus apoiadores estrangeiros”, em um momento que despertou muitos aplausos do público presente. “Eles me subestimaram, e também subestimaram o povo venezuelano. Mas aqui estamos nós, triunfando! É a quarta vitória seguida”, destacou o mandatário, lembrando os três bons resultados do chavismo em 2017: o referendo da assembleia constituinte (julho) e as eleições municipais (dezembro) e das autoridades regionais (outubro).

Maduro também criticou a intenção da oposição de desconhecer os resultados: “não adianta esperar uma posição honrada de uma parte da oposição que, no começo ou no final, sempre vai terminar nos braços do apoio imperial”.

Diálogo
Maduro também ratificou que o primeiro que fará em seu segundo mandato é chamar a uma nova rodada de diálogo com os setores da oposição política e todos os setores sociais do país. Também prometeu assumir o tema econômico com prioridade.

“Vocês me verão andar por todo o país ativar os motores da economia. Não será fácil, não é pouca coisa falar da guerra que fazem contra o povo impedir as pessoas de votar nestas eleições”, denunciou o mandatário, que assegurou que a Justiça atuará contra aqueles que tentaram sabotar o pleito.

“Creio que um novo começo, creio na paz e na convivência para podermos avançar juntos”, expressou o Chefe de Estado.

Desconhecer os resultados
Antes mesmo de se conhecer os resultados e sem apresentar provas concretas, o candidato opositor Henri Falcón afirmou que não reconheceria os números que logo seriam apresentados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE).

Numa coletiva de imprensa em seu comando de campanha em Caracas, Falcón assegurou que o processo “carece de legitimidade” e que está disposto a se medir em outra eleição “sem vantagens”. Segundo o candidato: “este processo eleitoral está invalidado, para nós não houve nenhuma eleição”.

O opositor lançou sua candidatura sem o apoio dos líderes dos partidos tradicionais do antichavismo, que convocaram seus seguidores à abstenção neste domingo, boicotando inclusive a candidatura de Falcón.

Abstenção
A presidenta da Assembleia Nacional Constituinte (ANC), Delcy Rodríguez, assegurou que a grande derrotada deste domingo foi a abstenção convocada pela oposição.

Na sede da campanha governista, a ex-chanceler destacou a participação do povo venezuelano (48%, segundo as cifras divulgadas pelo CNE), apesar de parte dos partidos opositores terem feito campanha para estimular as pessoas a não irem votar – lembrando que na Venezuela o voto não é obrigatório. “Aqui está a resposta de um povo que quer viver em paz”, afirmou Rodríguez.

Perfil e propostas
Nicolás Maduro foi o presidente encarregado de assumir a Venezuela em março de 2013, após o falecimento de Hugo Chávez, líder histórico da Revolução Bolivariana. Em abril daquele ano, ganhou as eleições contra Henrique Capriles, com 50,61% dos votos, conquistando seu primeiro mandato, para o período entre 2013 e 2019.

Anteriormente, ele ocupou os cargos de deputado da Assembleia Nacional Constituinte (1999), deputado da Assembleia Nacional (2000-2006), presidente da Assembleia Nacional (2005), chanceler (2006-2012) e vice-presidente da Venezuela (2013).

Sua proposta eleitoral está contida no Plano da Pátria 2019-2025 (os mandatos presidenciais na Venezuela duram seis anos), que contém as bases do projeto para este segundo período presidencial. Estes são alguns pontos fundamentais apresentados pelo documento:

– Consolidar a educação pública e gratuita e alcançar 100% da escolaridade.

– Expandir o sistema de saúde pública, gratuita e de qualidade. Melhorar o sistema de saúde da família, primária e comunitária.

– Entregar 5 milhões de novas moradias, através da Grande Missão de Construção.

– Fortalecer o novo Carnê da Pátria (documento que funciona ao mesmo tempo como registro de identidade e carnê de acesso aos programas sociais) para proteger a 16,5 milhões de venezuelanos de forma integral, através do Sistema de Bonos (o Bolsa Família venezuelano), que leva ajuda econômica a 5 milhões de lares.

– Consolidar os CLAP (Comitês Locais de Abastecimento e Produção), os mercados do Campo Soberano, os sistemas de preços justos e o câmbio da moeda venezuelana, além de continuar impulsando o Petro (criptomoeda) e manter o projeto de revolução econômica para vencer o assédio internacional.
 
*Fonte: Carta Maior (Com informações dos canais TeleSur e RT)

VIVEREI! (Homenagem de Ana Canãs ao Presidente Lula)



*Ana Cañas - Viverei
-A compositora e cantora Ana Cañas é amiga do ex-presidente Lula, revelou recentemente no twitter o fotógrafo Ricardo Stuckert. Na semana passada, em homenagem a ele, Ana lançou a música “Viverei”.

"Mesmo que me falte o ar/ Não me calarei/ Mesmo que tirem o chão/ Em pé ainda estarei/ A luta é coração que sangra/ Bate forte a esperança/ De um povo que quer o seu direito/ Todo respeito/ E eu só lhe tenho amor/ Podem me julgar além da lei/ Podem me prender, eu andarei/ Podem inventar o que nem sei/ Podem me matar, eu viverei/ A igualdade é uma idéia/ Que nunca se aprisiona/ Tem a veia aberta/ Da gente que sonha/ A liberdade é a glória/ Da nossa imensa voz/ Guarda na memória/ É a história/ Eles e nós"

CLIQUE AQUI para ler mais (via Viomundo)

TSE não pode proibir candidatura de Lula, diz presidente do STF



Brasil 247 - A presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, afirmou que não existe possibilidade da candidatura do ex-presidente Lula ser barrada de imediato sem que seja levado em consideração o direito de defesa; segundo ela, apesar da Lei da Ficha Limpa, os postulantes a algum cargo eletivo têm o direito de pedir o registro da sua candidatura e ir à Justiça Eleitoral para tentar garantir o seu ingresso no pleito; "O Judiciário não age de ofício, e sim mediante provocação", disse Cármen Lúcia em entrevista à Band; declaração põe por terra a frase do ministro Luiz Fux, presidente do TSE, que afirmou que Lula seria "irregistrável"

CLIQUE AQUI para ler na íntegra.

19 maio 2018

Tribunal reconhece erro da juíza Lebbos e admite Damous como advogado de Lula

 
Deputado federal (PT/RJ) e advogado Wadih Damous foi autorizado a integrar a defesa do ex-presidente Lula / Foto: Gustavo Bezerra/PT na Câmara
Leonardo Fernandes – Brasil de Fato*
Uma decisão da juíza da Vara de Execuções Penais de Curitiba, Carolina Lebbos, chamou a atenção da comunidade jurídica no mês de abril. Depois de negar a visita de várias pessoas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso desde o dia 7 de abril na capital paranaense, entre elas, guias espirituais e amigos íntimos, a magistrada indeferiu o pedido do advogado e deputado federal Wadih Damous (PT/RJ), contrariando a legislação no que se refere ao livre exercício da advocacia.
O indeferimento foi objeto de um mandado de segurança impetrado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) em Porto Alegre. Nesta sexta-feira (18), o relator do pedido, o desembargador Gebran Neto, concedeu a liminar para que Damous possa realizar visitas ao ex-presidente, na condição de advogado.
“Em relação ao meu caso, estava cerceando o meu direito de exercer a minha profissão. Isso é um caso específico. Mas independentemente disso, as decisões da juíza são normalmente ilegais”, afirma Damous, ao analisar as outras negativas da juíza.
“Embora o meu caso tenha certa peculiaridade, porque a advocacia tem regência própria, por lei específica, além dele, as outras decisões da juíza são absolutamente ilegais. Estas restrições que ela estabelece para a visitação são ilegais. Não obedecem o que transcreve a lei de execução penal”, denuncia.
Outra decisão polêmica da juíza Lebbos foi o impedimento da entrada de uma comissão de deputados da Comissão de Direitos Humanos da Câmara à sede da Superintendência da Polícia Federal, no dia 8 de maio. Na opinião de Damous, a magistrada confunde as prerrogativas de cada poder.
“É prerrogativa do parlamento brasileiro vistoriar as dependências, supervisionar, fiscalizar. Isso é próprio da administração pública. Então ela [juíza Lebbos] não tinha nada a ver com isso. No caso dos parlamentares, não se tratava de uma visita ao presidente Lula, mas de supervisionar as condições carcerárias que foram impostas a ele”.
Embora o TRF4 tenha corrigido uma decisão irregular da juíza, para o ex-presidente da OAB, não se deve causar falsas ilusões quanto ao caráter democrático do sistema de justiça. “O estado de exceção está a pleno vapor. O TRF da 4ª região é um dos agentes do estado de exceção. E como eu disse, essa decisão, ou esse caso em que a juíza me colocou, é absolutamente peculiar. A ilegalidade era tão flagrante que eles não tiveram outro jeito senão deferir a liminar. Não devemos ter qualquer tipo de ilusão quanto ao comportamento do poder judiciário, pelo menos esse segmento que cuida da chamada operação Lava Jato, de que esteja voltando aos trilhos o estado de direito.
Damous confirmou que deve fazer a primeira visita a Lula na semana que vem, depois de definir junto aos outros advogados qual será o seu papel na defesa do ex-presidente.
*Via Sul21