MAIS DE 1 MILHÃO DE BRASILEIROS SAEM ÀS RUAS CONTRA O DESASTRE BOLSONARO



Pela segunda vez em menos de um mês, os brasileiros saíram às ruas contra o projeto de destruição nacional representado por Jair Bolsonaro, que, em menos de seis meses no poder, colocou o Brasil em recessão, cortou 30% da educação, ameaçou professores e insultou a população ao deixar claro que não gosta de pobres. Nas ruas, os brasileiros se mostram dispostos a não permitir a destruição completa do Brasil.

Havia uma certa apreensão em alguns setores da organização dos protestos com relação ao volume de uma segunda manifestação tão próxima da primeira. Mas a adesão e a multidão que tomou conta das ruas pelo país surpreendeu até o mais otimista dos manifestantes anti-Bolsonaro.
A pauta da educação organizou as demandas sociais e as ruas voltam a protagonizar o processo político no Brasil, agora do lado esquerdo da história. 
Espremida entre duas manifestações-monstro, a micareta fascista de domingo, artificial e convocada pelo próprio governo, ficou parecendo uma 'quermesse', sem pauta definida e com a tristeza estampada na cara dos sôfregos apoiadores de Bolsonaro. 
O país parece entrar em uma nova etapa, tão esperada por aqueles que buscam a volta da democracia e da normalidade institucional, perdida desde o golpe de 2016, aplicado por Michel Temer e pelo moribundo PSDB. 
De posse das ruas, o segmento progressista agora é reinvestido da responsabilidade de re-conduzir o país à democracia popular e aos destinos naturais que a história reserva aos povos soberanos. Em outras palavras, o sucesso do 30M aumenta a responsabilidade dos estudantes como verdadeiros protagonistas do processo político, como sói acontecer em todos países que se viram atacados por processos degradantes de parasitagem no poder. 
A imagem emblemática deste histórico dia 30 de maio foi a recolocação da faixa em defesa da educação, retirada e depredada por fascistas apoiadores de Bolsonaro, no dia 26. O gesto significa que a esquerda não permitirá mais o desrespeito e o esmagamento de suas pautas, seja no campo político, seja no campo do discurso. 
O Brasil se fortalece e respira mais uma vez como nação, depois de um longo inverno político. Os ventos da democracia parecem soprar, agora, mais fortes e mais insinuantes, similares ao clima das Diretas Já de 1984, quando o país voltou a sonhar depois de uma longa ditadura midiático-militar. 
O dado mais relevante, no entanto, não é o tamanho da manifestação em si, imensa e surpreendente: é o 'desejo político' realinhado. A expressão de cada estudante é a expressão da resistência e da retomada da história. Eles querem ser protagonistas e estão sendo. Quando esse comichão da história coça no cangote da liberdade democrática, é difícil de segurar.
*Fonte: Brasil247

30 maio 2019

MILHARES JÁ ESTÃO NAS RUAS PELA EDUCAÇÃO; ADESÃO É MAIOR QUE A ESPERADA


Milhares de manifestantes já haviam saído às ruas em defesa da Educação até as 13h desta quinta-feira (30), em 60 cidades de 19 Estados e no Distrito Federal. As manifestações estão demonstrando um vigor e adesão muito acima da previsão dos líderes estudantis; maioria das manifestações, em especial nas capitais, como São Paulo, Rio, Porto Alegre, Belo Horizonte e Recife acontece entre o meio da tarde e começo da noite.

CLIQUE AQUI para ler na íntegra (via 247)

29 maio 2019

Estudantes confirmam atos já programados em 150 cidades no 30 de maio

Alunos, professores e trabalhadores voltam às ruas neste 30 de maio para protestar contra o arrocho de verbas nas universidades e institutos federais imposto por Bolsonaro


São Paulo – Estudantes, professores e trabalhadores ligados à educação ocuparão as ruas do Brasil, nesta quinta-feira (30), contra corte de verbas nas universidades e institutos federais, pretendidos pelo governo Jair Bolsonaro. De acordo com um levantamento da União Nacional dos Estudantes (UNE) e da CUT, são cerca de 150 cidades com manifestações marcadas, seja por secundaristas, universitários, pós-graduandos, professores e trabalhadores.
Apesar da força apresentada no último dia 15, quando 200 cidades pararam contra Bolsonaro, os estudantes afirmam que a educação ainda está sob ataque. “Estive na Câmara dos Deputados em uma audiência pública, na última semana, para tentar argumentar com o ministro da Educação contra os cortes, mas ele se recusa a nos ouvir. Então será pelas ruas que ele vai ter que entender. No dia 15 levamos mais de 2 milhões de pessoas para as ruas, e o próximo dia 30 tem tudo para repetir esse público”, disse a presidenta da UNE, Marianna Dias.
As manifestações desta quinta-feira também colocam em pauta a” reforma” da Previdência e a greve geral, marcada pelas centrais sindicais, no dia 14 de junho. A CUT e entidades filiadas, como a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam), aderiram à mobilização.
Na capital paulista, o ato está marcado para o Largo da Batata, zona oeste, a partir das 17h. Já no Rio de Janeiro, o movimento estudantil se concentrará na Candelária, centro da cidade, a partir das 15h. Manifestações em defesa da educação também estão marcadas ao redor do mundo, como em Nova York (Estados Unidos), Genebra (Suíça), Lisboa (Portugal) e Dublin (Irlanda).

PAPA FRANCISCO ESCREVE CARTA A LULA E DIZ QUE 'O BEM VENCERÁ O MAL'



247 - O Papa Francisco escreveu carta ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso político há mais de um ano. No texto, Francisco diz que ora por Lula e pede que o e-presidente 'não deixe de rezar por mim'.
A informação é da coluna da jornalista Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo. O Papa Francisco lamenta "as duras provas que o senhor viveu ultimamente" e cita a morte de dona Marisa, do irmão de Lula, Genival Inácio, e do neto dele, Arthur.
"Não deixe de rezar por mim", pede Francisco a Lula, dizendo que também ora pelo líder brasileiro. De acordo com Mônica Bergamo, "a correspondência é uma resposta a uma carta que o ex-presidente enviou ao santo padre em março".
O texto traz reflexões religiosas e filosóficas. Diz que graças ao "triunfo de Jesus sobre a morte", é possível acreditar "que, no final, o bem vencerá o mal, a verdade vencerá a mentira e a Salvação vencerá a condenação".
A advogada Carol Proner, que faz parte de um grupo de estudos no Vaticano e teve acesso à correspondência, diz que "é uma carta que carrega muitas mensagens, além daquelas de afeto".
Leia a íntegra da carta: 
Estimado Luiz Inácio, 
Recebi sua atenciosa carta do passado 29 de março, com a qual, além de agradecer a minha contribuição para defesa dos direitos dos mais pobres e desfavorecidos dessa nobre nação, me confidenciava seu estado e ânimo e comunicava sua avaliação sobre o contexto sócio-político brasileiro, o que me será de grande utilidade. 
Como assinalei na mensagem para o 52 Dia Mundial da Paz, celebrado no passado 1 de janeiro, a responsabilidade política constitui um desafio para todos aqueles que recebem o mandato de servir ao seu País, de proteger as pessoas que habitam nele e de trabalhar para criar as condições de um futuro digno e justo. Tal como meus antecessores, estou convencido de que a política pode tornar-se uma forma eminente de caridade, se for implementada no respeito fundamental pela vida, liberdade e dignidade das pessoas. 
Nesses dias, estamos celebrando a ressurreição do senhor. O triunfo de Jesus Cristo sobre a morte é a esperança da humanidade. A sua Páscoa, sua passagem da morte à vida, é também a nossa Páscoa. Graças a ele, podemos passar da escuridão para luz, das escravidões desse mundo para liberdade da terra prometida. Do pecado que nos separa de Deus e dos irmãos para a amizade que nos une a ele. Da incredulidade e do desespero para alegria serena e profunda de quem acredita, no final, o bem vencerá o mal, a verdade vencerá a mentira e salvação vencerá a condenação. 
Tenho presente das duras provas que o senhor viveu ultimamente, especialmente da perda de alguns entes queridos, sua esposa Marisa Letícia, seu irmão Genival Inácio e, mais recentemente, seu neto Arthur de somente sete anos- quero lhe manifestar a minha  proximidade espiritual e lhe encorajar pedindo para não desanimar e continuar confiando em Deus. 
Ao assegurar-lhe minha oração a fim de que, neste tempo pascal de Júbilo,  a luz de cristo ressuscitado o cumule de esperança, peço-lhe que não deixe de rezar por mim.  
Que Jesus o abençoe e a Virgem santa lhe proteja. 
Fraternalmente. 
*Via Brasil247

"A mídia pode divulgar minha imagem durante a prisão sem minha expressa autorização?"


A propósito da sucessiva exposição vexatória - e ilegal, como veremos abaixo - de fotos de pessoas detidas, que ocorre sistematicamente na mídia impressa ou digitalizada (inclusive em Santiago e Região), este Portal traz - para conhecimento, discussão e reflexão - esta importante contribuição escrita pelo colega Ricardo Monteiro, que traz por título a seguinte pergunta: 

"A mídia pode divulgar minha imagem durante a prisão sem minha expressa autorização?"

Por Ricardo Monteiro, Advogado*

O tema infelizmente continua sendo atualíssimo. O fato é recorrente no cotidiano do brasileiro: quando alguém é preso, os “repórteres” ávidos pela “cobertura” do caso fazem de tudo para conseguir imagens do envolvido no caso policial.

Não é raro ver pessoas acusadas de crime serem expostas num contexto humilhante mesmo quando estas evidentemente não querem aparecer ou conceder qualquer tipo de entrevista. Cobrir o rosto é um sinal ignorado pelos cinegrafistas e fotógrafos que quase sempre dão um jeitinho de pegar aquele ângulo. Também há os casos mais esdrúxulos quando o próprio agente público, representante do Estado, levanta forçosamente a cabeça do conduzido para exibir a quem quiser ver. Por fim, acontece ainda que muitas vezes a própria polícia vaza a foto do documento pessoal, ou mesmo a fotografia que deveria servir tão somente para os instrumentos de identificação policial, a qual deveria se limitar aos seus registros internos.

O argumento dos programas policialescos é que aquela é uma “oportunidade de se defender, contar sua versão dos fatos...” Quem dera essa suposta imparcialidade jornalística fosse de fato além do mero argumento astuto na hora da entrevista, que quando concedida, mais se aproxima de um festival de ironias, ridicularização e deboches em cima de pessoas com pouca ou quase nenhuma instrução formal, como aconteceu, aliás, com o “MC Beijinho” que, ironicamente, caiu no gosto popular nacional com o hit “Me libera, nega”.

Nesse contexto, surge o questionamento: a mídia pode divulgar minha imagem durante uma prisão sem minha expressa autorização? (...)

CLIQUE AQUI para ler na íntegra (via Portal O Boqueirão Online)

"Visitar Bolsonaro é tudo que não deveria ser feito por um juiz que julgou Lula e que preside o tribunal que continuará julgando Lula"


Des. Victor Laus

A VISITA

Por Moisés Mendes*
Já li e reli umas quatro vezes, mas não acredito no que leio. Não acredito que Bolsonaro recebeu hoje, para um chá da tarde, o desembargador Victor Luiz dos Santos Laus, que assumirá a presidência do Tribunal Federal da 4ª Região em Porto Alegre.
Laus participou do julgamento dos recursos do processo que condenou Lula pelo tríplex do Guarujá e irá presidir o TRF4 durante os julgamentos de outros processos, incluindo o do sítio de Atibaia.
Não imagino que essa visita pudesse ser vista com naturalidade num país sob normalidade. Nem na Alemanha, na Argentina, na Bélgica, na França, na Ucrânia. Nem na Venezuela que a direita odeia tanto.
Bolsonaro chamou o desembargador, como chamou hoje os presidentes da Câmara, do Senado e do Supremo para um café, ou o desembargador tomou a iniciativa da visita?
Eu, como cidadão, considero constrangedor que um juiz que reafirmou a condenação do maior adversário político de Bolsonaro (e que irá presidir o tribunal que continuará julgando esse adversário) se reúna com Bolsonaro.
Parece que está tudo liberado, mas não é normal. Podem dizer que é da liturgia dos cargos e da convivência das autoridades e das instituições.
Visitar Bolsonaro é tudo que não deveria ser feito por um juiz que julgou Lula e que preside o tribunal que continuará julgando Lula.
Como esse tipo de visita de presidente de tribunal regional não é comum (e nunca será, nessas circunstâncias), tenho o direito de dizer que me sinto subestimado, afrontado e ofendido.
*Jornalista - via Blog do Moisés Mendes

A facção criminosa da estupidez


Por Fernando Brito*
Fui ler um artigo de Josias de Souza, no UOL, no qual ele se espantava com o fato de que, atualmente, a brutalidade de execuções às dezenas em presídios tornou-se não só banal como, também, virou alimento para os instintos homincidas que se desenvolveram na opinião pública.
Diz ele:
Há uma mutação ética nas cadeias e no Brasil. Dentro dos presídios, o sangue jorra sem culpa. Fora, o incômodo com a matança é condenado por chatice. Dentro, ouve-se o barulho dos membros das facções matando-se uns aos outros. Fora, escuta-se o silêncio da sociedade, grata à bandidagem pelo autoextermínio.
E discorre como fomos involuindo para quase festejar o espetáculo de mais de meia centena de corpos humanos degolados, perfurados, asfixiados…
Mesmo abstraindo-se o horror destas cenas, salta aos olhos a estupidez aritmética desta “solução”: uma bomba atômica como a de Nagasaki não “resolveria” 10% da massa prisional do país. Nem o fato de que cada corpo morto pressupõe um assassino vivo, com grandes possibilidades de voltar a matar, na cadeia ou fora dela, enquanto não for morto também.
O artigo, porém, se completa com o que Josias não escreveu, mas previu. A área de comentários de seu blog virou uma galeria de presídio, onde se ouvem os gritos e ameaças da “facção do bem” querendo mais sangue, mais mortes, mais execuções.
“55 em dois dias é pouco”, diz um deles.
Bem, como são 700 mil presos e outro tanto esperando para entrar, temos aí a ideia de que nos “salvaremos” com um genocídio de um milhão de pessoas, pouco mais ou menos.
Nos tempos do Carandiru, massacre era um escândalo. Ano retrasado, com Temer, era um “incidente”.
Agora, na era Bolsonaro, é uma “conquista”.
*Jornalista, Editor do Blog Tijolaço

27 maio 2019

O tiro saiu pela culatra (II)


Capitão vai à guerra nas ruas e perde de goleada: foi 7 a 1 para democracia



Por Ricardo Kotscho, no Balaio do Kotscho e para o Jornalistas pela Democracia*

Bolsonaro resolveu medir forças com o Brasil civilizado, que defende a Educação e a democracia, e perdeu de goleada.

Por mais que a Globo quisesse ajudar, os "protestos a favor" do governo, do pacote de Sergio Moro e da reforma da Previdência, foram um fracasso de público e de crítica, uma repetição dos 7 a 1 do Mineirão de triste lembrança.

Na hora marcada para as manifestações, havia pouca gente nas ruas e, por mais que os repórteres e cinegrafistas se esforçassem, o fracasso era evidente. 

Em comparação com as grandes manifestações populares do dia 15 de maio, com as multidões que foram às ruas contra o governo, viu-se neste domingo um desfile deprimente de camisas amarelas da CBF, paneleiras loiras e marombados de óculos escuros, com ataques às instituições e baixarias.

Ao longo do dia, com as engajadas transmissões ao vivo das televisões para chamar a população às ruas, como fizeram nas manifestações pró-impeachment de Dilma, as imagens começaram a mostrar mais gente caminhando atrás de carros de som, mas deixando um vazio entre eles, numa cacofonia de discursos gritados em que não se entendia nada.

Nos estúdios refrigerados da Globo News, pontificava o comentarista Valdo Cruz, que fazia sua campanha particular em defesa da reforma da Previdência e do pacote anti-crime de Sergio Moro, como se fosse porta-voz do governo e da emissora, quaisquer que fossem os sons e imagens das ruas.

Em diferentes pontos do país, repórteres declamavam o mesmo script global em favor das reformas e do governo.

Alguma coisa mudou depois do encontro da direção da Globo com o capitão presidente na última semana, no Palácio do Planalto.

Longe dali, num culto evangélico em Jacarepaguá, Bolsonaro orava e não parava de postar vídeos nas redes sociais, mostrando as "manifestações espontâneas", com mensagens patrióticas para mobilizar sua tropa.

Às cinco da tarde, a micareta fascista já estava no fim. Até os repórteres globais já desanimavam de narrar as manifestações, mas continuavam repetindo os mesmos bordões.

Quinta-feira, o povo volta às ruas. Contra o governo.

*Via Brasil247

26 maio 2019

O tiro saiu pela culatra



Por Alex Solnik, para o Jornalistas pela Democracia*
As manifestações de hoje contra o Congresso e o STF não chegaram nem aos pés das do dia 15, contra a destruição da educação. Se a ideia de Bolsonaro foi dar uma demonstração de força, o tiro saiu pela culatra: foi uma demonstração de fraqueza.
A maior aglomeração deu-se na praia de Copacabana. Ainda assim, quem pedia a cabeça de Rodrigo Maia era uma minoria. O Rio tem tradição de direita desde os anos 30, quando os integralistas de Plinio Salgado marchavam no Flamengo e promoviam quebra-quebras no centro.
Manifestações sem povo, apenas a classe média compareceu. Números inexpressivos. Vinte mil em Belo Horizonte, 10 mil em Brasília, no Rio um pouco mais. Nenhum entusiasmo, nenhuma animação, nenhum jovem. Os jovens se guardaram para a próxima passeata contra os desmandos do governo autoritário.
Colocar gente na rua num domingo é moleza. As pessoas não têm o que fazer. E fazia tempo não tiravam da gaveta suas camisetas da seleção falsificadas. Nem assim Bolsonaro conseguiu arrastar a multidão que esperava.
As ruas confirmaram o que as pesquisas já apontavam: Bolsonaro está caindo e a sua agenda de extrema-direita só tem apoio de uma minoria que faz barulho na internet.

ATOS FASCISTAS TÊM INFRAESTRUTURA PROFISSIONAL. QUEM PAGA?



A pergunta que não quer calar: quem paga a conta do esquema profissional, da infraestrutura e dos materiais das manifestações fascistas em apoio ao governo de extrema-direita de Jair Bolsonaro?

247* - A pergunta que não quer calar: quem paga a conta do esquema profissional, da infraestrutura e dos materiais das manifestações fascistas em apoio ao governo de extrema-direita de Jair Bolsonaro?

A manifestação de apoio ao governo de Jair Bolsonaro, neste domingo, na Praia de Copacabana, tem cinco carros de som e um guindaste, informa a revista Época, que ainda destaca: teve também um pó amarelo, lançado no ar.
Em Belém, grandes bandeiras verdes e amarelas, também foram erguidas para dar a sensação de volume e aumentar a impressão da quantidade de gente, aponta a revista.
Enquanto isso, a Fórum noticia que na manhã deste domingo (26), leitores procuraram a redação para denunciar a existência de um esquema para tentar maquiar o fracasso das manifestações favoráveis ao governo de Jair Bolsonaro.

FASCISMO MOSTRARÁ SEU TAMANHO NESTE DOMINGO



Neste domingo, será possível avaliar qual é a dimensão do fascismo no Brasil, com as manifestações convocadas em defesa de Jair Bolsonaro, um governo que perde popularidade e derrete em cinco meses; num jogo de idas e vindas, Bolsonaro convocou a manifestação em seu favor contra o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal, mas depois de um racha até mesmo nos grupos de direita (do 247)

CLIQUE AQUI para ler na íntegra.

25 maio 2019

Coluna C&A



Coluna Crítica & Autocrítica - nº 162


Por Júlio Garcia**

*I-Violência Policial - Trago hoje um assunto delicado que não pode mais ser escamoteado: preocupa sobremaneira o crescente aumento da violência policial em nosso país. Perseguições, abordagens imotivadas, seguidas de atos de violência e humilhação (normalmente contra jovens de comunidades periféricas, negros em particular, pobres no geral), invasões de residências sem mandado judicial (as famosas “pedaladas”, ou seja, arrombamento das portas das casas e destruição dos parcos bens dos moradores – a grande maioria trabalhadores e pobres - mas para esses maus policiais, “suspeitos”). E, pior: muitos atos desse naipe resultando inclusive em execuções sumárias de “suspeitos” ...que, supostamente, teriam “revidado” durante tais abordagens, que se tornaram corriqueiras. Preocupação esta, que sei, não é só deste Colunista, mas também é comungada pela maioria dos cidadãos atentos e conscientes que, cada vez mais, têm se expressado e repudiado essas práticas medievais - tanto na mídia impressa/falada/televisionada quanto nas redes sociais/blogues/sites/portais...

*Violência e abuso policial de toda ordem, que se dão através de ameaças, abordagens não justificadas, covardes, exageradas, humilhantes, que culminam muitas vezes com ferimentos e mesmo em execuções (na maior parte de inocentes, como após é constatado), tanto à noite mas também, não raro, em plena luz do dia - e que se fazem sentir, de forma quase generalizada, tanto nos grandes centros urbanos quanto nas médias e pequenas cidades.Isso, convenhamos, não combina minimamente com um Estado Democrático de Direito – se é que o mesmo ainda está em voga no país...

*Lamentavelmente, a cidade de Santiago/RS não constitui-se em exceção. Relatos que nos chegam dão conta de que esse tipo de violência policial também tem ocorrido por aqui, principalmente nos bairros e vilas periféricas, especialmente no Irmã Dulce, Missões e Bonatto com maior incidência (como ocorreu em dezembro passado no Bairro Irmã Dulce, antiga Vila Pedreira, onde dois jovens foram executados por uma patrulha da BM após um suposto “confronto” ... que nenhum morador do bairro onde ocorreram as mortes, testemunhou).

*É claro, sabemos que a grande maioria dos policiais são corretos, honrados, inclusive merecedores de elogios - e não se enquadram nesse pequeno grupo de verdadeiros criminosos “travestidos” de policiais - que, assim como os famigerados ‘milicianos’ dos grandes centros, agem ao arrepio da lei, contando sempre com as ‘costas quentes’, com a omissão quase que geral da mídia (local e regional, com honrosas exceções), contando, como sempre, com a certeza da impunidade.

*Isso tem que ter um basta! Hora de cessar essa violência, bem como de identificar e punir os responsáveis. Com a palavra as autoridades policiais locais (e da Região), a Corregedoria da BM, bem como, em especial, a OAB, os ilustres representantes do Ministério Público e do Judiciário e demais autoridades - que precisam estar mais atentos para coibir esses lamentáveis acontecimentos, que também em Santiago e Região, vem ocorrendo com incidência crescente ... e não é de hoje!
...
*II-(Des)governo Bolsonaro – Esta postagem - que a seguir socializo com os(as) prezados(as) leitores - eu recolhi do “Blog do Mello” https://blogdomello.blogspot.com/ (editado pelo jornalista Antônio Mello, do RJ), sendo que também repercuti num dos Blogues que edito, o https://jcsgarcia.blogspot.com/

“A famosa manifestação [dia 26] que iria mostrar a força do apoio ao governo Bolsonaro está ameaçada até de não acontecer, tal o desânimo, o pequeno número de apoiadores, comparado ao peso dos grupos que já disseram que não vão, como o MBL, o Vem pra Rua, a Janaína Paschoal, o pato da Fiesp, e agora, depois da reunião com executivo da Globo, até o Jair Mentira Bolsonaro desistiu de aparecer.

O governo desmilingue a olhos vistos, a ponto de Bolsonaro pedir socorro à Globo, algo impensável nos "tempos de glória" de distantes três meses atrás...

No domingo, só deve aparecer a galera da mamadeira. Jair deve apresentar atestado, como na época dos debates. Ou nem isso.” A conferir...

*III- “Caindo a ficha” -Enquanto isso, os estudantes brasileiros, através da UNE, preparam nova grande mobilização para o próximo dia 30 de maio ... e os trabalhadores (liderados pela CUT e demais centrais sindicais) organizam a Greve Geral contra a reforma da Previdência, cortes na Educação e outros desmandos do governo federal para o dia 14 de junho. Parece que, finalmente, a “ficha” está caindo... Bozo e cia em maus lençóis... e já não era sem tempo!
...
**Júlio César Schmitt Garcia é Advogado, Pós-Graduado em Direito do Estado, Consultor, Poeta e Midioativista. Foi um dos fundadores do PT e da CUT. - Publicado originalmente no Jornal A Folha (do qual é Colunista) em 24/05/2019.

-Fonte: Portal O Boqueirão Online