30 novembro 2024

"Cada fala de Bolsonaro é uma confissão", diz Pedro Serrano

Jurista relaciona declarações do ex-presidente à tentativa de ruptura democrática e ao enfraquecimento das instituições

   Pedro Serrano, na TV 247 (Foto: Reprodução Youtube)

247* - O jurista Pedro Serrano afirmou em suas redes sociais que "cada fala de Bolsonaro é uma confissão", em alusão às recentes declarações do ex-presidente Jair Bolsonaro sobre discussões envolvendo estado de sítio, estado de defesa e o uso do artigo 142 da Constituição. Bolsonaro admitiu novamente ter debatido essas possibilidades com os comandantes das Forças Armadas durante seu governo, reacendendo o debate sobre seu papel nas tentativas de contestar a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A fala de Serrano reflete a gravidade do cenário descrito por Bolsonaro, que já foi indiciado pela Polícia Federal por articular um golpe de Estado. Durante entrevista ao programa Oeste sem filtro, da Revista Oeste, Bolsonaro tentou justificar seus atos ao dizer que os debates não extrapolavam os limites legais. “Golpe usando a Constituição? O que está dentro da Constituição você pode utilizar”, disse, numa tentativa de normalizar um comportamento que especialistas apontam como autoritário.

Para Serrano, tais declarações não apenas indicam uma postura antidemocrática, mas também configuram confissões de intenções claras de ruptura institucional. 

Tentativa de minimizar articulações golpistas

Depoimentos de ex-comandantes das Forças Armadas indicam que Bolsonaro apresentou planos para impedir a posse de Lula, o que, segundo eles, configuraria uma tentativa de golpe. Apesar disso, o ex-presidente procurou minimizar as reuniões, afirmando que discutiu os temas “sem acaloramento”. Entretanto, os relatos de militares e as próprias declarações de Bolsonaro reforçam a tese de que sua gestão flertou constantemente com a ruptura democrática.

Além de sugerir medidas autoritárias, Bolsonaro voltou a criticar o equilíbrio entre os poderes e defendeu uma anistia ampla, sugerindo que declarações do presidente Lula ou do ministro Alexandre de Moraes poderiam pacificar o país. “Se tivesse uma palavra do Lula ou do Moraes sobre anistia, estava tudo resolvido”, afirmou. Para analistas, essa proposta soa como uma tentativa de escapar de responsabilizações judiciais.

Serrano e outros juristas destacam que essas confissões exigem ação firme das instituições democráticas. A tentativa de Bolsonaro de justificar articulações golpistas como “dentro da Constituição” não apenas relativiza os crimes de responsabilidade, mas também normaliza ataques à democracia. “É essencial que as investigações avancem e que quem ameaçou a ordem constitucional seja responsabilizado”, defendeu Serrano.

*Via Brasil247

A tortura, o torturador ‘bonzinho’ e o extemporâneo pedido de perdão ao torturado*

 

O presidente do STF, ministro Luiz Roberto Barroso, durante a solenidade comemorativa ao Dia do Soldado, no Quartel-General do Exército, em Brasília. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil


Por Morvan Bliasby*

Em 27 de novembro, Carta Capital publicou matéria sobre uma fala do ministro Luiz Roberto Barroso, presidente do STF, em recente evento no Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Na ocasião, Roberto Barroso afirmou:

“O problema em relação à Comissão Nacional da Verdade é que não houve um pedido de desculpas. Historicamente, o não pedido de desculpas deixa uma ferida em aberto”.

Mais adiante, Barroso relatou:

“Eu tive a oportunidade de falar isso em uma reunião privada com o então comandante do Exército no governo Dilma: ‘Por que não pedem desculpas? Diz que era um momento conflagrado na história do mundo, havia socialismo e capitalismo disputando espaço no mundo, manipulando os povos. Houve um surto autoritário, uma guerrilha, uma reação à guerrilha, abusos, exageros. Nós de fato torturamos e pedimos desculpas às pessoas que foram vítimas’”.

Isso teria, segundo o ministro, auxiliado na pacificação do País:

“Teria derrotado preconceitos e sentimentos que ainda não foram superados e acho que teria feito bem a todo mundo.”

Barroso diz mais sobre o modus operandi da elite deste país, togada, de quepe, à paisana, do que é possível captar num simples “pecadilho” de um farsa jatista de carteirinha, a qual nunca excedeu, por um milímetro, o Brasil de “Os Bruzundangas” (Lima Barreto), quer seja “Direito de classe”.

Barroso aduz, nas entrelinhas, que a Comissão Nacional da Verdade seria algo ruim, mas totalmente evitável, via pedido de desculpas, por parte do torturador, claro, aquela criatura dócil, sempre aberta ao diálogo e sequiosa de congraçamento e concórdia, como são conhecidos todos os torturadores, claro… caso pedisse desculpas pelos “pecadilhos” dos assassinatos, furtos, roubos, estupros, etc., não haveria necessidade mesmo dessa tal “Comissão Nacional da Verdade”.

E, o pior, mostra as conversas com os algozes (‘eu sugeri…’).

Ora, ministro de Estado, de Corte, de qualquer poder, não tem de ficar dando conselhos a torturador. Tem de cumprir as leis.

E, malgrado a “boa vontade” do magistrado, o número de torturadores pedindo perdão ao torturado é ínfimo. Talvez até porque o torturado precise sobreviver, para receber o tão alentador — e inusitado, digamos, pedido de perdão.

E, por fim, mas não menos importante, quem pacifica o país é punição exemplar. O resto são sonhos de uma noite que não verão.

Não terem sido punidos, desde Canudos, é o motor da recidiva que criou a mais eficaz máquina de matar seu próprio povo, golpista e torturadora por excelência.

Quem pacifica o país é punição, diria ao ‘ministr´otário’. Faltou punir os verdugos, a cada golpe, no Brasil!

Acredite-se que na Argentina ou no Chile, ou onde mais tenha havido luta contra o comunismo (sic!), haja pouco torturador expedindo perdões aos borbotões; não mesmo. Nesses citados, houve punição.

Quem quis se livrar do seu encontro com a implacável Lei do Retorno, encontrou-se com a velha da foice.

Aqui, no Brasil, ao contrário, estamos à espera de Gonot, Janot, Gonet, etc., ou alguém que nos traga os mais sinceros encômios, sem olvidar, claro, aqui, terra dos perdões pós tortura, o velho pedido de perdão.

Eu prefiro, dada a lição histórica, o método chileno ou platino, caro sr. ministro.

*Fonte: Viomundo

25 novembro 2024

Frente Ampla - Yamandú Orsi será o novo presidente do Uruguai em retorno da esquerda ao governo

Orsi confirma favoritismo das pesquisas e vence coalizão de direita liderada por Álvaro Delgado

   Yamandú Orsi tem 57 anos e tomará posse em março de 2025 - Foto: Divulgação

Yamandú Orsi será o novo presidente do Uruguai. Com o apoio do ex-presidente José "Pepe" Mujica, ele vence o candidato da coalização de direita Álvaro Delgado no segundo turno das eleições presidenciais uruguaias realizado neste domingo (24).

Com praticamente 100% das urnas apuradas neste segundo turno, a disputa foi acirrada. A corte eleitoral aponta 49,8% dos votos para Orsi, contra 45,9% de Delgado. 

Com esse resultado, o Uruguai voltará a ter um presidente de esquerda após cinco anos.

Em 2020, Tabaré Vázquez, que também havia sido apoiado por Mujica, encerrou seu mandato e passou a presidência para Luis Alberto Lacalle Pou, de direita. Lacalle Pou apoiou Delgado nesta eleição. Delgado foi seu secretário na Presidência.

Orsi já havia vencido Delgado no primeiro turno desta eleição. Neste domingo, confirmou seu favoritismo e acabou eleito.

O presidente Lula felicitou Orsi pela rede social X: "Quero congratular o povo uruguaio pela realização de eleições democráticas e pacíficas e, em especial, o presidente eleito @OrsiYamandu, a Frente Ampla e meu amigo Pepe Mujica pela vitória no pleito de hoje. Essa é uma vitória de toda a América Latina e do Caribe. Brasil e Uruguai seguirão trabalhando juntos no Mercosul e em outros fóruns pelo desenvolvimento justo e sustentável, pela paz e em prol da integração regional".

Sucessor de Mujica

Yamandú Ramón Antonio Orsi Martínez, 57 anos, é apadrinhado pelo popular ex-presidente Mujica. Nasceu na zona rural, em uma casa sem luz, e cresceu na pequena cidade de Canelones, onde estudou em escola pública.

Em 1991, formou-se professor de História e lecionou em escolas de Ensino Médio do interior até 2005, quando iniciou sua carreira no governo de Canelones, primeiro como secretário-geral por quase 10 anos e depois como prefeito por dois mandatos.

Ele renunciou ao cargo para disputar as internas partidárias de junho, que venceu com mais de 60% dos votos, superando em muito a ex-prefeita de Montevidéu Carolina Cosse, que contava com o apoio de comunistas e socialistas e se tornou sua companheira de chapa.

Quando jovem, Orsi cuidava da loja de seus pais, foi coroinha na Igreja Católica e dançarino de folclore. Em 1989, aderiu ao Movimento de Participação Popular fundado por Mujica. Ele foi casado duas vezes, a última com a mãe de seus filhos gêmeos de 11 anos.

Com perfil moderado, diz que se prepara para ser presidente há muito tempo. No entanto, não apresentou um plano de governo antes das eleições, o que suscitou críticas. Ele também foi questionado por não participar de debates ou conceder entrevistas a diversos veículos de comunicação.

Orsi pode ser o responsável por levar a Frente Ampla de volta ao poder no Uruguai após a esquerda perder o governo em 2020 para a coalizão de direita liderada por Luis Lacalle Pou, do Partido Nacional. A mudança marcou o fim da chamada “onda rosa” de 15 anos no Uruguai, como foi chamado o período da América Latina com grande ascensão das lideranças de esquerda.

Embora o atual governo tenha uma orientação neoliberal e defenda a redução do papel do Estado na sociedade, Lacalle Pou não conseguiu revogar diversas conquistas alcançadas durante os anos de governos progressistas.

*Edição: Rodrigo Chagas - Via Redação do BdF

Uruguai, segundo turno - Yamandú e Delgado disputam presidência do Uruguai neste domingo; pesquisas indicam leve vantagem para pupilo de Mujica

Levantamentos apontam disputa acirrada pelo voto de 2,72 milhões de eleitores

O candidato da Frente Ampla encerrou a campanha na quinta-feira (21) em Rivera - Santiago Mazzarovich e Eitan Abramovich/ AFP

Por Eugênio Bortolon*

O Uruguai estará vivendo clima quente neste domingo (24), dia do segundo turno das eleições presidenciais. As pesquisas apontam uma disputa difícil, complicada e parelha. Os candidatos estão praticamente empatados, com leve vantagem da Frente Ampla de Yamandú Orsi, apoiado pelo ícone da esquerda Pepe Mujica, e Álvaro Delgado, do partido Blanco de centro-direita, com respaldo do atual presidente Luis Lacalle Pou.

As duas últimas pesquisas apontam vantagem da Frente Ampla, mas não há um favorito claro. Levantamento da CB Consultoria aponta Yamandú com 51,8% dos votos contra 48,2% de Delgado. As porcentagens se referem a votos válidos. A margem de erro é de 3,1 pontos percentuais para mais ou para menos. Outra pesquisa, da Equipos Consultores, aponta 45% para Yamandú e 41% para Delgado. Do total de 2,7 milhões de eleitores inscritos para uma população de 3,4 milhões de pessoas, a Equipos mostra que 6% anularão o voto ou votarão em branco e 8% estão indecisos. O diretor da empresa, Ignacio Zuasnabar, ressaltou, em entrevista, que o índice de indecisos “é importante e mais alto que o habitual”.

Porto Alegre

Consultando três eleitores de Porto Alegre, que estão se deslocando para lá ou não, ainda não há certezas, dois estão fechados com a Frente Ampla e um com Delgado. Minúsculo quadro diante do total de votantes, mas repete o que se sucede no Uruguai. Andrés Peralta, originário de Tacuarembó, dono de uma banca de revistas, jornais, tabacaria e refrigerantes na 24 de Outubro, diz que votará em Delgado. "A esquerda não faz nada no Uruguai", diz, convicto. Ele cita a prefeita de Montevidéu, Carolina Cosse, da Frente Ampla. "A cidade está suja, merecia maiores cuidados".

O advogado Gustavo Mello, doble chapa – vota no Brasil e no Uruguai – já tinha passagem de ônibus para esta sexta-feira e vai votar em Yamandú. Ele é esquerda, fez campanha com seus amigos aqui na Capital e por lá, na fronteira.  "Não tenho dúvidas de que Yamandú vai devolver a democracia para o Uruguai. O triunfo será arrasador", afirma com otimismo.

Eduardo Alqueres Vera, dono do restaurante El Pesto na Jerônimo de Ornelas, em 2004 foi a pé da cidade de Rosário do Sul até Montevidéu para votar no presidente eleito Tabaré Vásquez da Frente Ampla / Foto: Eugênio Bortolon

O empreendedor Eduardo Alqueres Vera, dono do restaurante El Pesto na Jerônimo de Ornelas, é um caso à parte. Frenteamplista roxo, em 2004 ele foi a pé da cidade de Rosário do Sul até Montevidéu para votar no presidente eleito Tabaré Vásquez da Frente Ampla. “Foram 627 quilômetros percorridos em 28 dias. Saímos em 15 pessoas de um acampamento de Rosário, mas no caminho fomos arregimentando correligionários e chegamos lá com centenas de apoiadores”. Diz que o Uruguai precisava sair daquela coisa de Blancos x Colorados, uma elite que empacou o país. “Precisávamos de gente do povo, com visão popular e que recolocasse o país no caminho da democracia completa”, afirma. Deu certo. Tabaré foi eleito e teve dois mandatos: 2005-2010 e 2015-2020.

Rivera e Montevidéu

O candidato da Frente Ampla – que reúne tupamaros, como Mujica, comunistas, marxistas, socialistas, sindicalistas e todas as correntes populares possíveis – encerrou a campanha na quinta-feira (21) em Rivera, onde recebeu adesões de colorados e blancos que não apoiam Delgado e sua política. Ele foi recepcionado por centenas de pessoas e mostrou confiança na vitória com a adesão de deputados dos outros partidos. “Estamos a um passo de voltar a reconquistar o Uruguai”, garantiu enquanto era abraçado por correligionários e novos apoiadores.

O candidato governista Álvaro Delgado encerrou sua campanha para o segundo turno quarta-feira (20), assegurando que uma “maioria silenciosa” é a favor da “continuidade do governo de centro-direita e que este detalhe lhe dará a vitória. “O povo quer governantes moderados”, garantiu.

“Sabem quem vai nos eleger em 24 (de novembro)?”, perguntou Delgado em um comício no Obelisco de Montevidéu, que contou com a presença de todos os líderes dos partidos membros da coalizão no poder, que apoiam sua candidatura. “Votará em nós uma maioria silenciosa que não tem bandeira, que não tem faixas de propaganda nos prédios, que hoje prefere a permanência de um governo que foi melhor que o governo da Frente Ampla”, assegurou.

Uruguai

Terceiro menor país da América do Sul – só atrás, em tamanho, das duas Guianas –, com área de 176.215 km², o Uruguai é uma das democracias mais sólidas e consistentes do continente. País com economia estável, mas caro para se viver por lá, teve uma campanha presidencial civilizada. Fake News? Sim, muitas, mas nada graves perto do horror brasileiro. Xingações, ofensas, maldades contra adversários? Raras, mas nada consistentes e que atrapalhassem o processo eleitoral. O presidente Lacalle Pou e Pepe Mujica tiveram pequeno desentendimento na campanha do segundo turno, mas respeitosamente acabaram tocando o barco para frente, sem consequências maiores.

Conforme analistas, o Uruguai hoje se posiciona como um dos principais países em termos de confiabilidade, status que tem alcançado como resultado de uma longa tradição de instituições sólidas que lhe permitiram ser número um em democracia, prosperidade, equidade, transparência, controle da corrupção, e também em qualidade de vida.

A economia do Uruguai é baseada principalmente no setor agropecuário, sendo que a exportação é o principal destino desses produtos. A criação de bovinos e ovinos e a exportação dos produtos destas atividades, como carne, lã e couro, são de grande importância para a economia. Caso seja eleito, Yamandú pretende fortalecer laços com o Brasil de Lula e com o Mercosul. Já o opositor Delgado diz que o Brasil sempre foi um sólido parceiro do Uruguai, mas promete ampliar seu raio de ação, com uma política externa e econômica alinhada com a China, com quem pretende fazer parcerias.

No primeiro turno, os uruguaios elegeram 30 senadores e 99 deputados para compor o Poder Legislativo nacional pelos próximos cinco anos (2025-2030). Agora só falta definir o novo presidente.

*Fonte: BdF Rio Grande do Sul -Edição: Katia Marko

22 novembro 2024

ELEIÇÕES OAB/RS: 'MUDA OAB/RS - CHAPA 2' - POR QUE MUDAR?'

 


Hoje, dia 22 de novembro,  ocorrerão as eleições para a nova direção da OAB/RS

Estamos - com muita honra! - integrando a nominata da Chapa 2, Muda OAB/RS (foto), de oposição à atual direção, que tem como candidato a Presidente o colega e companheiro Dr. Paulo Torelly e, como vice, a colega Dra. Lúcia Koppitke. Veja a seguir:

"Essa é a chapa 2: MUDA OAB RS – SOMOS TOD@S OAB! Estamos aqui para transformar a Ordem dos Advogados do Brasil no Rio Grande do Sul em uma entidade que representa, defende e valoriza cada advogada e advogado. Nosso compromisso é lutar por uma OAB que realmente atenda às necessidades da advocacia e da sociedade gaúcha, promovendo a transparência, a justiça e a participação efetiva de todos.  



Por que mudar?

Nossa advocacia enfrenta desafios urgentes: prerrogativas violadas, precarização do trabalho, e falta de representatividade . A OAB precisa ser mais inclusiva, acessível e comprometida com as demandas reais da advocacia. Acreditamos que uma mudança verdadeira é possível com uma gestão que priorize a participação democrática, a valorização dos profissionais e a defesa intransigente dos direitos de cada advogado e advogado." (...)

*CLIQUE AQUI para ver - e ler - na íntegra, a relação dos integrantes, bem como as propostas e compromissos da Chapa 2 - Muda OAB/RS

Para ver a relação dos/as integrantes das duas chapas (situação e oposição), clique AQUI

21 novembro 2024

Serão julgados Bolsonaro e mais 36: veja a lista dos indiciados pela PF por tentativa de golpe no Brasil*

Plano para matar Lula, Alckmin e Moraes também está no relatório

Militares do entorno de Bolsonaro dominam a relação de indiciados pela PF - Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados do primeiro escalão de seu governo foram indiciados pela Polícia Federal (PF), nesta quinta-feira (21), por tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.

Ao todo, são 37 indiciados, acusados de participarem da trama que pretendia evitar a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como presidente da República, em 1 de janeiro de 2023.

Além dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, a investigação também alcançou um plano tramado por militares para a execução de Lula, o vice Geraldo Alckmin (PSB) e Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

Confira a relação completa dos indiciados:

Ailton Gonçalves Moraes Barros
Alexandre Castilho Bitencourt Da Silva
Alexandre Rodrigues Ramagem
Almir Garnier Santos
Amauri Feres Saad
Anderson Gustavo Torres
Anderson Lima De Moura
Angelo Martins Denicoli
Augusto Heleno Ribeiro Pereira
Bernardo Romao Correa Netto
Carlos Cesar Moretzsohn Rocha
Carlos Giovani Delevati Pasini
Cleverson Ney Magalhães
Estevam Cals Theophilo Gaspar De Oliveira
Fabrício Moreira De Bastos
Filipe Garcia Martins
Fernando Cerimedo
Giancarlo Gomes Rodrigues
Guilherme Marques De Almeida
Hélio Ferreira Lima
Jair Messias Bolsonaro
José Eduardo De Oliveira E Silva
Laercio Vergilio
Marcelo Bormevet
Marcelo Costa Câmara
Mario Fernandes
Mauro Cesar Barbosa Cid
Nilton Diniz Rodrigues
Paulo Renato De Oliveira Figueiredo Filho
Paulo Sérgio Nogueira De Oliveira
Rafael Martins De Oliveira
Ronald Ferreira De Araujo Junior
Sergio Ricardo Cavaliere De Medeiros
Tércio Arnaud Tomaz
Valdemar Costa Neto
Walter Souza Braga Netto
Wladimir Matos Soares

*Edição: Martina Medina - Via Redação do BdF

19 novembro 2024

Golpe de Estado - PF prende militares suspeitos de plano para assassinar Lula, Alckmin e ministro do STF

No total, foram cumpridos cinco mandados de prisão preventiva, três mandados de busca e apreensão e 15 outras medidas

Jair Bolsonaro e o então comandante de Operações Especiais, general Mário Fernandes, um dos alvos da operação - Isac Nóbrega/PR

Redação BdF/SP* - A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta terça-feira (19), a Operação Contragolpe, que busca desarticular uma organização criminosa que planejou um golpe de Estado a fim de impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).  

Entre as ações do grupo, a polícia identificou um plano, denominado “Punhal Verde e Amarelo”, cujo objetivo seria a execução dos candidatos à Presidência e Vice-Presidência da República eleitos, Lula e Geraldo Alckmin (PSB), respectivamente, em 15 de dezembro de 2022. 

Além de ambos, a prisão e a execução de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) vinham sendo planejados, caso o golpe fosse exitoso. A PF não divulgou o nome do magistrado em questão.  

No total, foram cumpridos cinco mandados de prisão preventiva, três mandados de busca e apreensão e 15 outras medidas cautelares, como a proibição de manter contato com os demais investigados e de se ausentar do país, com entrega de passaportes no prazo de 24 horas. Os mandados foram cumpridos no Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas e Distrito Federal. 

Entre os alvos da operação, estão pelo menos quatro militares: o general da reserva Mario Fernandes e os tenentes-coronéis Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo. Wladimir Matos Soares, policial federal, também é um dos alvos.  

O general da reserva Mario Fernandes foi um dos homens de confiança de Jair Bolsonaro (PL) no Palácio do Planalto e foi alçado ao cargo de secretário-executivo da Secretaria-Geral menos de dois meses depois de ter passado à reserva do Exército. Seu último posto na Força foi como comandante de Operações Especiais. Em outubro de 2022, o ex-presidente escolheu o general para exercer o cargo de Autoridade de Monitoramento da Lei de Acesso à Informação, função ligada à Secretaria-Geral da Presidência da República. 

De acordo com a PF, o plano dos investigados “detalhava os recursos humanos e bélicos necessários para o desencadeamento das ações, com uso de técnicas operacionais militares avançadas, além de posterior instituição de um ‘Gabinete Institucional de Gestão de Crise’, a ser integrado pelos próprios investigados para o gerenciamento de conflitos institucionais originados em decorrência das ações”.  

Os fatos investigados configuram os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, Golpe de Estado e organização criminosa. 

*Da Redação do BdF - Edição: Nathallia Fonseca

Gleisi exalta sucesso do G20 sob a presidência do Brasil: "mostrou que ainda é possível construir consensos"

Documento final do G20 incluiu propostas como a taxação dos super-ricos, reforma da ONU e reafirmação do Protocolo de Kyoto para a luta climática

18.11.2024 - Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante foto oficial da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. Rio de Janeiro - RJ Foto: Ricardo Stuckert/PR (Foto: Ricardo Stuckert)

247* - A presidente do PT e deputada federal Gleisi Hoffmann (PR) destacou nesta terça-feira (19) o impacto histórico da Cúpula do G20 no Rio de Janeiro sob a presidência brasileira. Em postagem nas redes sociais, Gleisi enfatizou o papel do presidente Lula (PT) na promoção de um diálogo global mais inclusivo e democrático.

“O presidente Lula e o Brasil fazem a história avançar com o lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza e o documento final da Cúpula do G20”, afirmou Gleisi. Ela destacou a adesão de 81 países e organismos internacionais à proposta brasileira de ações concretas e recursos para enfrentar os desafios da fome e da pobreza. “A Cúpula do Rio mostrou que ainda é possível construir consensos, quando há diálogo democrático e respeito pelas diferenças, num momento em que o mundo se vê ameaçado pelo extremismo de direita e pela ganância do sistema financeiro e suas políticas neoliberais".

Sob a liderança de Lula, o evento consolidou a imagem do Brasil como potência global pacífica, com destaque para a inclusão de propostas como a taxação global dos super-ricos, a reforma da ONU e a reafirmação do Protocolo de Kyoto como pilar para a luta climática. O documento final do G20 também defendeu o cessar-fogo em Gaza, a solução de dois Estados para Palestina e Israel, e reforçou os esforços diplomáticos para resolver o conflito entre Rússia e Ucrânia.

Brasil como protagonista global - A cúpula no Rio reafirmou o papel histórico do Brasil na promoção da paz e do desenvolvimento sustentável, colocando o país no centro das discussões globais. O presidente Lula, que emergiu como uma das vozes mais influentes no cenário internacional, recebeu elogios de líderes de diferentes espectros políticos. Até mesmo o presidente argentino, Javier Milei, frequentemente crítico de fóruns multilaterais, aderiu à Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza e firmou um importante acordo energético com o Brasil.

Além disso, a Cúpula do G20 destacou a urgência de avançar nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, priorizando ações para mitigar desigualdades e proteger o meio ambiente.

*Via https://www.brasil247.com/

18 novembro 2024

Fala aí, Janja, que o fascistão está ouvindo

 


Por Moisés Mendes*

O fascistão Elon Musk ataca e debocha do Brasil, de Lula, de Alexandre de Moraes e da democracia brasileira e ainda dissemina mentiras em defesa da família que tinha a admiração do homem-bomba.

O fascistão Elon Musk afronta há muito tempo as instituições brasileiras, por se sentir um poderoso intocável.

Mas Janja não pode dizer nada sobre o fascistão Elon Musk, porque isso fere os bons modos e a diplomacia?

Janja deveria mandar flores para o fascistão Elon Musk? Tão de brincadeira. Ela pode dizer o que Lula não pode.

Pelos parâmetros da ‘normalidade’, Janja não deveria dizer o que disse. Mas não há mais normalidade nas relações com a extrema direita, muito menos com esse gângster.

Quem tem medo do fascistão Elon Musk? Fala aí, Janja, que o neonazista está te ouvindo.

Fuck you, fascistão Elon Musk!!!

*Moisés Mendes é jornalista. -Via Blog do Moises Mendes

(Edição final deste Blog)