30 junho 2012

Get Back!



Os Beatles não devem cantar sozinhos


Amiga, canta comigo
aqueçamos esta noite fria
este ambiente invernal
com nossas vozes calientes
de ternura e paixão
Enquanto na vitrola McCartney canta Get Back
e Yesterday
e diz que Jojo deve desistir das ervas da Califórnia
& voltar para Tucson
que fica no Arizona -  em Pima, se não estou enganado


Eu também
cá com meus botões, divago
e entre umas & outras
também acompanho a música
que ordena:
Get Back, Get Back!
-Volta, volta
Júlio César
para o lugar de onde você veio e que
não está tão longe
& nem faz tanto tempo assim...
& o tempo é tão relativo e ardiloso
& tua Pasárgada parece que te chama
& há tanta coisa ainda por fazer
por lá...
(novamente)


Na noite de sábado
esta cerveja gelada ... aquece o corpo
& a alma
e Paul continua cantando
agora Yesterday
e eu vejo o Ontem
& também
vejo o Amanhã
Get Back, Get Back!


Amiga, canta comigo
porque os Beatles não devem
cantar sozinhos
ainda mais nesta noite fria
e tão quieta que está lá fora
de tristes ruas sombrias
e desertas
(metrópole gelada & fantasma)


Cantemos, então, aqui dentro
pois quem canta
seus males espanta
assim já diz o dito
popular
& não precisa preocupar-se
com a exatidão
ou perfeição
do rítmo pois
preciosismo
não é o mais importante
& aqueçamos - isso sim é o que vale -
esta noite invernal
com nossas vozes calientes
de ternura ... cerveja
& paixão...


Tucson, Porto Alegre, Liverpool, Canoas
& Santiago
tão distantes
tão diferentes
e tão próximas...


& assim eu vejo o Ontem
e também
vejo o Amanhã!
Get Back,  Get Back!


     Júlio Garcia - Canoas/RS - 2008

Cresce a base em torno de Villaverde (PT)


*Eleições 2012 - Porto Alegre/RS - Do blog do André Machado, o 'Esquina Democrática':   "A aliança em torno da reeleição de José Fortunati (PDT) encolheu. Em contrapartida cresce a base em torno de Adão Villaverde (PT). O PRTB foi o primeiro a deixar a coligação. A confirmação se deu há pouco durante convenção em Porto Alegre. O presidente Estadual do partido, Altair Alves, diz que a decisão atende a um apelo do diretório nacional. "Já estamos com Dilma e Tarso e o projeto do PT faz diferença". (...) 
Outra sigla com o pé fora da campanha de Fortunati é o PTdoB. A decisão será confirmada ainda hoje, último dia para as convenções partidárias. Fortunati contará com o apoio de nove partidos (PDT, PMDB, PTB, PT, PRB, PPS, DEM, PMN e PTN) e Villaverde pode chegar a sete (PT, PR, PV, PPL, PTC, PRTB e, possivelmente, PTdoB)."
...
Sul21 -  Confirmado: "A aliança em torno da reeleição de José Fortunati (PDT) reduziu neste final de semana com as convenções do PRTB e do PTdoB. Ambos decidiram em romper as relações com os trabalhistas e abraçar a eleição do PT, do deputado estadual Adão Villaverde. Com a migração das siglas, a coligação de Villaverde fica com sete partidos (PT, PV, PR, PPL, PTC, PRTB, PTdoB). O tempo de TV cresce em cerca de 1min20seg. Com isso, Villaverde fica com, aproximadamente, 8min de propaganda eleitoral, se aproximando de José Fortunati, que passa a contar com o apoio de nove siglas (PDT, PMDB, PTB, PP, PRB, PPS, Dem, PMN e PTN)." (...)


Foto: Eduardo Quadros

29 junho 2012

GOLPE




*Charge do Kayser  -  ('Novilíngua')

28 junho 2012

'Mais livre e muito mais feliz!'



Há do que se orgulhar?

*Por Maria Berenice Dias

Dia 28 de junho é o Dia Mundial do Orgulho Gay. Será que alguém ainda não sabe disso?

Muitos questionam a necessidade de destacar um dia especial para marcar a luta pelos direitos da população LGBT. Outros tantos criticam a própria denominação da data. Como “gay” identifica a população homossexual masculina, os demais segmentos sentem-se excluídos. Assim lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais não estariam contemplados.

Também a expressão “orgulho” é alvo de questionamentos. Afinal, se orgulhar de quê? Será que pessoas tão excluídas, oprimidas e humilhadas podem ter orgulho de ser o que são? É longa a trajetória dos segmentos minoritários para merecerem aceitação e respeito. Muito mais quando o fator discriminatório diz com a orientação sexual ou identidade de gênero.

Historicamente a homossexualidade é considerada um pecado, um defeito, um erro ou um crime, que não pode ser revelada. Tida por degradante, precisa ser ocultada. Por ser uma atitude desviante, cabe ser corrigida. Ou melhor, eliminada. Por isso é que, ser identificado ou confundido com homossexual, gera um sentimento de menos valia, a ponto de ser esta a forma mais comum de xingar alguém. É o chamado bulling homofóbico.

Como as religiões se apropriam do tema da sexualidade, se arvoram o direito de impor condutas e culpabilizar quem se afasta do modelo sacralizado de família. Rejeitam as uniões homoafetivas sob a justificativa de a procriação ser a única finalidade do casamento. Com isso, manifestações de ódio são chanceladas. A violência é incentivada, a ponto ser reconhecida como exercício de um direito. E a violência é absolvida.

Por tudo isso, é difícil falar em “orgulho gay”. Mas será que existe algo a ser comemorado?

Com certeza há. O movimento homossexual está cada vez mais articulado. Denuncia qualquer ato discriminatório, realiza paradas, reivindica direitos e protesta contra a invisibilidade a que são condenados.

Também é digno de orgulho o Poder Judiciário deste país. Ainda que sem um referencial legal, invocando um punhado de princípios constitucionais, juízes e tribunais, há mais de uma década, vêm assegurando-lhes toda a sorte de direitos.

Mas para criminalizar a homofobia não basta a coragem da justiça. É preciso uma lei. Daí a iniciativa popular pela aprovação do Estatuto da Diversidade Sexual. É a primeira mobilização social para inserir um segmento alvo de preconceito no âmbito da tutela jurídica.

Não há outra forma de vencer a perversa omissão do legislador que se escuda em preceitos de ordem religiosa para justificar o medo de comprometer sua reeleição.

Só assim todos teremos orgulho de ser agentes da construção de uma sociedade mais igual, mais livre e muito, muito mais feliz!

*Maria Berenice Dias (foto) é natural de Santiago (RS). Reside em Porto Alegre. É advogada especializada em Direito Homoafetivo, Direito das Famílias e Sucessões.  Pós-graduada e Mestre em Processo Civil pela PUC-RS. Foi a primeira Desembargadora do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, tendo sido a primeira mulher a ingressar na magistratura gaúcha.

(Fonte: Sítio Sul21)

#2ºBlogProgRS



* O Encontro que seria realizado em Porto Alegre/RS,  na AL,  nesta sexta e sábado, foi adiado, informam os organizadores. Nova data será comunicada em breve.

Convenção do PT/Canoas-RS




Companheiras e companheiros:
 
Com a vitória eleitoral em 2008 iniciamos a transformação de Canoas. Nossa administração tem a marca da Participação Popular, da Inclusão Social, do Desenvolvimento, da honestidade, da competência. Resumindo, tem a marca da mudança. 

No entanto, não basta a realização de um bom trabalho para que a continuidade esteja garantida, devemos trabalhar para uma nova vitória eleitoral.

O primeiro passo desta vitória já foi consolidado com o estabelecimento da política de alianças da majoritária e a escolha da excelente nominata de candidatos a vereadores no encontro interno.

O próximo e importante passo é a Convenção do PT, que será uma demonstração da força e da unidade de nosso partido.
 
Chame os companheiros!


Mostre que nosso projeto é transformado!

Leve sua bandeira e sua garra!
 
Vamos trabalhar pela vitória!


Mobilize!

Local: Clube Tradição, Av. Boqueirão, 801. - Canoas/RS
Data: 28.06.12 -  (quinta-feira)
Hora: 19:30 horas
 
Saudações Petistas!

Rubens Pazin
Presidente do PT Canoas

27 junho 2012

Crime organizado derrubou o Presidente Lugo


'O comércio ilegal de mercadorias e o tráfico de armas e drogas sofreu um grande golpe com a chegada de Fernando Lugo ao poder. Mas o crime organizado reagiu. E, ao menos até o momento, venceu.' (...)

CLIQUE AQUI para ler mais (via Blog da Cidadania).

25 junho 2012

Golpe no Paraguai: Nota do DN do PT


Contra o golpe no Paraguai, em defesa da democracia

O Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores manifesta seu total repúdio e condenação ao afastamento do presidente constitucional do Paraguai, Fernando Lugo, legítimo mandatário daquele país.

A direita paraguaia, valendo-se de sua maioria parlamentar, promoveu uma deposição sumária, na qual concedeu ao presidente não mais que duas horas para se defender de um processo de impeachment.

Os setores conservadores paraguaios empreenderam, assim, um verdadeiro golpe de estado, destituindo um presidente eleito soberana e democraticamente pelo povo paraguaio.

O pretexto imediato utilizado para o golpe foi o confronto entre policiais e camponeses, durante ação de reintegração de posse de um latifúndio ocupado por sem-terra. Fala-se em mais de cem feridos, onze camponeses e seis policiais mortos.

A direita acusou o governo Lugo de responsável por incitar a violência, desencadeada pela polícia cumprindo ordem judicial. Mas os indícios todos apontam noutro sentido: o de que este confronto militar foi provocado por agentes estranhos aos camponeses, que vivem num país em que 80% da terra é controlada por 3% da população.

Ademais, qual a situação econômica e social do Paraguai? O país hoje cresce mais do que antes, a população vive melhor do que antes. E a nação guarani tem, sob Lugo, uma respeitabilidade que lhe faltava na época da ditadura Stroessner e de 60 anos de governo colorado.

Por isto, o motivo real do impeachment é outro: impedir uma vitória da esquerda paraguaia, agrupada na Frente Guasu, nas próximas eleições presidenciais marcadas para abril de 2013.

É por isto que a direita paraguaia recusou os apelos de adiamento da decisão e ampliação do prazo de defesa, feitos pelos governos da Unasul por intermédio de seus ministros de relações exteriores. É por isto, também, que a Corte Suprema do Paraguai, controlada pelas mesmas oligarquias que dominam o parlamento, calou-se e na prática avalizou o golpe.

O que ocorreu no Paraguai é de imensa gravidade. Trata-se de um atentado contra a democracia, somando-se a Honduras no perigoso precedente segundo o qual instrumentos jurídicos e expedientes parlamentares são manipulados para espoliar a vontade popular.

O golpe demonstra que certas forças de direita não têm compromisso com a democracia, não aceitam o processo de transformações sociais que está em curso na América Latina e são capazes de lançar mão de qualquer expediente para retomar os governos dos quais, pela vontade do povo expressa diretamente nas urnas, eles foram retirados.

O golpismo não será revertido apenas com palavras. É preciso uma reação latino-americana e internacional firme e dura.

Por isso, além de condenar o golpe, é fundamental que nenhum governo democrático reconheça o mandatário ilegítimo que foi empossado. E é urgente que os organismos da integração sul-americana, especialmente o Mercosul e a Unasul, utilizem-se de todos os instrumentos que estiverem a seu alcance para deter mais esta afronta à ordem constitucional por parte das forças conservadoras em nossa região – inclusive suspendendo imediatamente o Paraguai da condição de país membro até que a normalidade democrática seja restaurada.

O PT considera que a luta para restabelecer o governo legítimo do Paraguai é de todas e todos, e conclama nossa militância a se engajar nas manifestações e protestos que em diversos lugares clamam pela restituição de Fernando Lugo ao governo paraguaio.

Orientamos também nossos parlamentares em todas as casas legislativas a atuar nessa direção, através de pronunciamentos, declarações, moções e outras formas de manifestação de repúdio ao golpe e apoio à democracia paraguaia.

Ao povo paraguaio e ao presidente Fernando Lugo, todo nosso apoio e solidariedade contra o golpe!

Brasília, 25 de junho de 2012.

Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores

*Via sítio do PT Nacional  -  Foto: Uiara Lopes

24 junho 2012

Villaverde é o candidato do PT/Porto Alegre


PT consagra Villaverde e aposta na força da militância em Porto Alegre

Porto Alegre/RS - Sul 21 - O ato político que confirmou o deputado estadual Adão Villaverde como candidato do PT à Prefeitura de Porto Alegre neste domingo (24) teve ares de resgate histórico e autoafirmação. A militância petista lotou o auditório Dante Barone, da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul e dividiu o palco com as principais lideranças partidárias da coalizão formada pelo PT, PV, PPL, PTC e PR. Resolvida a equação do candidato a vice, posto dado ao presidente do PR, coronel Arlindo Boneti, o foco do PT é recuperar a tradicional base social na capital gaúcha. Todos foram unânimes ao afirmar que os militantes podem alavancar o nome de Villaverde junto aos eleitores e devolver o comando do Paço Municipal ao PT.

Para isso acontecer, a manutenção da aliança foi uma preocupação visível na convenção do PT. Com a apresentação do coronel Boneti como candidato a vice, o Partido Verde, que também desejava o posto, foi protagonista no evento. O vereador Elias Vidal, atual presidente verde em Porto Alegre, foi o terceiro nome a ser chamado pelo cerimonial, logo após o governador Tarso Genro e o ex-governador Olívio Dutra. Na hora das falas dos partidos coligados, não faltaram referências. O discurso da sustentabilidade e da ecologia também fizeram parte de praticamente todas as falas oficiais. ”Não se trata de marketing. É para termos a água como um bem público. É necessário termos lado e assumir as nossas bandeiras. Queremos apresentar plenamente a nossa proposta. É hora de bancar a candidatura própria que assumimos”, conclamou aos militantes o presidente do PT gaúcho, deputado estadual Raul Pont.

Boneti reconheceu o fato de ser indicado a possível futuro vice-prefeito de Porto Alegre. “Estou nervoso com o aumento da responsabilidade nesta coligação e de poder ingressar na Prefeitura em 2013. Seremos humildes e leais durante toda a caminhada e contribuiremos com o projeto de governo do PT”, prometeu o líder do PR.

Apadrinhando a dobradinha Villa e Boneti, ninguém menos do que o principal líder da militância petista, o ex-governador Olívio Dutra. “Cada um de nós é um ser político, não só os gestores públicos que elegemos. Nós também protagonizamos mudanças na nossa comunidade e apontando as necessidades da cidade, do estado e do país. Como sujeitos da política teremos que lutar para conquistar a vitória que colocará novos sujeitos no executivo”, disse aos petistas após abraço nos candidatos.

O ex-prefeito de Porto Alegre salientou as dificuldades da arrancada petista para se aproximar das candidaturas do prefeito José Fortunati (PDT) e da deputada federal Manuela D´Ávila (PCdoB), que lideram as pesquisas eleitorais. “Será uma luta difícil. Mas a boa luta é aquela que exige de nós. E, não se ganha eleição com pesquisa, se ganha com trabalho na rua”, salientou Olívio Dutra. (...)

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23 junho 2012

Paraguai: foi, sim, um GOLPE!



Impeachment de Fernando Lugo foi, sim, um golpe    

    Por Pedro Estevam Serrano*

O caso de Honduras em 2009, quando o presidente eleito Manuel Zelaya foi deposto, acendeu um claro sinal de alerta em todo continente latino-americano. A democracia como método de escolha majoritária e forma popular de decisão politica pode ser assolada por mandatários parlamentares e juízes togados que usam de seus poderes como afronta a Constituição, com o fim de destituir lideres eleitos democraticamente.

Em regimes presidencialistas, presidentes podem sofrer impedimento de seu mandato pelo Parlamento, mas isso apenas após a comprovação de condutas caracterizadoras de ilícitos e anteriormente previstas nas respectivas constituições ou em leis aprovadas pelos congressistas, após sua comprovação consistente por métodos processuais que garantam ampla defesa com o consequente contraditório e ampla defesa.

O Parlamento, quando realiza impedimento do mandato do presidente sem observância do devido processo legal e dos direitos do acusado, age com inegável abuso de poder, promovendo o que, no âmbito da ciência política, se alcunha como “golpe de estado” – ou seja, interrupção autoritária e, ao menos institucionalmente, violenta do ciclo democrático regular.

Quando se usa a expressão “julgamento político” para tal forma de juízo, não se quer dizer julgamento segundo a vontade integralmente autônoma e livre do julgador, inclusive com eventual dispensa do devido processo legal.

Em um estado democrático de direito não existem juízos imperiais, que se caracterizam pela formação autônoma da vontade do julgador. Para ser tido como tal, qualquer julgamento, por mais discricionário que seja, é pautado no que Kant e a moderna teoria constitucional chamam de juízo “heterônomo”, qual seja, no sentido jurídico, vontade constituída a partir dos fins e processos estipulados na ordem jurídica e não no juízo absolutamente subjetivo do julgador.

Um presidente de um regime presidencialista, portanto, não se confunde com o primeiro ministro de um regime parlamentarista. Não pode ser afastado da função por mero juízo de conveniência e oportunidade do Parlamento, mas apenas pelo cometimento de delitos previstos anteriormente na ordem jurídicas e demonstrados pelo devido processo legal.

Por óbvio, o devido processo legal não é uma mera pantomima formal. Há que se oferecer prazo razoável de defesa e a devida dilação probatória, os direitos do acusado hão de ser respeitados, a conduta tida como delitiva não deve ser circunscrita a mera decisão subjetiva quanto ao cumprimento de certos valores ideológicos. Ao eleitor cabe o juízo ideológico do governo, não ao parlamento.

No caso de Zelaya, sequer direito de defesa anterior ao afastamento foi oferecido pelo Parlamento e pela jurisdição. No caso de Fernando Lugo no Paraguai, o que houve foi um “julgamento” a jato e de exceção. O prazo de defesa foi exíguo, sem a oferta da devida dilação probatória, as acusações têm caráter preponderantemente ideológico e não de juízo de ilicitude na conduta. A decisão já se encontrava decidida e escrita antes da apresentação da defesa. Ou seja: trata-se de mais um caso de ofensa grave a constituição nacional, perpetrada pelo respectivo Parlamento, que tira do poder um governante democraticamente eleito.

O jovem jurista Luis Regules me observou que a quase totalidade de golpes de Estado na América Latina se deram com apoio parlamentar. É uma história de tristes resultados que insiste em se repetir cada vez mais como farsa.

A decisão aprovada nesta sexta-feira 22 pelo Senado do Paraguai, a nosso ver, tem evidente caráter de golpe de Estado e não pode ser aceita pelos organismos internacionais que, segundo tratados multilaterais, velam pela democracia no continente.

O Brasil precisa renovar a coragem democrática demonstrada no episódio do golpe contra o governo de Zelaya e apoiar abertamente o presidente do Paraguai democraticamente eleito e inconstitucionalmente declarado impedido.

Se nos aquietarmos face a tal ofensa praticada no país vizinho, a vítima amanhã pode ser a nossa democracia.

Fonte: Carta Capital  http://www.cartacapital.com.br/

Foto: Manifestação popular em apoio ao Presidente Lugo, ontem, em Assunção/Paraguai (via Blog Outras Palavras)

22 junho 2012

Paraguai

  
Golpe branco no Paraguai?

*Por Emir Sader

Fernando Lugo esteve praticamente durante todo seu mandato sob ameaça de impeachment da oposição. Era um reflexo da fragilidade de apoio ao governo no Congresso.

Essa fragilidade nasceu já na campanha eleitoral, quando Lugo aparecia como o único líder capaz de derrotar a ditadura de mais de 30 anos do Partido Colorado, mas os movimentos sociais não acreditavam nessa possibilidade e se mantiveram distanciados da campanha quase até o seu final.

Lugo buscou o apoio do principal partido opositor, o Partido Liberal, moderado, mas sem unificar todas as forças anti-coloradas, seria impossível terminar com a ditadura. Os movimentos sociais, por seu lado, não gostavam dessa aliança, sem oferecer alternativa a Lugo.

Quando finalmente os movimentos sociais – ou grande parte deles – se decidira a participar do processo eleitoral, haviam chegado tarde, com pouco tempo para campanha, além de que foram às eleições divididos e só conseguiram eleger dois parlamentares. Lugo começou o governo sem base parlamentar própria, dependente do Partido Liberal e com um vice, deste partido, que rapidamente foi passando a se opor a seu governo, embora, naquele momento, a maioria do Partido Liberal o apoiasse.

Essas travas políticas dificultaram muito o governo de Lugo, que só mais recentemente assumiu uma postura mais decidida, buscando avançar na reforma agrária e em outras medidas, às quais se opuseram todos os partidos tradicionais.

Foram se seguindo enfrentamentos grandes, especialmente no campo, com a resistência dos grandes proprietários de terras, quase todos ligados à produção de soja com transgênicos para exportação, diante das reivindicações dos movimentos camponeses. O sangrento episódio desta semana foi mais um, o mais selvagem, com 11 camponeses e 5 policiais mortos.

Foi a gota d’agua que a oposição esperava para tentar derrubar Lugo, ante mesmo do final do seu mandato, no primeiro semestre do ano próximo. O Partido Liberal decidiu a saída dos membros do partido do governo, praticamente esvaziando-o e somando-se à tentativa de impeachment, que pretende uma via rápida, um golpe branco para derrubar o primeiro presidente popular em tantas décadas da sofrida historia paraguaia.

Mesmo acusando Lugo pelos sangrentos enfrentamentos e criticando a substituição dos ministros diretamente responsáveis por eles por outros ainda piores, os movimentos populares – a grande maior camponeses – se deram conta de como a situação é usada pela direita para tentar terminar com o governo Lugo, circunstância em que eles seriam as principais vitimas e se mobilizam para tentar impedir o impeachment.

Esse é o cenário hoje em Assunçao: o Congresso tentando uma derrubada rápida de Lugo, que apresentou sua defesa. Movimentos populares concentrados na praça central da cidade, em frente ao Congresso. Chanceleres dos países da Unasul presentes no país, ameaçando o isolamento de um eventual novo governo, caso se configure um golpe branco contra Lugo. As próximas horas serão decisivas no futuro do país.

Da mesma forma que Hugo Chavez, Lula, Evo Morales, Rafael Correa, Cristina Kirchner, Lugo pode se valer dos ataques golpistas da oposição para virar o jogo a seu favor. Ou ser derrubado pela direita, que colocará um governo provisório até as eleições do ano que vem, que ganhará contornos de enfrentamentos abertos entre as forças de Lugo e a oposição. Espera-se que desta vez aquelas marchem unidas desde o começo e possam destravar os empecilhos que bloqueiam o governo de Lugo e ameaçam derrubá-lo.

*Via sítio da Agência Carta Maior   - http://www.cartamaior.com.br

Eleições 2012 - PT/Canoas-RS




Convenção Municipal do PT será dia 28 de junho


Companheir@s!

 No dia 28 de junho (quinta-feira), às 19:30,  no Clube Tradição -  Av Boqueirão, nº 801, em Canoas/RS, acontecerá a convenção municipal que homologará a aliança para à reeleição do prefeito Jairo Jorge. Na ocasião também será homologada a nominata dos candidatos a vereadores do PT.

A presença da militância, simpatizantes, familiares e candidatos é de extrema importância. O companheiro Olivio Dutra confirmou presença nesse grandioso evento.

Venha fazer parte dessa construção histórica e acredite que sempre é possível mudar para melhor

*Com Daniela Müller (sítio do PT/Canoas-RS)

21 junho 2012

Ameaça de golpe no Paraguay


Unasur discutirá hoy en Río sobre crisis en Paraguay


ISLAmía/Cuba - El rompimiento del Partido Liberal con el gobierno de Fernando Lugo, oficializado esta mañana, y su adhesión a los demás partidos de la derecha, Partido Colorado, UNACE y Patria Querida, que calculaban para el juicio político, hacen inminente la salida del Primer mandatario, según ALAI.

Paralelamente, Lugo se encuentra reunido con las cúpulas militares en el Palacio de Gobierno, donde crece el rumor de que renunciará antes del mediodía. Renuncia o salida con juicio, grupos sociales se empiezan a movilizar frente al edificio del Congreso, en defensa del proceso democrático.

Según AFP, los presidentes de la Unión Suramericana de Naciones (Unasur) se reunirán este jueves de emergencia en Rio de Janeiro para fijar posición sobre el juicio político de destitución que enfrentará el mandatario paraguayo Fernando Lugo, informó el presidente de Colombia, Juan Manuel Santos.

"Vamos a tener una reunión hoy a las dos de la tarde (17H00 GMT) de los presidentes de Unasur aquí (en Rio de Janeiro) para tratar el problema de Paraguay", Santos en una rueda de prensa al margen de la cumbre de la ONU Rio+20 sobre desarrollo sostenible. Los mandatarios harán un pronunciamiento oficial al cierre del encuentro.

Por su pate Efe está informando que el presidente de Colombia, Juan Manuel Santos dijo que es en defensa de la democracia.

"Defendemos la democracia, los principios democráticos y la voluntad soberana, y esa posición es fija, concreta y no negociable", aseguró Santos en la rueda de prensa que concedió tras su pronunciamiento ante los cerca de cien jefes de Estado y de Gobierno que participan en la Río+20.   Via http://islamiacu.blogspot.com.br/

Aniversário do Adeli Sell



*O vereador Adeli Sell, Presidente do PT da capital gaúcha, está aniversariando hoje (59 anos), mas a festa  será amanhã no Clube dos Caixeiros Viajantes,  Rua Dona Laura, 646 (em Porto Alegre), à partir das 20 h. Haverá jantar, 'show e e baile'.  Convites ainda disponíveis com os membros do seu gabinete:  (51) 3220-4254.

- Também estarei lá - com muita satisfação! - para levar o meu abraço, parabenizar  e festejar com o companheiro Adeli e seus convidad@s.

20 junho 2012

INVERNO



Aqui estou, Sr. Inverno


  "sou veterano de cem vigílias,
   sou tapejara de mil insônias"


Já sei que chegas, Inverno velho!
Já sei que trazes - bárbaro! O frio
e as longas chuvas sobre os beirais.
Começo a olhar-me, como em espelho,
nos meus recuerdos... Olho e sorrio
como sorriram meus ancestrais.

Sei que vens vindo... Não me amedrontas!
Fiz provisões de sábias quietudes
e de silêncios - que prevenido!
Vão-se-me os olhos nas folhas tontas
como simbólicos ataúdes
rolando ao nada do teu olvido.

Aqui me encontras... Nunca deserto
do uivo dos ventos e das matilhas
de angústias vindo sem parcimônias.
Chega ao meu rancho que estou desperto:

- sou veterano de cem vigílias,
  sou tapejara de mil insônias.


Aqui estarei... Na erma hora morta,
junto da lâmpada, com que sonho,
não temo estilhas de funda ou arco.
Tuas maretas de porta em porta,
os teus furores de trom medonho
não trazem pânico ao bravo barco.

Na caravela ou sobre a alvadia
terra do pampa - cerros e ondas
meu tino e rumo não mudarão.
No alto da torre que o mar vigia,
ou, sem querência, por longas rondas,
não me estrangulas de solidão.


Tua estratégia de assalto e espera
conheço-a muito, fina e feroz:
de neve matas; matas de mágoa;
derramas nalma um frio de tapera;
nanas ausências a meia voz
e os olhos turvos de rasos d'água.

Comigo, nunca... Se estou blindado!
Resisto assédios, que bem conduzes,
no legendário fortim roqueiro.
Brama as tuas fúrias de alucinado!

- Fico mais calmo que as velhas cruzes
   braços abertos para o pampeiro.

Os meus fantasmas bem sei que animas
para, num pranto de vãs memórias,
virem num coro de procissão
trazer-me o embalo de velhas rimas.

- À intimidade dessas histórias
  tenho aço e bronze no coração.


Então soluças pelas janelas,
gemes e imprecas pelos oitões,
galopas louco sobre as rajadas,
possesso, ululas entre procelas.
E ébrio, nas noites destes rincões
lampejas brilhos de punhaladas.


Inútil tudo! Vê que estou firme.
Nenhum receio me turba o aspeto,
nenhuma sombra me nubla o olhar.
Contigo sempre conto medir-me
frio, impassível, bravo e correto
como um guerreiro que ia a ultramar.

Reconciliemo-nos, velho Inverno!
Nem és tão rude! Tão frio não sou...
Venha um abraço muito fraterno.


Olha...

Esta lágrima que rolou
não a repares...
É de homenagem
a alguém que aos céus se fez de viagem,

e nunca... nunca! Nunca mais voltou...
     
 Aureliano de Figueiredo Pinto
...
*Aureliano de Figueiredo Pinto - expoente maior da poesia regionalista gaúcha. Médico, poeta e romancista nascido em Tupanciretã (RS), santiaguense 'de coração'. (Repostagem do Blog do Júlio Garcia - maio/2008)

19 junho 2012

Porto Alegre - Eleições 2012


* O Partido dos Trabalhadores de Porto Alegre/RS convida todos os militantes, dirigentes e simpatizantes para participar, no próximo domingo (24.06), do Ato Político de Homologação da candidatura do deputado Adão Villaverde à prefeitura de Porto Alegre. A atividade ocorre a partir das 11 horas no Teatro Dante Barone, na Assembléia Legislativa do Estado, centro da capital gaúcha.

Segundo o presidente do Diretório Metropolitano, vereador Adeli Sell, "este encontro vai coroar o início de uma caminhada vitoriosa rumo ao Paço Municipal, pois o PT tem tradição de governar a cidade, conhece suas mazelas e tem propostas para melhorar a qualidade de vida de de seu povo".

São Paulo - Eleições 2012



Quem pode e quem não tem moral para discutir a aliança PT-PP em São Paulo

Muitos se julgam no direito, podem protestar e discordar democraticamente, até mesmo se indignar com a aliança do PT com o PP do deputado Paulo Maluf (SP) para apoiar o nosso candidato a prefeito de São Paulo este ano, o ex-ministro da Educação, Fernando Haddad.

Menos o candidato do PSDB a prefeito, o ex-governador José Serra e certa imprensa. O postulante tucano à Prefeitura porque em sua campanha para o Planalto em 2010 recebeu muito feliz e sem questionar o apoio do mesmo PP e de Maluf e, não esquecer, o de uma parte do PMDB, a liderada pelo ex-governador Orestes Quércia. A imprensa porque se calou diante disso naquela ocasião. Isso quando não apoiou velada ou ostensivamente a aliança do serrismo com o malufismo e o quercismo.

José, tampouco, poderá atacar a aliança PT-PP porque Maluf apoia e integra o governo de seu companheiro tucano, o governador Geraldo Alckmin, ocupando, inclusive, um alto posto na administração, com o malufista Antônio Carlos do Amaral Filho presidindo a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado (CDHU).

Questionam a coligação PT-PP, mas apoiavam a aliança PP-PSDB

Tem mais: até poucas semanas atrás, o PP e seu líder Maluf tinham o silêncio, quando não o apoio dessa mesma mídia, enquanto mantinham entendimentos para uma coligação com o PSDB de José, um apoio que só perderam agora. De repente perderam esse apoio. Por quê? Por que será?

Vamos com calma, então, com esse andor. Petistas e aliados, por favor, sem esquecer que o foro mais adequado para debater e buscar a solução dessa questão é a coordenação e a direção política da aliança e da campanha do Fernando Haddad. Deflagrar um debate em torno disso em público e pela mídia é dar chumbo ao adversário.

E discutir a questão, também, tendo presente que o PP já faz parte da base de partidos do governo federal, como fez da base aliada do governo do ex-presidente Lula, sem que mudássemos nosso programa de governo ou o rumo do Brasil.

O debate não pode se dar em torno da negação de nossa política de alianças e de governo de coalizão, porque aí seria negar nossas vitórias conquistadas graças a alianças em 2002, 2006 e 2010, bem como nossos três governos, os dois do presidente Lula e o 3º agora da presidenta Dilma Rousseff. (por José Dirceu)  http://www.zedirceu.com.br/

SP: Maluf joga Serra contra Alckmin

Apoio do PP de Maluf a Haddad traz tempo de programa eleitoral e joga Serra contra Alckmin


Após digerir o impacto que causou a foto - ou melhor - A FOTO (que não vou publicar aqui) em que o presidente Lula coloca sofregamente a mão no ombro de Maluf, enquanto este faz um gesto de positivo com o polegar, tendo um Haddad desconcertado entre os dois, resolvi dar meu pitaco no assunto que está fazendo a glória da mídia serrista: o PT teria se rendido e o presidente Lula se submeteu a ir à casa de Maluf pela primeira vez na vida, a fim de obter o apoio do PP para a campanha de Haddad à prefeitura de São Paulo.

Tudo, segundo os "analistas" da mídia serrista, por um minuto e meio a mais de propaganda no horário eleitoral. Ou três minutos, se raciocinarmos que o minuto e meio iria para Serra.

Juntou-se a isso uma notícia divulgada pela Veja (a Veja?!) que teria conseguido uma entrevista exclusiva com Erundina, em que a nossa brava deputada teria afirmado que com Maluf ela sairia da campanha.

A notícia se espalhou e hoje está na primeira página, até como manchete, de alguns dos principais jornais do Brasil. (Eu, que não acredito na Veja, como não vi declaração alguma de Erundina, duvido).

Mas, vamos abordar o efeito Maluf por outro ângulo, além da boa notícia de termos mais tempo eleitoral e tê-lo retirado de Serra.

Serra teria ficado furioso com a ida de Maluf para a campanha de Haddad. Pior: coloca a conta no ombro de Alckmin (é importante lembrar que o PP de Maluf é da base do governo federal, mas também é da base de Alckmin em São Paulo).

Segundo Serra, Alckmin não teria se esforçado para trazer Maluf (ou seja, não ofereceu o que o PP queria) para a campanha de Serra, e mais: teria fechado um acordo com Maluf para 2014. (...)

CLIQUE AQUI  para ler a postagem, na íntegra (via Blog do Mello).

17 junho 2012

Rio+20 - Debate



MEIO AMBIENTE - Rio+20: o futuro que queremos é um prolongamento do presente
 
Por Leonardo Boff*

O Documento Zero da ONU para a Rio+20 é ainda refém do velho paradigma da dominação da natureza para extrair dela os maiores benefícios possíveis para os negócios e para o mercado. O ser humano deve buscar os meios de sua subsistência.

A economia verde radicaliza essa tendência; como escreveu o diplomata e ecologista boliviano Pablo Solón, “ela busca não apenas mercantilizar a madeira das florestas, mas também sua capacidade de absorção de dióxido de carbono”. Tudo pode se transformar em bônus negociáveis pelo mercado e pelos bancos.

Destarte, o texto se revela definitivamente antropocêntrico, como se tudo se destinasse ao uso exclusivo dos humanos e a Terra tivesse sido criada somente para eles e não para os outros seres vivos que também exigem sustentabilidade das condições ecológicas para a sua permanência neste planeta.

Resumidamente, “o futuro que queremos”, lema do documento da ONU, não é outra coisa que o prolongamento do presente. Este se apresenta ameaçador e nega um futuro de esperança. Num contexto desses, não avançar é retroceder.

Há, outrossim, um agravante: todo o texto gira ao redor da economia. Por mais que a pintemos de marrom ou de verde, ela guarda sua lógica interna. Quanto posso ganhar no tempo mais curto, com o investimento menor possível? Não sejamos ingênuos: o negócio da economia vigente é o negócio. Ela não propõe uma nova relação para com a natureza, sentindo-se parte dela e responsável por sua vitalidade e integridade. Antes, move-lhe uma guerra total, como denuncia o filósofo da ecologia Michel Serres.

Nessa guerra, não possuímos nenhuma chance de vitória. A natureza ignora nossos intentos. Segue seu curso mesmo sem a nossa presença. A tarefa da inteligência é decifrar o que ela nos quer dizer (pelos eventos extremos), defender-nos de efeitos maléficos e colocar suas energias a nosso favor. Ela nos oferece informações, mas não nos dita comportamentos. Estes devem ser inventados por nós mesmos. Eles somente serão bons caso estiverem em conformidade com seus ritmos e ciclos.

Como alternativa a essa economia de destruição, precisamos, se queremos ter futuro, opor-lhe o paradigma da economia de preservação. Precisamos produzir sim, mas respeitando os direitos das gerações futuras e dos demais seres da comunidade de vida.

A Rio 92 consagrou o conceito antropocêntrico e reducionista de desenvolvimento sustentável, elaborado pelo relatório Brundland de 1987 da ONU. Ele se transformou num dogma professado pelos documentos oficiais, pelos Estados e empresas sem nunca ser submetido a uma crítica séria. Sequestrou a sustentabilidade só para o seu campo. Os desastres que causava eram vistos como externalidades. Ocorre que estas se tornaram ameaçadoras, capazes de destruir as bases físico-químicas que sustentam a vida humana e grande parte da biosfera.

Isso não é superado pela economia verde. Ela configura uma armadilha dos países ricos, especialmente da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), que produziu o texto teórico “Iniciativa da Economia Verde”. Com isso, astutamente descartam a discussão sobre a sustentabilidade, a injustiça social e ecológica, o aquecimento global, o modelo econômico falido e mudança do olhar sobre o planeta que possa projetar um futuro real para a humanidade e para a Terra.

A Rio+20 poderia resgatar a Estocolmo+40. Nesta primeira conferência mundial, o foco central era o cuidado e a responsabilidade coletiva por tudo o que nos cerca. Essa perspectiva se perdeu com a cartilha fechada do desenvolvimento sustentável e, agora, da economia verde.
...
 
*Leonardo Boff -  pseudônimo de Genézio Darci Boff (Concórdia/SC, 14 de dezembro de 1938) -  é um teólogo brasileiro, escritor e professor universitário, expoente da Teologia da Libertação no Brasil. Foi membro da Ordem dos Frades Menores, mais conhecidos como Franciscanos. É respeitado pela sua história de defesa pelas causas sociais e atualmente debate também questões ambientais. http://pt.wikipedia.org/wiki/Leonardo_Boff


**Via Blog de um Sem-Mídia http://blogdeumsem-mdia.blogspot.com.br/ - Edição final deste blog

16 junho 2012

Pepe Mujica



Quem está a bordo deste Fusquinha é o presidente de um país

Todos os dias ele embarca no seu Fusquinha azul de estimação, de 1.300 cilindradas (foto), e toma o rumo de seu pequeno sítio Rincón del Cerro, nos arredores de Montevidéu, onde vive com a mulher, senadora da República – que é a proprietária da área. A casa é discretamente vigiada por dois seguranças. No fim do mês, quando recebe o salário de US$ 12,5 mil de presidente do Uruguai, José Pepe Mujica separa US$ 1,25 mil e doa o restante, cerca de 90%, a pequenas empresas e Organizações Não-Governamentais que trabalham com habitações populares.

- Este dinheiro me basta, e tem que bastar porque há outros uruguaios que vivem com menos – costuma repetir este uruguaio de maneiras simples, 77 anos, que, em reportagem do jornal espanhol El Mundo, foi chamado de “o presidente mais pobre do mundo”. (...)

CLIQUE AQUI para ler na íntegra (via Blog do Mário Marcos) http://mariomarcos.wordpress.com/

20 BI PARA OS ESTADOS


Governo libera crédito de R$ 20 bilhões para investimentos em infraestrutura nos estados

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou hoje (15) a liberação de R$ 20 bilhões para investimentos em infraestrutura nos estados. Os recursos fazem parte de uma linha de crédito do BNDES chamada Pró-Investe, com financiamento de 20 anos, um ano de carência e taxa de juros que vai de 7,1% a 8,1% ao ano (TJLP mais 1,1% ao ano para operações com aval da União e TJLP mais 2,1% para operações sem essa garantia). O anúncio foi feito após reunião entre a presidenta Dilma Rousseff e governadores no Palácio do Planalto.

“Estabelecemos um conjunto de medidas para potencializar os investimentos nos estados. Os estados brasileiros já estão fazendo investimentos, já têm programas de investimento em curso e as medidas que nós anunciamos hoje vão ampliar essa capacidade de investimento dos estados. São medidas importantes que vão ampliar o investimento neste momento em que a economia mundial atravessa um momento de crise”, disse Mantega. (...)

-CLIQUE AQUI para ler mais (via Blog do Planalto).

15 junho 2012

A compra da casa ...


* Já que as complexas  - e de difícil entendimento - formas de 'aquisição de casas por governadores' está novamente 'na moda' (vide CPMI do Cachoeira), resgatamos esta inspirada 'Charge do Kayser' de 2008,  onde um 'professor' tenta explicar como foi comprada a  casa  pela ex-governadora  Yeda  Crusius, do PSDB/RS. (Segundo divulgado pela mídia, a famosa casa está hoje alugada para um jogador do S. C. Internacional).

Companheiro Adeli Sell




*Vídeo/documentário dos 15 anos de mandato do  meu amigo e cda vereador Adeli Sell, Presidente do PT da capital gaúcha. 

Adeli comemorará seu aniversário no próximo dia 22/06. Será no Clube dos Caixeiros Viajantes,  Rua Dona Laura, 646 - Porto Alegre-, à partir das 20 h. Haverá jantar, 'show e e baile'. 

-Tod@s convidad@s!

14 junho 2012

Mídia Livre

 

Cúpula dos Povos: plenária pela liberdade de expressão e marco regulatório

Rio de Janeiro/RJ - O Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação e as entidades promotoras da campanha pelo direito à comunicação e à liberdade de expressão para todos/as, em defesa de um novo marco regulatório para as comunicações, vão realizar uma plenária no dia 15, à tarde, como parte da programação da Cúpula dos Povos. As entidades que promovem a campanha também participarão do II Fórum Mundial de Mídia Livre. (...)

CLIQUE AQUI para ler na íntegra (via  Ag. Carta Maior).

13 junho 2012

José Dirceu


Não será julgado o mensalão, mas José Dirceu

    Por Eduardo Guimarães*

A definição da data inicial do julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal teve um gostinho de vitória para as famílias Marinho, Civita, Frias e Mesquita, bem como para o PSDB e o DEM. A aliança entre esses impérios de comunicação e partidos políticos tateia, há quase uma década, em busca de um feitiço que lhe permita recuperar o poder perdido.

De 2002 para cá, ainda que tenha conservado o poder de interferir na agenda pública, a direita midiática perdeu o poder sobre a definição de políticas públicas e de utilização de verbas. Com isso, apesar da manutenção da influência, na prática o que partidos e órgãos de imprensa perderam foi, simplesmente, dinheiro.

Em termos eleitorais, o julgamento do mensalão é uma benção para essa força política decadente. É possível sonhar com uma devastação eleitoral e de imagem não só do PT, mas, sobretudo, de Luiz Inácio Lula da Silva, que, nos últimos dez anos, converteu-se no carrasco das forças conservadoras ao, não se limitando a vencer eleições, gerar vitórias eleitorais de seus correligionários.

Contudo, por mais que a marcação da data do julgamento do mensalão revele suscetibilidade do STF às pressões midiáticas, existe uma possibilidade imensa de a vitória de hoje se transformar em derrota amanhã. Isso porque o julgamento inteiro do mensalão depende da condenação inequívoca de um só dos seus 38 acusados: José Dirceu.

Se os outros 37 réus forem condenados e Dirceu for absolvido, mídia, PSDB e DEM terão sido derrotados. E o que é pior: ressurgirá no cenário político aquele que deveria ser hoje o presidente da República se não tivesse tido os seus direitos políticos cassados.

Por alguma razão que ainda não ficou muito clara, a direita considera Dirceu muito “pior” do que Lula para si. Guerrilheiro de décadas atrás, treinado em combates físicos em Cuba, era e continua sendo considerado o grande artífice da remodelação ideológica que levou o PT ao poder.

Um José Dirceu reabilitado politicamente aos 66 anos significaria, também, possibilidade concreta de ele assumir algum importante cargo público no governo Dilma Rousseff ou, por exemplo, eleger-se senador por São Paulo em 2014, voltando a influir decisivamente na política.

Não se engane, leitor: poder para Dirceu significaria, sem sombra de dúvida, uma ameaça às famílias midiáticas. Conforme o ex-ministro de Lula declarou mais de uma vez, a grande agenda do Brasil nos próximos anos será a diluição da concentração de poder em mãos de meia dúzia de famílias controladoras de impérios de comunicação. Essa declaração jamais será esquecida.

Dirceu, hoje, é tratado como culpado pela mídia e pelos adversários políticos declarados. Não se encontrará um só texto jornalístico da grande imprensa em que se conceda a ele a realidade, ou seja, de que continua inocente até que seu processo tenha transitado em julgado. O que seus inimigos políticos fariam da vida se ele fosse absolvido?

Podem condenar os outros 37 réus, portanto. Se Dirceu for absolvido, o que Globo, Folha, Estadão e Veja disseram antes será alvo de desmoralização e a sensação de vitória do PT e de Lula será inevitável. Caso contrário, o maior partido e o maior líder político brasileiros dividirão a derrota com os condenados e os prejuízos político-eleitorais entre si.

A boa notícia para Lula, para o PT e para o próprio Dirceu é a de que, à luz do melhor direito, inexiste uma só prova contra esse político controverso. Mesmo se for culpado – o que ninguém pode confirmar ou negar –, se houver um julgamento justo ele terá que ser absolvido.

Se isso não ocorrer, José Dirceu terá sofrido condenação política por um tribunal que deveria se pautar estritamente por critérios técnicos.

Eis, portanto, o dilema em que se debaterá o Brasil em pleno processo eleitoral. A condenação de Dirceu seria um verdadeiro estupro do Estado de Direito que transformaria o Brasil em uma ditadura midiática em que inimigos de meia dúzia de famílias podem ser linchados. Já sua absolvição contra todas as pressões, consolidará a democracia no Brasil.

Não é pouco o que está em jogo neste ano.

*Eduardo Guimarães (SP) é Representante Comercial e Editor do Blog da Cidadania, fonte desta postagem. http://www.blogdacidadania.com.br/     -    Grifos deste blog