31 agosto 2009

Pré-sal (II)


















Dilma: Fundo social evitará a "maldição do petrólelo"

Brasília/DF - O fundo social, cuja criação está prevista no marco regulatório do pré-sal, apresentado hoje (31) pelo governo, tem o objetivo de evitar a “maldição do petróleo”, segundo afirmou a ministra-chefe da Casa Civil da Presidência da República, Dilma Rousseff. O fundo é um dos projetos de lei que o governo encaminhou ao Congresso Nacional.

“Com isso, queremos evitar a maldição do petróleo, que é a manutenção da pobreza em países com grande produção”, disse Dilma. O fundo será criado para administrar e distribuir os recursos advindos do petróleo. As atividades prioritárias a serem financiadas por ele serão o combate à pobreza, o incentivo à educação, à cultura, à sustentabilidade ambiental e à inovação científica e tecnológica. Os recursos do fundo serão orçados e fiscalizados pelo Congresso.

De acordo com a ministra, um dos projetos enviados ao Congresso cria o modelo de contrato de partilha para a exploração do óleo de águas profundas, a ser adotado nas áreas que ainda não são objeto de concessão. “Teremos no Brasil o modelo misto, com contratos de partilha e também de concessão, como ocorre em vários outros países produtores de petróleo”.
No contrato de partilha, diferentemente do contrato de concessão vigente hoje, a empresa contratada empreenderá por sua conta e risco todas as operações exploratórias e será reembolsada pelo governo em óleo e gás. A Petrobras será a operadora que irá conduzir as atividades e providenciar a tecnologia, pessoal e recursos materiais necessários. A estatal também terá pelo menos 30% de participação no bloco. De acordo com Dilma, o critério para a escolha da empresa será um só: o percentual de óleo para a União.

Outro projeto de lei criará a empresa subsidiária da Petrobras, a Petro-Sal, que representar a União nos consórcios e comitês operacionais que serão montados com representantes das duas partes. O objetivo da nova empresa será “diminuir a assimetria” de interesses entre a União e as empresas prestadoras de serviços, explicou a ministra. (por Sabrina Craide, da Ag. Brasil)

*Edição e grifos deste blog

Pré-sal



















*Nesta terça, na UFRGS, 19 h.

(Clique no cartaz para ampliar)

29 agosto 2009

Poema














A Pedagogia dos Aços

Candelária,
Carandirú,
Corumbiara,
Eldorado dos Carajas ...

A pedagogia do aços
golpeia no corpo
essa atroz geografia ...

Há cem anos
Canudos,
Contestado
Caldeirão ...

A pedagogia dos aços
golpeia no corpo
essa atroz geografia ...

Há uma nação de homens
excluídos da nação.
Há uma nação de homens
excluídos da vida.
Há uma nação de homens
calados,
excluídos de toda palavra.
Há uma nação de homens
combatendo depois das cercas.
Há uma nação de homens
sem rosto,
soterrado na lama,
sem nome
soterrado pelo silêncio.

Eles rondam o arame
das cercas
alumiados pela fogueira
dos acampamentos.

Eles rondam o muro das leis
e ataram no peito
uma bomba que pulsa:
o sonho da terra livre.

O sonho vale uma vida?
Não sei. Mas aprendi
da escassa vida que gastei:
a morte não sonha.

A vida vale tão pouco
do lado de fora da cerca ...

A terra vale um sonho?
A terra vale infinitas
reservas de crueldade,
do lado de dentro da cerca.

Hoje, o silêncio
pesa como os olhos de uma criança
depois da fuzilaria.

Candelária,
Carandirú,
Corumbiara,
Eldorado dos Carajás não cabem
na frágil vasilha das palavras ..

Se calarmos,
as pedras gritarão ...

Pedro Tierra

***

-Através do poema acima, do poeta Pedro Tierra (Hamilton Pereira), a singela homenagem do blog ao companheiro 'sem-terra' Elton Brum da Silva, assassinado pela Brigada Militar do RS em 21/08/2009, em São Gabriel/RS.

28 agosto 2009

1ª CONSEG






A segurança pública é responsabilidade de todos, diz Lula

Durante a abertura da 1ª Conferência Nacional de Segurança Pública nesta quinta-feira (27), em Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou o “empurra-empurra” entre os governos federal, estadual e municipal pela responsabilidade da segurança pública. “Nós, do presidente da República à pessoa mais humilde, precisamos assumir que é um problema de todos nós, dos 190 milhões de brasileiros.”

O presidente afirmou que a Conferência pode consolidar a nova metodologia em que se baseia o Pronasci – o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania. Para Lula, o governo federal está no caminho certo com o Programa, criado há dois anos pelo Ministério da Justiça e implementado nas regiões mais violentas do país. O Pronasci articula todos os entes federados, valoriza o profissional de segurança pública e tem foco no jovem, “o mais vulnerável para ser vítima do crime organizado”, disse o presidente.

Lula enfatizou ainda a importância da qualificação do profissional da área, que deve ser treinado em ações de inteligência e preparado para usar a força apenas quando necessário. “Precisamos dar condições para que o policial não seja nosso inimigo”, disse o presidente. “Se ele estiver bem formado, numa boa casinha, com salário adequado, ele será o guardião que queremos para manter a ordem”.

Os investimentos na área também foram tema do discurso do presidente. Segundo ele, a segurança pública sempre foi um dos últimos a receber orçamento, mas, com o Pronasci, tem prioridade no governo federal. “Pela primeira vez discutimos investimentos em segurança pública e não gastos”. O presidente citou o bairro de Santo Amaro, em Recife (PE), como exemplo de sucesso do programa. “Tarso Genro (Justiça) me trouxe uma pesquisa que mostrou que, depois do Pronasci, diminuiu em 70% a criminalidade”, comemorou.

Para o ministro Tarso Genro, o Pronasci inicia a mudança de paradigma, mas essa mudança não seria assimilada pelos estados e pela sociedade sem a Conferência. E reforçou a importância da valorização do profissional da segurança pública. “O Pronasci tem os Direitos Humanos dos policiais como elemento central para a construção de uma política de segurança pública digna, de uma democracia que estamos construindo”.

Três mil pessoas participarão, até domingo (30), dos debates da 1ª Conseg, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília. O objetivo é propor princípios e diretrizes de uma política nacional para a área.

*Fonte: sítio www.conseg.gov.br

26 agosto 2009

Artigo









A desmoralização da política

*Por Emir Sader


Um dos maiores consensos nacionais é a desmoralização da política e dos políticos. Esporte fácil, dos mais praticados nas rodas de conversa, alimentado pela imprensa e favorecido pelo comportamento dos parlamentares, que, no entanto não tem alterado em nada a composição do Parlamento – individualizado como a instância por excelência da política -, políticos acusados sistematicamente pela imprensa como pivôs de grandes escândalos – como Collor, Sarney, Renan, entre tantos outros – têm sido reeleitos sistematicamente. Ao mesmo tempo, outra instância que personifica a política – os governos – tem tido em geral grande apoio do eleitorado, nas eleições e nas pesquisas, salvo casos limites – como o de Yeda Crusius.

Ao mesmo tempo, as pesquisas sobre credibilidade colocam o Congresso sempre em posição muito ruim e a imprensa em posição de destaque. No entanto, os jornais baixam sistematicamente sua tiragem em um caminho sem volta para sua crise definitiva, enquanto suas vítimas privilegiadas são eleitos e reeleitos. E ao mesmo tempo, a imprensa, que teria muita credibilidade e fabrica – literalmente – a “opinião pública”, é quem mais influenciaria a população, se choca com a vontade dos eleitores, que tem reiterado a maioria de partidos – como especialmente o PMDB – atacados centralmente pela imprensa. Quem tem mais apoio da população – como algum que outro acusado já disse: a imprensa, que não se sustenta no voto popular, ou os parlamentares, que são submetidos periodicamente à consulta da cidadania?

Em última instância: de onde vem a desmoralização da política? Quem se aproveita disso? Qual a credibilidade que a imprensa tem? Qual seu poder de influência? Como se constróem os consensos no Brasil?

Na transição da ditadura para a democracia, a política estava em alta, contra o poder militar, que sempre buscou desmoralizá-la: as cassações se faziam contra dois grupos de políticos, os supostamente subversivos e os corruptos. A derrota das eleições diretas para presidente – recordemos o papel da Globo, que tentou, até o ultimo momento, desconhecer a campanha, para finalmente aderir a contragosto, quando já era um consenso nacional – levou a que o novo regime não representasse claramente uma vitória da democracia contra a ditadura. A conciliação feita no Colégio Eleitoral – em que a oposição dependia de votos dos partidos do governo – deu a nova cara da democracia: uma conciliação entre o novo e o velho. No lugar do candidato natural da oposição - Ulysses Guimarães, o conciliador Tancredo Neves, tendo como vice o até poucas semanas antes presidente do partido da ditadura, José Sarney, que havia liderado a campanha da ditadura contra as eleições diretas, ao mesmo tempo que nascia um partido que saia no derradeiro momento do bloco do governo, o PFL, para somar-se ao carro vencedor e tentar distanciar-se do regime moribundo.

Uma chapa – Tancredo-Sarney -que expressava claramente a conciliação entre o velho e o novo.

As circunstâncias – morte de Tancredo e presidência de Sarney – consolidaram a presença do velho, pelo papel mais destacado que tiveram políticos centrais na ditadura – de que o caso de ACM é o mais significativo, embora não o único. A frustração do governo Sarney, restringindo a democratização ao plano político-institucional – no marco estritamente liberal, sem democratização econômica, social, midiática, cultural – recolocou o tema da desmoralização da política, de que Sarney foi uma expressão clara, por seu governo, por sua capacidade camaleônica de reciclar-se rapidamente da ditadura para a democracia, pelo poder oligárquico que mantêm no Maranhão e por sua capacidade de eleger-se, artificialmente, por outro estado como senador, assim como por seus vínculos estreitos e promíscuos com a grande imprensa – através de ACM, que distribuiu os canais de rádio e televisão pelo Brasil afora para a conquista do quinto ano de mandato para Sarney -, de que a propriedade do canal da Globo no Maranhão é um exemplo, além da transferência da sua influência para eleger filhos seus – Roseana e Zequinha.

Collor, na sua campanha, tratou de capitalizar essa nova desmoralização da política, aparecendo como um outsider, supostamente contra as oligarquias tradicionais da política – como desdobramento da “modernidade” que prometia, contra os “marajás” e a favor da abertura da economia, contra “as carroças”, que seriam os carros fabricados no Brasil. Como isso, Collor colocava, pela primeira vez de forma aberta, dois eixos do consenso neoliberal, que se impunha na America Latina e no mundo: a desqualificação do Estado e a abertura para o mercado externo.

Seu caráter pretensamente bonapartista de governar, se exercia contra a política e os partidos – sua própria eleição por um partido de aluguel expressava a crise dos partidos tradicionais: recordar o pífio resultado de Ulysses como candidato do PMDB, assim de outros representantes de partidos, como Covas, Afif Domingos, Roberto Freire, entre outros. Collor buscava construir um novo bloco no poder, em torno da sua figura e do ideário neoliberal.

Collor viria logo se somar à lista de políticos coruptos – cuja lista incluía centralmente a Maluf, ACM, Sarney, Quércia, entre muitos outros. Mas a nomeação de FHC para comandar a economia por Itamar Franco, permitiu ao PSDB retomar a plataforma neoliberal, de forma mais articulada. Retomava também os pressupostos ideológicos do neoliberalismo: o Estado é o problema e não a solução, promoção da centralidade do mercado no seu lugar.

O neoliberalismio busca desqualificar o Estado, especialmente as regulações – que se contrapõe à livre circulação do capital, aos gastos em políticas sociais e em qualificação e melhor remuneração dos funcionários públicos, além da privatização das empresas públicas.

Um dos seus objetivos, portanto, é enfraquecer o Estado, considerando seus gastos como fonte inflacionária, pregando a diminuição constante dos impostos, para favorecer a transferência de recursos do Estado para o mercado.

O Estado e o conjunto da esfera política foram alvo sistemático das forças neoliberais, tendo a imprensa privada como agente fundamental dessas campanhas, valendo-se das denúncias – quase sempre reais – de casos de corrupção de políticos, da malversação de verbas estatais, da contratação de servidores públicos – sem atentar quando se trata de gastos socialmente inúteis ou quando se trata da prestação de serviço para a massa da população, como é o caso de professores, médicos, enfermeiras, assistentes sociais, entre outros.

Sempre se tenta tomar casos individuais para buscar criminalizar a totalidade da política e das ações do Estado. Toma-se casos particulares de comprometimento com a corrupção – como os casos de Severino, aliás eleito pela oposição contra o governo, de Sarney, de Renan (sempre deixando de lado os aliados atuais do bloco de direita, como é o caso, por exemplo, da ausência de Quercia, atual aliado de Serra, ou dos membros do DEM e dos próprios tucanos, como foram os casos de Artur Virgilio, Sergio Guerra, Tasso Jereissatti, Yeda Crusius – para tentar generalizar para todos os políticos. Toma-se eventuais irregularidades, por exemplo na distribuição do Bolsa Família, em alguns casos individuais, para se tentar desqualificar um programa que beneficia mais de 60 milhões de pessoas.

Um Congresso fraco não tem condições de definir leis que limitem a livre circulação do capital, o poder sem controle da mídia (como pode ser o caso da Conferência Nacional de Comunicação), a denúncia dos casos de corrupção de empresas privadas, de sonegação fiscal por parte dessas empresas, de controle sobre os ganhos gigantescos dos bancos privados, da superexploração dos trabalhadores pelas empresas privadas, da deterioração do meio ambiente por conglomerados privados urbanos e rurais – entre outras iniciativas. O Congresso fica voltado para casos que a imprensa privada escolhe como seu objeto privilegiado de denúncias – aqueles que buscam afetar políticas de alianças do governo, como se o PMDB e os políticos denunciados agora fossem menos corruptos quando eram aliados de FHC e não eram submetidos a essas denúncias. Tenta colocar o Estado e o governo na defensiva, quando tenta desqualificar programas sociais, gastos na contratação de servidores públicos, investimentos de infra-estrutura ou outros planos como os habitacionais, como gastos inúteis, que recairiam em aumento da tributação.

Tratam de criar o clima de que o Estado tem um papel essencialmente negativo, ao tributar muito e gastar de forma irresponsável. Era esse o discurso de FHC quando candidato, tendo como mote a idéia de que “o Estado gasta muito e gasta mal”, que era um Estado falido. Quando terminou seus trágicos 8 anos de presidência, a dívida pública tinha se multiplicado por 11, o Estado tinha se desfeito, a preço de banana, depois de sanear as empresas com dinheiro público, de patrimônios fundamentais do Estado, como a Vale do Rio Doce, os gastos sociais tinham diminuído e, ainda assim, o Estado acumulava uma inflação alta e sem controle por parte do Estado. Nunca o Estado gastou tanto e tão mal, como quando governou o bloco tucano-demoniaco.

Estado e Congresso fracos significam mais espaço para se fortalecer o mercado, isto é, o espaço de domínio e controle das grandes empresas privadas. O bloco opositor termina aceitando que as políticas sociais do governo são positivas, mas tenta esconder que elas supõem tributação e redistribuição do ingresso através de um Estado regulador. Tem que reconhecer que o Brasil saiu antes e mais rapidamente da crise, mas tenta esconder que a indução à retomada do crescimento foi basicamente estatal. Denuncia casos de irregularidade no governo, mas busca esconder, por exemplo, o envolvimento da Sadia e do Unibanco, entre outras empresas privadas brasileiras, na compra irresponsável de subprimes, o que levou à sua falência e compra por outras empresas. Os maiores escândalos contemporâneos não se situam na esfera do Estado, mas no das grandes empresas privadas, como tem se tornado público no caso de algumas das maiores empresas privadas norteamericanas.

No caso do Brasil, tornou-se consensual a idéia de que o PMDB, por ter sido o partido majoritário desde o fim da ditadura militar, se vale do seu papel chave para a obtenção das maiorias pelos governos de turno, para se apropriar de cargos chave nos governos e no Congresso, onde desenvolve práticas fisiológicas. Foi assim nos governos Sarney, Collor, Itamar, FHC e agora no governo Lula. Quando se aliam ao bloco de direita, cala-se em relação a essas práticas, quando elas favorecem o bloco agora governista, se tornam alvos privilegiados das denúncias, tentando desarticular as alianças do governo no Congresso, dado que fracassaram ao tentar desqualificar a Lula com denúncias e ao se dar contra do imenso apoio popular que o governo tem.

Mas se a imprensa mercantil, com o controle monopólico na TV, nos jornais, nas revistas e nos rádios, forja a opinião pública, essa maioria do PMDB é o resultado, como um bumerangue, que retorna do tipo de despolitização que essa imprensa difunde. Ela costuma dizer que “o povo brasileiro não tem memória”. Mas é essa mídia a que produz o esquecimento. Senão teria que dizer que:

- Todas essas empresas apoiaram o golpe militar
- A grande maioria apoiou o governo Sarney
- A grande maioria apoiou o governo Collor
- Todas apoiaram o governo FHC do começo ao fim
- Todas apoiaram o Serra e Alckmin.

Tornaram-se instrumentos de propaganda do bloco de direita, que tenta reaver o controle do Estado brasileiro, contra um governo que detêm 80% de apoio da população, enquanto eles conseguem obter apenas 5% de rejeição do governo que atacam noite e dia.

Querem a política desmoralizada, em favor do mercado. O Estado mínimo, fraco, em favor da força das grandes empresas privadas. Um Congresso desmoralizado, para que não possa legislar sobre nada, deixando que as leis de oferta e de procura defina tudo na sociedade.

*Emir Sader (foto) é sociólogo, professor universitário e escritor.

Fonte: 'Blog do Emir' (Ag. Carta Maior)

Pirataria...

















Centro de Porto Alegre tomado por camelôs

O vereador Adeli Sell (PT) deu início a um movimento que visa mobilizar comerciantes, autoridades e cidadãos para revitalizar o Centro da cidade de Porto Alegre, coibindo o comércio ilegal e permitindo a circulação por calçadas e o acesso às lojas.

Segundo postagem realizada hoje em seu blog, "quem anda pelo Centro da cidade tem seu caminho interrompido por dezenas de camelôs que ocupam calçadas e ruas. O comércio de CDs e DVDs piratas, óculos e até medicamentos tomou conta da cidade, sem que a SMIC tome medidas eficientes para sua repressão. A tolerância ao recrudescimento deste comércio de meio-fio é, além de um desrespeito ao comércio regularmente estabelecido, um perigo à saúde pública, já que os produtos comercializados não contam com qualquer controle sanitário ou do Imetro. Pelas ruas, estão à disposição medicamentos sem procedência, apresentados como cura para todos os males, e brinquedos que podem virar fonte de acidentes para crianças."

Adeli Sell está solicitando um maior controle da SMIC ao comércio irregular nas ruas de Porto Alegre: “Se seguir como está, a criação do Camelódromo terá sido em vão, já que retirou os camelôs autorizados das ruas, mas deixou espaço para os irregulares se estabelecerem. No último sábado, apenas entre as ruas Mal Floriano e Borges de Medeiros, era possível contar mais de quinze vendedores no meio da rua, equilibrando seus produtos sobre caixas de papelão e oferecendo todo tipo de mercadoria”. (Por Lucia Jahn -Tb 16.502 - do 'Blog do Adeli)

*Edição e grifos deste blog

25 agosto 2009

Verdade & Mentira (II)


















Sobre a arte de criar subfactóides


*Por Marcelo Duarte

A Zero Hora deve se comunicar com sua sucursal em Brasília via sinais de fumaça.

Só assim para entender o porquê de um factóide de um factóide merecer divulgação.

Pelo menos desde o último sábado, 22, em Brasília, já se sabia que técnicos da Receita Federal (RF) ligados à ex-secretária Lina Vieira seriam exonerados de suas funções.

Henrique Jorge Freitas, subsecretário de Fiscalização, Marcelo Lettieri, coordenador-geral de Estudos, e Alberto Amadei, assessor especial do gabinete da secretaria, foram comunicados de suas exonerações pelo atual secretário, Otacílio Cartaxo, ainda na última quinta, 20. O trio teria participado da elaboração de parte do dúbio discurso da ex-secretária no Senado e integraria, junto a outros servidores, a rede de proteção interna criada por Lina Vieira.

"O próximo passo - segundo Deco Bancillon, do Correio Braziliense, seria trocar os superintendentes do Fisco nos estados" a fim de dar estabilidade à gestão de Cartaxo. Em torno de 50 postos regionais estão em jogo e são considerados chave por estrategistas do governo. "Durante os 11 meses em que esteve à frente da Receita - continua Bancillon, Lina Vieira remanejou quase todos, criando uma espécie de rede protetora fortemente identificada com sua filosofia de trabalho".

Uma filosofia, como se sabe, afinada com interesses tucanos e oposicionistas.

Lina Vieira, cujo marido foi ministro durante o governo do tucano Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), tem ligações políticas com o senador Agripino Maia, dos Democratas (Dem) do Rio Grande do Norte.

Como se isso não fosse suficiente, na última sexta, 21, já se sabia que Lina Vieira não conseguira mostrar, em seu depoimento à Comissão de Constituição e Justiça do Senado, sequer uma evidência da suposta reunião, no final do ano passado, com Dilma Roussef, quando então a ministra-chefe da Casa Civil supostamente teria pedido-lhe que "agilizasse" inquérito em andamento contra Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), o que foi interpretado pela mídia oligárquica e pela oposição como ingerência indevida da Casa Civil sobre a RF. Lina declarou que o referido encontro ocorreu em 19 de dezembro, mas o sítio Portal da Transparência revela que, nessa data, ela estava em Natal, no Rio Grande do Norte.

Porém, como nesse caso ZH não está interessada em fazer jornalismo, resolveu reverberar um factóide de um factóide. Um subfactóide, no caso.

Ou seja, mesmo tendo como saber que (i) vários técnicos da RF seriam exonerados de suas funções porque (ii) a farsa montada por Lina Vieira, pela oposição e pela mídia oligárquica caiu por terra, donde a necessidade política de se desmontar a rede de proteção criada pela ex-secretária na RF, ZH preferiu, ontem, 24, dar voz ao "protesto", via pedido coletivo de exoneração, de servidores integrantes da referida rede que já sabiam que seriam exonerados de suas funções, e exatamente por dela fazerem parte.

Iraneth Weiler, chefe de gabinete de Lina, e Alberto Amadei, assessor especial do gabinete, ambos muito próximos à ex-secretária, tiveram suas exonerações publicadas ontem, no Diário Oficial da União.

Em "protesto", uma série de servidores de carreira - que, nunca é demais lembrar, já sabiam que seriam exonerados - anteciparam-se e criaram um factóide do factóide, prontamente reverberado por ZH. Como ficaria feio serem exonerados por terem oferecido, de algum modo, suporte político ao ardil oposicionista - já que integrantes da "rede protetora" criada na RF por Lina, "fortemente identificada com sua filosofia de trabalho" -, antecipararam-se criando um fato político, isca que só morde quem tem interesse em o divulgar.

Além de Henrique Jorge Freitas e Marcelo Lettieri, que já sabiam de suas exonerações pelos menos desde a última quinta, 20, assinaram o pedido coletivo Fátima Maria Gondim, coordenadora-geral de Cooperação Fiscal e Integração, Frederico Augusto Gomes de Alencar, coordenador-geral de Contencioso Administrativo e Judicial, Luiz Tadeu Matosinho Machado, coordenador-geral do Sistema de Tributação, e Rogério Geremia, coordenador-geral de Fiscalização, bem como os superintendentes regionais Eugênio Celso Gonçalves (6ª Região Fiscal, MG), Altamir Dias de Souza (4ª Região, PE), Dão Real Pereira dos Santos (10ª Região, RS), Luiz Gonzaga Medeiros Nóbrega (3ª Região, CE), e Luiz Sergio Fonseca Soares (8ª Região (SP), assim como o superintendente-adjunto da 7ª Região (RJ), José Carlos Sabino Alves.

Segundo os endossantes da missiva, o "afastamento voluntário" - pero no mucho, convém frisar - ocorre por "compromisso com a Receita, a Justiça e a sociedade brasileira".

O capachismo de ZH é tão grande que a depuradora de melífluos sabores, que ainda não pediu a cabeça de Edson Goularte, atual secretário da Segurança Pública do novo jeito de governar, publicou a carta-protesto-pedido coletivo de exoneração na íntegra e falou em crise na "toca do leão:

- "O pedido de exoneração de seis superintendentes da Receita Federal, em protesto contra a demissão de servidores ligados à ex-secretária Lina Vieira, fez crescer a crise que atinge a toca do Leão. Os superintendentes interpretaram a demissão de servidores ligados a Lina como retaliação e partiram para a revanche, acusando o governo de ingerência política".

Não há como levar à sério o jornalismo político de ZH.

Engana-se quem pensa, porém, que esse desesperado rearranjo de peças no tabuleiro da sucessão presidencial é um movimento exclusivo da mídia golpista guasca. Como ontem revelou Luis Nassif, a intenção do jogo nunca foi chegar à verdade, mas "mentir sistematicamente até que a pecha de mentirosa pegasse na vítima. Em plena segunda, com a trama desvendada, prosseguem mentindo".

*Marcelo da Silva Duarte é jornalista, editor do blog La Vieja Bruja - http://www.laviejabruja.blogspot.com/ (fonte desta postagem)

Verdade & Mentira















Império da mentira

*Por Gilvan Rocha

No momento em que surgia a desigualdade social, nasceu o IMPÉRIO DA MENTIRA. Sem ele, não poderiam existir as desigualdades sociais. Elas não se sustentariam.

Nas minhas longas andanças, nunca ouvi falar que alguém foi preso porque mentiu. Pelo contrário, a história tem mostrado que muitos foram presos e até assassinados justamente por falar a verdade. Lembram-se de Galileu? Por pouco ele escapou da morte por ter falado uma verdade que não casava bem com a mentira dos doutos. Lembram-se de Darwin, que mergulhou na depressão pelo fato de sua verdade sobre a origem da vida ter sido rejeitada pelos "sábios", donos da mentira?

Muito forte é o IMPÉRIO DA MENTIRA. Ao lado dele, estão o Papa, os mulás, os cardeais, os generais e os festejados catedráticos. Ao seu lado está à grande mídia, assim como a família, que inocentemente a repete de geração em geração.

O IMPÉRIO DA MENTIRA, sustentação da desigualdade, reina livremente. Dá-se um fenômeno bastante intrigante, porém necessário. A mentira política é dita vastamente, por todos os meios, sem nenhuma censura, sem nenhuma restrição. Enquanto isso a verdade é dita por poucos, pouquíssimos. A verdade, portanto, é um segredo que serve para resguardar privilégios e esconder as causas das perversões sociais.

Recentemente denunciei uma mentira deslavada, transmitida para milhões de brasileiros. Diziam eles, para agradar o povo, uma grossa mentira. Diziam que o pão, o leite, o hospital, a escola, estavam em falta para o povo por uma única razão: a prática da corrupção. Ora, a verdade é que a corrupção agrava os problemas sociais, é um cancro, filho legítimo do capitalismo, este, sim, a causa de todas as misérias sociais.

Este meu discurso foi reprovado por alguns poucos, sob o argumento de que, embora sendo verdadeiro, não deveria tê-lo feito publicamente e, sim, internamente nas instâncias do partido criticado. Veja-se: a mentira seria dita para milhões, enquanto a verdade deveria ser dita para uma restritíssima minoria, entre quatro paredes. Esse é o método exitoso stalinista de calar a verdade.


*Gilvan Rocha é presidente do Centro de Atividades e Estudos Políticos – CAEP

Fonte: Correio da Cidadania

24 agosto 2009

Artigo















A Mídia, a Política e a Cultura

*Por Leonardo Brandt

Tempos efervescentes estes em que a mídia, assim como toda a indústria cultural dominante, se vê pateticamente fragilizada diante do poder caótico e incontrolável das novas possibilidades de comunicação da cultura digital. Mas a grande mídia está longe de perder sua pompa e poder. Ela ainda resiste e tenta dialogar com processos mais amplos e participativos. Há muito mais entre a guerra entre Globo e Record, a sucessão presidencial e cultura digital, do que pode imaginar a nossa vã filosofia!

Da pífia sabatina do ministro da Cultura na Folha à guerra declarada entre Globo e Record, não nos resta espaço para discutir, de maneira abrangente, contemporânea, deseologizada ou descontaminada de interesses financeiros, a crise da mídia cultural no Brasil. Este tema é fundamental para os gestores de cultura, pois toca diretamente na constituição do nosso imaginário público e a nossa noção de Estado, nação, povo e país.

O desprestígio e a falta de assunto dos cadernos de cultura é tão grande, que as capas tem sido, sistematicamente, ocupadas por anúncios gigantes da indústria da moda. Os conteúdos não diferem muito disso. Muitas vezes o assunto mais relevante do caderno restringe-se às tirinhas do Calvin ou o horóscopo.

Falta uma compreensão do funcionamento dos mecanismos de financiamento e da lógica da cultura em sua função pública, tanto pela dimensão econômica quanto pela sociocultural. Alguns veículos tentam, feito cegos em tiroteiro, compreender e cobrir essa complexidade, mas não há tempo nem espaço suficiente. Um debate mais profundo faz-se necessário.

Não há como negar o quanto o ministro Juca Ferreira é astuto nesse sentido. Provocou uma discussão rasteira, por saber que a mídia jamais seria capaz de alcançar a sua sutileza e seus desdobramentos conceituais, filosóficos e econômicos. De quebra projetou-se de maneira ímpar na grande mídia, superando até mesmo o seu antecessor, que já era um popstar.

Nos mesmos cadernos vejo com grande insistência o acompanhamento do Ibope e a comparação pelo troféu da mediocriadade entre A Fazenda e o BBB. Até o nosso festival de Gramado foi palco de badalação e disputa entre “astros” da Record e da Globo. O pano de fundo dessa disputa por nosso imaginário é composto por igrejas (sim, ninguém fala da relação entre católicos e Globo), poderes instituídos (executivo, congresso, judiciário, ministério público) e uma vindoura disputa presidencial, capaz de mexer profundamente com todas as peças desse tabuleiro.

Vale observar de perto o tipo de cobertura que a pré-candidata Marina Silva terá. A própria fala do ministro já serviu de ataque à candidatura da ministra, tamanha ameaça ela prenuncia neste cenário de miséria cultural. Isso já demonstra o grande potencial mitológico da ex-ministra, papel amplamente ocupado pelo atual presidente, por sua biografia até então única no cenário político nacional.

Marina foi a única ministra de Lula que implementou políticas coerentes com o seu passado e o com momento peculiar e favorável que o Brasil vive hoje. A única que saiu bem, depois de dialogar ao máximo com todas as instâncias de poder. Note, no entanto, que a repercussão internacional da saída de Marina do governo, e agora do PT, foi mais importante que a cobertura interna.

Semana passada estive em Nova Iorque, gravando entrevistas para um webdocumentário sobre a indústria cinematográfica. Além de ouvir e debater com estudiosos no assunto, usei meu tempo livre para acompanhar a mídia norte-americana, dos jornalões aos notíciários locais.

Percebi de perto o quanto a Era da Cultura Digital, que elegeu o primeiro presidente negro dos Estados Unidos, influencia cada vez as discussões públicas naquele país. Talvez seja um prenúncio de como esses novas possibilidades podem se expandir e se consolidar aqui nas Terra Papagallis.

Às novas possibilidades de participação política, o nosso apoio!

*Editor do sítio 'CulturaeMercado' http://www.culturaemercado.com.br

Debate




















*Esse é um debate interessante - e necessário. Parabéns ao Alexandre Haubrich e à Cris Rodrigues, editores do blog Jornalismo B, por mais essa importante iniciativa. (JG)

(Clique no cartaz para ampliar)

23 agosto 2009

Pontal do Estaleiro















*É hoje, em Porto Alegre!


***

ET: Resultado final da 'consulta popular': Com mais de 80% dos votos (num universo de pouco mais de vinte e dois mil votantes), o NÃO aplicou uma grande 'surra' nos defensores dos espigões na orla do Guaíba. Uma batalha foi vencida, mas tem muita luta ainda pela frente...

(Atualizado em 24/08/2009).

22 agosto 2009

21 agosto 2009

Uma morte anunciada...







Trabalhador sem-terra é assassinado em São Gabriel

Na manhã de hoje, durante desocupação promovida pela Brigada Militar gaúcha na Fazenda Southall (ocupada há dias pelo MST), município de São Gabriel/RS, foi morto o trabalhador rural Elton Brum da Silva, de 44 anos. Segundo foi divulgado por fontes ligadas ao Hospital Santa Casa de Caridade, ele teria sido atingido por um disparo de arma de fogo na região do tórax. Mais tarde, foi confirmado que o tiro, oriundo de uma espingarda calibre 12, foi desferido pelas costas. Durante a repressão ocorrida na fazenda mais de uma dezena de pessoas foram feridas, algumas com certa gravidade.

O governo do Estado do Rio Grande do Sul (envolvido em denúncias e mais denúncias de corrupção), também tem se caracterizado por tratar os movimentos sociais, através da BM, como 'caso de polícia', usando e abusando de violência, especialmente contra o MST, professores e estudantes. A morte de Elton Brum da Silva, portanto, é praticamente uma 'morte anunciada'.

O MST, em nota divulgada no seu site http://www.mst.org.br/node/7970, assim manifestou-se: "O MST lamenta com pesar o ocorrido e responsabiliza os governos e a Justiça. Afinal, é de conhecimento público a truculência usada pela Brigada Militar nas ações de despejo. Mesmo assim, os poderes públicos optam por tratar as questões sociais, como a Reforma Agrária, como caso de polícia."

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*ET: Agora à tarde, o MST divulgou nova Nota, que publicamos à seguir:

NOTA PÚBLICA SOBRE O ASSASSINATO DE ELTON BRUM PELA BRIGADA MILITAR DO RIO GRANDE DO SUL

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra vem a público manifestar novamente seu pesar pela perda do companheiro Elton Brum, manifestar sua solidariedade à família e para:

1. Denunciar mais uma ação truculenta e violenta da Brigada Militar do Rio Grande do Sul que resultou no assassinato do agricultor Elton Brum, 44 anos, pai de dois filhos, natural de Canguçu, durante o despejo da ocupação da Fazenda Southall em São Gabriel. As informações sobre o despejo apontam que Brum foi assassinado quando a situação já encontrava-se controlada e sem resistência. Há indícios de que tenha sido assassinado pelas costas.

2. Denunciar que além da morte do trabalhador sem terra, a ação resultou ainda em dezenas de feridos, incluindo mulheres e crianças, com ferimentos de estilhaços, espadas e mordidas de cães.

3. Denunciamos a Governadora Yeda Crusius, hierarquicamente comandante da Brigada Militar, responsável por uma política de criminalização dos movimentos sociais e de violência contra os trabalhadores urbanos e rurais. O uso de armas de fogo no tratamento dos movimentos sociais revela que a violência é parte da política deste Estado. A criminalização não é uma exceção, mas regra e necessidade de um governo, impopular e a serviço de interesses obscuros, para manter-se no poder pela força.

4. Denunciamos o Coronel Lauro Binsfield, Comandante da Brigada Militar, cujo histórico inclui outras ações de descontrole, truculência e violência contra os trabalhadores, como no 8 de março de 2008, quando repetiu os mesmos métodos contra as mulheres da Via Campesina.

5. Denunciamos o Poder Judiciário que impediu a desapropriação e a emissão de posse da Fazenda Antoniasi, onde Elton Brum seria assentado. Sua vida teria sido poupada se o Poder Judiciário estivesse a serviço da Constituição Federal e não de interesses oligárquicos locais.

6. Denunciamos o Ministério Público Estadual de São Gabriel que se omitiu quando as famílias assentadas exigiam a liberação de recursos já disponíveis para a construção da escola de 350 famílias, que agora perderão o ano letivo, e para a saúde, que já custou a vida de três crianças. O mesmo MPE se omitiu no momento da ação, diante da violência a qual foi testemunha no local. E agora vem público elogiar ação da Brigada Militar como profissional.

7. Relembrar à sociedade brasileira que os movimentos sociais do campo tem denunciado há mais de um ano a política de criminalização do Governo Yeda Crusius à Comissão de Direitos Humanos do Senado, à Secretaria Especial de Direitos Humanos, à Ouvidoria Agrária e à Organização dos Estados Americanos. A omissão das autoridades e o desrespeito da Governadora à qualquer instituição e a democracia resultaram hoje em uma vítima fatal.

8. Reafirmar que seguiremos exigindo o assentamento de todas as famílias acampadas no Rio Grande do Sul e as condições de infra-estrutura para a implantação dos assentamentos de São Gabriel.

Exigimos Justiça e Punição aos Culpados!

Por nossos mortos, nem um minuto de silêncio. Toda uma vida de luta!

Reforma Agrária, por justiça social e soberania popular!

Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra

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*Foto: BM reprime manifestantes do MST no interior do RS, no início do ano passado.

(Postagem atualizada às 20,15 h de 21/08/2009).

'Cambalacho'


















Yeda acusada de repassar à União a “conta da falta de responsabilidade política”

Deputados do PT criticaram duramente, na sessão plenária desta quinta-feira (20), a decisão da governadora Yeda Crusius de transferir para o governo federal os contratos firmados entre o Estado e as concessionárias que exploram as estradas gaúchas. O vice-líder da bancada petista, Raul Pont, classificou a medida de estapafúrdia. “É inacreditável que o governo gaúcho transfira os contratos para a União junto com uma dívida de R$ 1,1 bilhão, que ninguém sabe como foi constituída. É mais um factóide criado para desviar a atenção da opinião pública das denúncias de corrupção”, apontou.

Segundo Pont, nem os membros do Executivo mostram consenso a respeito da dívida alegada pelas concessionárias. “Um ex-diretor do Daer afirmou na CPI dos Pedágios que o valor era de R$ 600 milhões. Outro disse que não havia dívida. E agora o governo anuncia que é de R$ 1,1 bilhão e quer repassar a conta adiante.”

O parlamentar ponderou que os cálculos apresentados pelas concessionárias não são confiáveis e que o Executivo, até agora, não apresentou o estudo de viabilidade financeira dos contratos. “Os cálculos são verdadeiras trapaças, montados a partir da contratação de empresas do mesmo grupo das concessionárias e da total falta de controle do número de usuários das praças de pedágios”, enfatizou.

Pont rebateu, ainda, declarações de integrantes da base do governo Yeda de que o governador Olívio Dutra agiu da mesma maneira ao denunciar o pólo de pedágio de Pelotas. “Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Quando nosso governo transferiu o pólo de Pelotas para União, o pedágio não estava instalado. Isso foi feito sem licitação pelo ex-ministro dos Transportes, Eliseu Padilha, contra a vontade popular”.lembrou.

Cambalacho

Já o líder do governo Lula na Assembleia Legislativa, Ronaldo Zulke (PT), disse que o governo tucano está aplicando um cambalacho a favor das concessionárias. “Estão passando a conta da irresponsabilidade política para o governo Lula. Este passivo, se existe, tem responsáveis aqui, a começar pelo PMDB, que foi o pai dos pedágios no Rio Grande do Sul”, frisou.

Zulke disse que, ao invés de renunciar aos contratos, a governadora deveria renunciar ao poder. “Assumam a responsabilidade e resolvam a situação ou, então, passem a bola adiante e saiam do governo, que nós buscaremos uma solução que não afronte o povo gaúcho”, finalizou. (Por Olga Arnt, do sítio PTSul)

*Ediçao deste blog

19 agosto 2009

Pontal do Estaleiro







PT é contra a construção de 'Espigões' na Orla do Guaíba

Na tarde desta quarta-feira (19), o deputado Raul Pont (PT) conclamou a população a votar não ao polêmico projeto Pontal do Estaleiro Só. A consulta pública sobre essa proposta, que inclui a construção de espigões na Orla do Guaíba, acontece no domingo, dia 23 de agosto. O petista defende a manutenção do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental.

Em 1999, quando Raul Pont era prefeito de Porto Alegre, esse instrumento foi aperfeiçoado para garantir que o crescimento da cidade não desrespeitasse a natureza e que o poder público mantivesse o efetivo controle sobre os interesses empresariais. “Aquela área tem regramento. A exploração econômica é permitida desde que não afete o meio-ambiente. Não podemos aceitar um projeto marcado pela especulação imobiliária e que quebra a harmonia e a relação dos cidadãos com natureza”, frisou o deputado.

Raul Pont lembra que em 99 foram estabelecidos regramentos para que a área se integrasse ao programa de recuperação da Orla. A região foi urbanizada e conta com empreendimentos como o Barra Shopping, por exemplo. Em contrapartida, o deputado lamenta o fato de a atual gestão municipal permitir a edificação de prédios, com mais de 20 andares e em desacordo com Plano Diretor, como ocorre no Shopping Praia de Belas. Pont espera que prevaleça o bom-senso e o respeito a natureza. (Por Stella Máris Valenzuela, do sítio PTSul).

Marina sai do PT















Marina Silva pede desfiliação do PT

A senadora Marina Silva, eleita pelo Partido dos Trabalhadores do Acre, ex-ministra do Meio Ambiente do governo Lula, acaba de confirmar que encaminhou, na manhã de hoje, seu pedido de desfiliação do partido ao presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini.

A senadora acreana, uma das maiores referências do movimento ambientalista planetário na atualidade, companheira de Chico Mendes e militante há quase trinta anos no PT, informou ainda que conversou com muitos companheiros e amigos antes de formalizar sua decisão, que considerou difícil mas necessária.

Ao invés de disputar os rumos do PT sobre a agenda ambiental, o desenvolvimento sustentável e as lacunas que entende existirem no governo federal, conforme foi proposto por dezenas de petistas através de uma 'Carta Aberta' endereçada à senadora (vide postagem abaixo "As esquerdas têm o dever de ouvir a voz de Marina"), Marina Silva explicou que resolveu ir ao encontro daqueles que estão receptivos e pensam como ela.

Disse, por fim, que agora estudará a filiação ao Partido Verde (PV), mas que ainda não há decisão de candidatura à Presidência da República, conforme tem sido amplamente difundido pela mídia. "Agora vou estar em conversações com o PV, neste período de transição, respeitando os prazos legais".

Pontal
















*Dia 23, em Porto Alegre.

*Defenda a Orla do Guaíba: Vote Não!

18 agosto 2009

Carta à Marina Silva



















"As esquerdas têm o dever de ouvir a voz de Marina"

Carta Aberta à companheira Marina Silva

Companheira Marina,

Vinte e dois anos depois de sua fundação, o Partido dos Trabalhadores, liderando uma frente de partidos e movimentos sociais, venceu eleitoralmente a perspectiva neoliberal que paralisara o país por duas décadas. Ao assumir a Presidência da República em janeiro de 2003, o governo Lula tinha diante de si duas tarefas gigantescas: retomar o crescimento e superar as marcas fundamentais que definiram os ciclos de desenvolvimento do século XX. Sabemos todos que o Brasil foi um dos países que mais cresceram durante o século XX, se considerarmos o PIB. No entanto, crescemos, sob ditaduras; crescemos, concentrando renda; e crescemos depredando os recursos naturais.

Ao longo desses quase sete anos de governo podemos afirmar que o governo Lula cumpriu o compromisso que o Partido dos Trabalhadores e o próprio candidato estabeleceram com a sociedade brasileira: retomamos o crescimento depois de duas décadas de estagnação. A retomada levantou para nós o triplo desafio para qualificar o ciclo do século XXI: desenvolver o Brasil aprofundando as conquistas democráticas; desenvolver o Brasil com distribuição de renda combatendo as criminosas desigualdades sociais e regionais; e desenvolver o Brasil incorporando a sustentabilidade socioambiental à cultura do novo ciclo.

Os dois primeiros desafios estão encaminhados: vivemos uma experiência democrática em que as instituições funcionam e se amplia a participação popular nos processos de tomada de decisão; vivemos uma dinâmica de investimento do estado no combate às desigualdades sociais e regionais que nos permite dizer ao mundo, como na recente pesquisa do IPEA, que no Brasil as camadas mais pobres da população elevam sua qualidade de vida em meio à crise mundial. O terceiro desafio não está encaminhado satisfatoriamente. O novo ciclo de desenvolvimento ainda não incorporou a dimensão da sustentabilidade socioambiental à sua cultura, ao seu comportamento. Mesmo considerando as conquistas alcançadas na formulação e condução das políticas socioambientais sob sua responsabilidade ao longo de cinco anos e meio à frente do Ministério do Meio Ambiente. Temos, portanto, aí um grande desafio a vencer para conferir uma nova qualidade à continuidade do nosso projeto. Evidentemente, é indispensável ouvir as razões de Marina Silva.

As razões de Marina Silva

Há pelo menos três razões para que ouçamos com discernimento e fraternidade o clamor em defesa da Terra - o frágil planeta que recebemos da humanidade que nos precedeu - e nos chega pela voz da companheira Marina Silva neste momento decisivo de sua trajetória.

Durante muito tempo a esquerda ouviu com uma sensibilidade menor e uma apenas discreta atenção os argumentos daqueles que puseram no centro de sua agenda, de suas angústias e esperanças, a luta pela sobrevivência do planeta. Mesmo quem examinava os argumentos, com sincera boa vontade, não deixava de sentir que havia ali, talvez, as marcas de um diagnóstico excessivo, de uma urgência artificiosa ou, quem sabe, de um viés tendencioso ou algo messiânico.

Agora, não temos mais este direito, depois do que viemos a saber, do que ficou inapelavelmente confirmado por cientistas de todo mundo, com destaque para o Relatório da ONU sobre as Mudanças Climáticas, do que é afirmado pelas consciências mais lúcidas. A causa da sustentabilidade socioambiental deve estar no centro da agenda no século XXI, configurando junto com a paz e a superação das desigualdades sociais e raciais, de gênero e de regiões, um novo paradigma de civilização.

Esta é a primeira razão de Marina: a sua exigência por uma opção radical que urge e que emociona a sua voz serena.


A companheira Marina há de concordar que o governo Lula é o governo da história republicana brasileira que mais fez por um programa ecológico. Não se conhece outro no qual a tensão entre desenvolvimento econômico e a preservação da natureza tenha ido ao centro de sua dinâmica. Entre suas conquistas estão a redução consistente no desmatamento da Amazônia, o alargamento inédito das áreas de preservação, a busca de alternativas econômicas para a "floresta em pé", por meio da Lei de Florestas Públicas, o encaminhamento reconhecido internacionalmente dos compromissos relativos ao combate ao aquecimento global. Pela primeira vez na história, o Estado brasileiro começou a regular os investimentos econômicos pela lógica da sustentabilidade. A Resolução do Conselho Monetário Nacional proposta pela então Ministra Marina Silva que condiciona a liberação de recursos para empreendimentos do agronegócio nas áreas da fronteira agrícola, aos critérios de sustentabilidade socioambiental, produziu uma forte reação deste setor. Este é apenas um exemplo.

Mas estes avanços históricos são ainda insuficientes diante do novo ciclo de desenvolvimento brasileiro iniciado nessa primeira década. Mais carros, mais combustíveis, mais consumos extras e supérfluos, mais pressão sobre a Amazônia e as fronteiras agrícolas, reprodução em escala ampliada de padrões de consumo típicos de países capitalistas centrais. A agenda ecológica estará perdida se condenada a lutar apenas na resistência, caso a caso, na regulação e na contenção das vertentes mais agressivas do crescimento. O que se requer é um novo paradigma de desenvolvimento: a economia verde do século XXI. Não apenas uma contenção e regulação, mas uma reposição e uma programatização ampla dos fundamentos socioambientais do desenvolvimento brasileiro.

Esta é a segunda razão de Marina: ainda não temos este paradigma. É preciso construí-lo.

O PT foi o primeiro partido socialista brasileiro a incorporar, como contribuição inestimável da geração da qual Chico Mendes e Marina fazem parte, a temática do desenvolvimento sustentável. Provavelmente estão na extensa rede de militantes, filiados e simpatizantes do nosso partido a maior parte dos que sustentam a utopia verde. Há uma crescente sensibilidade em relação à consciência ecológica por parte das lideranças do PT. Mas ela ainda é uma agenda setorial, isto é, não vertebra, não estrutura, não orienta as suas prioridades.

Esta é a terceira razão de Marina: o PT ainda não é um ator central na construção da utopia verde que necessitamos com urgência, capaz de se traduzir num projeto político nacional, sul-americano, que responda, num horizonte visível, aos desafios de formular um novo paradigma de desenvolvimento que supere os padrões - insustentáveis - de produção e consumo que nos conduziram à grande crise ambiental em que a humanidade se debate nos dias de hoje.

Liberalismo ecológico?

O claro diagnóstico da comunidade científica internacional, a pressão da opinião pública internacional, a sensibilidade crescente diante dos desastres ecológicos tem feito surgir um fenômeno novo, no centro e na periferia do mundo capitalista: um liberalismo ecológico. Isto é, a formação de uma consciência e de um programa que pretende unir capitalismo e ecologia, mercado e regulação, absorvendo a consciência ecológica em um paradigma de uma humanidade ainda organizada para a produção de mercadorias. Este fenômeno não deixa de ser relevante para a causa da sustentabilidade do desenvolvimento.

No Brasil, há hoje, com todos os cálculos voltados para as eleições de 2010, um claro esforço por parte de empresários, por parte do PSDB e de setores ecológicos anti-socialistas, de abraçar uma agenda verde. Nada mais patético do que a série de filmetes, repetidos em horário nobre, por exemplo, do Banco Bradesco contando a história de Chico Mendes e das causas ecológicas da Amazônia.

Mas esse Eco-liberalismo apresenta grandes limites. O primeiro é que, centrado em uma base empresarial, terá como horizonte sempre a regulação do mercado, de sua potência agressivamente destrutiva, e não a formação de um novo paradigma que não pode estar assentado na exploração e na maximização do lucro. O segundo, e de implicações mais graves, é o que separa o grito do planeta - cuja expressão está sob nossos olhos com as catástrofes climáticas - do grito dos oprimidos, o grito da Terra e o grito dos pobres, a causa da sustentabilidade ambiental e a causa social! Isto é, na direção contrária que aponta a grande Teologia da Libertação de Leonardo Boff.

No Brasil, esta separação entre a causa ambiental e a causa social, entre a luta ecológica e movimento sindical, o Movimento dos Sem-Terra, as CEBs , os Movimentos Negros e de Mulheres e toda a rede social que organiza a luta dos pobres contra a exploração, seria uma tragédia. A luta em defesa da sustentabilidade socioambiental soma, mobiliza, sopra para além das esferas de um só partido. Ela requer grande ambiência social, um espírito novo de convergência, de horizontes e cores tão plurais como as da complexa sociedade democrática que estamos construindo. Por isso não pode ser neutra, pretender eqüidistância da luta dos que têm fome e sede de justiça!

Trazendo para o chão da política a sociedade brasileira estará posta diante da escolha: dar continuidade ao projeto que elegeu Lula por duas vezes ou interrompê-lo. E fazer dele à luz da História, como já disse alguém, apenas um breve intervalo nos quinhentos anos de mando dos senhores de escravos e seus herdeiros sociais. Vivemos numa democracia, a precária democracia que conquistamos a duras penas nos últimos trinta anos. Não vemos suas angústias e dúvidas publicamente colocadas como um escândalo, portanto. Só os sectários não percebem o que a trajetória de vida e de militância política de Marina Silva significam para a afirmação da agenda socioambiental no Brasil. E, em torno desta agenda, o debate incontornável para desafiar a imaginação da sociedade na busca da qualificação do novo paradigma de desenvolvimento que desejamos para o país e para o planeta.

Os setores sociais e políticos que desejam interromper o processo que inauguramos com os dois mandatos do Presidente Lula, desejam encontrar um lugar na disputa dos rumos do país, contando com uma voz respeitada no Brasil e no mundo quando se trata das questões ambientais. Uma voz com credibilidade. Por uma razão muito simples: a mensagem de Marina Silva é a vida de Marina Silva. Essa voz serena e lúcida, ancorada numa vida militante identificada com o impulso dos mesmos movimentos sociais que deram berço ao PT, à CUT, ao CNS, ao MST: aqui reside sua força e não em outro lugar. São estes movimentos e outros tantos disseminados nessa fabulosa rede que anima as lutas populares em todos os recantos do país, que vêm mudando a face do Brasil - ainda que de maneira insuficiente - nos últimos trinta anos.

Ouvir a voz de Marina Silva e debater com ela

As esquerdas têm o dever de ouvir a voz de Marina Silva. As razões de Marina Silva. Ela, que já deu tanto à nossa geração, receba, agora, por todos os lados, a nossa mão estendida. As mãos que teceram ao longo de três décadas a rede de sonhos e esperanças que nos mobilizou a todos; a capacidade de organizar nossa ação na base da sociedade para reivindicar direitos sociais por meio da CUT; levantar bandeiras ambientais como nos "empates" liderados por Chico Mendes para deter a voracidade dos desmatadores da Amazônia; ou para formular e conduzir políticas públicas de desenvolvimento sustentável no Ministério do Meio Ambiente, liderados por ela. Nós que já sonhamos tanto por uma sociedade de harmonias, livre das opressões, precisamos também saber compor com as harmonias da Terra.

Que o programa de governo a ser apresentado pelas forças políticas que defendem a continuidade do processo inaugurado com o governo do Presidente Lula incorpore a dimensão da sustentabilidade socioambiental à cultura do novo ciclo de desenvolvimento. E estabeleça, explorando até o limite das nossas consciências e criatividades, um novo paradigma que supere o padrão de produção e consumo definido pelo capitalismo liberal.

Que o próximo Congresso Nacional do PT marcado para fevereiro de 2010 - nos trinta anos da nossa fundação - leve o nome do companheiro Chico Mendes como forma de trazer para o centro do debate das esquerdas a centralidade da agenda que ele prefigurou com sua vida e sua militância e selou com sua morte, projetando o Brasil na liderança mundial por um novo paradigma de civilização no século XXI.


Brasília, 15 de agosto de 2009

Juarez Guimarães - professor UFMG
Hamilton Pereira - Conselheiro da Fundação Perseu Abramo
José Eduardo Cardozo - deputado federal PT - SP
Paulo Teixeira - deputado federal PT - SP
Henrique Fontana - deputado federal PT - RS
Pepe Vargas - deputado federal PT - RS
Arlete Sampaio - DN - PT
Carlos Henrique Árabe - Executiva Nacional PT
Elói Pietá - DN - PT
Joaquim Soriano - DN - PT
Gilmar Machado - deputado federal PT-MG
Francisco Praciano - deputado federal PT-AM
Eudes Xavier - deputado federal PT - CE
Dr. Rosinha - deputado federal PT - PR
Raul Pont - deputado estadual PT-RS

(Seguem mais dezenas de assinaturas...)

*Fonte: sítio Vi o Mundo http://www.viomundo.com.br/

**Grifos e edição deste blog

17 agosto 2009

Livro













Lançamento adiado

O jornalista Júlio César de Lima Prates, autor do livro 'A Arte de Enganar o Povo', avisa que o lançamento em Porto Alegre, que seria realizado amanhã à noite, no Memorial do RS, teve que ser adiado. Motivo: o autor contraiu uma forte gripe e está impossibilitado de viajar.

O novo (e polêmico) livro do Júlio Prates foi lançado dia 13/08 em Santiago. A nova data para o lançamento em Porto Alegre será em breve divulgada.

"Deixemo de sê bêsta!"













CONVITE ENCAMINHADO PELO BLOG 'TERRA BRASILIS'

*Movimento 'Deixemo de sê bêsta!'

Inicio, agora, uma série de postagens na qual todo e qualquer crime será denunciado e castigado na audiência e nas urnas. Alvos:

A Mídia Corporativa e o seu "deus-mercado" que vilipendiam a condição humana do direito à vida, ao bem-estar social e à preservação ambiental;

políticos das duas Casas Legislativas (de qualquer orientação político-partidária) que, debochando e ditando "posturas éticas", locupletam-se do poder "emprestado" pelo BRAVO POVO BRASILEIRO através do voto;

as instituições (especialmente: o Legislativo e o Judiciário) que não cumprem o seu papel constitucional de garantir aos cidadãos o que de direito lhes é destinado.

O Blog Terra Brasilis e parceiros pretendem ser uma tentativa de dar um basta nesta crise ética por que passam as Instituições que se tornaram reduto dos pulhas. Comecemos com o Senado Federal, publicizando o perfil-canalha dos que não deverão ser re-eleitos no próximo pleito.


Convido a combativa e sempre presente BLOGOSFERA a aderir a este Movimento, em especial os cumpadis e cumadis:

ABunda Canalha
Altamiro Borges (Blog do Miro)
Cappacete,
Carlos Eduardo (Blog de um sem-mídia),
Cláudia (Dialógico)
Carlos Alberto Saraiva (Saraiva 13)
Anselmo Raposo (Blogue do Anselmo Raposo)
Carlinhos Medeiros (Bodega Cultural)
Cloaca News
Ribamar Bessa (Tá pra ti)
Luiz Eurico (Cultura Solidária, Eu-Lírico, Sítio d'Olinda)
Daniel Pearl e Jussara Seixas (Desabafo Brasil)
Eduardo Guimarães (Cidadania.com)
Augusto da Fonseca (FBI - Festival de Besteira da Imprensa)
Thiago Pires (Interesse Nacional)
Júlio Garcia (Blog do Júlio Garcia)
Língua de Trapo
Querida Yvy Brussel (Maybe Tomorrow)
Joãozinho Santana (Modus Operandi)
NaMaria News
O Brasil que eu quero
Giovani de Morais (O Cachete)
Prof. Alexandre Gangorra (O Espaço da Geografia)
Prof. Gustavo Borges (Blog do Prof. Gustavo Borges)
Prof. Júlio Sosa (Blog do Prof. Júlio Sosa)
O estimado cumpadi-terrorista Gilvan Freitas (O Terror do Nordeste)
Luís Moreira (Olhos do Sertão)
OniPresente
Helena Sthephanowitz (Os Amigos do Presidente LULA)

ACORDEMOS E TRANSFORMEMOS O PARAÍSO DOS VENAIS NUM INFERNO SEM FIM!

http://profdiafonso.blogspot.com/

***

*Nota: O titular deste blog aceitou, de pronto (e muito honrado!), o convite formulado pelo 'cumpadi' professor DiAfonso, de Recife (PE). Aliás, desmascarar o PiG e seus asseclas, assim como todos aqueles que contribuem, direta ou indiretamente, para a exploração e consequente infelicidade do nosso povo (estejam onde estiverem), é uma das razões deste blog existir... (JG)

**Grifos deste blog

15 agosto 2009

Poemas



















Minha grande ternura

Minha grande ternura
Pelos passarinhos mortos;
Pelas pequeninas aranhas.

Minha grande ternura
Pelas mulheres que foram meninas bonitas
E ficaram mulheres feias;
Pelas mulheres que foram desejáveis
E deixaram de o ser.
Pelas mulheres que me amaram
E que eu não pude amar.

Minha grande ternura
Pelos poemas que
Não consegui realizar.

Minha grande ternura
Pelas amadas que
Envelheceram sem maldade.

Minha grande ternura
Pelas gotas de orvalho que
São o único enfeite de um túmulo.

***

Arte de amar

Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma.
A alma é que estraga o amor.
Só em Deus ela pode encontrar satisfação.
Não noutra alma.
Só em Deus — ou fora do mundo.
As almas são incomunicáveis.

Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo.

Porque os corpos se entendem, mas as almas não.

***

Poema do beco

Que importa a paisagem, a Glória, a baía, a linha do horizonte?

— O que eu vejo é o beco.


(Poemas de Manuel Bandeira)

14 agosto 2009

CPI da Corrupção















Presidente da Assembleia Legislativa aceita pedido para instalar CPI

Porto Alegre/RS - Segundo informações oriundas da Agência da AL, o presidente da Assembleia Legislativa, Ivar Pavan (PT), anunciou na manhã desta sexta-feira (14), o deferimento do pedido de instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar denúncias de corrupção no governo do Estado. O anúncio, segundo informado, ocorreu após a conclusão do parecer da Procuradoria da Casa.

“Quando existem dúvidas diante de denúncias, dentro da prerrogativa que tem o Poder Legislativo de fiscalizar, o principal instrumento que a Assembleia tem à disposição é a CPI”, destacou Pavan. O pedido apresentado pelo PSDB, para que a CPI não fosse instalada, foi indeferido.

A aceitação do pedido para que a CPI (que investigará as denúncias de corrupção no governo Yeda Crusius, do PSDB) seja instalada será publicado no Diário da Assembleia Legislativa na próxima segunda-feira (17). A partir de terça (18), as bancadas terão cinco dias para indicar os nomes dos deputados que irão compor a Comissão. Integrarão a CPI dois parlamentares do PT, PMDB, PP e PSDB e um representante do PDT, PTB, DEM e PPS. Após a indicação dos nomes dos parlamentares, haverá prazo de 3 dias que a mesma seja instalada.

*Com a Ag. AL

**Foto: Flagrante da manifestação exigindo a saída de Yeda & Cia, realizada hoje ao meio-dia, em frente ao Palácio Piratini.

Ato Público



















*Todos lá!


(Clique no cartaz para ampliar)

13 agosto 2009

Pesquisa Vox Populi






RS: Dilma e Serra em empate técnico. Tarso lidera com folga

Miguel Grazziotin escreve:

"A ministra Dilma Rousseff (PT) e o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), aparecem em situação de empate técnico na disputa das eleições presidenciais de 2010 em pesquisa realizada pelo Instituto Vox Populi entre eleitores do Rio Grande do Sul. Enquanto Dilma tem 26% da preferência dos eleitores, Serra atingiu 25% das intenções de voto na sondagem divulgada nesta quarta-feira.
O deputado Ciro Gomes (PSB) aparece com 16% e a ex-senadora Heloisa Helena (Psol) tem 10%. O instituto ouviu mil eleitores em todo o Estado, entre 1 e 6 de agosto. A margem de erro é de 3,1 pontos percentuais.

Para o governo do Estado do Rio Grande do Sul, o ministro da Justiça, Tarso Genro (PT), lidera a preferência eleitoral com 42%, enquanto o prefeito de Porto Alegre, José Fogaça (PMDB), tem 30% das intenções de voto.
A pesquisa foi encomendada pela revista Voto, publicação regional especializada em política e negócios. A revista mensal já fazia o acompanhamento da tendência de voto em eleições municipais com boa margem de acerto, mas é a primeira vez que patrocina um levantamento sobre o comportamento dos eleitores para as eleições presidenciais e para governador." (www.terra.com.br)

***

Tenho sempre muito cuidado com pesquisas. A experiência mostra que não são confiáveis, e geralmente servem ao interesse do momento de determinado grupo. Por isto, não dou muito valor à elas, de modo que relativizo esta.
Se algo pode ser tirado da mesma é que, NENHUM jornal gaúcho lhe dá destaque. Na última eleição presidencial, o Rio Grande apoiou , em sua maioria Geraldo Alckmin, esta amostra agora com um empate técnico entre Dilma e Serra, pode ser uma amostra do estrago que Yeda e sua gangue estão fazendo. É cedo para qualquer ilação sobre o futuro deste país ou deste estado, mas a Direita coloca as barbas de molho, afinal, não vão querer largar a teta gorda do estado e não aguentarão ficar mais 8 anos sem o dinheiro fácil, para os amigos, do governo federal. Esperemos. (MG)

*Fonte: http://miguelgrazziotinonline.blogspot.com/

***

**Nota: Em que pese os números positivos da pesquisa, que devem ser saudados, o titular do blog tem plena concordância com as considerações (acima) realizadas pelo comp. Miguel. (JG)

'Novas mídias'...















ADERINDO AO TWITTER

Então, conforme alguns visitantes do blog já perceberam, há alguns dias também aderi à essa 'nova ferramenta', o microblog Twitter . Muito ágil, útil e ... interessante!

Pretendo, dentro do possível, atualizá-lo (no mínimo) diariamente.

O acesso se dá pelo endereço: http://twitter.com/juliocsgarcia (é só ir nos meus 'links indicados, à esquerda do blog ... e twittar!)

12 agosto 2009

Casa da governadora














Oposição quer a reabertura de investigação sobre a compra da casa de Yeda

Porto Alegre/RS - O líder da bancada do PT na Assembleia Legislativa, Elvino Bohn Gass, anunciou nesta quarta-feira (12) que os partidos de oposição irão solicitar ao Ministério Público Estadual a reabertura das investigações sobre a compra da casa da governadora Yeda Crusius. “As contradições que cercam a compra da mansão pela governadora logo após a campanha eleitoral tornaram-se mais agudas após a divulgação das escutas de conversas telefônicas entre pessoas que integravam a cúpula tucana”, apontou, referindo-se às gravações de diálogos entre o ex-chefe do Escritório de Representação do Rio Grande do Sul em Brasília, Marcelo Cavalcante, e o lobista Lair Ferst.

Em conversas telefônicas, Cavalcante afirma que a casa de Yeda foi adquirida por R$ 1 milhão e não por R$ 750 mil, como alega a governadora. Nas mesmas fitas, o ex-representante do Estado em Brasília questionou a versão oficial do Palácio Piratini de que o casal Crusius vendeu um apartamento em Capão da Canoa para o pai do ex-secretário Geral de Governo, Delson Martini, com o propósito de integralizar o montante pago pela mansão. “Esse apartamento de Capão também sempre foi uma grande incógnita porque falaram que não podiam vender o apartamento e tudo o mais e depois que a oposição apertou, aí vieram com esta história do pai do Delson”, disse o ex-assessor de Yeda.

Segundo Bohn Gass, é possível supor que Lair Ferst tinha motivos para montar provas contra o governo, já que o lobista foi excluído da divisão da propina oriunda da fraude do Detran e poderia agir movido pela vingança. O mesmo, conforme o petista, não se aplica a Marcelo Cavalcante. “Ora, Yeda deu a Marcelo status de secretário de Estado, e isto não é pouca coisa. Além disso, Marcelo foi chefe de Gabinete de Yeda e era um de seus mais próximos assessores. Que razões teria, então, para manchar a imagem de sua chefe e amiga?”, questionou o parlamentar;

Bohn Gass lembrou, ainda, as palavras abonadoras do ex-marido da governadora quando o corpo de Cavalcante apareceu boiando no Lago Paranoá, em Brasília: "... um trabalhador dedicado, uma pessoa adorável, generosa, prestativa. Não há quem não tenha recebido dele atenção eficiente, desinteressada e alegre. Sim, ele era extremamente alegre, barulhento, divertido. O Marcelo era, a rigor, um menino. Um menino grande, querido por todos nós. Um menino puro, sem maldades...", afirmou Carlos Crusius na ocasião.

Na tribuna, o líder do PT lembrou que foi “este menino puro e sem maldades”, e não a oposição, que acusou Crusius de roubar dinheiro da campanha tucana. “Ele vinha lá sede do partido, pegava a sacolinha e ia embora”, confidenciou Cavalcante a Lair.

Nas gravações, o ex-assessor de Yeda revelou também que Chico Fraga, um dos indiciados pela Polícia Federal por formação de quadrilha, ocultação de bens e enriquecimento ilícito, despachava no Palácio Piratini como se fosse secretário, criando constrangimento para outros integrantes do governo. Cavalcante teria, ainda, alertado a governadora de que o conteúdo da carta enviada por Ferst, contando toda a história da fraude no Detran, era grave e que seria necessário tomar providências. (Por Olga Arnt, do sítio PTSul)

11 agosto 2009

Meio Ambiente
















Alimentos orgânicos: respeito à qualidade de vida e ao meio ambiente

*Por Ana Célia Alves de Azevedo Reveilleau

Hoje mais do que nunca, notamos que há muita preocupação com o homem para que tenha uma vida digna e com qualidade. Para entendermos o que vem a ser o termo "sadia qualidade de vida" nosso enfoque não poderia deixar de ser iniciado pela Constituição Federal de 1988, onde encontramos vários capítulos que nos indicam o que precisamos para atingir a vida digna e com qualidade, como direito à saúde, à educação, ao trabalho, lazer, segurança, previdência social etc.

É especialmente no Capítulo VI, da Ordem Social, artigo 225, sobre o meio ambiente, que vamos identificar que somos organismos vivos harmonizados com a natureza. E que por isso nossa qualidade de vida quotidiana depende do estado no qual a ecoesfera se encontra, ou seja, precisamos de ar, água, alimentos, elementos essenciais para a sobrevivência material, daí ser vital um meio ambiente ecologicamente equilibrado.

Nesse sentido, a sustentabilidade ecológica passou a ser uma condição para a sobrevivência da humanidade. O princípio do desenvolvimento sustentável tornou-se o norte para que a vida tenha qualidade, com suas bases de difusão na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, celebrado no Rio de Janeiro1992, conhecida como ECO/92.

O primeiro princípio da declaração do Rio, assim dispõe: "O seres humanos constituem o centro das preocupações relacionadas com o desenvolvimento sustentável, têm direito a uma vida saudável e produtiva em harmonia com a natureza".

A Organização Mundial da Saúde também elaborou uma estratégia Mundial de Saúde e Meio Ambiente, na qual destaca os vínculos existentes entre a saúde e o meio ambiente no contexto do desenvolvimento sustentável.

Desta forma, a qualidade de vida depende da qualidade do ambiente, além disso, ela não quer dizer quantidade de vida, devendo, pois, haver uma dimensão ética na valorização e sentido da existência, que deve assumir feição abrangente das necessidades de que todos os seres humanos precisam para viver dignamente.

A saúde é um direito fundamental de todo ser humano, cujos termos são claros na Declaração Universal dos Direito Humanos votada pela ONU em 1948, dispondo que "todo homem tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar, a si e a sua família, saúde e bem-estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis (...)".

Enquanto houver pessoas que não possam gozar efetivamente do direito à saúde, estará havendo discriminação e ofensa à dignidade das pessoas excluídas.

Também não se pode falar de saúde desvinculada do meio ambiente, pois sempre que se amparar o ambiente estará se beneficiando a saúde do homem.

Daí, a razão da nossa Constituição ao tutelar meio ambiente, dizer que ele é essencial a nossa sadia qualidade de vida e que é direito de todos, tantos das presentes como das futuras gerações. Logo, a concepção sobre saúde e qualidade de vida implica também em estar o meio ambiente ecologicamente equilibrado e é o homem o principal responsável por este equilíbrio, a fim de que possa preservar sua própria existência.

O Código de Defesa do Consumidor, Lei 8.078/90, constituiu um importante instrumento em defesa da saúde, pois reforça a legislação de vigilância sanitária, ao reafirmar a responsabilidade do produtor pela qualidade dos produtos e serviços ofertados no mercado de consumo.

Com isso, a busca em preservar o meio ambiente e ter uma vida saudável é uma das principais razões que se incentiva a produção de produtos orgânicos, isto é, produzidos sem destruir os recursos naturais e com respeito à saúde.

Para garantir que um produto seja orgânico é necessário verificar todo o seu sistema de produção. Nele o produtor deve valorizar as espécies de animais e plantas, proteger o solo de degradações para que continue fértil, com inexistência de cultivo de transgênicos, para não colocar em risco a diversidade de variedades existentes na natureza. Deve também não utilizar fertilizantes sintéticos, solúveis, agrotóxicos e outras substâncias venenosas para o ser humano. Além do mais, as pessoas que participam de sua produção recebem todos os cuidados que um trabalhador necessita e seus direitos são respeitados.

O governo criou o sistema oficial para controlar a produção de orgânicos, por meio de um selo que passará a identificar os verdadeiros produtos orgânicos, denominado SISORG, Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade Orgânica. A partir de 2010 todo produto orgânico, salvo os vendidos diretamente pelos agricultores familiares, levarão o mencionado selo.

Atualmente, existem instituições, denominadas certificadoras, que não tem vínculo com os produtores orgânicos e fazem o trabalho de avaliar se o produto pode levar o selo ou não. As instituições devem ser credenciadas pelo Ministério da Agricultura e trabalhar com métodos internacionais.

Os sistemas orgânicos estão baseados em princípios agroecológicos, o que significa dizer que visam preservar o uso sustentável do solo, da água, do ar, reduzindo as contaminações e protegendo a biodiversidade.

Com isso, podemos dizer que alimento orgânico não é um modismo, mas uma necessidade, para alcançarmos o equilíbrio ambiental, proporcionar a sadia qualidade de vida e assumir o dever imposto na Constituição Federal, art. 225, de preservar e defender o meio ambiente.


*Ana Célia Alves de Azevedo Reveilleau é servidora pública federal, mestre em Direito Ambiental pela PUC/SP e autora do livro ‘Gestão Compartilhada de Resíduos Sólidos e a Proteção Ambiental’, Ed. Habilis, 2008.

Fonte: Correio da Cidadania

Marina Silva















Senadora Marina Silva diz que está avaliando convite do PV e não irá prolongar decisão

Brasília/DF- A senadora Marina Silva (PT-AC), ex-ministra do Meio Ambiente, negou nesta terça-feira que sua possível filiação ao PV esteja ligada à possibilidade de concorrer à Presidência da República nas eleições de 2010.

Segundo ela, o partido propôs a ela que o debate do desenvolvimento sustentável seja colocado em pauta como uma questão estratégica. "Não se trata de uma discussão para a candidatura. É uma discussão programática, de algo que é estratégico para o país", afirmou.

Ela disse que está avaliando a desfiliação do PT, no qual esteve durante 30 anos, e que iniciou conversas com pessoas do partido. "Eu não quero prolongar esse processo em respeito ao partido o qual eu pertenço, ao PV e a mim mesmo."

A senadora afirmou ainda que não se trata de uma crítica a algo que o PT não fez como governo, mas que está apenas se dispondo à discussão da sustentabilidade como um ponto estratégico ao país.

Marina confirmou ter conversado com a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), que teria pedido para ela desistir da desfiliação.

A senadora pediu demissão da pasta do Meio Ambiente em maio de 2008 em meio a pressões em torno do licenciamento ambiental de obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). (Da Folha Online)

*Foto e grifos deste blog