Brasília - Blog do Planalto - Em um discurso em que destacou a importância da parceria público-privada para a implantação de políticas de desenvolvimento econômico e social, a presidenta Dilma Rousseff falou sobre a estratégia brasileira para o combate aos efeitos da crise financeira internacional. Ela proferiu palestra ao EXAME Fórum, em São Paulo (SP), nesta sexta-feira (30/9), oportunidade em que falou a 400 empresários sobre a aposta do Brasil no fortalecimento do mercado interno.
Amparada no tema do Fórum “A construção de um Brasil competitivo”, a presidenta traçou uma linha de pensamento na qual defende que a ampliação da competitividade do mercado brasileiro passa por políticas monetárias e fiscais, como a redução de impostos, do fortalecimento da indústria nacional, da ampliação do mercado de trabalho, da melhoria dos serviços públicos e do setor de infraestrutura, pela aposta na inovação e tecnologia e, sobretudo, por ações de inclusão social.
Dilma Rousseff reiterou que o país está fortalecido e preparado para resistir à crise, mas que, por não vivermos em isolamento, devemos estar alertas, já que “a redução do ritmo de atividade internacional, o aumento do desemprego e a instabilidade monetária e financeira geralmente são acompanhados por um acirramento do protecionismo internacional”.
“Estamos bem atentos adotando as medidas necessárias para nos proteger, seja de consequências financeiras, seja de consequências de um tipo de competição bastante desleal”.
A presidenta se estendeu sobre o esforço do governo brasileiro em ampliar políticas que garantam a competitividade do mercado brasileiro contra “políticas cambiais irreais e medidas protecionistas muito escancaradas”. Entretanto, a presidenta garantiu que, para defender a competitividade, o governo não irá achatar salários, precarizar o mercado de trabalho, ou manipular a taxa de câmbio, e sim utilizar instrumentos adequados, como a geração e agregação de valor em inovação dentro do Brasil, a exemplo da medida anunciada na semana passada de aumento de IPI para os veículos importados.
“Com coragem e com ousadia nós vamos atuar de forma defensiva (…). Nós queremos competir e nós queremos garantir que a nossa competitividade real não seja manchada por mecanismos informais de redução da nossa competitividade, sejam cambiais, financeiras e de qualquer tipo”, afirmou. (...)-Leia mais CLICANDO AQUI