31 julho 2022

PT confirma candidatura de Edegar Pretto ao governo e de Ruas (PSOL) como vice

Olívio, confirmado candidato ao Senado, destacou o modelo de mandato compartilhado com seus suplentes que pretende executar

Convenção formalizou chapa formada por Edegar Pretto e Pedro Ruas. Rafael Stedile/Divulgação

Sul21* - A convenção partidária do PT, realizada neste domingo (31), formalizou a candidatura de Edegar Pretto (PT) para o governo do Rio Grande do Sul e de Pedro Ruas (PSOL) como vice. No encontro, também foi confirmado o nome do ex-governador Olívio Dutra para o Senado Federal, posição que será compartilhada com dois suplentes, um deles é Roberto Robaina (PSOL) – o segundo ainda não foi anunciado.

O ato de homologação das candidaturas foi realizado pelo presidente da Federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV), deputado Paulo Pimenta, acompanhado dos presidentes dos partidos aliados e de Luciana Genro, presidente da Federação PSOL/Rede Sustentabilidade.

Pretto chamou Pedro Ruas, Olívio Dutra e Tarso Genro para acompanhá-lo e testemunhar o ato de assinatura da carta de compromisso com os gaúchos. “Estou aqui para firmar com vocês a minha palavra e colocar a minha assinatura numa carta de compromisso para reconstruir o nosso Rio Grande do Sul”, destacou.

Em três páginas, a carta lista as principais prioridades da população gaúcha e as propostas de como enfrentar os desafios de cada área para promover o desenvolvimento das regiões, a partir das suas demandas específicas. Entre os principais compromissos estão o combate à fome e à miséria, investimentos nos pequenos negócios e na agricultura e investimento na saúde pública. A educação é outro pilar importante do documento, que prevê investimentos em melhores estruturas, alimentação nas escolas para as crianças e os adolescentes que necessitam, além da valorização de todos os profissionais ligados ao ensino.


Pretto lembrou legados de Tarso e Olívio. Foto: Rafael Stedile/Divulgação


Edegar Pretto fez um agradecimento especial aos partidos aliados, PCdoB, PV, PSOL e Rede Sustentabilidade e aos ex-governadores Olívio Dutra e Tarso Genro. “Foi o legado do Orçamento Participativo que fez com que na nossa pré-campanha estabelecesse o diálogo e a participação popular dos gaúchos e gaúchas.”

Pedro Ruas criticou as isenções que retiram dinheiro do Estado e impedem investimentos em serviços essenciais como educação e moradia popular, por meio do aluguel social. Lembrou ainda que os governos Sartori e Leite não apresentaram um único projeto para pessoas em situação de rua, problema que tem se agravado cada vez mais. “Falta de sensibilidade e de compromisso popular. É isso que precisamos e vamos mudar”, ressaltou.

Já Olívio Dutra destacou o modelo de mandato compartilhado com os seus suplentes que pretende executar. Falou da união de forças e da construção de diálogo para que todos se sintam representados, além de defender igualdade de discurso e prática. “Queremos que o Senado também seja representado para fora, através do nosso mandato, com os movimentos sociais populares. Temos um compromisso sério, porque temos lado e sempre tivemos, que é a classe trabalhadora”, disse, ao defender em diversos momentos a importância da democracia e do protagonismo das pessoas. Por fim, lembrou que a unidade da esquerda é “um momento histórico de compromisso social para mudar o Rio Grande. Uma unidade de luta para mudar o Rio Grande, já que o Brasil vai mudar com o presidente Lula”.

A Federação PT, PCdoB e PV apresentou uma nominata de 88 pré-candidatos: 56 para a Assembleia Legislativa e 32 para a Câmara Federal.

*Via Sul21

“Uma vergonha a OAB não estar encabeçando a luta pela democracia”, diz Hildegard Angel

A jornalista afirmou que, mais do que a carta, o importante é a luta e o engajamento de movimentos e entidades civis para combater o reacionarismo no Brasil

Hildegard Angel e Jair Bolsonaro (Foto: Ederson Casartelli | Alan Santos/PR)


247* - Em participação na TV 247 neste domingo (31), a jornalista Hildegard Angel teceu uma dura crítica à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) por não estar atuando na organização e promoção da "Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito". O documento foi encabeçado por ex-alunos da Faculdade de Direito da USP para repudiar o golpismo latente de Jair Bolsonaro (PL), que constantemente questiona o sistema eleitoral brasileiro e as urnas eletrônicas.

"Olha, é muito importante a carta da Faculdade de Direito da USP, mas ela é uma consequência de muita luta e muita resistência, sobretudo, da mídia progressista dos outros movimentos formados, o Grupo Prerrogativas e muitos outros, vamos ser justos", afirmou Hilde.

A jornalista complementou dizendo que, mais do que a carta, o importante é a luta e o engajamento de movimentos civis para combater o reacionarismo no Brasil: "Mas não vai ser por causa da carta, na minha opinião, que os militares vão sair de cena e que nós vamos conseguir alcançar nossos objetivos. Nossos objetivos estão custando muita luta a todo mundo, todos que estão nas redes sociais, todos que estão tendo coragem de falar a respeito, todos os movimentos e grupos mobilizados da sociedade civil."

*Fonte: https://www.brasil247.com/

29 julho 2022

Centrais sindicais assinam manifesto pela democracia e convocam bases para apoiar ‘Carta aos Brasileiros’

 


Em reunião nesta quinta-feira, 28-07, todas as centrais sindicais –CUT, Força Sindical, UGT, CTB, NCST, CSB, Pública, Intersindical Central da Classe Trabalhadora — decidiram assinar o manifesto intitulado “Em Defesa da Democracia e da Justiça”

O texto, ainda em elaboração, é capitaneado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e tem apoio de várias entidades da sociedade civil.

As centrais também decidiram orientar as respectivas bases e a militância a assinar a “Carta aos brasileiros e brasileiras em Defesa do Estado Democrático de Direito” 

Nascido na Faculdade de Direito da USP, o documento foi elaborado principalmente por antigos alunos.

Ele será lançado oficialmente no dia 11 de agosto durante ato nas Arcadas da São Francisco. 

As centrais sindicais vão convocar suas bases para participar da manifestação.  

Em dois dias no ar, a Carta aos Brasileiros já tem 373 mil adesões. 

Para apoiá-la, clique aqui.

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Kotscho, sobre a entrevista de Lula ao Uol: ‘Há luz no final do túnel’; vídeo

*Da Redação do Viomundo

‘A cidade tem uma dívida com o Caio’, diz secretário após demolição de casa

Decisão judicial para suspender demolição da antiga residência de Caio Fernando Abreu veio dias após paredes serem derrubadas

Demolição da casa que foi do escritor Caio Fernando Abreu é finalizada no bairro Menino Deus. Foto: Marina Chiapinotto/Arquivo pessoal

Por Luís Gomes, no Sul21*

O juiz Hilbert Maximiliano Akihito Obara, da 7ª Vara da Fazenda Pública do Foro Central da Comarca de Porto Alegre, acatou na última sexta-feira (22) o pedido de suspensão da demolição da casa onde viveu o escritor Caio Fernando Abreu, localizada no bairro Menino Deus.

O Sul21 revelou no dia 16 de julho que a casa, hoje pertencente a um casal de dentistas, tinha começado a ser demolida. Um grupo de advogados ajuizou a ação pedindo a suspensão da demolição no dia 18, mas as paredes da casa foram derrubadas naquele mesmo dia.

Em sua decisão, o magistrado destacou o fato de que as paredes já haviam sido derrubadas, mas ponderou que ainda seria possível “evitar a consumação integral dos danos”. “Se ao fim da instrução ficar evidenciada a afetação pública, cultural e histórica do bem, ainda poderão ser tomadas medidas de restauração”, diz a decisão, que acatou em caráter liminar o pedido de suspensão da demolição ou retirada de bens do imóvel.

Nesta quinta-feira (28), representantes da Associação Amigos do Caio Fernando Abreu (AACF), advogados responsáveis pela ação popular e ativistas do setor cultural se reuniram com o secretário municipal de Cultura, Gunter Axt, para cobrar a criação de um Espaço Cultural Caio Fernando Abreu, no local ou em outro terreno doado pela Prefeitura ou pelo Estado.

Segundo participantes do encontro, o secretário se mostrou sensível aos pedidos e pontuou que a “a cidade tem uma dívida com o Caio”. Gunter Axt disse que, quando for acionado a se manifestar no processo judicial, irá se posicionar pela defesa de criação do espaço em uma praça da cidade e pela elaboração de um projeto de “comum acordo” com a atual família proprietária do imóvel.

*Via https://sul21.com.br/

28 julho 2022

PORTA ESTANDARTE


*Geraldo Vandré & Tuca - PORTA ESTANDARTE - de Geraldo Vandré & Fernando Lona - gravação de 1966

26 julho 2022

OLÍVIO DUTRA É PRÉ-CANDIDATO A SENADOR!

É OFICIAL: FRENTE BRASIL DA ESPERANÇA NO RS ANUNCIA OLÍVIO DUTRA PRÉ-CANDIDATO A SENADOR!


A experiência de quem já muito fez pelo Rio Grande se soma à caminhada inovadora de quem muito fará pelo nosso estado. O anúncio oficial do nome do Companheiro
Olívio Dutra ao Senado Federal aconteceu nesta segunda-feira (25), em coletiva de imprensa na sede do PT/RS, em Porto Alegre. Uma conversa, neste final de semana, entre Olívio, o pré-candidato ao governo do Estado, Edegar Pretto, e o presidente estadual do Partido das Trabalhadoras e dos Trabalhadores, deputado federal Paulo Pimenta, definiu a entrada na chapa majoritária.

O nosso sempre governador inova ao propor um mandato compartilhado com os suplentes. A disputa ao pleito representa a federação PT, PCdoB e PV. Olívio falou sobre o objetivo da proposta inovadora de formar um mandato coletivo ao Senado, com participação ativa dos três integrantes (senador, 1º e 2º suplentes). Neste caso, o titular usa a prerrogativa de parlamentar eleito, mas as decisões e resoluções serão tomadas com os demais membros, que também vão assumir a titularidade por meio de um rodízio.

“Há de ser um mandato que represente esse conjunto de forças, mas que tenha unidade num ideário. Nós temos muito o que conversar sobre essa engenharia do mandato coletivo, mas haveremos de tê-lo e praticá-lo. Não podemos fazer um discurso e depois termos uma prática diferente”, destacou Olívio.

Edegar Pretto agradeceu a generosidade do ex-governador em aceitar o desafio de concorrer ao Senado. Lembrou da trajetória e legado de Olívio, como prefeito de Porto Alegre e à frente do executivo estadual, com ações como a implantação do Orçamento Participativo, o Programa Família Cidadã, o Programa Primeiro Emprego e a criação da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS).

“A nossa capital já foi modelo de participação popular para o mundo. Olívio Dutra sempre fez política olhando para as pessoas e de forma coletiva. A presença do nosso mestre Olívio renova as esperanças de construirmos coletivamente um novo Rio Grande, com mais oportunidades”, celebrou Edegar.

Também participaram do ato político e da coletiva de imprensa os representantes dos partidos da Federação Brasil da Esperança, vereadora Daiana Santos, vice-presidenta do PCdoB POA, e o presidente do PV RS, Marcio Souza; o senador Paulo Paim; o presidente do PT RS, deputado Paulo Pimenta; os deputados Dionilso Marcon, Maria do Rosário e Sofia Cavedon; integrantes da coordenação estadual e nacional do PT; Misiara Oliveira, da Executiva Nacional do PT; Júlio Quadros e Cícero Balestro do Diretório Nacional do PT, além de representantes de movimentos populares e sindicais, vereadoras/es e pré-candidatas/os ao parlamento estadual e federal.

*Fonte: PT/RS

22 julho 2022

Gleisi Hoffmann sobre prisão de bolsonarista: “medida enérgica para vencer o fascismo”

A polícia prendeu na manhã desta sexta militante da extrema direita que fez ameaças de morte contra a presidenta do PT, Lula e ministros do STF



Por Marcelo Hailer*

A deputada federal e presidenta do PT Gleisi Hoffmann (PR) foi às redes sociais para comentar a prisão de Ivan Ivan Rejane Fonte Boa Pinto que, por meio de vídeos postados nas redes sociais, a ameaçou de morte e também ao ex-presidente Lula, Marcelo Freixo (PSB-RJ) e os ministros do STF. 

Para Gleisi Hoffmann, apenas medidas enérgicas ?? que vão conter o fascismo no Brasil e também afirmou que a política de ódio não pode ser tolerada.

"Prisão do bolsonarista que fez ameaças a mim, Lula, Freixo e ministros do STF é pedagógica. Só com medidas enérgicas vamos vencer o fascismo. Não podemos tolerar que a violência política e o ódio tomem conta do país. Podemos ser divergentes, mas não inimigos. Queremos paz!", escreveu Gleisi. 

A polícia prendeu nesta sexta-feira (22), em Belo Horizonte, Ivan Rejane Fonte Boa Pinto por ter publicado vídeos nas redes sociais onde faz ameaças de morte contra o ex-presidente Lula (PT), a deputada federal e presidenta do PT Gleisi Hoffmann e contra os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). 

O mandado de prisão foi decretado nesta quarta-feira (20) pelo ministro do STF Alexandre de Moraes após pedido da Polícia Federal. Além disso, Moraes expediu um mandado de busca e apreensão na residência de Ivan e determinou o envio de ofício para o Twitter, YouTube e Facebook, e uma intimação ao Telegram, solicitando o bloqueio dos perfis do homem. 

*Via Revista Fórum

"A ADVOCACIA NÃO É PROFISSÃO PARA COVARDES"

 


20 julho 2022

Bannon é ensaio do que ocorrerá com militares de Bolsonaro

Agora, além da conspiração de 6 de janeiro, Bannon está sendo acusado de desrespeitar o Congresso

Por Luis Nassif*

Uma boa discussão, que esquentará nas próximas semanas, é sobre qual será o destino dos militares da reserva envolvidos na conspiração de Jair Bolsonaro.

Os próceres do Centrão já tiraram o corpo em relação ao vexame da reunião de Bolsonaro com o corpo diplomático. Atribuíram o desastre aos militares de Bolsonaro: generais Braga Neto, Augusto Heleno, Hamilton Mourão, Paulo Sérgio, Luiz Eduardo Ramos.

Com Bolsonaro derrotado, todos eles se tornarão cidadãos comuns. A condição de aposentados os tira da rede de proteção da Justiça Militar. Estarão sujeitos à justiça comum, a procuradores e juízes de primeira instância. E sendo acusados de crimes explícitos.

Os problemas enfrentados por Steve Bannon – o conselheiro-mor de Donald Trump – são um bom ensaio do que espera esses senhores. Ele está sendo julgado por um júri e acusado, pelo promotor, de “torcer o nariz” para o Congresso, devido à sua posição arrogante, de quem não conseguiu entender os novos tempos e a força das instituições.

Como declarou a procuradora adjunta Amanda Vaughn, “o réu decidiu que estava acima da lei e não precisava seguir as ordens do governo como seus concidadãos. Então todo esse caso é sobre um cara que simplesmente se recusou a aparecer? Sim, é assim tão simples.”

Nos próximos dias, o julgamento chegará a Trump, analisando sua atuação no episódio de invasão do Capitólio. Hoje, depois do seu depoimento, Bannon explodiu do lado de fora do tribunal. Ficou esbravejando que Trump foi o verdadeiro vencedor das eleições de 2020, como provavelmente farão os militares aposentados de Bolsonaro. “Eles estão me acusando de um crime?” esbravejava Bannon . “Tenha coragem e coragem de aparecer aqui e dizer exatamente por que é um crime.”

De sua parte, Vaughn fez acusações diretas. “Não foi um pedido e não foi um convite. Era obrigatório que ele desse as informações relevantes para atender o que aconteceu em 6 de janeiro e garantir que nunca mais acontecesse”.

Antes, Bannon já havia sido condenado por um esquema fraudulento de arrecadação de fundos, embolsando recursos que teoricamente seriam aplicados na construção de um muro para impedir a entrada de mexicanos. Assim como Bolsonaro com Daniel Silveira, Trump usou seu poder de indulto para livrá-lo da enrascada.

Agora, além da conspiração de 6 de janeiro, Bannon está sendo acusado de desrespeitar o Congresso.

Segundo o comitê de investigação, Bannon desempenhou “múltiplos papéis”, em relação a 6 de janeiro. Um deles foi estimular a opinião pública a acreditar que as eleições tinham sido fraudadas – o mesmo papel dos generais de Bolsonaro. Na véspera da invasão, bradou que “todo o inferno irá acontecer”, mostrando que tinha informações antecipadas da invasão. As duas acusações de desacato sujeitam Bannon a condenações de 30 dias a um ano de prisão.

*Jornalista, Editor do Jornal GGN, fonte desta postagem.

19 julho 2022

RS - Diálogos para o Plano de Governo de Edegar Pretto chegam ao centro do Estado

Assembleia, em Santa Maria/RS, reuniu quatro regiões dos Coredes e apresentou temas de diversas áreas, com ênfase para a justiça social e a educação

A percussão do Levante da Juventude balançou o Clube Comercial, de Santa Maria, abrindo a Assembleia Popular Regional realizada neste sábado(16). O encontro, que reuniu cerca de 600 pessoas, teve o objetivo de dialogar com a população local, elegendo os temas prioritários para incluir no Plano de Governo de Edegar Pretto (pré-candidato a governador do RS pelo PT/PV/PCdoB). A recepção calorosa ao pré-candidato do Partido dos Trabalhadores teve representação dos municípios que fazem parte dos Conselhos Regionais de Desenvolvimento (Coredes) Central, Vale do Jaguari, Jacuí Centro e Alto Jacuí. Diversos temas foram trazidos para o debate, entre eles, educação, justiça social e pão na mesa; desenvolvimento regional; economia solidária e agricultura familiar e cultura. 

Ao saudar os presentes, Edegar Pretto falou de amor, de união e da felicidade de chegar a um local como aquele e receber um carinho enorme de tantas pessoas. Ao agradecer a participação de todos, enfatizou os partidos que o apoiam, o PCdoB e o PV. Pretto destacou a importância da educação na região. “Este é um local de universidades potentes, da ciência e do conhecimento. Ao contrário do governo federal, eu tenho muito orgulho da Universidade Federal Santa Maria. Na montagem do nosso plano de governo está caracterizado, como um dos objetivos principais, a reconstrução da educação, e eu quero dizer aos professores e professoras que os servidores públicos não serão mais tratados como adversários do Estado.”


   
    Foto: Deputado Estadual Edegar Pretto (PT/RS)

O pré-candidato lamentou o fato de o Rio Grande do Sul ter mais de 1,2 milhão de pessoas vivendo na extrema pobreza. "Eu não quero conviver com a vergonha da fome no nosso estado. Será que é possível um estado como o nosso, onde tudo que se planta dá, ter pessoas passando fome. Não podemos admitir que nenhum pai e nenhuma mãe durmam sem saber se terão comida para os filhos no dia seguinte. As pessoas não querem benevolência, por onde eu passo as pessoas pedem oportunidade e nós seremos um governo que vai gerar oportunidade", garantiu. Edegar Pretto ainda ressaltou que, entre as suas propostas, a agricultura familiar será valorizada e receberá incentivos para plantar os mais variados tipos de alimentos.  

 

Os deputados petistas santamarienses Paulo Pimenta e Valdeci Oliveira também participaram da atividade. Pimenta disse que a assembleia popular regional, além de debater o plano de governo, serve para debater os rumos do Brasil para as próximas décadas. "Chegou a hora de resgatar a dignidade de todas as pessoas que acreditam num país melhor", declarou. Valdeci, deputado e ex-prefeito de Santa Maria, avaliou como importante e empolgante a assembleia. "Reunimos muita gente, com muitas ideias e contribuições da comunidade. Estamos fazendo o caminho certo, correto, para construir um plano de governo democrático e popular".


    Na foto acima,  Edegar Pretto com parte da 'comitiva' do PT santiaguense

Essa foi a penúltima edição de uma série de 10 assembleias que estão sendo realizadas em todo o Rio Grande do Sul, para ouvir as comunidades de forma presencial. Além de Santa Maria, o evento já ocorreu em São Leopoldo, Pelotas, Sant’Ana do Livramento, Santo Ângelo, Porto Alegre, Passo Fundo, Osório e Santa Cruz do Sul. A última será no próximo sábado, dia 23 de julho, em Caxias do Sul. Além desses encontros, onde a população pode dialogar diretamente com o pré-candidato, também está à disposição dos gaúchos e gaúchas a Decidim Povo, plataforma digital que pode ser acessada em https://decidimrs.com.br. A ferramenta reúne opiniões e sugestões da população do estado para o plano de governo de Edegar Pretto 


Regiões apresentaram temas essenciais para o desenvolvimento  


As propostas que irão compor o plano de governo estão sendo construídas com base no conhecimento, no estudo e na ciência. Para isso, cada encontro tem a participação de representantes locais, que são porta-vozes das populações dos municípios envolvidos, reunindo as ideias, demandas e anseios dos segmentos eleitos como prioritários.


A mestra em Educação Teresa Copetti Dalmaso tratou sobre justiça social e combate à miséria. Ela lembrou que o país, hoje, tem 33 milhões de pessoas na extrema pobreza e passando fome. Destacou também a alta concentração da renda no Brasil, onde poucos têm muito dinheiro, enquanto a maioria da população enfrenta dificuldades como inflação, fome e desemprego. “O Brasil é um país com pouca mobilidade social”, disse. Segundo Teresa, os governos do PT mostraram ser possível conciliar crescimento econômico com inclusão social. E, em tom de desabafo, listou inúmeros problemas que afetam a maioria da população brasileira, especialmente as mulheres e a população negra. “As mulheres ainda ganham menos que os homens, especialmente as mulheres negras”, disse. Para Teresa, o atual governo federal tem “ódio dos menos favorecidos”. 


Foto: Vereadora Marina Callegaro (PT/Santa Maria-RS), Júlio Garcia (Presidente do PT de Santiago, Advogado e Editor deste Blog) e a Deputada Federal Maria do Rosário (PT/RS)

Numa apresentação descontraída, Thamires Messerchimidt, do Levante Popular da Juventude, falou sobre o acampamento da juventude, que está acontecendo em Santa Maria, dentro da programação da Feira Internacional do Cooperativismo e da Economia Solidária (Feicoop). Destacou que os temas que estão em debate no acampamento tratam dos desafios para a juventude reconstruir o RS e o Brasil. Thamires também defendeu que os jovens tenham acesso à educação, cultura, e que ocupem seus espaços de direito na sociedade. Disse também que acredita que “o nosso estado e o nosso país vão voltar para as mãos do povo brasileiro, e a juventude tem que estar inserida neste processo.”


A diretora do Cpers sindicato Dgenne Ribeiro afirmou a necessidade de uma educação inclusiva e de qualidade, destacando que é preciso pensar na formação integral dos alunos. Também solicitou projetos que ajudem a recuperar a defasagem dos estudantes por conta da pandemia da Covid-19. Entre as demandas da categoria, a diretora também pediu ajuda para a permanência dos jovens dentro da universidade e o apoio à educação de jovens e adultos (EJA). Por fim, ressaltou que não há educação de qualidade sem a valorização dos trabalhadores e trabalhadoras do setor. Para tanto, solicitou novos concursos públicos e a recuperação das perdas salariais dos profissionais da educação.


Os temas da economia solidária e da agricultura familiar foram abordados pelo  engenheiro agrônomo Alcione Piasentin Claro. Segundo ele, tudo o que já foi construído ao longo do tempo precisa ser resgatado. “Para isso, nós precisamos que os governos tenham o compromisso de dialogar e ter entendimento do que significa essa participação. As pessoas do meio rural foram cooptadas pela ideia do agronegócio e da monocultura. Mas é preciso desconstruirmos essa imagem. A agricultura familiar precisa ter renda, precisa ter valorização, mas também precisa ser entendida como uma forma econômica importante de inclusão e de construção da segurança alimentar e da soberania popular. Não podemos debater qualquer temática sem levar em conta a discussão sobre os temas da fome e da miséria”, salientou.



A atriz e professora estadual Jordana Moraes falou dos desafios da cultura, principalmente diante das ações de desrespeito do atual governo federal em relação à categoria. Citou uma carta que foi escrita por 300 agentes culturais de Santa Maria. Entre os argumentos apresentados na carta, ela citou a afirmação de que cultura é um direito de todas as pessoas, e está atrelada à compreensão compartilhada do papel vital que a cultura tem na vida das comunidades. Defendeu ainda o respeito e a necessidade de estímulo e valorização do setor da cultura por meio de mecanismos democráticos e transparentes, reforçando a necessidade de planejar e fomentar políticas públicas em cultura.


Também participaram do evento em Santa Maria a deputada federal Maria do Rosário; o deputado federal Dionilso Marcon; presidente estadual do PCdoB, Juliano Rosso; dirigentes partidários; vereadores da região; militantes do PT, PV e PCdoB; pré-candidatos e pré-candidatas a deputado e deputada estadual e federal.

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*Fonte: Assessoria de Comunicação - Deputado Edegar Pretto PT/RS - Fotos: Rafael Stedille & whatts deste Editor (Júlio Garcia).

18 julho 2022

O fio da História que matou Vladimir Herzog alcançou Marcelo Arruda

"Inquérito de Foz confirma a sobrevivência de um princípio da ditadura: impedir toda investigação verdadeira sobre crimes políticos", diz Paulo Moreira Leite*

   Marcelo Arruda, petista assassinado em Foz do Iguaçu (Foto: Arquivo pessoal)

Brasileiras e brasileiros que compreendem a importância de estudar a Historia do  país, separando o essencial do secundário, devem reconhecer as semelhanças fundamentais que unem a morte de Marcelo  Arruda, em julho de 2022, num salão de festas improvisado onde comemorava seu aniversário, e a morte de Vladimir Herzog, em outubro de 1975, massacrado pela tortura no DOI-CODI paulista. 

Claro que, 47 anos depois,  as diferenças são enormes, no cenário do país e na cena da tragédia. Não se pode comparar o Brasil onde vigora a Carta de 1988, onde presidentes são eleitos pelo voto direto do povo, com aquela republica dominada pelos generais de um regime onde a tortura e o assassinato eram métodos triviais de governo e o porão militar irradiava uma força que ninguém ousava desafiar.  

Há meio século, os presidentes eram escolhidos pelo Alto Comando do Exército.  

No Brasil no qual Herzog foi morto, as greves de trabalhadores eram proibidas e derrotadas com violência e prisões de uma justiça subjugada.  Em 2022, o principal líder das lutas operárias do país disputa como favorito seu terceiro mandato a Presidência da República. Mas há uma semelhança importante, que se encontra num dos centros de poder do Estado. 

Em outubro de 1975, o comando do DOI CODI onde Herzog foi massacrado pertencia ao coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, patrono assumido da violência contra prisioneiros. No Brasil de 2022, a presidência da República está nas mãos de um discípulo assumido de Ustra, a quem dedicou seu voto num momento crucial de nosso retrocesso político -- a sessão em que o Congresso consumou o golpe parlamentar de 2016, que afastou Dilma Rousseff da presidência, primeiro passo para o retorno de um núcleo militar de extrema-direita ao Planalto. 

O fio de continuidade aqui reside num ponto conhecido -- O princípio Covarde de que ninguém será punido e muito menos investigado por crimes políticos.  No esforço para esconder responsabilidades pelo assassinato de Herzog, operadores do porão chegaram a forjar uma cena de suicídio -- com fotografia e tudo.  Embora ninguém tenha sido punido, muitos implicados no crime foram identificados e desmascarados. 

Em julho de 2022, o ambiente político não permite tamanha desfaçatez. Mesmo assim, a  linha da impunidade a todo custo permanece, num simulacro de investigação policial se inicia pelo descarte da hipótese óbvia de crime político, confirmada por diálogos filmados e gravados em vídeo, e termina pela decisão de deixar de periciar o celular de Jorge Guaranho, que disparou os tiros que mataram o petista Marcelo Arruda. A questão central permanece.

Está em vigor, no Brasil, a lei 13.260, de 16/3/2016, aprovada pelo Congresso e sancionada por Dilma Rousseff. Ali se define,  no artigo 2o, o que são "atos de terrorismo. "No item V, do parágrafo segundo, a questão está clara: "atentar contra a vida e integridade física de pessoa". 

Alguma dúvida?

*Jornalista - Fonte: Brasil247nça e nos EUA

11 julho 2022

Alerta a quem não quis ver a escalada terrorista


Infelizmente, isso não vai parar. O clima de insanidade em que estamos submersos pelo bolsonarismo torna, mais que previsível, inevitável que a tragédia de Foz do Iguaçu seja apenas um dos episódios de uma série de barbaridades que teremos de superar até que se tire do poder o bárbaro que nos governa.

Havia gente naturalizando o que já é uma sequência de episódios violentos – o ataque de drone em Uberlândia, a agressão ao juiz que prendeu Milton Ribeiro, a bomba da Cinelândia – e não havia nenhuma adivinhação quando disse, na sexta-feira, que o terror bolsonarista só ia avançar, saindo das ofensivas sem consequências maiores para cenas de sangue e morte, tal como ocorreu com o terror direitista que marcou os estertores da ditadura, no finzinho dos anos 70 e início dos oitenta, quando chegou à bomba do Riocentro.

Havia e há ainda, porque não se envergonham de chamar de “troca de tiros” um assassinato deliberado, onde o assassino “volta” para matar alguém e a vítima. já mortalmente ferida, reage.

E que culpa a “polarização” por isso, como se fossem as duas partes iguais.

Polarização, lembrei no vídeo, já tínhamos em 2010 e a grande mídia chamava de terrorismo uma bolinha de papel e, agora, acha que balas de pistola merecem o mesmo tratamento.

É este tipo de tolerância que permite a Jair Bolsonaro, que insufla, todos os dias – desde o “vamos fuzilar a petralhada” – este clima de violência vir, cinicamente, dizer que a são  "caluniadores que agem como urubus para tentar nos prejudicar 24 horas por dia” e que é a “esquerda que acumula um histórico inegável de episódios violentos”.

Ninguém esperaria, é certo, algo diferente dele.

Quem tem compromisso com a democracia não pode ficar no “muro”, neste caso.

Do contrário, mais dia, menos dia, eles vão invadir sua festa.

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*Por Fernando Brito, jornalista/RJ, no seu conceituado Blog Tijolaço