Em seu perfil no Twitter (ao que parece a nova plataforma de comunicação dos governos), o secretário de Estado dos Estados Unidos Antony Blinken escreveu [na tradução do Google]:
Os Estados Unidos estão profundamente preocupados com a tendência crescente de vigilância, assédio e intimidação de jornalistas estrangeiros na China. A República Popular da China pode e deve fazer melhor.
Mas, e quanto à vigilância, o assédio, a intimidação e mesmo a ameaça de encarceramento perpétuo do governo dos EUA a Julian Assange?
Afinal, o trabalho do líder do WikiLeaks foi reconhecido pelos principais jornais do mundo, inclusive dos EUA, que deram destaque e fizeram parcerias jornalísticas com os dados divulgados por Assange e sua equipe, num trabalho por todos reconhecido como jornalístico.
Assange é perseguido há 10 anos pelos EUA. Teve que passar mais de sete anos (para ser exato, 2429 dias) refugiado na embaixada do Equador em Londres e amarga agora dois anos na cadeia de segurança máxima de Belmarsh, onde fica encarcerado por 23 horas e tem direito a um passeio solitário de uma hora, cada dia em horário diferente, e sem que possa conversar com ninguém, a não ser em horários específicos com seus advogados, inclusive a mulher, que também é advogada.
Assange não pode ver os filhos, não pode ter uma vida normal, embora não tenha cometido crime algum, a juíza tenha negado sua extradição aos EUA, mas ainda assim ele permanece preso aguardando a conclusão do recurso dos Estados Unidos (do secretário "preocupado com jornalistas na China" Blinken), que continuam requerendo sua extradição para encarcerá-lo por... fazer jornalismo.
Nenhuma preocupação com a liberdade de imprensa dos EUA pode ser levada a sério enquanto durar a infame perseguição a Julian Assange.
Não custa lembrar: Divulgar crimes de guerra não é crime; crime é cometê-los.
#FreeAssange
*Via Blog do Mello
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