Kassab vai para o PSDB.
O que diria o Estadão Paulo Henrique Amorim escreve:
Qualquer habitante de São Paulo sabe que Gilberto Kassab é um péssimo prefeito.
Até os anti-trabalhistas sabem disso.
Ainda que votem nele ou no Aloysio 300 mil.
Kassab tem pavor do cheiro do povo.
Kassab e o Cerra, aliados a Deus e à chuva, foram incapazes de enfrentar o caos do trânsito e do alagamento.
Portanto, considera muito esquisito vê-lo no partido fundado por Miguel Arraes.
Mas, o candidato do PSB ao Governo de Sao Paulo foi um presidente da FIESP que contribuiu decisivamente para tirar o remédio da boca das crianças com a extinção da CPMF (que ressuscitará como Lázaro e com outro nome).
Como diria o Stanislaw, não é só em Niterói que urubu voa de costas.
Este ansioso blogueiro tinha previsto que Kassab se tornaria o Cão do Terceiro Livro no PiG (*), assim que saísse de baixo das asas do Padim.
Neste sábado de manha, o ansioso blogueiro leu em editorial do Estadão – que cultiva a Língua com muito mais elegancia que os da Folha (**), embora o conteúdo seja o mesmo: fundamentalismo conservador, ou neoliberalismo paranóico.
Vamos supor, amigo navegante, que o Poste do Cerra tivesse ido para o partido do Cerra, a UDN de Sao Paulo, a TFP de Higienópolis.
O título do editorial de hoje seria: ” Via heróica para a redenção”.
E não “Via torta para o adesismo”, como aparece hoje.
Diria “movido pelo que há de mais nobre na politica, a missão de servir ao povo e a República, o DEM busca a via heróica para a redenção.”
Hoje, disse que o DEM se move pelo que há de mais raso na politica, a ambição pessoal nua e crua.
Se Kassab se aconchegasse no regaço do PiG, como se deitou no colo do malufismo, o Estadão teria dito: “Os calorosos sobreviventes da Oposição se preparam não para mudar de legenda, mas de campo filosófico, onde os Altos princípios da Social-Democracia européia vicejam nesse Trópico inculto e selvagem.”
Diz hoje o Estadão: os muito vivos do DEM vão se aliar aos muito vivos do PP, que serviu ao regime militar e agora serve ao Governo.
O mesmo PP de Maulf e Francisco Dornelles que abrilhantou o Ministerio de Fernando Henrique.
Dornelles, sobrinho neto de Vargas, chegou a repetir o Farol ao dizer que ia apagar “o legado trabalhista de Vargas”.
O que presta no editorial hipócrita do Estadão é dizer que a campanha do Cerra apelou para o fundamentalismo religioso e, em desespero de causa, “sacou uma demagógica promessa de elevar o salário mínimo” para R $ 6.000.
O Paulinho da Força disse que o Cerra está morto.
Sobrevive no PiG (*).
Nem isso.
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
(**) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que avacalha o Presidente Lula por causa de um comercial de TV; que publica artigo sórdido de ex-militante do PT; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
Fonte: Blog Conversa Afiada - http://www.conversaafiada.com.br/
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