23 março 2019

Aroeira e a fisionomia bastante familiar de Moro

 


Membro do Jornalistas pela Democracia, o chargista Aroeira destrincha a prisão de Michel Temer, por ordem do juiz Marcelo Bretas, mas sob a sombra de uma fisionomia bastante familiar ao ex-vice-decorativo. "Conhecer-nos-íamos por ventura de Alhures?", pergunta o emedebista.

"A prisão do Temer é mais um crime da operação Lava Jato, mais um abuso, mais uma operação política. A prisão do Temer não tem qualquer justificativa legal, faz parte do espetáculo da Lava Jato depois de ter sofrido derrotas importantes na última semana", diz Breno Altman sobre a decisão do STF que transfere para a Justiça Eleitoral as denúncias de caixa dois e a desilusão da Lava Jato que vislumbrava ter Deltan Dallagnol como novo procurador-geral da República.

Altman ressalta que Temer não merece a empatia da população brasileira, porém a prisão do ex-presidente não tem fundamentações jurídicas para ser realizada. É uma ilegalidade explícita, não importam as suspeitas ou as certezas que tenhamos sobre o Temer. Ele é um golpista, deveria estar preso pelo levante inconstitucional, pela intentona que levou à derrubada da presidente Dilma Rousseff, ele tem uma história de suspeitas de corrupção, é um elemento nefasto da oligarquia política do país, nenhuma simpatia pode haver em relação a um sujeito desse naipe. Mas não é isso que está em questão, a questão é deter ou não a Lava Jato, a principal operação de destruição do regime constitucional e do estabelecimento no país de um Estado policial".

Vazamento
Minutos antes de ser preso, Michel Temer ligou para um assessor de sua confiança e perguntou se ele sabia o motivo de ter "tantos jornalistas na porta da minha casa". Ele foi informado, então, que havia um "boato na imprensa" de que um mandado de prisão contra ele havia sido expedido; ou seja, como de costume, a Lava Jato informou a imprensa antecipadamente sobre a operação.

O relato foi feito pela jornalista Daniela Lima, da coluna Painel, da Folha de S.Paulo. Segundo ela, Temer classificou o rumor como "uma brutalidade". Logo em seguida, a ligação foi interrompida e o ex-presidente não voltou mais ao telefone. O episódio mostra que, mais uma vez, a Lava Jato informou a imprensa antecipadamente sobre a operação.

O jornalista Kennedy Alencar também informou que Temer reagiu com a palavra "barbaridade" sobre a prisão, ao atender uma ligação dele. "'Barbaridade.' Assim reagiu o presidente Michel à prisão. Ele atendeu telefonema meu e confirmou que estava a caminho do Aeroporto de Guarulhos, acompanhado por policiais federais que cumpriam mandado de prisão preventiva expedido pelo juiz federal Marcelo Bretas, do Rio". (Via Brasil247)

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