23 julho 2019

Se os hackers não forem os hackers terão de ser os hackers, entendeu?


Por Fernando Brito*
Finalmente, alguém vai preso pelos vazamentos da lava Jato.
Claro que nenhum dos que, ao longo de anos, violaram o segredo de Justiça e distribuíram informações à imprensa e a advogados.
Apenas os que, supostamente, invadiram ou tentaram invadir dois celulares de Moro e de dois relatores do braço fluminense da Lava Jato.
São os que produziram os quilométricos arquivos que estão sendo expostos pelo The Intercept e outros veículos de comunicação?
Não tem muita importância se são ou não, durante um bom período terão de ser e há métodos de fazer com que o confirmem, que vão do medo à notoriedade.
“Prova-se” assim, a primeira parte das explicações de Moro: foi um hacker, já até os prenderam.
Mas vão por água abaixo a segunda e a terceira partes da conversa fiada do ministro: a de que não havia o que periciar, pois o aplicativo teria sido deletado há muito tempo (desde 2017) e a de que os diálogos eram falsos, montados, adulterados.
E, se os diálogos não são falsos, não é possível que o conhecimento da verdade não provoque atitudes.
Aliás, um pergunta: se os hackers que têm de ser os hackers forem mesmo os hackers, não deixaram o produto de suas invasões copiado e armazenados onde possam ser alcançados?
Deve ter gente torcendo para estes serem hackers de “meia-tigela”.
PS. E aquela história do hacker russo, do tal “Pavão Misterioso”? Russo de Araraquara?
*Via Tijolaço

Nenhum comentário: