29 julho 2023

A revanche do velho jornalismo, por Luís Nassif

Essa onda contra Márcio Pochmann foi apenas uma tentativa de reposicionamento da velha guarda, saudosa dos tempos em que agitava o gado com gritos

    Redação antiga – via Portal dos Jornalistas

Por Luís Nassif*

Há muitas maneiras de interpretar essa onda jornalisticamente desmoralizante do linchamento de Márcio Pochmann. Há um aspecto psicológico que não pode ser minimizado.

Depois de um amplo período de desmoralização, começou a renascer, aos poucos, uma nova geração de jornalistas recuperando os princípios básicos do jornalismo: objetividade, apuração de fatos e contextualização.

A nova era é de jornalistas que vão atrás de fatos, conversam incessantemente com suas fontes, graças aos recursos de mensagens e outras formas digitais de contatos. Ainda impera um amplo achismo mal informado, de repetidores de bordão. Mas é possível identificar a nova elite do jornalismo.

Esse modelo tornou anacrônico o estilo anterior, de pontificações ideológicas e de agitadores de torcida organizada – que marcou profunda e negativamente o jornalismo de 2005 a 2020. Os antigos gurus passaram a segundo plano.

Essa onda contra Márcio Pochmann foi apenas uma tentativa de reposicionamento da velha guarda, saudosa dos tempos em que agitava o gado com gritos de guerra ideológicos e incitamento ao linchamento do “inimigo”.

Espero que esse episódio não sufoque o rejuvenescimento do primeiro time do novo jornalismo. Que os que se consolidaram nos últimos anos, recuperando princípios básicos de jornalismo e de disputa civilizada, não entrem no canto de sereia dos chefes de torcida, querendo a volta do velho jornalismo de esgoto.

O jornalismo merece sair vencedor. Linchamentos como o de ontem são o último vagido de um sub-jornalismo que precisa ser sepultado.

*Jornalista, via GGN

28 julho 2023

ECONOMISTA - Quem é Marcio Pochmann, o novo presidente do IBGE?

A favor de um Estado mais presente, Pochmann está alinhado à agenda econômica de Lula

A indicação de Pochmann para a presidência do IBGE gerou ressalvas entre economistas mais liberais e representantes do mercado financeiro - Elza Fiuza/Agência Brasil

Na quarta-feira (26), o governo federal nomeou o economista Marcio Pochmann como presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), conforme anunciado pelo ministro-chefe da secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta. Pochmann assumirá o cargo em substituição a Cimar Azeredo, que estava ocupando interinamente a presidência e é funcionário de carreira do órgão. 

Conhecido por sua vasta experiência na área econômica, com enfoque em temas como economia social, desigualdade, mercado de trabalho e desenvolvimento, a indicação de Pochmann para a presidência do IBGE gerou ressalvas entre economistas mais liberais e representantes do mercado financeiro.  (...)

*CLIQUE AQUI para continuar lendo (via Brasil de Fato)

26 julho 2023

Aquele tempo do Julinho*



*'Aquele tempo do Julinho', de  Nelson Coelho de Castro 

Músicos Participantes: Gabriel Guerra - Voz/Violão, Nelson - Violão/Voz, Fabio Reis - Bateria, Flávio Dávila - Teclado, Guilherme Cabral - Baixo. 

Video gravado na Festa Nacional da Música 2009 em Canela/ RS pela Rede Vida. 

"Julinho": Colégio Estadual Julio de Castilhos, de Porto Alegre/RS  - Escola a partir de onde surgiram as maiores manifestações e passeatas organizadas pela juventude estudantil secundarista no final da década de setenta contra a Ditadura Militar, a censura e pela Anistia etc. (Nota deste Editor).

25 julho 2023

QUEM MANDOU MATAR - Tudo sobre o caso Marielle: entenda o crime que marcou a história do Brasil

Após 5 anos do assassinato brutal da vereadora e seu motorista, investigação dá mais um passo; veja toda a linha do tempo do caso

Marielle Franco. Créditos: Bernardo Guerreiro/Reprodução

Por Alice Andersen*

Nesta segunda-feira (24), foi dado mais um passo na investigação do caso Marielle, após cinco anos sem respostas dos responsáveis pelo assassinato brutal da vereadora do Psol do Rio, Marielle Franco, e seu motorista, Anderson Gomes, no ano de 2018.

A operação, realizada pela Polícia Federal, foi intitulada de Élpis – uma deusa grega que personifica a esperança – e acontece junto ao Ministério Público do Rio de Janeiro. Em acordo de delação premiada, Elcio Queiroz, que está preso, confirma a sua participação no crime, assim como de Ronnie Lessa, pessoa que disparou contra a Marielle Franco, e Maxwel Corrêa, um ex-bombeiro, preso neste dia 24.

Linha do tempo Caso Marielle

  • 14 de março de 2018: Na noite do dia em que foi assassinada, a vereadora Marielle Franco (Psol) participou de um debate na Casa das Pretas, na Lapa. Por volta das 21h, ela deixou o local acompanhada de seu motorista, Anderson Gomes, e sua assessora, Fernanda Chaves. O carro em que estavam foi seguido pelo veículo dos assassinos e, quando passava pelo bairro do Estácio, Marielle foi atingida por quatro tiros na cabeça. Anderson também foi morto no local, enquanto Fernanda foi atingida por estilhaços e sobreviveu ao ataque;
  • 21 de março de 2018: A 23ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal solicitou que um grupo de promotores fosse designado para auxiliar na apuração do crime. Esses promotores trabalharam em conjunto com as autoridades responsáveis pela investigação para identificar os responsáveis pelo ataque;
  • 1 de setembro de 2018: Entra no caso o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ). Acontece a primeira troca de promotores do MPRJ;
  • 22 de janeiro de 2019: Na busca pelos responsáveis pelo assassinato, foi deflagrada a operação Os Intocáveis. Nessa operação, promotores e policiais cumpriram 63 mandados de busca e apreensão nas residências de 13 suspeitos de integrar a milícia de Rio das Pedras. O principal alvo era o ex-capitão do Bope Adriano da Nóbrega. Os investigadores acreditam que a disputa por terras na região poderia ser um dos motivos do assassinato, já que Marielle estaria atuando em regularização fundiária na Zona Oeste;
  • 12 de março de 2019: Na operação Lume, a Polícia Civil prendeu o PM Ronnie Lessa e o ex-policial militar Élcio Vieira de Queiroz, acusados pela execução da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes. As prisões foram realizadas após uma investigação iniciada a partir de um telefonema anônimo. Na casa de um amigo de Lessa, no Méier, foram encontrados 117 fuzis M-16 incompletos.
  • Julho de 2019:Um relato de um pescador à Polícia Civil que um aliado de Ronnie Lessa, um dos acusados pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes, contratou seu barco para jogar seis armas no mar, próximo às Ilhas Tijucas. A polícia suspeita que uma dessas armas seria a submetralhadora HK MP5, usada para matar a vereadora;
  • 3 de outubro de 2019: Quatro pessoas foram presas durante a operação Submersus, conduzida pela Polícia Civil e pelo Ministério Público. Entre os detidos está Elaine Lessa, esposa de Ronnie Lessa.”
  • Fevereiro de 2020: Um laudo da Polícia Civil, obtido pelo GLOBO, concluiu que a voz do porteiro que autorizou a entrada do ex-PM Élcio de Queiroz no condomínio Vivendas da Barra, no dia do assassinato de Marielle, não era a do funcionário que mencionou o ex-presidente Jair Bolsonaro aos investigadores da Delegacia de Homicídios. Ronnie Lessa, vizinho de Bolsonaro no condomínio, foi mencionado em depoimento por um dos porteiros, que afirmou que Bolsonaro havia autorizado a entrada de Élcio. No entanto, o porteiro voltou atrás em sua declaração;
  • 27 de agosto de 2020: O Ministério Público obteve uma decisão favorável no Superior Tribunal de Justiça (STJ) que obriga o Google a fornecer dados telemáticos que podem auxiliar nas investigações;
  • Junho de 2021: a viúva do ex-capitão do Bope Adriano da Nóbrega, morto durante confronto com policiais, na Bahia, Júlia Emília Mello Lotufo, concordou em fazer uma delação premiada em troca de benefícios, incluindo a revogação de sua prisão;
  • Julho de 2021: Após serem exoneradas a pedido, as promotoras Simone Sibílio e Leticia Emile que acompanhavam o caso desde setembro de 2018 deixaram a Força-Tarefa do Caso Marielle. Fontes da instituição afirmaram que elas entregaram seus cargos em razão do risco de interferência externa nas investigações do caso;
  • 17 de fevereiro de 2022: Telegrama estarrecedor do governo Bolsonaro sobre caso Marielle é revelado.
  • 22 de fevereiro de 2023: A abertura de inquérito da Polícia Federal para investigar assassinatos é anunciado pelo ministro da Justiça, Flávio Dino;
  • 24 de julho de 2023: Élcio Queiroz, em delação premiada, diz que ele e Ronnie Lessa assassinaram a vereadora.
  • *Via Revista Fórum 

24 julho 2023

Lula e Janja se emocionam com Maria Rita cantando “Como Nossos Pais” (vídeo)

Lula e Janja participaram a cerimônia de posse da diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC



247* - Durante cerimônia de posse da nova diretoria do Sindicato do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, a cantora Maria Rita emocionou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a primeira-dama Janja cantando “Como Nossos Pais”, à capela.

O evento, que também marcou o aniversário da entidade, foi encerrado com um show de Maria Rita,. Após o ato político da posse, o presidente ficou para acompanhar a apresentação dos bastidores, mas voltou ao palco quando a artista cantou a música.

Quando Lula entrou no palco, Maria Rita começou a cantar “Como Nossos Pais” à capela. A composição é de Belchior e imortalizada na voz de sua mãe, Elis Regina.

*Via https://www.brasil247.com/

22 julho 2023

A situação internacional

Apresentado por Julio Turra e Luiz Eduardo Greenhalgh, membros Comitê Nacional do DAP e do Comitê Internacional de Ligação e Intercâmbio (CILI) do qual o DAP é aderente



Por Julio Turra e Luiz Eduardo Greenhalgh*

O mundo está convulsionado pela guerra que eclodiu no coração da Europa há um ano e meio, com a invasão de território da Ucrânia pela Rússia de Putin, guerra que na verdade havia começado em 2014 (nas regiões limítrofes entre os dois países) e que ganhou outra envergadura com a entrada dos EUA e seus aliados da OTAN no conflito. O DAP, acompanhando o posicionamento de organizações e militantes de vários países, em particular aqueles representados no CILI do qual participamos, adotou desde o início do conflito a posição de que esta guerra não é dos povos russo e ucraniano e tampouco interessa aos trabalhadores e povos de todo o mundo. Trata-se de uma guerra entre potências capitalistas interessadas em mercados e fontes de matérias primas que pode deslizar para uma guerra mundial que envolva as principais potências do planeta. É preciso parar essa guerra insana, um cessar fogo imediato e incondicional. O DAP saúda a posição adotada pelo presidente Lula desde o início da conflito, negando-se a tomar partido no conflito e insistindo no cenário internacional no fim da guerra, resistindo a múltiplas pressões para que se alinha com os EUA e a OTAN. Ao mesmo tempo estamos conscientes que será a mobilização dos povos contra a guerra, em particular na Europa – à exemplo dos mais de 50 mil que se manifestaram nesse sentido na Alemanha há poucos meses -, é que acabará com um conflito que só interessa aos que lucram com ele desviando recursos bilionários dos investimentos sociais para a corrida armamentista: “Não à guerra, Nem OTAN, nem Putin”!

O que se passa na América Latina?

A América Latina, ainda que não seja o cenário das operações desta guerra, sofre, tal como a África e Ásia e outras regiões do planeta, as consequências nefastas da inflação mundial, da desorganização das trocas comerciais e carência de grãos e insumos provocados pelo conflito. O que aumenta ainda mais a instabilidade da situação econômica e social de uma região marcada pela desigualdade social aguda. Região que viu, no último período, a eleição de governo “progressistas” em vários países – México, Honduras, Chile, Colômbia e há seis meses no Brasil – expressando a resistência do povo trabalhador contra a dominação do imperialismo e das elites locais a ele associadas. O destino desses governos não está dado de antemão, ele dependerá da mobilização das forças populares que os levaram ao poder e de sua relação com o imperialismo estadunidense em particular. Assim, se na Colômbia o presidente Petro busca apoiar-se na mobilização de massas para superar obstáculos levantados por políticos conservadores e reacionários, no Chile o presidente Boric frustra as expectativas populares ao mesmo tempo que se alinha com os EUA e a OTAN no apoio ao governo fantoche de Zelensky na Ucrânia. Entre essas duas posições há posições intermediárias, é claro, mas elas indicam em grandes linhas os desafios colocados para os governos ditos “progressistas”.

Peru, o povo resiste contra o governo ilegítimo e pede uma Assembleia Constituinte Soberana

No vizinho Peru, onde há sete meses o presidente eleito Pedro Castillo sofreu um golpe parlamentar que o levou à prisão, o governo da vice Dina Boluarte, apoiado pela classe dominante local, autorizou a entrada de tropas dos EUA em seu território, uma agressão à soberania não só do Peru mas de toda a América Latina, presença esta que deve ser repudiada por todas as forças comprometidos com a democracia e a soberania nacional. A resistência do povo peruano nunca cessou e contra ela desencadeou-se brutal repressão que provocou mais de 70 mortes. No último 19 de julho essa resistência expressou-se numa grande marcha à capital Lima, com as exigências de “Fora Boluarte e o congresso, Assembleia Constituinte Soberana, Liberdade para todos os presos políticos”. O DAP afirma a sua estrita solidariedade com a luta do povo peruano contra um governo ilegítimo, golpista e repressor.

Defender o Haiti é defender a nós mesmos

Militantes do DAP estiveram presentes no relançamento do comitê “Defender o Haiti é defender a nós mesmos” no mês de março em São Paulo. O povo haitiano é vítima hoje da violência de gangues armadas a serviço de políticos e empresários locais, é vítima da conivência do próprio governo “de facto” e não eleito de Ariel Henry, que conta com o apoio dos EUA. Denunciar amplamente a situação na qual se encontra o povo irmão do Haiti, rompendo o muro de silêncio imposto pela mídia mundial, e agir no sentido de reforçar a solidariedade com a sua luta é o objetivo desse comitê.

Solidariedade ao povo Nicaraguense

Da mesma forma que o DAP está presente na solidariedade com veteranos lutadores sandinistas da Revolução Nicaraguense, que em 19 de julho completou 44 anos, que hoje são vítimas da violenta repressão da ditadura de Daniel Ortega e sua esposa Rosário Murillo. Na recente reunião do Foro de São Paulo no mês de junho em Brasília, uma carta desses companheiros e companheiras da Nicarágua foi apresentada pelos membros do DAP no DN PT aos demais membros de nosso partido presentes no evento. É preciso insistir no fato de que não há uma identidade entre Cuba, país onde houve uma revolução que expropriou a burguesia e que sofre o cerco do imperialismo há mais de 60 anos, a Venezuela, país que sofre sanções injustificadas por parte dos EUA que estão na base da deterioração das condições de vida de seu povo, e a Nicarágua, país que é membro do CAFTA – acordo de livre comércio da América Central – e que envia 60% de suas exportações aos EUA, sendo o casal presidencial dono da maior fortuna do país. Não há qualquer justificativa para fechar os olhos diante das medidas repressivas da ditadura Ortega não só contra antigos dirigentes da Frente Sandinista mas contra o próprio povo nicaraguense.

O ENDAP de 29 e 30 de julho deve renovar os seus compromissos internacionalistas e a colaboração no âmbito do Comitê Internacional de Ligação e Intercâmbio (CILI), na luta por um mundo liberto de toda a forma de opressão e exploração, contra o imperialismo e a guerra que ele engendra.

*Via site do DAP

20 julho 2023

VÍDEO: Arnaldo Antunes detona governo Bolsonaro para um constrangido Bial na Globo

 Do DCM:

Arnaldo Antunes, dos Titãs. (Foto: Reprodução)

Arnaldo Antunes, dos Titãs, detonou o governo Bolsonaro diante de um constrangido Pedro Bial no programa “Som Brasil”, da Globo, nesta quarta, 19.

Ao falar sobre a “atemporalidade” das canções do grupo, Bial tentou fazer um discurso vira-lata sobre o país, que “tem um vasto passado pela frente”.

“As músicas foram feitas quando estávamos saindo de uma ditadura”, respondeu Arnaldo.

“O pós governo Bolsonaro, em muitos momentos, nos lembrou esse período trágico, doloroso e violento”.

Arnaldo, Branco Mello, Chales Gavin, Nando Reis, Paulo Miklos, Sérgio Britto e Tony Bellotto revisitaram seus 40 anos de carreira e a presente turnê com a formação clássica (exceto o falecido Marcelo Frommer).

“Desde que formamos a banda, tínhamos essa paixão, esse desejo de ir para a TV. Tínhamos aquela coisa de ser contra música culta. Fazíamos os programas, e foi aí que começamos a fazer coreografia”, disse Nando Reis.

PT SANTIAGO/RS

 



PEDEX: NOTA DA DIREÇÃO MUNICIPAL DO PT DE SANTIAGO/RS

 

No dia de ontem, 18/07, esteve reunida a Comissão Executiva Municipal Provisória do Partido dos Trabalhadores – PT de Santiago/RS. Na oportunidade, dentre outros assuntos, foram abordadas questões conjunturais, a prestação de contas do Partido junto à Justiça Eleitoral (relativa ao ano de 2022), a reorganização do PT via realização do PEDEX (Processo de Eleições Diretas Extraordinárias) e assuntos gerais.

A propósito da necessidade da realização do PEDEX,  cabe esclarecer que o PT de Santiago (um dos mais antigos do RS, fundado em junho de1981), devido a divergências internas que ocorreram principalmente ao final das eleições municipais de 2020 (que resultou na renúncia da maioria dos membros do seu DM e da então Executiva) sofreu posteriormente intervenção da Direção Estadual sendo que, na sequência, foi constituída consensualmente uma Direção Executiva Municipal Provisória que está - desde janeiro de 2022 -  no comando do Partido no município.

Seguindo determinação da Direção Nacional do PT, a Executiva Municipal Provisória do PT realizará uma Reunião Ampliada (assim como deverá ocorrer nos demais municípios onde também exista Comissão Provisória) no próximo dia 02 de Agosto, com início às 18h, na Av. Getúlio Vargas, 1971 - Centro, no salão de festas do Ed. Centenário), no sentido de tentar viabilizar uma chapa de consenso para a eleição (via PEDEX) do próximo Diretório e Executiva Municipal. Se for viabilizada uma chapa consensual para a próxima direção do PT santiaguense (o que está sendo buscado pela atual Executiva), o PEDEX será realizado dia 12 de Agosto; caso não haja acordo interno que viabilize uma chapa unitária e consensual em 12 de Agosto, o Encontro Extraordinário do PT de Santiago/RS será realizado dia 8 de Outubro, em local ainda a ser definido.

 

Santiago/RS, 19 de julho de 2023.

 

JÚLIO CESAR SCHMITT GARCIA

PRESIDENTE DA COMISSÃO EXECUTIVA MUNICIPAL DO PT


*Via Blog O Boqueirão Online

'Jorge, o Mau e a morte de 100 milhões de abelhas por agrotóxico no MT'*

 

"O governo do presidente Lula precisa rever essa política de uso de agrotóxicos, muitos deles proibidos em vários países, mas liberados aqui pelo governo de destruição do criminoso condenado que nos assolou por quatro anos.

Mais de 100 milhões de abelhas mortas no Mato Grosso, muitas de espécies ameaçadas de extinção, não são motivo suficiente para um basta?"

11 julho 2023

Jornalistas abandonam Julian Assange e cortam as suas próprias gargantas

"O fracasso dos jornalistas em montarem uma campanha para libertar Assange é mais um erro catastrófico e auto-destrutivo", considera Hedges




LONDRES - Por Chris Hedges: A perseguição a Julian Assange, juntamente com o clima de medo, de vigilância por atacado do governo dos EUA e o uso da Lei de Espionagem para processar judicialmente delatores, castraram o jornalismo investigativo. A imprensa não só falhou em montar uma campanha contínua para apoiar Julian, cuja extradição parece iminente, mas ela já não tenta mais jogar luz sobre as maquinações internas do poder. Esta falha não só é indesculpável, mas é sinistra.

O governo dos EUA, especialmente as forças militares e agências como a CIA, o FBI, a NSA e a Segurança da Pátria, não têm intenção alguma de se limitarem a Julian – que enfrenta 170 anos de prisão caso seja culpado de violar 17 acusações sob a Lei da Espionagem. Elas estão cimentando no lugar mecanismos de censura estatal draconiana, algumas características da qual foram denunciadas por Matt Taibbi nos Arquivos Twitter, para construírem um totalitarismo corporativo distópico.

Os EUA e o Reino Unido violam descaradamente uma série de normas judiciais e protocolos diplomáticos a fim de manterem Julian preso por sete anos na Embaixada Equatoriana em Londres depois que ele recebeu asilo político do Equador. A CIA, através da empresa espanhola de segurança UC Global, fez gravações das reuniões de Julian com os seus advogados – o que, por si só, deveria invalidar o caso de extradição. Julian ficou detido por mais de quatro anos na notória prisão de alta-segurança de Belmarsh desde quando a Polícia Metropolitana Britânica o arrastou para fora da embaixada em 11 de abril de 2019. Supõe-se que a embaixada seja um território soberano do Equador. Neste caso, Julian não foi condenado por um crime. Ele é acusado sob a Lei de Espionagem dos EUA, apesar de não ser um cidadão estadunidense e do Wikileaks não ser uma publicação com sede nos EUA. Os tribunais britânicos, que se engajaram naquilo que só pode ser descrito como um julgamento-espetáculo, parecem dispostos a entregá-lo aos EUA quando o seu pedido final de apelação for rejeitado, como se prevê. Isso poderá ocorrer em questão de alguns dias ou poucas semanas. (...)

CLIQUE AQUI para continuar lendo o artigo de Chris HedgesJornalista vencedor do Pulitzer Prize (maior prêmio do jornalismo nos EUA), foi correspondente estrangeiro do New York Times, trabalhou para o The Dallas Morning News, The Christian Science Monitor e NPR. -Via Brasil247

07 julho 2023

Vitória do Brasil. Derrotado e isolado, só Bolsonaro

"Lula pode não colher frutos diretos da reforma, mas a mudança de ambiente é grande alavanca a favor do governo", crê Tereza Cruvinel

Jair Bolsonaro, Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Haddad (Foto: Reuters | ABr)


Por Tereza Cruvinel*

São muitos os vitoriosos da noite de ontem com a aprovação da reforma tributária, em dois turnos, pela Câmara: Lula, Haddad e o governo; o presidente da Câmara Arthur Lira; os 375 deputados que votaram a favor (contando apenas os votos no segundo turno da madrugada); os governadores que se mobilizaram a favor, em particular o de São Paulo, Tarcísio de Freitas, porque era contra e soube se reposicionar, mesmo trombando com Bolsonaro; o relator, que trabalhou e negociou com afinco, Aguinaldo Ribeiro (PP-BA); o deputado Baleia Rossi (MDB-SP), autor da proposta original de 2019; o secretário especial da Fazenda para o tema Bernardo Appy, exímio tributarista que foi de extrema dedicação; os empresários e economistas e todos os que, na sociedade, apoiaram a reforma.

Isolado e derrotado mesmo ficou apenas Bolsonaro, que foi contra a reforma só para ser contra Lula, e viu confirmada sua desimportância. Afora o apoio de Tarcísio e outros governadores, tidos como bolsonaristas, a reforma teve o voto de 20 deputados de seu PL. Seu, nem tanto.

Em quatro décadas de acompanhamento da atividade política e legislativa, vi muitas propostas de reforma tributária morrerem na praia. Vi a Constituinte não conseguir mudar o velho sistema. Lembro-me do esforço de José Serra e Francisco Dornelles pela simplificação que nunca vinha porque faltava consenso. Lembro-me da reforma de Palloci, que morreu na praia. E depois também a de Guido Mantega.

Não foi coisa pouca, ou uma reformazinha. Se o Senado confirmar a votação da Câmara, teremos uma mudança na economia comparável à que foi trazida pelo Plano Real e o fim da hiperinflação.

Chegará ao fim uma era de atraso, com impostos incidentes em cascata, que tornam tudo mais caro para o consumidor; com impostos em profusão, que oneram e complicam a vida das empresas; com a falta de transparência sobre o que é cobrado dos consumidores; com alíquotas que variam de estado para estado permitindo, entre outros males, a guerra fiscal. A lista dos males é longa.

Resumidamente, ficaremos assim: em vez de IPI, Pis e Cofins recolhidos pela União, teremos apenas a CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços). Em vez de ICMS e ISS cobrados por estados e municípios, teremos apenas o IBS (imposto sobre Bens e Serviços).

Vale recordar que essa reforma não trata de imposto de renda. Essa é outra mudança que precisa ser feita para que tenhamos mais justiça tributária, para que os ricos paguem mais, para que os dividendos bilionários passem a ser tributados, para que os assalariados que ganham menos tenham uma tabela justa. Mas cada batalha tem seu momento.

Calculou o IPEA que 90% da população pagará menos impostos, com o fim da "cascata" e a redução em 50% para transportes públicos, serviços médicos e educacionais, aviação regional, produtos de higiene e insumos agrícolas (fala-se em redução para agrotóxicos mas isso veremos na regulamentação).

Projeta-se crescimento adicional de 12% para a economia nos 15 anos seguintes à plena implementação do novo sistema, e a geração de 12 milhões de empregos, afora facilidade maior para investimentos, inclusive estrangeiros.

Este novo sistema só estará plenamente implantado lá por 2030. Logo, o governo Lula pode até não colher frutos diretos da reforma, mas a mudança de ambiente, a positividade criada com a aprovação, já será uma grande alavanca a favor do governo. Todos nós sabemos: o êxito do governo Lula depende da economia. E do êxito deste governo de normalização depende o futuro da democracia brasileira, o não retorno da extrema direita.

O grande mérito de Lula e Haddad foi esse: abraçaram um projeto necessário ao país, não ao governo. Este legado já é reconhecido, e representa aumento de capital político do governo.

Da mesma forma, acho que é preciso reconhecer o papel de Lira, como fez Haddad, e não reduzir seu empenho à necessidade de se descolar de denúncias recentes. Antes disso, ele já estava comprometido com a reforma, seja porque as elites às quais é ligado a desejavam, seja por ter visto nela uma oportunidade de marcar indelevelmente sua gestão.

Agora falta o Senado, e será preciso aprovar depois um grande número de leis regulamentadoras. Entre elas, a que pode instituir o cash back, a devolução, em dinheiro, de parte dos impostos pagos pelos mais pobres ao comprar qualquer quilo de feijão. Isso é justiça tributária, assim como a zeragem de impostos sobre a cesta básica.

Há dificuldades e batalhas pela frente mas a força que impulsionou a votação de agora foi tão grande que deve garantir também a vitória do Brasil racional nos próximos embates.

*Colunista/comentarista do Brasil247, fundadora e ex-presidente da EBC/TV Brasil, ex-colunista de O Globo, JB, Correio Braziliense, RedeTV e outros veículos. -Fonte: https://www.brasil247.com/

05 julho 2023

BRASIL NA PRESIDÊNCIA - À frente do Mercosul, Lula defende acordo ‘equilibrado’ com União Europeia

Em um mundo cada vez mais desafiador, Lula afirmou que “nenhum país resolverá seus problemas sozinho”. Mas classificou exigências da União Europeia como “inaceitáveis” e defendeu resposta “rápida” do Mercosul

"Nossa opção regional deve ser a cooperação e a solidariedade", disse Lula durante cúpula do Mercosul na Argentina

São Paulo* – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumiu nesta terça-feira (4) a presidência temporária do Mercosul. Durante a cúpula do bloco, em Puerto Iguazú, na Argentina, Lula se comprometeu a concluir o acordo do Mercosul com a União Europeia. No entanto, destacou que o acordo deve ser “equilibrado”, garantindo espaço para políticas de reindustrialização dos países sul-americanos.

Nesse sentido, o presidente brasileiro voltou a classificar como “inaceitáveis” as exigências adicionais dos europeus para fechar o acordo. Disse que parceiros estratégicos não negociam com base em desconfiança e ameaça de sanções. E defendeu que o Mercosul apresente uma resposta “rápida e contundente”.

Os europeus querem incluir sanções aos países que não cumprirem as metas ambientais definidas no Acordo de Paris. Por outro lado, Lula quer manter fora do acordo as chamadas compras governamentais.

“É inadmissível abrir mão do poder de compra do Estado, um dos poucos instrumentos de política industrial que nos resta. Não temos interesse em acordos que nos condenem ao eterno papel de exportadores de matéria primas, minérios e petróleo”, afirmou.

Fortalecimento do Mercosul e moeda comum

Lula abriu o discurso alertando que o mundo está “cada vez mais complexo e desafiador”. Desse modo, afirmou que “nenhum país resolverá seus problemas sozinho”, nem pode permanecer alheio ao que chamou de “grandes dilemas da humanidade”.

“Não temos alternativa que não seja a união. Frente à crise climática, é preciso atuar coordenadamente na proteção de nossos biomas e na transição ecológica justa. Diante das guerras que trazem destruição, sofrimento e empobrecimento, cumpre falar de paz. Em um mundo cada vez mais pautado pela competição geopolítica, nossa opção regional deve ser a cooperação e a solidariedade”.

Assim, Lula prometeu aperfeiçoar a Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul e evitar que barreiras não tarifárias comprometam a fluidez do comércio. Citou também uma “agenda inacabada” nos setores automotivo e açucareiro, ainda excluídos do livre comércio entre os países do bloco. Além disso, afirmou que pretende concluir a oitava rodada de liberalização do comércio de serviços.

Disse que os países-membros devem “revisar e avançar nos acordos em negociação com o Canadá, a Coreia do Sul e Singapura”. Também buscar negociação com China, Indonésia, Vietnã e países da América Central e Caribe.

Lula afirmou ainda que a adoção de uma “moeda comum” para realizar operações de compensação entre os países do bloco contribuirá para reduzir custos e facilitar ainda mais a convergência. “Falo de uma moeda de referência específica para o comércio regional, que não eliminará as respectivas moedas nacionais”, explicou.

Além do comércio

Para o presidente brasileiro, assumir a presidência do Mercosul é uma “etapa essencial do reencontro do Brasil com a região”. Citando o ex-presidente do Uruguai, Pepe Mujica, Lula afirmou que “nossa integração vai bem além do que um projeto estritamente comercial”.

“O Mercosul não pode estar limitado à barganha do ‘quanto eu te vendo e quanto você vende pra mim’. É preciso recuperar uma agenda cidadã e inclusiva, de face humana, que gere benefícios tangíveis para amplos setores de nossas sociedades”, disse.

*Fonte: RBA