31 janeiro 2012

A Presidenta em Cuba

A visita da Presidenta Dilma a Cuba

Presidenta Dilma defende parceria estratégica e duradoura entre Brasil e Cuba

Havana/Cuba - Na primeira visita oficial a Cuba, a presidenta Dilma Rousseff defendeu hoje (31) uma parceria “estratégica e duradoura” para acelerar o desenvolvimento cubano. Em entrevista coletiva após visita ao Memorial de José Martí, na Praça da Revolução, a presidenta citou os investimentos brasileiros no Porto de Mariel e o financiamento da produção por meio do programa Mais Alimentos.
“A grande ajuda que o Brasil vai dar a Cuba é contribuir para que esse processo, que é um processo que eu não considero que leve a grande coisa, leva mais à pobreza e a problemas sério para as populações que sofrem a questão do bloqueio, a questão do embargo, a questão do impedimento do comércio. Eu acredito que o grande compromisso, a grande contribuição que nós podemos dar aqui em Cuba é ajudar a desenvolver todo o processo econômico”, disse a presidenta.
Além da cooperação econômica (e da clara posição assumida contra o embargo promovido pelos EUA a Cuba), a presidenta Dilma falou ainda sobre direitos humanos, tema que, segundo ela, deve ser discutido dentro de uma “perspectiva multilateral”.
“Não é possível fazer da política de direitos humanos só uma arma de combate político-ideológico. O mundo precisa se convencer de que é algo que todos os países do mundo tem de se responsabilizar, inclusive o nosso. Quem atira a primeira pedra tem telhado de vidro. Nós, no Brasil, temos os nossos. Então, eu concordo em falar de direitos humanos dentro de uma perspectiva multilateral. Acho que esse é um compromisso de todos os povos civilizados. Há, necessariamente, muitos aspectos a serem considerados. De fato, é algo que nós temos de melhorar no mundo, de uma maneira geral. Nós não podemos achar que direitos humanos é uma pedra que você joga só de um lado para o outro. Ela serve para nós também. Nós vamos falar de direitos humanos em todo o mundo? Vamos ter de falar de direitos humanos no Brasil, nos EUA, a respeito de uma base aqui que se chama Guantánamo”.
  Foto:  Na primeira visita oficial a Cuba, presidenta Dilma Rousseff se reúne com o presidente Raúl       Castro.    (Roberto Stuckert Filho/PR) - *Com o Blog do Planalto e FSP

30 janeiro 2012

'Acordo secreto'?


'Meu apelo é urgente'

A jornalista brasileira Baby Siqueira Abrão, correspondente internacional radicada  atualmente em Ramallah (Palestina-Cisjordânia),  que integrou o grupo Comunicação Digital no FST, enviou-nos, via e-mail,  uma grave denúncia seguida de um  veemente apelo visando a articulação de uma mobilização para que se tenha acesso aos termos de um suposto 'acordo secreto' assinado pelo então ministro Nelson Jobim e seu colega israelense. O objetivo de tal 'acordo' seria a  venda por Israel ao Brasil não só de armas, mas também de uma suposta 'tecnologia  de segurança'.

Leia  à seguir a íntegra do e-mail: 

"Compas:

Acabei de ver os vídeos do Pinheirinho e estou chocada. Desde a Marcha da Maconha venho denunciando que os métodos adotados pela polícia brasileira desde 2011 são iguais, sem tirar nem pôr, aos do exército israelense. Mesmas técnicas, mesmas armas, tudo. Até a maneira de efetuar prisões e de bater nas pessoas, de imobilizá-las.

Coincidência? Não!

Isso vem acontecendo desde que o Ministério da Defesa (Nelson Jobim e Forças Armadas) decidiram, num episódio obscuro, assinar um acordo dito "secreto" com o governo de Israel. Os sionistas venderam ao Brasil não apenas armas, mas "tecnologia de segurança" para lidar com multidões insurretas, sob a desculpa de copa do mundo, olimpíadas e que tais.

Não podemos aceitar isso. Temos de nos mobilizar para conhecer os termos desse acordo -- o Ivan Valente, parece, já pediu para vê-lo, sem sucesso -- e checar tudo, tintim por tintim. É preciso uma grande mobilização para isso, até porque não podemos aceitar, tampouco, que nosso país use nosso dinheiro na compra de armas, equipamentos e "tecnologia de segurança" testados em cobaias vivas -- o povo palestino -- e produzidos num país que, por violar leis internacionais (Convenções de Genebra, Lei Humanitária, Convenções da Haia e outras), é criminoso.
Por favor, comecemos uma campanha repudiando esse acordo, e para conhecer seus termos!!!

É nosso direito, é nosso dinheiro, é nosso país negociando com criminosos. É inaceitável que o Brasil se dobre a esse ponto ao lobby sionista.
Tornamo-nos parte da rede internacional de crimes contra a humanidade, e isso é muito sério.

O direito à comunicação inclui a transparência nas relações do nosso país com outros países, e na consulta à população sobre acordos, em especial os polêmicos. Quem deve escolher onde e como aplicar nosso dinheiro somos nós. E nos recusamos a aplicá-lo em acordos que violam os direitos humanos.

Meu apelo é urgente. Eles não se limitaram a espalhar bases militares pelo mundo, para ameaçar povos e governos. Eles (Israel e EUA) arrombam as portas dos países e nos enfiam goela abaixo acordos para vender violência. E lucrar muito.
Comecemos a mobilização contra a militarização da vida. Já." 
...

*Charge do Latuff

29 janeiro 2012

'As demandas dos Fóruns ganharam vida'


O Fórum ganhou mundo

Por Gilberto Maringoni*

O Fórum Social Mundial é uma invenção brasileira, embora seja fruto da confluência de idéias e necessidades de gente de várias partes do planeta. Teve impacto global em seus primeiros anos, quando o mundo acordava dos anos iniciais do neoliberalismo. Propiciou encontros, trocas de idéias e a realização de ações organizadas, como manifestações antiguerra e protestos internacionais. Alavancou ações desiguais e combinadas (e descombinadas e iguais) em vários países, acolheu ativistas e governantes, difundiu demandas variadas e foi palco de manifestações políticas e culturais.

O Fórum não tem o mesmo peso de outros tempos e o neoliberalismo não morreu. Mas as demandas dos Fóruns ganharam vida.

A América Latina é o único continente no qual os protestos ganharam musculatura política. O descontentamento popular com a aplicação do mercadismo desvairado resultou em governos reformistas que estão mudando o panorama continental. Muitos deles ainda padecem da hegemonia liberal, como é o caso brasileiro. Mas é inegável que fissuras importantes apareceram, transformando a região num pólo de esperança diante da crise européia.

O jornalista francês Ignacio Ramonet lembrou, em debate na quinta-feira (30), em Porto Alegre, que na Europa “houve a ilusão de que o neoliberalismo entrava em crise, quando o Lehman Brothers caiu, em 2008”. Mas uma transmutação ocorreu. O sistema entrou em parafuso, gerando uma esteira de catástrofes sociais, políticas e econômicas. Mas as empresas que não quebraram se fortaleceram e absorveram ativos e mercados dos que ficaram pelo caminho. “Podemos fazer uma analogia com aquela história de que ‘a economia vai bem, mas o povo vai mal’, repetida durante a ditadura”, ironizou o economista Luiz Gonzaga Belluzzo, no mesmo debate.

Fórum Social pessoal

O Fórum Social é um evento fragmentado. Mesmo esta atual edição, bem menor que as anteriores, comporta centenas de atividades, debates, palestras, diálogos, intercâmbios, lançamentos de livros, tribunas para chefes de Estado, partidos políticos, sindicatos e ONGs e iniciativas variadas. Cada participante busca seus nichos de afinidade e sua turma, montando um roteiro pessoal. De certa maneira, acompanha a lógica da internet, na qual cada um elege seus sítios e páginas de interesse, montando um recorte próprio de navegação, acessando textos, imagens, filmes, músicas, jogos e ações interativas. Não há a figura de um editor a comandar a escolha do internauta.

Algo semelhante se dá com o Fórum. Cada um monta o seu, daí a riqueza do evento. Não existe comitê central. Se é verdade que a maioria dos participantes está abrigada no espectro da esquerda, é bom lembrar o óbvio: são tantas vertentes e visões, que seria injusto classificar os Fóruns Sociais como atividades DE esquerda. Mais justo é percebê-lo como ricas iniciativas DAS esquerdas.

Jornalisticamente o Fórum é “incobrível” (para utilizar um neologismo a gosto do ex-ministro Antonio Magri, que se dizia “imexível” no cargo). Carta Maior se desdobra, com mais de uma dezena de profissionais, para reportar tamanha diversidade e apresentar parte das múltiplas faces desses dias ao sul do país. O conjunto aparece como um caleidoscópio multicolorido, mutante, atraente e variado.

Impacto político

As atividades mais diretamente vinculadas à política imediata geralmente são as de maior impacto. A presença da presidente Dilma em Porto Alegre e não em Davos apresenta um grande simbolismo. O encontro suíço já viveu melhores dias. Nem a mandatária brasileira, nem Obama, nem Hu Jintao e nem Sarkozy se fizeram presentes, retirando muito do peso político que a atividade teve em tempos idos.

O Fórum Temático tenta preparar os movimentos sociais para a Rio+20, conferência da ONU sobre sustentabilidade ambiental, que será realizada em junho no Rio de Janeiro. Há o receio dos movimentos de que a conferência não atenda reclamos de populações atingidas por obras governamentais e empresariais com grande poder de devastação ambiental. Uma série de reivindicações sai do Rio Grande, como passo importante na unificação de tais setores.

Pauta definida

Já existe uma pauta definida para quebrar as bases do modelo ultraliberal. Há anos se repete que devem ser colocadas limitações à livre circulação de capitais, aos juros e encargos das dívidas públicas, que as grandes corporações e os ricos devem ser penalizados, que deve ser respeitada a função social da propriedade, que a comunicação precisa ser democratizada, que as privatizações devem ser revertidas, que a militarização da vida social deve ser impedida, que a democracia precisa ser ampliada, as discriminações impedidas etc. etc. Concepções não faltam, soluções há e muitas.

Não se trata de um problema técnico. Trata-se de ver quem pagará pelas mudanças.

Falta força política para que se possam concretizar as idéias. A derrota que se atribui às esquerdas ao longo das décadas de implantação do neoliberalismo não foram derrotas apenas das esquerdas. Foram derrotas das maiorias, dos povos e dos pobres.

Num dos debates de Porto Alegre, Luiz Gonzaga Belluzzo atentou para a seriedade da palavra de ordem do movimento Ocupar Wall Street: “Somos 99%”. Esses foram os derrotados das últimas décadas e não facções ou correntes de pensamento isoladas.

Mas é decisivo ter em mente: força política se adquire na disputa política. A América Latina tem mostrado, com todos os problemas, que mudanças virão com a conquista do poder político. E nisso muito se avançou. As últimas décadas não foram apenas de derrotas. É preciso preservar e radicalizar as conquistas, democratizando o poder político e ampliando o caráter público do Estado.

Há uma certa concordância geral nisso tudo. Talvez seja esse o motivo de poucos ainda falarem em Porto Alegre ser possível “mudar o mundo sem tomar o poder”.

*Gilberto Maringoni, jornalista e cartunista, é doutor em História pela Universidade de São Paulo (USP) e autor de “A Venezuela que se inventa – poder, petróleo e intriga nos tempos de Chávez” (Editora Fundação Perseu Abramo). Fonte: Carta Maior  http://www.cartamaior.com.br

28 janeiro 2012

27 janeiro 2012

Ministra Tereza Campello no FST






 “Não é possível discutir sustentabilidade sem inclusão”

Porto Alegre/RS - Sul 21 - “Não é possível discutir crescimento sem inclusão e sustentabilidade ambiental. Essas três questões caminham junto daqui pra frente”, defendeu na manhã desta sexta-feira (27) a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza, Tereza Campello, durante programação do FST. Ela falou sobre as políticas públicas do governo federal para a superação da extrema pobreza e a inclusão social e produtiva e sobre o documento 10 pontos para uma Plataforma da Tecnologia Social, que vão orientar a gestão do ministério para estimular a economia solidária em comunidades quilombolas, indígenas e de pequenos agricultores no interior do país. “Virou palavra de ordem do Brasil crescer, incluir e preservar”, complementou a ministra.

Tereza apresentou o painel 10 pontos para uma Plataforma da Tecnologia Social para combate da pobreza no qual ela comentou os instrumentos de tecnologia social que serão utilizados na gestão do Plano Brasil Sem Miséria. “Este é um documento bastante rico. Essa agenda é central hoje no Brasil. Temos que pensar em como replicar essa tecnologias sociais para atingir milhões e milhões. Essa política só será motor se os brasileiros forem incluídos aos milhares e não às dezenas”, falou Tereza.

“A agenda da Rio+20 aborda claramente o desenvolvimento sustentável como sendo um casamento da pauta ambiental com a pauta social. Pela primeira vez deixa claro que não é possível discutir sustentabilidade sem inclusão, isolado do homem, até porque ele é o responsável por essa depredação do meio ambiente”, disse Campelo. (...)
CLIQUE AQUI  para ler mais.




Presidenta Dilma no FST


A fala da Presidenta Dilma no Fórum Social Temático

Porto Alegre/RS - No ato público que reuniu governo e Forum Social Temático, a presidenta Dilma Rousseff fez um discurso em defesa de um novo modelo de desenvolvimento. O palco dessa discussão, segundo ela, será a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio + 20, que será realizada em junho, no Brasil. No ginásio Gigantinho, em Porto Alegre, Dilma Rousseff ressaltou que, num momento de crise e de incertezas, a Rio + 20 ganha significado especial.
“A Rio + 20 deve ser um momento importante de um processo de renovação de ideias. A Rio + 20 vai enfrentar uma questão mais ampla e decisiva. Um novo modelo de desenvolvimento nas suas dimensões econômica, social e ambiental. O que estará em debate é um modelo de desenvolvimento capaz de articular o crescimento e a geração de emprego, a erradicação da pobreza e a redução das desigualdades, a participação social e a ampliação de direitos, educação e inovação tecnológica, o uso sustentável e a preservação dos recursos ambientais”, disse a presidenta.
Ela alertou para as “nefastas” consequências sociais e ambientais das medidas fiscais regressivas que os países desenvolvidos têm buscado para enfrentar a crise financeira internacional. O desemprego, a xenofobia, o autoritarismo e a paralisia do enfrentamento do aquecimento global, segundo a presidenta, são perigosas ameaças. Por outro lado, lembrou, os países da América Latina foram capazes de construir “respostas progressivas e democráticas aos desequilíbrios internacionais”.
“O Brasil hoje é um outro país. Ninguém, nenhum grupo pode nos tirar isso. Nós somos hoje um país mais forte, mais desenvolvido e mais respeitado. Um país que convive harmonicamente com seus vizinhos da América do Sul, da América Latina e do Caribe, e quer construir com eles um polo de desenvolvimento e democracia no mundo.”
Dilma Rousseff defendeu a participação social nas discussões sobre desenvolvimento sustentável que terão lugar na Rio + 20. Segundo ela, é possível crescer, incluir, proteger e conservar. Desenvolvimento sustentável, explicou, significa o aprofundamento dos mecanismos de participação social e o fortalecimento da nossa democracia, e uma inserção soberana e competitiva no mundo.
“O papel da sociedade civil será determinante para a realização da Rio + 20. Eu tenho certeza, um outro mundo é possível. Até o Rio de Janeiro”, disse a presidenta, encerrando o discurso.
*Via http://blog.planalto.gov.br/

26 janeiro 2012

'Diálogos' no FST




*Diálogos entre a sociedade civil e o governo' - com a Presidenta Dilma e o Presidente Pepe Mujica (Uruguai). Hoje,  19 h, no Gigantinho (Porto Alegre/RS)  - (Clique no cartaz para ampliar)

25 janeiro 2012

PT deverá crescer em 2012

Perspectiva do PT é crescer nas eleições 2012, avalia Rui Falcão 



Presente em Porto Alegre devido às atividades do Fórum Social Temático, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, concedeu entrevista coletiva na manhã de hoje, na sede do PT/RS, acompanhado dos presidentes estadual e municipal do partido, Raul Pont e Adeli Sell (foto).

Sobre as eleições municipais de 2012, Falcão afirmou que a perspectiva do PT é ampliar o número de cidades governadas em todos os Estados. Atualmente, o partido possui 550 prefeitos no país, sendo 62 no Rio Grande do Sul. "Nossa intenção é conseguir manter os municípios que já temos, reconquistar os que perdemos e buscar algumas cidades estratégicas", explicou. Segundo ele, a conjuntura em Porto Alegre é muito otimista. O presidente estadual da sigla, Raul Pont, salientou que a orientação para a formação das chapas é buscar coligações com os partidos da base do governo Tarso Genro - composições com o PMDB, entretanto, podem ser avaliadas caso a caso.

Rui Falcão destacou ainda que o PT pretende retomar a proposta de reforma política tão logo recomecem os trabalhos do Congresso. Ele enfatizou a importância do voto em lista, do financiamento público das campanhas e da ampliação da participação feminina na política. "O voto em lista permite que os partidos apresentem seus programas e os eleitores possam votar nos programas, de modo que o voto não fique personificado", observou o deputado. (por Natália Ledur Alles)

Fonte: http://pauloferreira.net.br/index.php/site/noticia/

Multidão na Marcha do FST



Marcha de abertura do FST 2012 reúne multidão em Porto Alegre

 Porto Alegre/RS - A marcha de abertura do Fórum Social  Temático 2012 reuniu  mais de 20 mil pessoas em Porto Alegre, na tarde desta terça-feira. A comissão organizadora considerou o ato de abertura do FST 2012 um sucesso.

Provando mais uma vez ser um espaço da pluralidade de pensamento, a marcha teve espaço para as mais diversas causas e ativismos. Movimentos sociais do Brasil e do mundo empunharam suas bandeiras e passaram suas mensagens.

Lá estavam representados trabalhadores, estudantes, o movimento LGBT, feministas, o movimento negro, ambientalistas, indígenas, entre diversos outros.





Nem o calor intenso no início, nem a chuva torrencial desaminaram os participantes.

Depois de caminhar desde o largo Glênio Peres até o anfiteatro Pôr do Sol, os participantes se concentraram para acompanhar os shows de abertura do FST 2012. Nesta quinta-feira, 25, iniciam as atividades de debates do FST 2012. (com o sítio do FSM 2012)

Fotos: sítio da Contraf/Cut e Sul21

24 janeiro 2012

Fórum Social Temático 2012



Marcha dará início ao  Fórum Social Temático

O  sítio 'Conexões Globais 2.0'  transmitirá a Marcha, ao vivo, à partir das 15h

Porto Alegre/RS - 'O Conexões Globais 2.0 irá participar da grande Marcha de abertura do Fórum Social Temático 2012. Esquentando a nossa programação, convidamos os ativistas digitais conectad@s ao nosso evento para acompanhar nesta terça-feira (24), a partir das 15h, a transmissão AO VIVO da caminhada no canal www.conexoesglobais.com.br/ao-vivo. A concentração para a Marcha está marcada para o mesmo horário no Largo Glênio Peres.

Se você estiver por lá, publique o seu olhar sobre essa atividade no Twitter e no Facebook. Suba fotos, vídeos e posts em todas as suas redes sociais utilizando a hashtag #ConexoesGlobais. Acompanhe, ainda, o nosso perfil no Twitter @conexoesglobais e fique por dentro dessa mobilização. ' (...)


CLIQUE AQUI para assistir ao vivo a Marcha (à partir das 15 h).

23 janeiro 2012

A TVE e a Cultura FM no FST


 
TVE e FM Cultura apresentam programações especiais no Fórum Social Temático

Porto Alegre/RS - No dia 27 de janeiro, às 16h, a TVE veicula o programa Especial Fórum Social Temático, que será coproduzido pela TVE e pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC). O especial será exibido em rede nacional pela TV Brasil ao vivo direto de Porto Alegre com a apresentação de Newton Silva. A transmissão faz parte da cobertura especial do Fórum Social Temático 2012 realizada por uma parceria entre a Fundação Cultural Piratini - TVE e FM Cultura, EBC, TV Assembleia (AL-RS) e Telesur.

Além disso, a TVE produzirá um programa exclusivo chamado Diário do Fórum, de 25 a 27 de janeiro, às 17h30, transmitido ao vivo da Usina do Gasômetro e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). A FM Cultura veiculará o Cultura na Mesa, às 12h, com flashes ao vivo do FST. As duas emissoras transmitirão entradas direto da Marcha de Abertura e exibirão o Show no Anfiteatro Pôr do Sol, no dia 24 de janeiro. No dia 28 de janeiro, será veiculado pela TVE um programa com a síntese e avaliação do FST2012.

Para tornar ainda mais democrática a cobertura da TVE e da FM Cultura durante o FST2012, as emissoras disponibilizaram um canal que pode ser acessado para que qualquer entidade participante do evento envie sua pauta. Para enviar sugestões para as duas emissoras acesse www.tve.com.br

Confira a programação completa da TVE e da FM Cultura durante o FST2012

TVE

 
Terça, 24/01, a partir das 16h - transmissão da Marcha de Abertura do FST2012 e do Show de Abertura ao vivo.
24 a 27/01, às 19h30 - reportagens e flashes ao vivo no Jornal da TVE.
De 25 a 27/01, às 17h30 - Diário do Fórum, ancorado direto da Usina do Gasômetro.
Sexta, 27/01, às 16h - Newton Silva apresenta o Especial Fórum Social Temático.
Sábado, 28/01, às 13h - transmissão de programa especial com a síntese e avaliação do FST2012.

FM Cultura

 
Diariamente até 29 de janeiro - Minuto do Fórum - Programetes com a memória do Fórum Social Mundial, agenda dos principais acontecimentos, contextualização política e histórica do evento. Cinco inserções diárias veiculadas FM Cultura em parceria com a EBC.
Terça, 24/01 - a partir das 16h - transmissão da Marcha de Abertura do FST2012 e do Show de Abertura ao vivo.
25 a 27 de janeiro, às 12h - cobertura com entrevistas durante o programa Cultura na Mesa com a participação da equipe de reportagem da EBC e da equipe da FM Cultura.
26 e 27 de janeiro - às 7h45 - Transmissão de compacto do Programa Especial, produzido pela EBC, com mesa redonda, flashes e reportagens sobre o FST2012.

Texto: Anahy Metz - Edição: Redação Secom - http://www.estado.rs.gov.br/

22 janeiro 2012

O repúdio à repressão no Pinheirinho/SP


Blog da Cidadania: 'Suplicy fala ao blog e critica Alckmin e Polícia Militar'

Eduardo Guimarães: 'Fui a segunda pessoa a chegar ao Masp para o ato público na tarde deste domingo, onde e quando haveria o protesto contra a desocupação traiçoeira e violenta que a Polícia Militar de São Paulo cometeu no bairro do Pinheirinho pela manhã. A manifestação fecharia a avenida Paulista, no sentido bairro-centro, das 17 horas até por volta das 19 horas.

Se você esteve fora do país e está chegando agora, saiba que neste domingo o governo do Estado de São Paulo autorizou que 1.800 policiais militares invadissem o bairro do Pinheirinho, em São José dos Campos, em helicópteros e até blindados, jogando bombas contra mulheres e crianças, havendo denúncias (não-confirmadas) de até sete mortos e número ainda incerto de feridos, sendo boa parte mulheres (algumas grávidas) e crianças.' (...)
CLIQUE AQUI para ler a postagem, na íntegra.
...
-O sociólogo português Boaventura de Sousa Santos (em Canoas/RS, onde encontrava-se participando de uma oficina preparatória ao Forum Social Temático, que inicia semana que vem) também manifestou-se em repúdio à repressão desencadeada 'pelas oligarquias paulistas'. CLIQUE AQUI para conferir (via RS Urgente).  

21 janeiro 2012

Dois Poemas de Mário de Andrade



Ode ao burguês

Eu insulto o burguês! O burguês-níquel
o burguês-burguês!
A digestão bem-feita de São Paulo!
O homem-curva! O homem-nádegas!
O homem que sendo francês, brasileiro, italiano,
é sempre um cauteloso pouco-a-pouco!

Eu insulto as aristocracias cautelosas!
Os barões lampiões! Os condes Joões! Os duques zurros!
Que vivem dentro de muros sem pulos,
e gemem sangue de alguns mil-réis fracos
para dizerem que as filhas da senhora falam o francês
e tocam os "Printemps" com as unhas!

Eu insulto o burguês-funesto!
O indigesto feijão com toucinho, dono das tradições!
Fora os que algarismam os amanhãs!
Olha a vida dos nossos setembros!
Fará Sol? Choverá? Arlequinal!
Mas à chuva dos rosais
o êxtase fará sempre Sol!

Morte à gordura!
Morte às adiposidades cerebrais!
Morte ao burguês-mensal!
Ao burguês-cinema! Ao burguês-tiburi!
Padaria Suíssa! Morte viva ao Adriano!
"— Ai, filha, que te darei pelos teus anos?
— Um colar... — Conto e quinhentos!!!
Más nós morremos de fome!"

Come! Come-te a ti mesmo, oh! gelatina pasma!
Oh! purée de batatas morais!
Oh! cabelos nas ventas! Oh! carecas!
Ódio aos temperamentos regulares!
Ódio aos relógios musculares! Morte à infâmia!
Ódio à soma! Ódio aos secos e molhados
Ódio aos sem desfalecimentos nem arrependimentos,
sempiternamente as mesmices convencionais!
De mãos nas costas! Marco eu o compasso! Eia!
Dois a dois! Primeira posição! Marcha!
Todos para a Central do meu rancor inebriante!

Ódio e insulto! Ódio e raiva! Ódio e mais ódio!
Morte ao burguês de giolhos,
cheirando religião e que não crê em Deus!
Ódio vermelho! Ódio fecundo! Ódio cíclico!
Ódio fundamento, sem perdão!

Fora! Fu! Fora o bom burguês!...

***

Descobrimento

Abancado à escrivaninha em São Paulo
Na minha casa da rua Lopes Chaves
De supetão senti um friúme por dentro.
Fiquei trêmulo, muito comovido
Com o livro palerma olhando pra mim.

Não vê que me lembrei que lá no Norte, meu Deus!
muito longe de mim
Na escuridão ativa da noite que caiu
Um homem pálido magro de cabelo escorrendo nos olhos,
Depois de fazer uma pele com a borracha do dia,
Faz pouco se deitou, está dormindo.

Esse homem é brasileiro que nem eu.

                            Mário de Andrade (São Paulo, 1893/1945)

Sobre o 'brado retumbante' da Globo...




O retumbante fracasso do brado político-partidário da Globo

     Eduardo Guimarães* escreve:

A nova minissérie da Globo, “Brado Retumbante”, pode até ser a mais descarada iniciativa da história da emissora de tentar contaminar o público. Na opinião deste blog, porém, pode até ser a iniciativa mais descarada, mas não almeja doutrinar alguém. A minissérie não passa de onanismo político-ideológico e partidário.

“Brado” não almeja doutrinar ninguém simplesmente porque é muito explícita, muito descarada, com aquele sósia de Aécio Neves sendo apresentado como exemplo de ética e honestidade, com os ataques a sindicalistas, a um ministro pré-candidato a prefeito e com a glamourização dos peões da imprensa golpista.

A minissérie, no entanto, não deve durar muito. Estamos em ano eleitoral e certamente os partidos prejudicados pela masturbação político-ideológica e partidária da emissora não tolerariam que fosse exibida em período muito próximo da eleição.

Esse viés político-partidário, como já se sabe, foi impresso na trama por co-autores identificados com o PSDB e com o DEM. Guilherme Fiúza, da revista Época, e Nelson Motta, do Manhattan Conection, são antipetistas fanáticos. A minissérie não seria mais parcial se o co-autor fosse um Reinaldo Azevedo ou um Augusto Nunes.

Eis, aí, a razão do retumbante fracasso do “Brado” da direita, ao menos na semana que finda. Estreou na terça-feira (17) com audiência pouco acima do mínimo esperado para o horário das 23 horas na Globo (18 pontos no Ibope), cravando 19 pontos. Na quarta (18), caiu para 17. Na quinta (19), caiu para 14 e na sexta (20) repetiu a marca.

Particularmente, penso que a iniciativa não pretendia muita coisa. O público da Globo naquele horário já foi inoculado com as idiossincrasias político-partidárias e ideológicas da emissora carioca há muito tempo.

A minissérie, portanto, é apenas um agrado ao seu público cativo. Serve para manter o ânimo da militância reacionária de classe média alta em um momento em que a direita brasileira vem colhendo tantos revezes políticos, com seus partidos políticos minguando e suas maiores lideranças se desmoralizando.

Até a suspeita de que “Brado Retumbante” foi feita para encher a bola de Aécio Neves parece exagerada. Escolheram-lhe um sósia porque é o único oposicionista com pinta de galã. Para representar José Serra, o ator não poderia ser bonito. E em tempos de CPI da Privataria, seria para lá de arriscado.

*Eduardo Guimarães é Editor do Blog da Cidadania (fonte desta postagem).

20 janeiro 2012

Enfrentando a estiagem no RS...


Mais 137 municípios atingidos pela estiagem receberão adiantamento do Bolsa Família

Porto Alegre/RS - Mais 137 municípios do Rio Grande do Sul, que foram incluídos no Decreto Estadual de emergência devido à estiagem - nº 48.798, de 14 de janeiro de 2012 e publicado no Diário Oficial do Estado no dia 16 de janeiro 2012, terão o pagamento de parcelas do Programa Bolsa Família antecipadas, a partir desta sexta-feira (20). Estão incluídas nesta situação todas as famílias residentes nas cidades selecionadas, independente do Número de Identificação Social (NIS). A segunda parcela desta antecipação será creditada no dia 14 de fevereiro.

A conquista, confirmada na tarde dessa quinta-feira (19) pela Secretaria Nacional de Renda de Cidadania (Senarc), do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), deu-se por meio de uma articulação com a Secretaria do Trabalho e do Desenvolvimento Social (STDS), que tem como titular Luís Augusto Lara, e o (MDS). Para o secretário, "mais de 80 mil famílias serão beneficiadas, conforme o Departamento de Assistência Social da Secretaria, permitindo amenizar a situação vivenciada por estas pessoas", enfatizou.

Até o momento, 142 municípios já haviam sido contemplados com o adiantamento das parcelas. A antecipação dos pagamentos foi uma das ações discutidas dentro da Sala de Situação, organismo criado para solucionar os problemas causados pela estiagem no Estado. Confira a lista dos municípios que serão beneficiados nos anexos.

Texto: Sandro Schreiner -  Fonte: http://www.estado.rs.gov.br/

A ULD chega a Santiago


Será hoje, em Santiago,  a plenária de fundação da  Unidade e Luta Democrática

Santiago/RS - Acontecerá  na tarde de hoje, 20/01, à  partir das 18 h, na sede do PT, a  plenária  de fundação  da Unidade e Luta Democrática - ULD,  nova corrente interna do Partido dos Trabalhadores do Rio Grande do Sul.

A ULD (oriunda da fusão das tendências  Unidade na Luta e setores da extinta  Ação Democrática) foi fundada no Estado durante  plenária realizada em Porto Alegre  dia 17 de dezembro do ano passado, no Ritter Hotel (foto acima), que contou com a presença do governador Tarso Genro. A nova tendência petista  é integrada pelos deputados estaduais Adão Villaverde, Mariza Formolo e Valdeci Oliveira, pelo dirigente nacional do PT e 1º suplente de deputado federal, Paulo Ferreira, pelos Secretários Estaduais do governo gaúcho  Ivar Pavan e João Motta,  pelo presidente do PT de Porto Alegre, ver. Adeli Sell, pelo Presidente da CUT Estadual, Celso Woyciechowski, dentre outras expressivas  lideranças do PT gaúcho.

Em Santiago,  vários militantes petistas já manifestaram que integrarão a corrente, como é o caso de Ruben Finamor e  José Nunes Garcia (ex-presidentes do PT no município),  da professora Liamara Guarda Finamor, do  sindicalista e funcionário público Luis Prestes (Mulita), assim como de  vários  pré-candidatos à  vereança pelo PT (que terão seus nomes divulgados no evento). 

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19 janeiro 2012

Elis



*Atrás da Porta - de Chico Buarque e Francis Hime, com  Elis Regina (1973)

Por que o ódio?!


 Por que o ódio da imprensa a José Dirceu?

        Por Gilson Caroni Filho*


'Questões de justiça são questões de princípio. Ao contrário do que pensam a imprensa golpista, seus intelectuais orgânicos e acadêmicos subservientes.'

Em raras ocasiões, na conturbada história política brasileira, houve tamanha unanimidade em torno de qual deve ser o destino de um ator político relevante.  Diariamente, em colunas e editorias dos jornalões, em solenidades com acadêmicos e políticos de extração conservadora, em convescotes de fim-de-semana da burguesia “cansada”, todos os que chegam aos holofotes da  mídia proferem a mesmíssima sentença: é preciso banir de uma vez por todas da vida pública o ex-ministro José Dirceu.

O comando dessa unanimidade  é pautado por um curioso senso de urgência. Não há pressa para atenuar os problemas estruturais do país e suas estruturas arcaicas. Só se fala em ação imediata quando o assunto é condenar o  “chefe da quadrilha”, montada a partir do Palácio do Planalto para comprar apoio político no Congresso. Poucas vezes, em um lance da política, tantos conseguem perder ao mesmo tempo e na mesma dimensão. Na sua sanha inquisitorial, a grande imprensa dá mostras de pusilanimidade, de um espetáculo de fraqueza para dentro de si mesma e de leviandade para fora. Sai em frangalhos, mas persevera no que considera  uma questão de honra.

Pouco importa que falte materialidade e provas, é preciso requentar o noticiário para criar condições políticas que permitam ir adiante. Mas afinal o que move o ódio a José Dirceu? O que o torna inimigo público de um esquema de forças que, em passado recente, foi impecável em sua trajetória de encurralar o país, em nome do desvairado fundamentalismo de mercado?

Desde 2002, paira sobre Dirceu o estigma de maquiavelismo. Seria apenas um homem de poder,  basicamente orientado para sua conservação, um homem do contingente, que não faz  política para a história? Os fatos e o decurso do tempo respondem à acusação.  O que torna impossível à grande imprensa aceitar um retrato favorável do ex-ministro é a sua originalidade como operador político de esquerda.

Todos sabemos que  um fato notável da política brasileira é que, apesar de sucessivos deslocamentos políticos, desde a redemocratização do país, a hegemonia dos processos de transição encontra-se com a mesma burguesia, condutora  do golpe de 1964. Hábil nas transações com o capital estrangeiro, das quais auferiu vantagens para fortalecimento próprio, a burguesia brasileira não foi menos sagaz no manejo do jogo político.

Comprova-o a obra-prima que foi a eleição de Tancredo Neves (por mecanismo antidemocrático imposto pelo regime militar), os anos Collor e os dois mandatos de FHC. Para termos noção do que isso representou, até o PT, oposto à coligação tancredista, não deixou de sentir a sua pressão, que lhe provocou rachaduras parlamentares e perda de apoio em setores expressivos da classe média.

Desde a política de alianças que levou Lula à presidência, em 2002, às articulações na Casa Civil, Dirceu frustrou expectativas que alimentavam os cálculos das elites desde sempre encasteladas nas estruturas do Estado. O PT que chegava ao poder seria um partido atordoado por suas divisões internas e mergulhado em indefinições estratégicas. Um desvio de curso que não teria vida longa.

A direita apostava na incapacidade do PT em administrar o pragmatismo de um estado corrupto e patrimonialista, como o nosso. Lembram-se do Bornhausen e do Delfim? Previam, no máximo, dois anos de governo para o PT em meio a crises institucionais. Coube ao Zé Dirceu, o “mensaleiro”, a função de viabilizar a governabilidade de Lula e não permitir que esse governo fosse vítima de crises agudas e sucessivas.

Quando Dilma Vana Rousseff, oito anos depois, foi eleita a primeira mulher presidente da República do Brasil, com mais de dez pontos de vantagem sobre seu adversário, José Serra, muitos exaltaram a força  do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Do alto de seu capital político, Lula teria passado por cima do PT, escolhido sua candidata e conseguido eleger como sucessora uma ex-assessora de perfil técnico, estabelecendo um fato inédito: o terceiro mandato presidencial consecutivo para um mesmo partido eleito democraticamente.

Nada disso está incorreto, mas peca pela incompletude.  Ferido, contundido nos seus direitos, o operador político José Dirceu teve um papel fundamental para o aprofundamento da democracia brasileira. Talvez, quando o então presidente do TSE, Ricardo Lewandowski, confirmou oficialmente a vitória de Dilma, Dirceu tenha cantarolado os versos de Aldir Blanc: “Mas sei / que uma dor assim pungente / não há de ser inutilmente”.

Questões de justiça são questões de princípio. Ao contrário do que pensam a imprensa golpista, seus intelectuais orgânicos e acadêmicos subservientes.

*Gilson Caroni Filho é professor de Sociologia das Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha), no Rio de Janeiro, colunista da Carta Maior e colaborador do Jornal do Brasil

Fonte: Sítio Vi o Mundo:  http://www.viomundo.com.br

Foto: O então líder estudantil Zé Dirceu discursando numa manifestação contra a ditadura  militar.  (São Paulo,1968).

18 janeiro 2012

Jornalismo B



Todo apoio ao Jornalismo B!

(...) 'Apoiar o Jornalismo B Impresso é apoiar a mídia alternativa e a luta pela democratização da comunicação, um caminho indissociável da luta por uma sociedade verdadeiramente democrática.' (...)

CLIQUE AQUI para ler, na íntegra (e assistir ao vídeo da Catarse).

Raupp e Mercadante assumirão ministérios


Começa a reforma ministerial

Aloizio Mercadante vai assumir o Ministério da Educação; Marco Antônio Raupp é o novo titular da Ciência e Tecnologia

O ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante (na foto acima  com o governador Tarso), vai substituir Fernando Haddad no Ministério da Educação. A informação foi dada pela ministra-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Helena Chagas. Para o lugar de Mercadante no Ministério da Ciência e Tecnologia, irá o atual presidente da Agência Espacial Brasileira, o gaúcho Marco Antônio Raupp.

“A presidenta da República, Dilma Rousseff, agradece o empenho e a dedicação do ministro Haddad à frente de ações que estão transformando a educação brasileira e deseja a ele sucesso em seus projetos futuros. Da mesma forma, ressalta o trabalho de Mercadante e Raupp nas atuais funções, com a convicção de que terão o mesmo desempenho em suas novas missões”, diz a nota divulgada pela Secom.

A posse e a transmissão de cargo dos novos ministros serão realizadas no próximo dia 24 de janeiro.

Segundo Helena Chagas, tanto o novo ministro quanto Mercadante e Haddad irão participar da reunião ministerial marcada para 23 de janeiro.
 

17 janeiro 2012

Elis - 30 anos...

FM Cultura traz programação especial em homenagem à Elis Regina

Porto Alegre/RS - A partir desta quarta (18), a FM Cultura 107,7 presta uma homenagem à Elis Regina, uma das maiores cantoras brasileiras, falecida no dia 18 de janeiro de 1982. Uma programação especial aborda a trajetória da artista porto-alegrense, por meio de entrevistas e álbuns que marcaram sua carreira. A FM Cultura apresenta, ainda, os módulos "Para Sempre Elis", de 19 a 22 de janeiro, com depoimentos de diversos artistas sobre a intérprete. Confira a programação completa, acessando http://www.fmcultura.com.br

Cultura Documenta O programa apresenta um especial que destaca a trajetória de Elis Regina, de Porto Alegre para o mundo. O Cultura Documenta destaca entrevistas com Ary Rego, Nelson Motta, Belchior, Lô Borges, entre outros personalidades que fizeram parte da vida de Elis.
Quarta, 18/01, às 22h
Reprise no domingo, 22/01, às 00h

Cultura na Mesa Entrevista com o jornalista, crítico musical e amigo da cantora, Juarez Fonseca.
Quinta, 19/01, às 17h

Conversa de Botequim Apresenta músicas como Velha Roupa Colorida, Madalena, Como Nossos Pais e Moda de Sangue. O Conversa recebe no estúdio o cantor e compositor Jerônimo Jardim, amigo de Elis Regina, e apresenta também uma entrevista com o jornalista Sérgio Cabral.
Quinta, 19/01, às 17h

Estação Cultura Informações sobre o evento 30 Anos Sem Elis, que acontece na quinta, 19/01, a partir das 22h, na Casa de Teatro.
Quinta, 19/01, às 18h

Sessão Jazz O programa destaca a histórica apresentação de Elis no Festival de Jazz de Montreux, na Suíça, em 1979. O disco do show foi lançado em 1982, após a morte de Elis, que não havia gostado da qualidade de áudio da gravação.
Quinta, 19/01, às 22h

Contemporânea O programa mostra o CD Pimenta, trabalho instrumental do flautista Carlos Malta, realizado com as canções que fizeram parte do repertório de Elis. Entre elas, a música Nada Será Como Antes.
Sábado, 21/01, às 18h

Texto: Anahy Metz - Edição: Redação da Secom (51) 3210-4305 - http://www.estado.rs.gov.br/

16 janeiro 2012

Abertas as inscrições para contratação de professores


Seduc recebe inscrição para cadastro de contratação temporária

Porto Alegre/RS - A Secretaria da Educação (Seduc) recebe até a próxima quarta-feira (18) inscrições de professores para o Cadastro de Contratações Temporárias. As vagas são para Ensino Fundamental - Anos iniciais, Ensino Fundamental - Anos iniciais/Educação Especial e Educação Indígena; Ensino Fundamental - Anos finais; Ensino Médio e Educação Profissional.

Os bancos serão providos por Coordenadoria Regional de Educação (CRE) e Município. As inscrições devem ser realizadas pelo site da Seduc (www.educacao.rs.gov.br) ou nas sedes das 26 CREs que têm vagas a oferecer, de segunda a sexta-feira, das 9h às 11h30 e das 14h às 17h. O endereço das sedes pode ser acessado no item Coordenadorias Regionais, no menu principal deste site.

O edital 01/2012, que dispõe sobre a matéria - escolaridade e documentos exigidos, critérios para seleção, classificação e desempate, admissão e anexo com a relação das disciplinas que recebem inscrição, por CRE e Município - foi publicado na edição de quinta-feira (12) do Diário Oficial do Estado do Rio Grande do Sul. A edição desta sexta-feira (13) traz publicada retificação referente à 6ª CRE (Santa Cruz do Sul).

A seleção e a classificação dos candidatos serão realizadas por comissão integrada por um representante da respectiva CRE, um do Cpers/Sindicato, um do Círculo de Pais e Mestres e um da Escola Técnica correspondente, nos casos em que couber. Esta comissão terá prazo de até 10 dias, após o encerramento do período de inscrição, para a seleção e classificação.

Podem efetivar inscrições professores interessados em lecionar na abrangência das seguintes Coordenadorias Regionais: 1ª - Porto Alegre, 2ª - São Leopoldo, 3ª - Estrela, 5ª - Pelotas, 6ª - Santa Cruz do Sul, 7ª - Passo Fundo, 9ª - Cruz Alta, 10ª - Uruguaiana, 11ª - Osório, 12ª - Guaíba, 13ª - Bagé, 14ª - Santo Ângelo, 15ª - Erechim, 16ª - Bento Gonçalves, 17ª - Santa Rosa, 19ª - Santana do Livramento, 20ª - Palmeira das Missões, 21ª - Três Passos, 23ª - Vacaria, 24ª - Cachoeira do Sul, 25ª - Soledade, 27ª - Canoas, 28ª - Gravataí, 35ª - São Borja, 36ª - Ijuí e 39ª - Carazinho.

Texto:Patrícia Coelho - Edição: Redação Secom (51) 3210-4305 - http://www.estado.rs.gov.br/

13 janeiro 2012

'Hoje é treze sexta-feira, prenda minha...'















Prenda Minha

Hoje é treze sexta-feira, prenda minha
É dia de louvação
Me fugiram os amigos mais antigos
Me deste consolação

Já passaram muitas luas, prenda minha
Muitas luas já passei
Fiz promessa pro negrinho, coitadinho
Por isso que eu te encontrei

Acho cedo muito cedo, prenda minha
Pra dizer que escureceu
Foi a noite dos teus olhos, prenda minha
Que acordou os olhos meus

Foi teu riso disfarçado, prenda minha
Que laçou o meu bem querer
Se eu fugir do sul do mundo, num segundo
Voltarei pra te rever

Abre o poncho desta alma, prenda minha
Que eu preciso me abrigar
Se o inverno for intenso, como penso
Muito frio eu vou passar

Hoje é treze sexta-feira, prenda minha
É dia de louvação

                   Telmo de Lima Freitas

12 janeiro 2012

As palavras e as coisas...

 

 As palavras e as coisas: sobre as ditaduras

 

  Por Emir Sader*

O flagrante dos otavinhos ao ter chamado a ditadura militar de “ditabranda” se repete no Chile. O governo neo-pinochetista de Sebastian Piñera aprovou no Congresso a substituição de ditadura militar por “governo militar” nos textos escolares e o de Pinochet de general e não de ditador. A trama fracassou lá também, mas deixa lições.

Que importância tem chamar as coisas pelos seus nomes? Dizer que ditadura foi ditadura e não ditabranda ou governo militar ou “regime autoritário” (como o chama FHC em suas análises)?

Chamar ditadura de ditadura é dizer que é o oposto de democracia. Dizer que se tratou de uma ditadura militar, quer dizer que as FFAA, como instituição, violaram as atribuições constitucionais, e assumiram o poder do Estado.

Chamar aquele regime de “autoritário” ou de “ditabranda” ou de “governo militar” é esconder sua natureza essencial: de governo imposto pela força das armas, derrubando a um governo legalmente constituído.

Quando os órgãos da velha mídia brasileira chamam Castello Branco, Costa e Silva, Garrastazu Medici, Ernesto Geisel, e Joao Figueiredo de presidentes ou de ex-presidentes e não de ditadores, está equiparando-os aos que foram eleitos pelo voto popular e escondendo seu caráter essencial de governantes apoiados na força das armas e não na vontade popular.

Esconder a natureza de ditadura militar serve para tentar esconder o papel que teve essa mesma mídia ao pregar contra o governo democraticamente constituído, alegando que preparava um golpe e caracterizar o movimento golpista como de “salvação da democracia em perigo”. O famoso “pega ladrão”, que serviu para acobertar justamente o que diziam que buscavam evitar: um golpe e a instauração do mais brutal regime que nossa historia conheceu, uma ditadura militar.

Chamam - como fez a própria ditadura, que eles apoiaram – os seus opositores de “terroristas”, a forma de desqualificar os que, ao contrário deles e contra eles, resistiram, lutaram contra a ditadura, jogando sua vida nesse embate. Alegam que os que lutavam contra a ditadura queriam instaurar aqui outro tipo de ditadura. Uma leitura de intenções muito particular de quem pregou o golpe militar alegando que ia ser dado um golpe militar. Enquanto que o que os militares, com seu apoio e conivência, realmente deram foi um golpe, instauraram uma ditadura militar e um regime de terror durante mais de duas décadas.

Chamar democracia de democracia e ditadura de ditadura, conta. FHC chamou a ditadura de “autoritarismo”, e a democratização do país simplesmente de luta contra “os resquícios autoritários”. A partir dessa visão, a democratização era uma operação política superficial, de tirar a maquiagem de um regime autoritário para que ele se tornasse democrático. Apenas desconcentrar o poder político em torno do Executivo e desconcentrar o poder econômico em torno do Estado, como foi a concepção de FHC, que terminou predominando no Brasil, em que as estruturas de poder – dos bancos, da terra, dos meios de comunicação, entre outros – não foram tocadas.

Assim, pelo que se entendia por ditadura – ou autoritarismo – se pode entender o que cada um entende por democracia. Se simplesmente a igualdade jurídica proposta pelo liberalismo ou se profunda democratização das estruturas econômicas, sociais, políticas, da sociedade.

Chamar as coisas pelo seu nome é mais do que um problema nominal. É nomear seu conteúdo, suas determinações sociais, suas características políticas. As coisas não se reduzem a seus nomes, mas os nomes designam – ou escondem – a natureza de cada coisa.

*Emir Sader é sociólogo, professor universitário e militante de esquerda. É colunista da Carta Maior, fonte desta postagem.
**Foto: A então jovem militante Dilma Rousseff, com 22 anos,  determinada e corajosamente enfrentando os inquisidores da ditadura militar brasileira (que,  na foto, por vergonha ou covardia,  escondem a cara).

11 janeiro 2012

Enfrentando a estiagem no RS - II


Governo prepara anúncio de medidas para amenizar os efeitos da estiagem

Porto Alegre/RS - O governador em exercício, Adão Villaverde, coordenou no Palácio Piratini, nesta quarta-feira (11), uma reunião com integrantes da Sala de Situação, criada para tratar da questão da estiagem no Rio Grande do Sul. O objetivo do encontro foi atualizar as medidas que estão sendo adotadas em cada órgão do Governo para o atendimento das demandas ocasionadas pela falta de chuvas.

Uma comitiva de secretários já está em Brasília tratando da liberação de recursos da União para o Estado. Os secretários de Obras Públicas, Irrigação e Desenvolvimento Urbano, Luiz Carlos Busato, de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, Ivar Pavan, e o coordenador da Defesa Civil no Estado, tenente-coronel Oscar Moiano, estão na Capital Federal desde a terça-feira (10) tratando do tema com integrantes do Ministério do Desenvolvimento Agrário e da Agricultura.

A reunião desta quarta-feira contou com a participação dos titulares das secretarias de Planejamento, Gestão e Participação Cidadã, João Motta, de Habitação e Saneamento, Marcel Frison, Gabinete dos Prefeitos e Relações Federativas, Afonso Motta, o Chefe de Gabinete do Governador, Vinícius Wu, e o Chefe da Casa Civil, Carlos Pestana, além de representantes de várias outras secretarias.

Novo decreto de emergência coletivo

No próximo sábado (14), o Governador Tarso Genro fará um sobrevôo na região de Ijuí e assinará novo decreto de emergência coletivo no município de Jóia. Acompanharão a visita os Ministérios do Desenvolvimento Agrário, e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Na ocasião, serão anunciadas novas medidas que estão sendo trabalhadas pela Sala de Situação.

Texto: Letícia Vargas

Foto: Caroline Bicocchi  - Fonte: http://www.estado.rs.gov.br/

Villaverde assume o governo do RS

  
Deputado Adão Villaverde assumiu interinamente o governo gaúcho

Governador em exercício transmitiu o cargo ao presidente da Assembleia Legislativa

Porto Alegre/RS - Em cerimônia realizado na manhã desta quarta-feira (11), no Palácio Piratini, o governador em exercício Beto Grill transmitiu o cargo ao presidente da Assembleia Legislativa, Adão Villaverde (PT). Grill embarcou ao meio-dia para Montevidéu, liderando uma comitiva gaúcha ao país vizinho. A meta é firmar acordos comerciais e debater questões bilaterais. "A transmissão de cargo é um processo tranquilo e constitucional", afirmou Beto Grill. "O Villaverde tem acompanhado diuturnamente a condução do Executivo, tem informações suficientes, capacidade e experiência para conduzir o Estado durante estes dias com total competência para tomar as decisões que sejam necessárias", acrescentou o vice-governador do Estado.

O deputado Adão Villaverde (à esquerda na foto acima,  na AL, com este blogueiro) assume interinamente o Governo gaúcho até sexta-feira (13), quando o governador Tarso Genro volta ao Rio Grande do Sul, depois de curto período de férias. "Vamos dar continuidade ao trabalho que Beto Grill executou nos últimos dias de forma qualificada. Tenho clara a importância deste período que vive o Estado, principalmente nesta delicada situação de seca e estiagem. Vou acompanhar as medidas da presidente Dilma que estamos prevendo para o dia de hoje, e dar todo o apoio aos nossos secretários que estão em Brasília em busca de recursos", disse Villaverde.

Agenda intensa 

O agora governador em exercício, Adão Villaverde, terá uma agenda intensa, com reunião da Sala de Situação para verificar o monitoramento das ações e iniciativas do Governo, sanção de um conjunto de projetos, anúncio de recursos de apoio à vários setores da sociedade e um conjunto de iniciativas referente ao cotidiano do Executivo. É a primeira vez que o atual presidente da Assembleia assume o cargo.

Texto: Raquel Wünsch - Foto: Tiago (Ass. Gab. Dep. Villaverde) - Edição: Redação da Secom (51) 3210-4305 - Via http://www.estado.rs.gov.br/  - Edição final deste blog