31 julho 2021

Afastar Bolsonaro é prioridade nacional

 

          Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução)


Por Alex Solnik*

Além de colocar em dúvida, sem provas, a lisura do sistema eleitoral brasileiro, o que é crime de responsabilidade, e mentir desbragadamente, Bolsonaro cometeu, na sua live de ontem, um crime ainda maior.

Denunciou, também sem provas, uma suposta conspiração contra ele que estaria sendo orquestrada pelo presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, mancomunado com o ex-presidente Lula.

Mais grave ainda: convocou a população a ir às ruas em apoio ao seu delírio autoritário, na esperança de provocar tumulto e gerar “comoção grave de repercussão nacional” que justifique, de acordo com o artigo 137 da constituição federal, a decretação do estado de sítio e impossibilite a realização da eleição de 2022.

Depois de provocar centenas de milhares de mortes de brasileiros por incúria, negligência e irresponsabilidade no combate à covid-19, ocupa-se, agora, em matar a democracia, em vez de se debruçar sobre os graves problemas que o país enfrenta. Já percebeu que nas urnas será derrotado.

E não dá sinais de desistir nem mesmo se o Congresso derrubar o voto impresso.

Está cada vez mais claro que só teremos eleições livres, limpas e democráticas com ele fora do poder.

Afastar Bolsonaro antes de 2022 - seja por impeachment, doença ou renúncia - é prioridade nacional. 

 

*Fonte: Brasil247

26 julho 2021

COMO FOI O #24J EM SANTIAGO/RS

Assim como ocorreu em centenas de cidades brasileiras (dezenas  no exterior), santiaguenses também foram às ruas na manhã deste sábado, #24J, para demonstrar sua insatisfação com o desgoverno genocida, responsável maior pela situação caótica vivenciada no Brasil (aumento desenfreado da pandemia, desemprego, fome, miséria, corrupção, autoritarismo, entreguismo do patrimônio do povo brasileiro, etc.), exigir #Fora Bolsonaro!, #Auxílio Emergencial Digno!  e #Vacina para Todos, Já!, dentre outras reivindicações. 

O Ato Unitário teve participação de entidades democráticas e sindicais (Coletivo Sobre Elas, CPERS, Funcionários da Corsan, Movimento Povo na Rua), trabalhadores, aposentados, estudantes, Deputado Estadual Valdeci Oliveira (PT/RS), dirigentes e militantes do Partido dos Trabalhadores (PT).

Abaixo, registramos algumas fotos da manifestação realizada na 'Esquina Democrática' (Praça Moisés Viana com a Av. Getúlio Vargas, centro da cidade):










Fotos: Redes Sociais

23 julho 2021

ATO #24J - TODXS LÁ!!!

 


*Esquina Democrática de Santiago/RS: Esquina da Praça Moisés Viana com a Av. Getúlio Vargas (1ª quadra do 'Calçadão').

- Todxs lá!!!!

16 julho 2021

Cuba e Brasil sob ataque não-convencional

"Somente em 2021 o Supremo Tribunal Federal decidiu anular os escandalosos processos contra Lula e também reconhecer a parcialidade e a suspeição do ex-juiz Sérgio Moro, mas a existência do lawfare, principal linha da defesa de Lula ou, por outro ângulo, o reconhecimento da perseguição política e da guerra não-convencional contra os interesses brasileiros, não foi expressamente admitido pela Corte" escreve Carol Proner, que completa: "Agora chega a vez de Cuba. E mesmo sendo uma realidade completamente diferente, aparece claramente a estratégia de desestabilização'

             Lula e protesto em Cuba (Foto: Reuters)

Por Carol Proner*

Quando a editora Expressão Popular publicou a tradução do livro de Andrew Korybko ao português, no final de 2018, lembro-me de que as reuniões de análise de conjuntura mudaram de perspectiva, passando a reconhecer também no Brasil as novas táticas dos Estados Unidos para derrubar governos.

O livro passou a circular nas rodas de debate político a partir de outubro daquele ano, quando a  Operação Lava Jato estava no auge do arbítrio. A estratégia jurídico-midiática havia levado Lula à prisão sob ameaça militar e passando por cima da garantia constitucional da presunção de inocência, tudo sob a aparente legalidade no apelo popular do combate à corrupção.

Outros abusos em sequência denunciavam a trama para sustentar as medidas de exceção, e nem mesmo a ONU, malgrado a decisão do Comitê de Direitos Humanos, foi capaz de garantir direitos políticos ao ex-Presidente. 

Em visita ao Vaticano em dezembro de 2018, juristas da Argentina e do Brasil discutiram com o Chefe da Igreja Católica documentos das forças armadas dos Estados Unidos assumindo a técnica de guerra híbrida também por intermédio do sistema de justiça. Era o lawfare em ação contra o kirchnerismo e o lulismo, uma estratégia cada vez mais explícita e extremamente eficaz quando comparada a uma guerra tradicional. 

Nas lições de Sun Tzu, o Mérito Supremo está em quebrar as resistências do inimigo sem lutar e, olhando em perspectiva, o caso brasileiro foi digno de honra ao mérito. A tese da guerra não-convencional ficou demonstrada com a humilhante colaboração de funcionários do sistema de justiça no centro da desestabilização dos interesses nacionais. Foram poucos os funcionários diretamente envolvidos, é verdade, mas foram incentivados pelo silêncio cúmplice de todo um sistema.

Somente em 2021 o Supremo Tribunal Federal decidiu anular os escandalosos processos contra Lula e também reconhecer a parcialidade e a suspeição do ex-juiz Sérgio Moro, mas a existência do lawfare, principal linha da defesa de Lula ou, por outro ângulo, o reconhecimento da perseguição política e da guerra não-convencional contra os interesses brasileiros, não foi expressamente admitido pela Corte. 

Em rara manifestação, um dos Ministros do STF, Ricardo Lewandowsky, expôs claramente tratar-se de ilegalidade de agentes públicos na cooperação internacional em matéria penal, mas trata-se de indícios ainda pendentes de exaustiva investigação e que não prosperam por falta de vontade política e institucional.

Este não é um problema somente para o Brasil. O caso brasileiro é só o mais eloquente. Argentina, Chile, Bolívia, Paraguai, Equador, Peru e atualmente também países centro-americanos, na estratégia Biden-Kamala Harris, recebem atenção do Departamento de Justiça dos Estados Unidos para temas de combate à corrupção. O México, país prioritário em todo tipo de ingerência, tem buscado formas de defesa soberana especialmente contra ONG’s de transparência duvidosa.

Agora chega a vez de Cuba. E mesmo sendo uma realidade completamente diferente, aparece claramente a estratégia de desestabilização. Aliás, uma das características das guerras indiretas é exatamente o hibridismo nos meios e métodos, a mutabilidade das técnicas invisíveis, sorrateiras e em defesa das pretensões universais como democracia, liberdade, o fim das ditaduras,  o combate às drogas, ao terrorismo e à corrupção. Além do mais, nós também sofremos as jornadas de 2013 preparando a desestabilização de 2016. 

Em artigo recente, o jornalista Guga Chacra, ao sugerir que os protestos poderão levar a uma “primavera cubana” parece fazer eco à estratégia internacional de desestabilização da Ilha. Ao mesmo tempo, é preciso reconhecer razão no argumento do jornalista do jornal O Globo. Lá estão todos os elementos teóricos e estratégicos das revoluções coloridas havidas no oriente médio a partir de 2010: as ONGs com financiamento internacional, a propaganda, os discursos públicos, as marchas insurgentes, a fabricação de consensos, a guerra social em rede e várias adaptações não violentas teorizadas e experimentadas para levar ao fim de um regime.

Os protestos em Cuba, naquilo que possuem de legitimidade, trazem um dilema. Como podemos nos defender de um ataque híbrido? Como criar um sistema defensivo eficaz quando a mecânica central deste tipo de guerra silenciosa se vale de valores humanitários e solidários defendidos ideológica e sinceramente pelos movimentos sociais e populares? Eis um grande desafio para as sociedades democráticas e hiperconectadas do século XXI. Mas diferentemente do Brasil, o que não há em Cuba são funcionários subservientes e traidores dos interesses soberanos. Isso é coisa de Brasil.

*Doutora em Direito, professora da UFRJ, diretora do Instituo Joaquín Herrera Flores – IJHF - Via Brasil247

15 julho 2021

"Prisão de Lula foi projeto dos Estados Unidos", diz Oliver Stone no Festival de Cannes

O diretor prepara um novo filme no qual o ex-presidente petista será o principal personagem e que deve ficar pronto no primeiro semestre de 2022.

       Oliver Stone e Lula (Foto: Reuters | Felipe L. Gonçalves/Brasil247)

“A prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a Operação Lava Jato teve por trás o interesse do governo dos Estados Unidos de desestabilizar líderes latino-americanos de esquerda, afirmou nesta quarta o diretor de cinema americano Oliver Stone, de 74 anos”. A informação é do jornal Folha de S.Paulo.

“Pegaram o Lula com a Lava Jato, foi selvagem, uma história suja”, afirmou Stone, que está em Cannes para a estreia de seu novo documentário “JFK Revisited: Through the Looking Glass”, sobre a morte do presidente americano John Kennedy.

O diretor prepara um novo filme no qual o ex-presidente petista será o principal personagem e que deve ficar pronto no primeiro semestre de 2022. 

Ele ressalta que a  condenação de Lula é consequência do projeto americano de patrulhar o mundo. “É duro, é uma guerra em curso o que está acontecendo”, afirmou ele.

*Via https://www.brasil247.com/


11 julho 2021

A incrível cara de pau da elite brasileira



                      Eliane Cantanhêde. Foto: Reprodução/Globo

Por Fernando Brito, no Tijolaço*

Quando a gente acha, neste otimismo generoso que deve caracterizar quem crê na democracia, que as elites brasileiras estão se vergando a realidade e verificando que o país se volta para Lula como esperança de superar tudo o que de desastroso e odiento se instalou no Brasil sob Bolsonaro, eis que surgem suas vozes mostrando que, incorrigíveis, tudo o que lhes passa pela cabeça é que, sem voto, possam chegar ao poder na garupa de quem, uma vez lá, possam descartar ou manietar para que tudo possa continuar essencialmente igual, com a diferença de que mais bem educado.

Em 2018, não fizeram isso com o próprio ex-capitão ora presidente, na esperança de que ele fosse domado de suas inconveniências e amansado de seus arroubos autoritários?

Deu, como é patente, num bicho tão xucro e perigoso que ameaça partir os cristais da própria democracia, com os cascos a dar no vidro das eleições.

Agora, quando as pesquisas eleitorais revelam que a população, sozinha, encontrou o caminho para corrigir a quadra desgraçada de nossa história a que nos lançaram com Bolsonaro, lá vem eles com os parquíssimos votos que seus preferidos podem amealhar dizer, candidamente: “ah, não, mas Lula tem muitas resistências, quem sabe não seria melhor outro, mais palatável…”

É o que faz hoje no Estadão a inefável Eliane Cantanhêde, a eterna “colunista da massa cheirosa” com uma ideia “genial”: Lula abriria mão de ser candidato a Presidente e aceitaria ser vice de outro, não importa quem fosse, para ser vice numa chapa encabeçada por alguém que ela, a um ano e um tico das eleições, diz que virá dos “os líderes que o passado nos lega e o futuro já nos oferece, nos três Poderes, nas organizações, na iniciativa privada.”

“Com Lula disputando a volta à Presidência, e com grandes chances, aprofundam-se a polarização e esvaem-se as soluções. Com Lula trocando a vaga na chapa pelo papel histórico de arquiteto e líder da união nacional, ele mantém sua capacidade poderosa de atrair votos, mas desanuvia-se o ambiente, tira-se a motivação de parte dos votos em Bolsonaro e abre-se a porta para uma nova era, inclusive na economia.

Além de decisiva para o Brasil, a solução pode ser conveniente para o próprio Lula. Ele tem milhares de motivos para ressentimento, mas seu maior troco é a vitória, o reconhecimento, não a volta à cadeira que ocupou por oito anos (…) Lula terá 77 anos em 2022 e 81 em 2026. Nada mal. Ele, porém, teve uma vida difícil e tem sérios problemas de saúde, além de… viver um novo amor. O que ganharia assumindo a rotina de presidente, com críticas, pedradas, cargos, reuniões e chateações?”

Que meigo! Como ela quer o bem do ex-presidente: o belo Palácio do Jaburu, residência oficial do vice, linda casa com comida e roupa lavada, carro oficial bacana e, sobretudo, nada para fazer e ficar curtindo seu amor outonal!

E como conseguir essa maravilha? Simples, mercadejando a confiança que recebe do povo brasileiro, manifestada nas pesquisas eleitorais, com qualquer outro – o mais bem colocado tem intenção de voto cinco vezes menor que a dele! – e ganhando em troca a “maré mansa” de quatro anos paradisíacos. De maneira mais direta: vendendo as esperanças do povo brasileiro em troca de vantagens pessoais.

Nada que difira, aliás, do que fazem os políticos convencionais.

Vão vendo como a colunista repete, tosca e melosamente, a fábula da raposa que elogia o canto da gralha para que esta solte o queijo que traz no bico…

Mas, se você apurar bem o ouvido verá que isso é, na verdade, o mudo “ele, não” que a elite brasileira sempre tem na cabeça quando se trata de aceitar a ideia de que o Brasil possa ser governado por um filho do próprio povo que, não importa o que tenha já provado em fazê-lo traz, na testa, o estigma de não ser alguém integrado ao pensamento medíocre de que o país não precisa apenas de um gerente, mas de uma expressão de identidade, afirmação e estímulo.

Suavemente, com todos os modos e generosidades, apoiam os vetos da extrema-direita a Lula e a intolerância que eles próprios ajudaram a construir.

*Via https://www.diariodocentrodomundo.com.br/

08 julho 2021

VÍDEO – Heinze ataca Flávio Dino e reclama de governadores “se promovendo”

 

Senador Luis Carlos Heinze, o “Rancho Queimado”. Foto: Reprodução/Twitter

Do DCM - Senador Luis Carlos Heinze, o “Rancho Queimado”, reclamou na CPI nesta quinta (8) de governadores “se promovendo” com vacinas enviadas pelo governo Bolsonaro.

LEIA – Citada pelo bolsonarista Heinze na CPI, Rancho Queimado fracassa no combate à pandemia com o kit covid

Heinze tocou áudio recebido no celular com uma propaganda pró-vacina que cita o governador Flávio Dino.

LEIA MAIS – “Rancho Queimado” explode nas redes com Heinze sendo criticado por Pasternak

Rancho Queimado atacou Dino, portanto.

Veja.

Tá ruindo...

 


*Charge do Latuff

-Via https://www.brasildefato.com.br/

07 julho 2021

Lula vence Bolsonaro em vários cenários em 2022, diz pesquisa

 

               Jair Bolsonaro e Lula. (Crédito: Alan Santos/Reprodução/AFP)

Lula vence Jair Bolsonaro em qualquer cenário de 2022, segundo pesquisa Genial/Quaest.

O petista tem preferência de 43% a 45% dos entrevistados, enquanto o presidente tem apenas 28% a 29%.

Ciro Gomes segue em terceiro lugar, com 10% e 11%.

Em pesquisa espontânea, Lula lidera com 21% de preferência, 3% a frente de Bolsonaro (18%).

Num segundo turno, o ex-presidente venceria com 53% contra 33%.

1,5 mil pessoas foram entrevistadas nas 27 capitais brasileiras, totalizando 95 cidades pelo Brasil.

*Fonte: DCM

04 julho 2021

ATO 3J - SANTIAGUENSES TAMBÉM SE MANIFESTARAM POR #FORA, BOLSONARO!

 


O Ato Político e Unitário #Fora Bolsonaro Genocida realizado ontem em Santiago/RS, a exemplo do que ocorreu em grande parte do país (vide postagem abaixo), foi – proporcionalmente - bastante expressivo.

O Ato foi articulado por estudantes, professores, movimentos sociais, dirigentes e militantes do CPERS, PT e PCO.

Foto: Júlio Garcia, da direção do PT/Santiago-RS


Foto: Iara Castiel, vice-presidenta do PT/Santiago

Foto: Julia Scalvenzi, do PCO/Santiago

Todos os cuidados relativos ao distanciamento social, uso de máscaras e de álcool gel foram orientados - e obedecidos. O próximo Ato por #Fora, Bolsonaro já está marcado para acontecer dia 24 de Julho.

-Abaixo, mais fotos do Ato ontem realizado em Santiago/RS:


Foto: Gianine Bolzan Cogo, do PT/Santiago, Cpers 
 e Coletivo Sobre Elas       


Foto: Josieli Miorim, do Coletivo sobre Elas




*Fotos via Redes Sociais

Má gestão na pandemia e suspeita de corrupção mobilizam milhares pelo Fora, Bolsonaro

Atos convocados pela "Campanha Fora, Bolsonaro" foram registrados em todos os estados e no DF, além de outros paísesDownload

Em Brasília, manifestante usa cópias de cédulas de dólar com imagem de Bolsonaro para protestar contra suposto esquema de corrupção - Sergio LIMA / AFP

Agendadas com um intervalo de apenas uma semana, as manifestações deste sábado (03) levaram milhares de pessoas às ruas em todos os estados e no Distrito Federal e mantiveram a mobilização registrada nos atos dos dias 29 de maio e 19 de junho. 

:: Repercussão: Veja transmissão do Brasil de Fato e da TV sobre as manifestações #3J ::

A avaliação da organização dos atos, coordenados pela Campanha Fora, Bolsonaro, é de que as revelações feitas pelos depoimentos na CPI da Covid, no Senado, que associam o governo Bolsonaro a um suposto esquema de corrupção envolvendo a compra de vacinas, aumentaram a indignação do povo brasileiro

O sentimento foi reforçado após a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber autorizar inquérito para investigar Bolsonaro pelo crime de prevaricação no caso da compra das vacinas Covaxin.

:: Análise da semana: Dominguetti joga emaranhado de fios soltos no colo da CPI da Covid ::

O clima provocado pelas denúncias gerou a necessidade de incluir uma nova atividade nas ruas, a primeira após a apresentação de um superpedido de impeachment contra o presidente, assinado por diversas forças políticas da oposição.  Não à toa que, em algumas cidades, os manifestantes usaram cédulas de dólar para protestar contra o suposto esquema.

Na Avenida Paulista, manifestantes fazem menção à suspeita de negociação de propina de 1 dólar por dose da Covaxin / Elineudo Meira

Além do impeachment do presidente Jair Bolsonaro, as mobilizações também cobraram mais agilidade na vacinação e auxílio emergencial no valor de R$ 600. Outras bandeiras, como o combate a privatização, a luta pela demarcação das terras indígenas, os direitos da população LGBTQIA+  e a preservação do meio ambiente, também ganharam espaço nas manifestações.

"Há uma mudança de organização do primeiro ato para esse. Muitos cartazes, que não tinham no primeiro ato, e muitas pessoas querendo trazer sua mensagem para população, ora sobre o tema da CPI, como a questão da vacina; ora trazendo informações sobre familiares que foram vítimas da covid-19 e ora pedindo, com todas as palavras, o Fora, Bolsonaro", observou João Paulo Rodrigues, da Coordenação Nacional do MST, em transmissão realizada pelo Brasil de Fato e pela TVT que repercutiu a dimensão dos atos nacionais. 

São Paulo

Em São Paulo, o ato se concentrou na Avenida Paulista, na parte da tarde, e reuniu milhares de manifestantes. A organização estima que mais de 100 mil pessoas participaram do ato. Personalidades políticas, como ex-ministro e ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, o coordenador nacional do MTST, Guilherme Boulos e a deputada federal e presidente nacional do Partido dos Trabalhadores(PT) Gleisi Hoffman participaram do ato. 

"As manifestações de hoje mostram claramente que a população brasileira não aguenta mais um governo genocida no poder. Com apenas uma semana de convocação, são mais de 300 atos marcados em todo Brasil e grandes multidões em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro. Isso demonstra o sucesso das mobilizações e a capacidade da população de ir às ruas fazer pressão pelo impeachment já", afirmou Josué Rocha, da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Sem Teto (MTST). 

"Nós temos os crimes. Agora falta só a responsabilidade do Congresso. E é só com pressão popular. A CPI tem sido fundamental para esclarecer as coisas. Tem sido fundamental para trazer à opinião pública as informações do que aconteceu", explicou a deputada federal Gleisi Hoffman, sobre a importância dos atos de rua como uma forma de pressionar pelo impeachment do presidente. 

Atos por todo país 

Em Porto Alegre, a mobilização também ocorreu no turno da tarde. Segundo cálculos da organização, mais de 50 mil pessoas caminharam entre o Largo Glênio Peres e o Largo Zumbi dos Palmares. Um público muito superior ao registrado no ato anterior. Um cenário parecido com Curitiba, no Paraná, que  conseguiu mobilizar mais de 10 mil pessoas neste sábado. Os manifestantes caminharam pelas ruas do Centro, seguindo um tradicional percurso das atividades políticas na capital. 

Em Brasília, o tema do impeachment prevaleceu. Os manifestantes fizeram uma intervenção cobrando do presidente da Câmara dos Deputados, o deputado federal Arthur Lira (PP-AL) a admissão dos pedidos de impedimento do presidente. 

Outras capitais registraram mobilizações durante todo o dia, como Fortaleza, João Pessoal, Maceió, Florianópolis e São Luís, além de cidades médias e pequenas do interior. Segundo a organização, foram mais de 360 cidades do Brasil e do exterior programadas para receber manifestações. 

*Edição: Vivian Virissimo - Via Brasil de Fato