30 setembro 2022

O debate na Globo e a candidatura Lula: oito conclusões

O debate não terá o condão de alterar a tendência de crescimento detectada nas últimas pesquisas. Como mostrou a pesquisa Datafolha de ontem, a onda Lula segue


    Lula no debate da Globo (Foto: Ricardo Stuckert)

Por Carol Proner*

1. ERA ESPERADO. Como já era esperado, Lula foi o mais provocado por todas as candidaturas que, de certa forma, coordenaram ataques maliciosos sobre o tema da corrupção do início ao fim. 

2. E SAIU-SE BEM. A reação de Lula diante da enxurrada de mentiras foi firme e altiva. Mesmo com os limites de tempo e a insistência dos adversários, desmascarou distorções e corrigiu o rumo da conversa para temas relevantes.

3. O CIRO DE SEMPRE. O comportamento ético-político de Ciro já não surpreende. Ainda assim, Lula o tratou cordialmente e, sempre que possível, subiu o nível do debate.

4. PARA ALÉM DA SORORIDADE. Tebet e Thronicke sempre empolgam a “sororidade” de quem reconhece o machismo na política. Porém, saindo da superfície, é notável a diferença de comportamento ético-político entre ambas. Destaco a forma correta com que a Simone Tebet tratou o tema do Celso Daniel, por exemplo.

5. NEOLIBERALISMO FASCISTA. Talvez nem seja relevante, por evidente, destacar o discurso alucinado das privatizações e a cumplicidade explícita do candidato do Novo com Bolsonaro a indicar a união de propósitos em eventual segundo turno.

6.UM IMPOSTOR. O falso Padre marcou o ponto de desqualificação e de desrespeito ao debate tanto para candidatos como para a emissora. A impaciência do jornalista e de Lula se justificam plenamente diante do descaramento de aparecer um impostor religioso na reta final das eleições.

7. ANTÍTESE e ANTÍDOTO. Lula é a antítese do falso padre, está ali inteiro e é o que é. Também cumpriu um papel de antídoto ou de ponto de aferimento para mentiras lançadas ao vento contra ele e contra o PT. Para quem leva a sério, não tem como deixar de reconhecer que é a única proposta consequente e com viabilidade.

8. EM SUMA, A ONDA SEGUE. Estima-se que o debate não terá o condão de alterar a tendência de crescimento detectada nas últimas pesquisas. Como mostrou a pesquisa Datafolha de ontem, a onda Lula segue.

*Doutora em Direito, professora da UFRJ, diretora do Instituo Joaquín Herrera Flores – IJHF - Fonte: Brasil247

21 setembro 2022

Campanha de Lula leva propaganda devastadora contra Bolsonaro à TV; assista

Prisão por indisciplina no Exército, omissão enquanto deputado, defesa da tortura, corrupção e volta da fome no Brasil: propaganda do PT não economizou na exposição do presidente



Por Ivan Longo, na Revista Fórum*A campanha do ex-presidente Lula (PT), líder em todas as pesquisas de intenção de votos para a presidência, levou à televisão, nesta terça-feira (20), uma propaganda política que já é considerada a mais dura crítica já feita a Jair Bolsonaro (PL) nesta campanha eleitoral. 

Intitulada "A verdade sobre Bolsonaro", a inserção expõe a vida de Bolsonaro desde quando era tenente no Exército, passando por sua fase como deputado e até chegar ao Palácio do Planalto. 

Com vídeos de falas do próprio presidente e recortes de matérias de sites e jornais, a propaganda diz, por exemplo, que Bolsonaro foi um "mau militar, preso por indisciplina", "deputado omisso" e "apoiador do regime militar que defende a tortura". Entre as matérias jornalísticas destacadas, consta uma da Fórum sobre o fato do presidente ter sido acusado de plano para explodir bombas em unidades militares em 1987. 

A peça política ainda cola em Bolsonaro a pecha de corrupto, expondo vídeo em que ele diz que "sonega tudo o que for possível" e lembrando que sua família comprou mais de 50 imóveis com dinheiro vivo. "Com as mulheres ele é agressivo, mas com o centrão é tchutchuca", diz ainda a narradora. 

"Esse é o Brasil de Bolsonaro. O povo fazendo fila para comprar osso. Milionários fazendo fila para comprar jatinho", afirma ainda a voz na propaganda, que é finalizada com uma declaração do presidente sobre "utilidade" das pessoas pobres. "Só tem uma utilidade o pobre no nosso país: votar. Título de eleitor na mão, e com o diploma de burro no bolso"

CLIQUE AQUI para assistir. 

20 setembro 2022

Brizolistas e trabalhistas conclamam por voto em Lula no 1º turno: “Não podemos correr riscos. Brizola, mais do que nunca, estaria ao lado do povo brasileiro”

 

Registros históricos de seis políticos brasileiros que nunca mudaram de lado, sempre se mantiveram junto ao povo. Da esquerda para a direita: Luís Carlos Prestes, Luiz Inácio Lula da Silva, Vivaldo Barbosa (na segunda fila), Leonel Brizola, Brandão Monteiro e Miguel Arraes. Fotos: Arquivos pessoais


No início de 1989, após a promulgação da Constituição de 1988, foi realizado no Rio de Janeiro o 1º Congresso Brasileiro do Socialismo Democrático. Leonel Brizola, presidente nacional do PDT, comandava os trabalhos.  Na foto, ele observa atentamente o deputado federal Brandão Monteiro (líder do PDT na Constituinte e no Congresso) discursando. Na foto, é possível identificar outros pedetistas históricos, entre os quais Alceu Collares, Abdias do Nascimento e Doutel de Andrade. Foto: Arquivo pessoal

MANIFESTO: BRIZOLISTAS E TRABALHISTAS APELAM POR VOTO EM LULA  NO 1º TURNO

Diante do quadro difícil que o Brasil atravessa, nós, brizolistas e trabalhistas que se identificam com os ideais de Leonel Brizola, filiados ao PDT, desfiliados, integrantes de outras legendas ou sem partido, apelamos para voto em Lula no 1º turno.

Muitos de nós trabalhamos nos governos Brizola, outros foram dirigentes do PDT ou estão em outros caminhos. Mas todos a perseguir as lições e as lutas de Brizola.

Reconhecemos a legitimidade das disputas. Mas, como Brizola fez em 2002, entendemos conveniente aos destinos do Brasil e do povo brasileiro a solução da eleição presidencial em 2 de outubro.

Luis Carlos Barreto, Barretão, ficha nº 10 do PDT

José Maurício Linhares Barreto, 1º deputado federal a se filiar ao PDT

Vivaldo Barbosa, deputado federal e constituinte pelo PDT, Secretário de Justiça do Governo Brizola, dirigente nacional e presidente do Diretório Rio do PDT

Luis Alfredo Salomão, deputado estadual e federal, constituinte pelo PDT, líder da bancada, Secretário Governo Brizola

Aloisio Oliveira, deputado estadual PDT e Secretário Governo Brizola

Leonel Brizola Neto, vereador no Rio de Janeiro e dirigente do PDT

Mário Del Rey, vereador no Rio de Janeiro PDT, dirigente partidário

Geraldo Moreira, fundador, vereador e deputado estadual pelo PDT

Martha Alencar, jornalista, coordenadora de comunicação da campanha de Brizola de 1982 e do primeiro Governo Brizola

Fundadores e dirigentes da Juventude do PDT

Charles Nascimento – RJ

Gerson Brito – PE

Tião Maia – RN

Evandro Teixeira – RJ

Patrícia Rabelo – MG

Ricardo Rabelo – MG

Álvaro Bastos – RJ, dirigente sindical

Ricardo Rotemberg – RJ

Fundadores, dirigentes, lideranças na luta pela Anistia e coordenadores

Luiz Carlos Moreira de Souza, Secretário Prefeitura Rio de Janeiro Governo PDT

Bolívar Meireles, general, trabalhou no Governo Brizola, foi candidato a deputado federal pelo PDT

Ivan Proença, coronel, trabalhou no Governo Brizola

João Marcos, dirigente do PDT, coordenador Alagoas

Ronaldo Lessa, Alagoas

Edzon Freitas, coordenador Salvador

Juarez Cavalcante, coordenador Maranhão

José do Vale Feitosa, dirigente Secretaria de Saúde Governo Brizola

João Leonel Brizola Sobrinho, dirigente Secretaria Saúde Governo Brizola

Ronald Barata, dirigente sindical

Walter Oaquim, Secretário Governo Brizola

Glaydes Motta Brandao Monteiro, fundadora PDT e do Movimento Mulheres Trabalhistas, viúva deputado Brandão Monteiro

Valéria Lopes, fundadora PDT e do Movimento Mulheres Trabalhistas

José Trajano, jornalista, trabalhou com Darcy Ribeiro

Fernando Brito, Assessor de Imprensa de Brizola

Braz Cavalli, fundador do PDT em São Paulo, se proclama da Velha Guarda, coordenador SP

Lia Faria, Secretária de Educação de Brizola, continua no PDT

Angela Bueno Teixeira, socióloga, dirigente em Niterói

José Augusto Ribeiro, jornalista, escritor, muito próximo de Brizola

Wilson Gonçalves, fundador e vice-prefeito de Caxias (RJ), atual Secretário PDT em Caxias

Tânia Fayal, fundadora do PDT e dirigente até hoje, trabalhou no Governo Brizola

Ana Rebes Guimarães, fundadora do PDT e dirigente até hoje, trabalhou no Governo Brizola

Paula Barreto

Cláudio Adão

OS DESAFIOS DE AGORA

Às vésperas da eleição nacional que definirá o futuro do Brasil pairam tensões, preocupações e ameaças à democracia brasileira.

O Brasil e o povo brasileiro já sofreram muito com retirada de direitos na reforma trabalhista e previdenciária,  fatiamento da Petrobras, privatização da Eletrobras, danos ao Banco do Brasil, Caixa Econômica e a outras estatais estratégicas, piora na educação e saúde, avanço da miséria e da pobreza, perdas salarias e outros males.

As agressões às instituições, a afronta ao Judiciário e as ofensas a jornalistas representam ameaças duras e inaceitáveis às eleições livres e democráticas.

Nós, trabalhistas e brizolistas, integrantes do PDT, em outras legendas ou sem partido, reafirmamos nossa responsabilidade política neste quadro.

Temos a clareza de que Brizola, pelas lições ao longo de toda a vida, estaria ao lado da defesa dos direitos do nosso povo e contra as ameaças que pairam sobre nós.

O exemplo de Brizola está a nos exigir atitude compatível com seus ensinamentos.

O povo brasileiro está assumindo seu destino e afirmando sua vontade política no sentido de se opor a este quadro político de retirada de direitos e ameaças à democracia e está a indicar a preferência por LULA, como apontam as análises mais lúcidas.

Brizola, mais do que nunca, estaria ao lado do povo brasileiro.

Com Lula, nesta quadra da vida brasileira, ressurge a possibilidade de construção de um projeto de Nação.

O povo brasileiro está se recuperando do grande massacre sofrido com a eleição do Bolsonaro e que afetou a consciência cívica e patriótica da nossa gente.

Isso já aconteceu antes.

Em 1954, o massacre político de Getúlio Vargas levou-o ao suicídio. Mas, no ano seguinte, o povo elegeu Juscelino e Jango e não aceitou brigadeiros e generais.

Depois do caçador de marajás e das privatizações e corte de salários, o povo rejeitou a continuidade daquele quadro e elegeu Lula duas vezes e Dilma duas vezes.

Agora, o povo brasileiro se recompôs. É um dos momentos mais belos da nossa história.

Mesmo em meio a divergências e demandas muito claras na defesa dos ideais do trabalhismo, não podemos dar margem  aos tresloucados, à mediocridade e ao obscurantismo.

Para afastar descaminhos à nossa democracia e mantermos o respeito que merecemos no mundo, surge a possibilidade de definirmos as eleições no 1º turno, com Lula.

É principalmente para evitar tumultos e instabilidades que provocariam no 2º turno.

Não podemos correr riscos.

Conclamamos todos os brizolistas e trabalhistas a se somar à nossa posição que trará paz e tranquilidade ao povo brasileiro já no dia 2 de outubro.

É preciso eleger Lula no 1º turno.

*Fonte: Viomundo

As Razões do Boca Braba


* João de Almeida Neto

18 setembro 2022

Comando do PT quer ‘arrancada final’ para garantir vitória no primeiro turno

Em Porto Alegre, tom foi de mobilização para que Lula conquiste votos nas duas semanas de campanha pela frente


Porto Alegre/RS - Do Sul21* - A coordenação da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato do PT à presidência, se mostrou apreensiva com um eventual recrudescimento dos ataques pessoais a 15 dias do primeiro turno das eleições, marcado para 2 de outubro, e conclamou os eleitores a resolver a disputa no primeiro turno. A avaliação é de que a munição do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, está acabando, sem que a vantagem de Lula tenha sido revertida.

Reunidos durante a presença do candidato petista em Porto Alegre, para ato de campanha nesta sexta-feira (16), a presidente do PT, Gleisi Hofmann, e o coordenador da campanha de Lula, Aloízio Mercadante, recomendaram atenção redobrada na reta final da campanha. Hoffmann disse que é preciso fazer com que a eleição presidencial se resolva já no primeiro turno.

“Falta só um pouquinho para vencer no primeiro turno. Não podemos ir para casa e ficar só na alegria. Precisamos, repito, precisamos fazer com que a eleição se resolva no primeiro turno. Não temos como suportar mais um mês de ódio, ignorância e atraso. Em nome de nossos partidos”, conclamou.


O próprio Lula se mostrou incomodado com os ataques pessoais na reta final da campanha, que motivaram uma representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedindo multa e suspensão de um site com notícias falsas sobre o candidato. A página está registrada em nome da campanha de Bolsonaro, que o impulsionou com anúncios pagos.

“Só faltam 16 dias. Daqui para a frente, temos que ficar alertas com as mentiras do zap [WhatsApp]. Ficar alertas com as fake news, ficar alertas com as mensagens e não deixar passar nenhuma mentira. Aí a gente vai poder, no dia 2 de outubro, resolver o nosso problema com a história deste país”, disse Lula. (...)

CLIQUE AQUI para ler a postagem de Flávio Ilha, na íntegra (via Sul21)

15 setembro 2022

Grande Comício com LULA [e seu time!] em Porto Alegre/RS, nesta sexta

 



Voto útil não é pedido, é efeito das rejeições


Por Fernando Brito*

Um recorte da pesquisa Datafolha publicado apenas hoje [13] mostra o quanto é grande a manipulação da mídia brasileira.

Durante meses, assistimos a um desfile de candidatos a candidatos da tal “Terceira Via”, dizendo que a maioria da população rejeitava tanto Lula quanto Jair Bolsonaro.

O Datafolha mede quantos são estes nem-nem: 6%. Ou até menos, 5%, porque 1% rejeita qualquer candidato, seja quem for.

Só isso dá para perceber como a discussão política real ficou amordaçada na imprensa.

Ficou e ainda fica, porque estamos agora na discussão das estratégias dos candidatos para conquistar o “voto útil” ou nas de defesa de votos em candidatos que estão fora da disputa real.

Não será assim que se conquistará o “voto útil” ou se reterá votos não-competitivos.

É a iminência de que a disputa polarizada se resolva na primeira volta eleitoral quem detona mudanças de votos nesta pequena parcela (10%, talvez), composta pelos nem-nem e pelos eleitores não cristalizados ( e também são poucos nesta condição) dos dois líderes.

Os ataques a Lula que Jair Bolsonaro adotou como eixo de sua campanha não parece ser boa estratégia para tirar votos de Lula, a esta altura com 44% de votos espontâneos. É uma confissão da incapacidade de Bolsonaro em conseguir votos por seus méritos como presidente ou candidato.

Ciro comete o mesmo erro, espalhando na internet vídeos “contra o voto útil”, que acaba se tornando uma agressão ao direito do eleitor de fazer o que bem quiser com seu voto.

É preciso continuar a monitorar com atenção a rejeição aos candidatos, na qual Bolsonaro não cessa de crescer, enquanto a de Lula oscila, e pouco.

É esta divisão, que o eleitor percebe nas pesquisas e nas suas relações pessoais, que o induzirá a migrar, não os ataques que, afinal, só acabam por perder parte de seu próprio apoio.

Defender ou criticar “votos úteis” não é uma tese política, é um dado real de disputas que estão por se definir por margens apertadas, que só o instinto político da população assinala.

O resto é apenas a inutilidade de perder tempo pedindo que o eleitor “não vote”. Eleição se ganha pedindo o contrário, o voto.

*Jornalista, Editor do Blog Tijolaço

Viagem de Lula à região Sul terá segurança mais reforçada de toda a campanha

Candidato petista começa na sexta-feira uma agenda na região Sul, que inclui as capitais Porto Alegre, Curitiba e Florianópolis

   Lula em comício eleitoral (Foto: REUTERS/Carla Carniel)

247* - A estrutura de segurança em torno de Lula em sua viagem pelas capitais da região Sul, a partir de sexta-feira (16), será a mais reforçada de toda sua campanha eleitoral.

A equipe da Polícia Federal prepara um esquema amplo de proteção, com membros da unidade de elite da corporação treinada para situações de alto risco, o chamado Comando de Operações Táticas (COT). A ação vai incluir ainda o uso de drones para detectar ameaças e snipers em pontos estratégicos. Além disso, estarão presentes os policiais que integram a equipe fixa de segurança do petista na PF, coordenada pelo delegado Andrei Passos. Haverá também o reforço da Polícia Militar de todos os estados, informa o jornal O Globo.

A campanha de Lula em 2018 foi alvo de violência no Rio Grande do Sul. 

*Via https://www.brasil247.com/ 

POBRE RIO GRANDE!

 


*Charge do Santiago, via face, de 2016 (atualíssima!)

09 setembro 2022

TODXS EM DEFESA DA DEMOCRACIA E DOS DIREITOS!!!

 


A Direção Municipal do Partido dos Trabalhadores – PT – de Santiago/RS convida todos os(as) companheiros(as) e  simpatizantes para o importante 'Ato em Defesa  da Democracia e dos Direitos'  que será realizado amanhã, 10/09, sábado, iniciando às 9,30h na Esquina Democrática (Praça Moisés Viana com o ‘Calçadão’) seguido de Caminhada pelo centro da cidade.

-A presença/participação de todos/as/es será muito importante!

 

Júlio César Schmitt Garcia

Presidente do PT de Santiago/RS

06 setembro 2022

'Bolsonaro está usurpando o 7 de setembro do povo brasileiro', diz Lula

"Ele, que já disse 'as minhas Forças Armadas', está agora dizendo 'a minha independência'", afirmou o ex-presidente


247* - Durante reunião nesta terça-feira (6) com o conselho político dos partidos que dão sustentação à sua candidatura à Presidência da República, o ex-presidente Lula (PT) acusou Jair Bolsonaro (PL) de estar "usurpando o 7 de setembro do povo brasileiro para ser uma coisa pessoal dele". 

Bolsonaro convoca há meses manifestações para esta quarta-feira, 7 de setembro, em seu apoio. Ele pretende dar uma demonstração de força a menos de um mês da eleição. Nas pesquisas eleitorais, ele aparece atrás de Lula, tanto no primeiro quanto no segundo turno.

>>> Empresários e movimentos de direita bancam caravanas bolsonaristas para o 7 de setembro

Bolsonaro, afirma Lula, está "tratando o 7 de setembro como se fosse uma coisa dele, quando na verdade o 7 de setembro é a comemoração de uma festa de interesse de 215 milhões de brasileiros, porque afinal de contas é a independência do nosso país". 

"Ele poderia ter tido a grandeza de fazer uma grande festa para o povo brasileiro participar, mas ele resolveu fazer para ele, é dele. Ele, que já disse 'as minhas Forças Armadas', está agora dizendo 'a minha independência'. É triste, mas é assim", concluiu o petista.

*Via Brasil247

02 setembro 2022

MST lança carta ao povo brasileiro sobre o 7 de Setembro: Em defesa da soberania nacional e popular

 

Fotos: Giorgia Prates (PR), Breno Thomé Ortega (PR), Wellington Lenon (PR) Olivia Godoy (PE), MST

Em defesa da soberania nacional e popular, o movimento ressalta necessidade de construir comitês populares em todo o país, em carta sobre o 7 de Setembro

MST* 

Nesta quinta-feira (1º), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) lançou uma carta “em defesa da soberania nacional e popular”, em manifesto ao povo brasileiro em razão dos 200 anos da independência do país, sobre os marcos deste 7 de setembro.

No documento, os Sem Terra destacam que o país nunca conquistou plenamente uma condição de soberania, ressaltando que “o modelo de desenvolvimento econômico foi feito à custa de quatro séculos de escravização”.

O movimento ainda aponta o caráter da elite brasileira, “totalmente servil aos interesses do capital internacional”, sustentando um “modelo econômico que promove e se alimenta da gigantesca desigualdade econômica e social existente em nosso país”.

A carta também traz críticas à gestão Bolsonaro. “Não se constrói uma Nação tendo um governo que ataca as instituições do Estado e desrespeita os processos eleitorais.”

Por fim, o movimento defende que se realize “uma grande mobilização nacional para derrotar, nas urnas e nas ruas, o neofascismo, o racismo, o machismo, a lgbtqia+fobia e a violência pregada por Bolsonaro”.

“A organização popular é a nossa principal força. Precisamos, desde já, construir Comitês Populares, em todos os espaços e no maior número possível de municípios, para que o povo brasileiro seja o protagonista das transformações estruturais necessárias.”

Mobilizações populares

Além da carta, o Movimento se prepara para as mobilizações populares que serão desenvolvidas ao longo dessa primeira semana de setembro.

Entre elas, ações solidárias construídas em conjunto ao campo popular da Frente Contra a Fome e Sede, que ocorrerão em nível nacional neste sábado (3), com o mote “Panela cheia, povo feliz”.

A ação tem o objetivo de denunciar o aumento da fome e levar alimentação saudável às famílias em situação de pobreza. Além disso, as ações apontam para a necessidade de defesa e construção de um projeto popular para o país, a favor da agroecologia e produção de alimentos saudáveis em comunhão com a natureza.

Ainda durante a próxima semana, no próprio dia 7, ocorrerão ações mobilizadas não só pelo MST, mas pelo conjunto dos movimentos do campo popular, que massificarão as lutas nas ruas em todas as grandes regiões do país, na realização do 28º Grito dos/as Excluídos/as.

Confira abaixo a carta na íntegra:

EM DEFESA DA SOBERANIA NACIONAL E POPULAR

Carta do MST ao Povo Brasileiro

Neste 7 de Setembro de 2022, completam-se 200 anos da Independência política do Brasil em relação à Portugal.

Nosso país jamais conquistou plenamente sua Soberania Nacional e Popular. Desde a chegada da colonização europeia, em 1500, o modelo de desenvolvimento econômico foi feito à custa de quatro séculos de escravização.

Foi estruturado para atender os interesses externos e para a promoção da desigualdade social, desde sua origem. Uma economia forte no cenário internacional, que gera a pobreza do seu povo e destruição ambiental em seu território.

Um país privilegiado por suas riquezas naturais extraordinárias e um povo valoroso, dirigido por uma elite, ainda hoje, antinacional, antissocial e antidemocrática. Uma elite que se contenta em ser o capitão do mato do capital internacional, para assegurar o saque das riquezas do nosso país.

Para assegurar a existência desse modelo, as classes dominantes não hesitaram em recorrer, sucessivas vezes, a golpes de Estado, ditaduras e a institucionalização da violência contra o povo brasileiro.

O resultado desse modelo é o país que temos hoje: totalmente servil aos interesses do capital internacional, com uma economia situada entre as maiores do planeta, às custas da exploração do nosso povo, de nossas terras e riquezas naturais. Um modelo econômico que promove e se alimenta da gigantesca desigualdade econômica e social existente em nosso país.

A burguesia jamais se dispôs a construir uma Nação. Quando os povos indígenas, negros e pobres, em geral, ousaram lutar pela Liberdade e Igualdade, foram vilmente reprimidos em seu próprio país.

A perpetuação de verdadeiras mazelas estruturais, como a concentração de terras, da riqueza e renda, servem tanto para aumentar a desigualdade social quanto para as classes dominantes exercerem seu domínio sobre as classes subalternas. Cercaram tudo: a educação, o conhecimento, a cultura, a comunicação e a informação, como se fossem privilégios exclusivos das classes dominantes.

Não! O Brasil é dos brasileiros e das brasileiras e não de suas elites. Essa terra tem dono, já gritava Sepé Tiarajú!

Chegamos a uma situação de subordinação extrema aos interesses internacionais. Temos um Presidente da República que, sob conivência dos militares que se enriquecem em seu governo, batem continência à bandeira dos Estados Unidos para manifestar o quanto é servil ao império. Nossa bandeira jamais será a dos EUA!

Um presidente que hipocritamente usa a bandeira nacional nos ombros; promove negociatas das nossas riquezas naturais e de empresas estatais em benefício ao capital internacional; servil às corporações transnacionais das sementes transgênicas, dos agrotóxicos e da mineração, e incentiva a violência contra os territórios dos povos indígenas, tradicionais e quilombolas.

Não há democracia quando o patrimônio do povo brasileiro, como a Petrobras ou a Eletrobrás, está subordinado aos interesses e ganância do mercado internacional.

Não se constrói uma Nação tendo um governo que ataca as instituições do Estado e desrespeita os processos eleitorais. Apropria-se das cores e símbolos nacionais para promover o fascismo e o ódio entre as pessoas. Exalta torturadores, ditaduras e golpes de Estado.

Não se fortalece a democracia tendo um governo que adota políticas que promovem a fome e a pobreza; facilita a aquisição de armas que acabam nas mãos do crime organizado e das milícias; incentiva a destruição ambiental e as queimadas, destrói todos os biomas, principalmente do Cerrado e o Amazônico.

É um governo que, com suas políticas e ações, aprofunda a dependência e se afasta cada vez mais da Soberania Nacional e Popular. Assim, inexistem motivos para comemorarmos os 200 anos de Independência.

Só é possível ser um país soberano se conduzirmos nosso destino em direção ao bem-estar de todo povo brasileiro, garantindo acesso igualitário à educação, à saúde, ao trabalho, à renda e à cultura.

Um projeto de país onde os bens da natureza são considerados bens sociais, destinados a atender os interesses da população e não os do mercado.

Um projeto de desenvolvimento econômico que promova a distribuição da riqueza e renda produzida, fortaleça as cadeias produtivas nacionais, a ciência e a tecnologia.

Um projeto que radicalize a democracia, democratizando o Estado e assegurando a participação popular na definição dos rumos do nosso País.

Um Projeto popular que garanta as igualdades, as diversidades e os direitos, combatendo todas as formas de preconceitos e violências. Que democratize o acesso à terra, fazendo Reforma Agrária Popular para produzir alimentos saudáveis. E que amplie a oferta de serviços públicos universais, assegurando vida digna ao povo brasileiro.

Um projeto Popular de integração com os povos latino americanos e do continente africano. Jamais saldaremos a dívida que temos com esses povos, mas podemos revertê-la em ações de solidariedade e generosidade, exigindo que nosso governo se submeta a esse desejo de reparação histórica e projeto de futuro.

Agora, urgentemente, precisamos realizar uma grande mobilização nacional para derrotar, nas urnas e nas ruas, o neofascismo, o racismo, o machismo, a lgbtqia+fobia e a violência pregada por Bolsonaro.

A organização popular é a nossa principal força. Precisamos, desde já, construir Comitês Populares, em todos os espaços e no maior número possível de municípios, para que o povo brasileiro seja o protagonista das transformações estruturais necessárias.

Só seremos independentes se construirmos um Projeto Popular e Soberano em nosso país.

Viva o Povo Brasileiro!
Viva o Brasil!

Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST
7 de Setembro de 2022

*Fonte: Viomundo

Sem regulação da mídia, Carta Maior despediu-se do público

 

  O portal Carta Maior encerrou seus quase 20 anos de participação no mercado editorial brasileiro


Pela visão do Palácio do Planalto, os recursos públicos — na casa de mais de R$ 50 bilhões por ano — são destinados à mídia conservadora, que engorda seu orçamento, em defesa do sistema que cala os veículos de comunicação não alinhados, a exemplo de Carta Maior.


*Por Redação do Correio do Brasildo RJ

Prestes a completar 20 anos no ar, dono de um conteúdo relevante para o pensamento brasileiro e a participação de nomes expressivos, em cada edição, encerra-se o site Carta Maior, criado e dirigido pelo jornalista Joaquim Palhares. Esta, no entanto, é apenas mais uma das publicações que naufragam na tempestade gerada pela política neoliberal no setor de Comunicação, instaurada ainda durante o primeiro governo da presidenta deposta Dilma Rousseff (PT) e levada a cabo nos governos do presidente de facto Michel Temer (MDB) e, adiante, na atual gestão de Jair Bolsonaro (PL).

Pela visão do Palácio do Planalto, os recursos públicos — na casa de mais de R$ 50 bilhões por ano — são destinados à mídia conservadora, que engorda seu orçamento, em defesa do sistema que cala os veículos de comunicação não alinhados, a exemplo de Carta Maior. Em mensagem destinada aos leitores, uma vez que a publicação era mantida apenas pela contribuições de doadores, sem qualquer apoio público, Palhares despede-se em definitivo, após várias tentativas de reerguer o portal.

Golpe de Estado

“Fizemos várias tentativas de reativá-lo, mas a falta de recursos impediu que tivéssemos sucesso. Outra dificuldade aliou-se a esse quadro já de difícil solução: estou muito doente e incapacitado para, entre outras tantas coisas, escrever. Estas são as razões pelas quais ainda não havia informado, a nenhum de nossos doadores, os motivos que levaram nosso site a sair do ar. Peço licença para fazê-lo agora”, escreve o jornalista.

O golpe de Estado perpetrado contra a democracia, relata o editor, foi decisivo para o declínio do veículo.

“Nossas agruras financeiras começaram com o golpe de 2016, que marcou o fim de um período de relativa estabilidade. Sem qualquer respeito às leis, o governo Temer rompeu, unilateralmente, os contratos de publicidade que se achavam em plena vigência e eram imprescindíveis à nossa sobrevivência. Estivemos, ali, na iminência de encerrar nossas atividades”, resume Palhares. (...)

*Leia Aqui, na íntegra, a despedida de Carta Maior (postagem publicada em 19/04/2022 - que este Editor (solidário e reconhecido ao grande e persistente trabalho do companheiro Joaquim Palhares e demais integrantes e colaboradorxs desse importantíssimo site alternativo traz para conhecimento dos(as) prezados(as) leitores(as) -  'um pouco tarde, mas em tempo'...).