30 maio 2021

Horror a Bolsonaro vence o medo do vírus

Jornalista Tereza Cruvinel* faz referência aos atos que tomaram conta do País em protesto contra Jair Bolsonaro. "Outras manifestações virão, e se era por falta de povo na rua, o presidente da Câmara, Arthur Lira, terá dificuldades para continuar sentado sobre mais de uma centena de pedidos de impeachment", afirma


      (Foto: Roberto Parizotti/Fotos Publicas)

Foi isso que disseram neste sábado as milhares de pessoas que foram às ruas em todo o país: Bolsonaro é pior que o vírus. Chegou a hora de vencer o medo, e tomando as precauções necessárias, mostrar que a maioria (57% segundo o Poderdata) não suporta mais o genocida e exigem seu impeachment, além de mais vacinas e auxílio emergencial de R$ 600 para os desvalidos da pandemia.

Bolsonaro, o intolerável, passou recibo no seu melhor estilo "vulgaridade ilimitada". Postou nas redes sua fotografia com camiseta em que se lê: "imorrível, imbroxável, incomível". Como se endeusa este sujeito, como é grande sua fixação em sexo e no próprio falo!

Passou este recibo chulo, sabedor de que o sucesso das manifestações deste sábado azul mudou a conjuntura. Até aqui, estava bem para ele: sem vacina e com o vírus solto, ruas vazias. Agora mudou. Outras manifestações virão, e se era por falta de povo na rua, o presidente da Câmara, Arthur Lira, terá dificuldades para continuar sentado sobre mais de uma centena de pedidos de impeachment.

A CPI, revelando a cada depoimento a responsabilidade cristalina de Bolsonaro pelo morticínio, expondo seu negacionismo e crueldade, já fez o presidente da Câmara dizer na semana passada que vai começar a examinar os pedidos. Comece logo Lira, antes que o bonde popular o atropele. Lira é um oportunista típico do Centrão: não acolhe nenhum dos pedidos nem arquiva nenhum. Sentado sobre a pilha, conserva o poder de chantagem sobre o genocida, que pode se achar imorrível mas não será eterno no cargo. Se não cair por impeachment, perderá para Lula em 2022.

Por falar em Lula, li neste domingo análises que atribuíram as manifestações a uma estratégia dele, e outras que cobravam sua ausência e seu silêncio sobre o primeiro ronco das ruas.

Lula não tinha que ir mesmo. As manifestações foram puxadas pelas frentes Povo Sem Medo, Brasil Popular e Coalizão Negra por Direitos. Não pelos partidos políticos, embora PT, PSOL, PC do B, PCO e PCB as tenham apoiado. Elas materializaram uma frente popular e suprapartidária contra Bolsonaro, em defesa das vacinas e da proteção social.  Se Lula tivesse ido, estaria sendo acusado de oportunismo eleitoral.

Ademais, como defensor ardoroso das medidas de isolamento e proteção sanitária em combinação com a vacinação em massa, sua presença carregaria uma contradição. O silêncio das primeiras horas é um sinal de seu respeito pelos que, vencendo o medo do vírus, foram às ruas dizer que não é mais possível suportar Bolsonaro na Presidência. Candidato favorito hoje, respeitou a natureza não eleitoral do protesto. E ainda que nem todos que protestaram sejam seus eleitores, foi para sua candidatura que as águas correram neste sábado.

*Fonte: https://www.brasil247.com/

29 maio 2021

Apoio às manifestações de 29 de maio: solidariedade ao povo que sofre

“Estar nas ruas para lutar é um ato extremo para dizer basta, estamos todos(as) cansados(as) exauridos(as) desse sofrimento imposto ao país”, afirma a presidenta do PT, Gleisi Hoffmann


Neste 29 de maio a Frente Fora Bolsonaro chamou atos de rua em todo país para protestar contra o governo da morte e da fome e pedir o impeachment de Bolsonaro.

Sabemos do momento crítico da pandemia, mas também vemos as condições críticas do povo, que sem renda, sem emprego, está todos os dias nas ruas lutando para sobreviver, se expondo ao vírus, sem apoio ou cuidado do governo.

Estar nas ruas para lutar é um ato extremo para dizer basta, estamos todos(as) cansados(as) exauridos(as) desse sofrimento imposto ao país.

Por saber dos riscos dessa ação é que pedimos e orientamos nossa militância a tomar todos os cuidado. Use máscara, leve álcool em gel, mantenha distância.

E para aqueles(as) que são do grupo de risco, não podem, ou não querem ir às ruas, não deixem de participar do protesto, manifestando-se de onde estiverem, através das redes sociais ou das janelas de casa – VACINA PARA TODOS, AUXILIO DE R$600,00 JÁ, FORA BOLSONARO!

Gleisi Hoffmann
Presidenta Nacional do PT

28 maio 2021

'Te procuro lá' - telecoteco com Daniel Wolff e Raul Ellwanger - Letra de Ferreira Gullar



"Te procuro lá"

Por Raul Ellwanger*
Na madrugada do Restaurante München, na Calle Talcahuano, em Buenos Aires, reunia-se a tradicional roda comilona e etílica em torno de Vinícius de Morais, após seus xous nos teatros da Calle Corrientes. Com Toquinho, Mutinho, Azeitona, Maria Creuza, Tenório Jr., Roberto Sion, Simone, Laércio de Freitas (o time variava a cada ano), após o final dos xous rolava aquele papo gostoso. Mais gostoso ainda era para vários de nós que morávamos na Argentina, fosse por exílio (anos setenta), trabalho ou estudo.

Vinícius, de braço com sua namorada, dizia a Ferreira Gullar, que já estava farto de exílio e solidão: “Pô, bixo, larga dessa mania de poesia séria, faz como eu. Olha só, estou me divertindo à pampa, faturando e fazendo uns sambas bem bonitinhos aí com o Tom, o Toco, o Muti, e tal. As moças estão gostando.”

No final da madrugada, íamos todos repousar, tontos e felizes com aquele “pedacinho de Brasil” que os músicos nos traziam por algumas horas.

Após uma dessas soirées, ali pelas sete horas da manhã, ouvi um toc-toc-toc na porta de nosso apartamento. Fui abrir ainda cambaleando, era o Ferreira. Na mão, uma folhinha de papel manuscrita. Me passou o papel e dizia: “Abre, bixo, abre. É mais ou menos assim, tetutuio-tetutuio-tetutúiutááááá, algo assim, telecoteco... Vê se apronta antes do saída do vôo do poetinha”.

Gostei da letra e do convite, passei um café e fui pra cima do texto, pois tinha já o motivo musical: era o “tetututuiotutú” ondulante e incessante que o próprio Gullar cantando me entregara de bandeja. Após muito cigarro e café, com minha esposa Nana gravamos num daqueles k-7, na própria mesa da cozinha. Meio-dia, no hotel, Gullar escutou e passamos a fitinha pro Vinícius.

Foi tudo bem, o texto era redondo, com cadência bem metrificada e a gente sente quando um tema nasce com naturalidade, é como se pedisse passagem, como se já estivesse feito. Maranhão e Peru são lugares de nascimento e moradia de Gullar, enquanto a mudança de nariz já rendeu muitas hipóteses... Seu ritmo alegre suaviza a letra de perdas e exílios. É uma canção muito querida até hoje, a primeira que se tornou conhecida após voltar do exílio.

*Via 'Poemas de Ar' (Youtube)

27 maio 2021

Juristas pela Democracia comemoram aniversário com Lula, Dilma e outros progressistas

Celebração vai acontecer a partir das 18h, na próxima sexta-feira (28), em transmissão ao vivo pela internet

Lula e Dilma vão participar de celebração on-line de Associação Brasileira de Juristas pela Democracia

Lula e Dilma vão participar de celebração on-line de Associação Brasileira de Juristas pela Democracia - Pedro Stropasolas

Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD) vai comemorar seu aniversário com as participações dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Dilma Rousseff (PT), do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), e de Guilherme Boulos (PSOL), na próxima sexta-feira (28).

A celebração vai acontecer a partir das 18h por meio de uma transmissão que vai ser feita por meio de uma parceria entre a entidade, o Canal do Conde e o site GGN.

O sociólogo Boaventura de Sousa Santos, a Pastora Lusmarina, o líder do Movimento Nacional de Favelas e Periferias, André Constantine, o jornalista Luis Nassif e as atletas Marta Sobral e Carol Soberg também vão participar da comemoração. 

:: Juristas explicam por que Bolsonaro pode ser chamado de “genocida” ::

Diversas entidades parceiras, como a Associação Juízes para a Democracia (AJD), os Coletivos por um Ministério Público Transformador (Transforma MP), o Defensoras e Defensores Públicos pela Democracia, a Associação Advogadas e Advogados Públicos para a Democracia (APD), Policiais Antifascismo, Coalização Negra Por Direitos e as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo também vão marcar presença no evento.

Fundada há quase três anos, a associação tem como objetivo unir juristas de todo o País na defesa da Constituição Federal e do Estado Democrático de Direito no pós-golpe. Ela consiste em um espaço presente em 18 estados brasileiros, contemplando as diversidades e incidindo diária e diretamente na luta pela preservação da democracia.

Entre suas maiores contribuições para a sociedade, destaca-se a denúncia apresentada em abril de 2020 ao Tribunal Penal Internacional (TPI), pedindo a condenação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) por crime contra a humanidade, pela gestão da crise da covid-19. 

::Carol Proner: Por que a ABJD denunciou Jair Bolsonaro no Tribunal Penal Internacional?::

O tema é mais atual do que nunca diante da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, que investiga, justamente, omissões e irregularidades do governo federal no enfrentamento à pandemia.

Outra grande contribuição da associação foi a atuação sistemática dos Juristas pela Democracia na batalha pela garantia constitucional da presunção de inocência e pela liberdade de Lula. 

Em 2019, a entidade encampou a campanha #MoroMente, que foi um marco ao expor as parcialidades, ilegalidades e os crimes do então juiz Sergio Moro e de procuradores da extinta Operação Lava Jato.

Edição: Vinícius Segalla

*Via Brasil de Fato

24 maio 2021

'Que Lula não caia na mesma armadilha que Mandela não soube evitar' (Jair de Souza)

 Lula é símbolo e ameaça, como Mandela foi um dia. Foto: Presidência da República

Lula pode ser o nosso Mandela: o lado bom e o lado ruim da equiparação

Por Jair de Souza*

Neste momento de calamidade em que o Brasil se encontra devido aos descalabros produzidos por aqueles que desfecharam o golpe de 2016 e seus sucedâneos da praga bolsonarista que chegou ao governo, parece que o nome de Luiz Inácio Lula da Silva se vislumbra como o único capaz de retirar a nação do lamaçal no qual ela foi lançada.

Nessa volta fulgurante, sendo visto e sentido como um possível salvador da pátria, muitos têm equiparado a figura de Lula e o papel que ele deve desempenhar por aqui àquele que há algumas décadas fora exercido pelo saudoso líder sul-africano Nelson Mandela no processo de transição que pôs fim ao odiento regime de segregação racial conhecido como apartheid que vigia na África do Sul.

Realmente, é muito positivo que o povo brasileiro conte com uma liderança tão responsável, cativante e motivadora como o é Lula.

Assim como Mandela, Lula também preferiu sofrer prisão e perseguição a trair os ideais com os quais ele havia conquistado a confiança de seu povo.

Não é à toa que o nome de Lula aparece disparado em primeiro lugar em todas as pesquisas eleitorais que vêm sendo realizadas.

Mesmo entre aqueles que nunca simpatizaram com seu nome, Lula passou a ser visto como o único capaz de liderar o Brasil num caminho que nos tire da imensa tragédia em que o bolsonarismo nos lançou.

Porém, também precisamos recordar o que ocorreu com a transição liderada por Mandela na África do Sul e aprender com sua lição.

Precisamos recordar que a luta contra o maldito apartheid foi travada durante décadas pelo povo sul-africano.

O principal órgão dirigente daquela luta foi o Congresso Nacional Africano (CNA), em cujo seio a principal força era representada pelo Partido Comunista Sul-Africano (ao qual o próprio Mandela esteve vinculado).

É fato que Mandela permaneceu encarcerado e incomunicado por mais de 27 anos e, portanto, estava impossibilitado de exercer o comando prático dos embates travados contra as poderosíssimas forças de choque dos racistas sul-africanos.

Embora o papel simbólico de Mandela tenha sido enorme, no dia a dia prático, foram outros os que exerceram as mais importantes funções: Winnie Mandela, Joe Slovo, Oliver Tambo, Steve Biko, etc., muitos deles filiados ao PCSA.

Foram esses militantes que conduziram a luta contra o aparelho de repressão do regime racista e o derrotaram na prática.

Quando da libertação de Mandela no começo da década 1990, as forças sustentadoras do apartheid estavam fragorosamente derrotadas política e militarmente.


Assim que, Mandela era visto como o grande nome que seria capaz de recompor os pedaços daquele país que havia sido destroçado pelos racistas e os beneficiários de sua política segregacionista e excludente.

Politicamente, não havia nenhuma outra força capaz de se contrapor ao CNA em toda a África do Sul.

Infelizmente, nem Mandela e nem os outros dirigentes que estavam mais próximos dele naquele momento se aperceberam do que estava sendo tramado por aqueles que acabavam de ser derrotados no campo de batalha.

Ao perceber que não poderiam ter o domínio das instituições políticas do Estado, os representantes dos interesses da elite racista se deram conta de que lhes seria mais conveniente tratar de manter seu domínio através do controle da economia.

Assim que, enquanto aceitavam fazer concessões a nível de formalidades políticas, deixando os cargos políticos do governo para o CNA, trataram de aferrar-se no comando dos órgãos que controlam o funcionamento econômico.

Também se empenharam e conseguiram impedir que qualquer lei que alterasse de fato a injusta situação econômica do país fosse implementada. Daí que deu-se ampla abertura para tudo o que tinha a ver com o neoliberalismo: Banco Central independente, nada de reforma agrária, legislação trabalhista favorável ao patronato, etc.

Como consequência, independentemente de que caras negras passassem a ocupar os cargos políticos de governo, a situação concreta do conjunto do povo trabalhador acabou por se tornar ainda pior.

É lamentável, mas o fim do apartheid gerou uma acentuação da desigualdade social e a África do Sul veio a se transformar num dos países de maior nível de desigualdade social do mundo, superando até o Brasil nesse quesito.

É fundamental que frisemos, não foi pelo fim do apartheid que isso ocorreu. Foi sim devido ao negligenciamento pelos representantes populares das questões que dizem respeito diretamente ao nível de vida da população. E aqui vale a pena voltar ao caso brasileiro.

É muito bom que Lula receba apoio de todos os setores de nossa sociedade, até dos capitalistas, dos banqueiros, dos donos de terras. Se eles quiserem ajudar a pôr fim à desgraça representada pelo bolsonarismo, bem-vindos sejam.

Mas, não devemos deixar de considerar que são as forças populares que representam a essência do bloco transformador neste processo e neste momento.

Todo e qualquer apoio deve ser recebido de bom grado, desde que não nos impeça de exigir que as reivindicações básicas dos setores populares estejam na primeira linha de objetivos.

Devemos receber de braços abertos a todos os que aceitem a revogação das medidas que retiraram direitos dos trabalhadores depois do golpe de 2016; que aceitem lutar pelo fim da limitação do teto de gastos; que apoiem a luta pela recuperação de nosso pré-sal; que concordem com a recuperação e revitalização da Petrobrás; que defendam a volta do Banco Central ao controle governamental; que se empenhem na recuperação da Eletrobrás e impeçam sua privatização; etc.

Ou seja, todos os que se disponham a participar conosco nas lutas por esses objetivos podem e devem ser vistos como nossos aliados.

Mas, não podemos abdicar dos mesmos sob pena de condenar nosso povo a novas derrotas.

É neste sentido que a lição de Mandela nos deve servir.

Não caiamos no mesmo golpe que o valoroso líder anti-apartheid não soube detectar.

Para uma análise mais detalhada dos acontecimentos que marcaram a transição na África do Sul, recomendo a leitura do capítulo 10 do livro A Doutrina do Choque, de Naomi Klein.

*Economista formado pela UFRJ; mestre em linguística também pela UFRJ.  -Via Viomundo

22 maio 2021

Lula estendeu a mão até a seus algozes


                                                   (Foto: Ricardo Stuckert)

Por Laurez Cerqueira*

A foto de Stálin, Roosevelt e Churchill, no final da Segunda Guerra Mundial, ficou na história como demonstração das possibilidades de alianças, diante do inimigo comum. 

"Se um dia Adolf Hitler viesse a invadir o inferno, eu faria algumas referências favoráveis ao diabo, no parlamento." Winston Churchill.

Depois de tudo que sofreu, Lula estende a mão, chama Fernando Henrique à responsabilidade de se engajar na tarefa maior de derrotar o fascismo. O mesmo ele tem feito com outras lideranças políticas, na formação da frente democrática para resgatar o Brasil das mãos do governo criminoso de Jair Bolsonaro. Lula é grande! Lula é líder!

O movimento é parecido com o da campanha "Diretas já", quando foi criada a frente democrática que restabeleceu os direitos políticos, convocou o Congresso Constituinte e deu ao país a Constituição de 1988, uma plataforma jurídica que garantiu as regras para a democracia política e para o avanço das lutas populares. Um movimento que se ergueu nas ruas, na luta contra a ditadura.

Lula foi deputado constituinte, junto com 15 deputados do PT. Em seguida candidato à presidência da República nas eleições diretas de 1989, apoiado pela Frente Brasil Popular, uma frente de partidos de esquerda, e foi para o segundo turno com Fernando Collor. Mário Covas, que foi candidato do recém fundado PSDB, apoiou Lula, junto com Leonel Brizola, que também foi candidato. Subiram juntos no palanque para derrotar Collor. Fernando Henrique também apoiou Lula. 

Collor era representante do conservadorismo, das forças políticas que apoiaram a ditadura, e do projeto econômico neoliberal, articulado pela primeira-ministra Margareth Thatcher, da Inglaterra, e pelo presidente Ronald Reagan, dos Estados Unidos.

Depois disso, o campo de centro-direita se consolidou e se tornou hegemônico até 2001, quando o PT decidiu ampliar as alianças até o centro, formando uma coalizão de centro-esquerda. Lula foi eleito e conseguiu liderar a coalizão, enquanto presidiu a República, por dois mandatos, cujo projeto o Estado foi posicionado como indutor do desenvolvimento sustentável, da inclusão social e de redução das desigualdades sociais e regionais.

Lula encerrou seu segundo mandato com 86% de aprovação, pela população, segundo pesquisas de opinião.Depois do golpe que derrubou a presidenta Dilma, de ter sido preso com base em processos forjados por Sérgio Moro e Deltan Dallagnoll, de ter os processos anulados pelo Supremo  Tribunal Federal, Lula ressurge como um furacão, catalisando forças políticas, estendendo a mão até a seus algozes, para resgatar o país das garras do fascismo.

*Autor, entre outros trabalhos, de Florestan Fernandes - vida e obra; Florestan Fernandes – um mestre radical; e O Outro Lado do Real (com o Deputado Federal Henrique Fontana, do PT/RS)

-Via https://www.brasil247.com/

21 maio 2021

Pesquisa Vox Populi: Lula vence no primeiro turno

Pesquisa presencial realizada pelo Instituto Vox Populi aponta que o ex-presidente Lula seria eleito no primeiro turno e no segundo turno caso as eleições presidenciais fossem realizadas hoje. Lula tem 43% contra 41% de todos os demais candidatos somados

       (Foto: Ricardo Stuckert)

247* - Pesquisa presencial realizada pelo Instituto Vox Populi, divulgada nesta sexta-feira (21), aponta que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva venceria Jair Bolsonaro já no primeiro turno caso as eleições presidenciais fossem realizadas hoje. De acordo com o levantamento, ele tem 43% contra 41% de todos os demais candidatos somados. Num eventual segundo turno, Lula aparece com 55% a 28% de Bolsonaro. 

Na pesquisa estimulada Lula teria 43% dos votos válidos contra 24% de Bolsonaro.  Depois aparecem o apresentador Luciano Huck (sem partido) e Ciro Gomes (PDT), com 8% e 5%, respectivamente. João Doria (PSDB) figura em seguida com 2% e aparece empatado com João Amoedo (Novo), que também possui 2% da intenção do eleitorado. Votos brancos e nulos somam 14%. 

Lula tem 33% na pesquisa espontânea, enquanto Jair Bolsonaro aparece com 19%. Ciro tem 2% e os demais têm 1%.

Em um eventual segundo turno, Lula teria 55% da preferência do eleitorado contra 28% de Bolsonaro. Caso a disputa fosse contra Ciro Gomes, o ex-presidente venceria com 52% contra 19% do pedetista. Lula também venceria o tucano João Doria com 56% contra 14%. 

O levantamento apontou, ainda, que Lula possui a preferência de 72% do eleitorado nordestino – contra 21% de Jair Bolsonaro.

Outros destaques de Lula na pesquisa: ele lidera no segmento que ganha até dois salários mínimos com 52% e tem entre os eleitores pretos e pardos 51% e 48%, respectivamente.  

A Pesquisa ouviu 2 mil eleitores em 119 municípios de todo o Brasil. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais. O intervalo de confiança é de 95%.

Confira a íntegra da pesquisa clicando Aqui (via Brasil247)

19 maio 2021

O general se desmancha

 

Por Fernando Brito*

Adiada para amanhã a parte final do depoimento de Eduardo Pazuello por conta de uma suposta crise vasovagal, interrompeu-se a virada de jogo que o ex-ministro da Saúde estava tomando na segunda parte do seu interrogatório, depois do relativo sucesso que tinha colhido na parte inicial.

Não creio que o “mal súbito” seja falso, ardilosamente armado para escapar a perguntas e intervenções que ficavam cada vez mais duras. Apelar para um estratagema destes, a esta altura, reforçaria a imagem de covarde que sobre Pazuello se construiu desde que apelou para o adiamento de seu comparecimento por uma suposta exposição ao coronavírus e, a seguir, apelou para um Habeas Corpus no qual conseguiu apenas uma fração do direito ao silêncio que requeria ao STF.

Simular um “piti” hoje seria mais um desastre e, mesmo verdadeiro, não foi bom para o general, que vai, por merecimento, ter de colocar mais essa na conta de suas evasivas.

E, com certeza, não aufere nenhuma vantagem com o adiamento, ao contrário. As contradições, mentiras, dissimulações e tudo o mais que vem declarando terão amanhã mais sublinhados, documentos, vídeos e áudios para serem desmentidos.

*Jornalista, Editor do Blog Tijolaço (fonte desta postagem).

17 maio 2021

FÓRUM DE SANTIAGO/RS: RETORNO DOS ATENDIMENTOS CONTINUAM SEM PREVISÃO

Abaixo, transcrevo conteúdo do e-mail recebido hoje por este Advogado, enviado pela presidenta da Subseção local da OAB/RS:

"Prezados(as) Advogados(as):  

Entrei em contato com a Dra. Ana Paula Nichel - Diretora do Foro para obter informações a respeito do retorno do atendimento na nossa Comarca, infelizmente continuamos sem previsão, pois a grande maioria dos computadores da Comarca foram atacados pelo Hacker, o que demandará a vinda do pessoal da Informática do TJ para consertar.


Segundo ela informou os serventuários  iniciarão trabalho interno com os poucos computadores que estão funcionando, dois em cada Vara.

 

Assim, que ela tiver uma previsão avisará a OAB.

 

Atenciosamente,

 

Marione de Afonso Alcântara

Presidente da OAB Subseção de Santiago e Jaguari"

cid:image001.png@01D5B1D9.3BB2F0A0

Coluna C&A - nº 202

 



Coluna Crítica & Autocrítica - nº 202

Por Júlio Garcia** 

*Eleições 2022 – A mais recente pesquisa eleitoral realizada pelo Instituto Datafolha esta semana apresenta números que – neste atual quadro de pandemia, desgoverno, desastre total na saúde, chacinas, desemprego e miséria – ajudam a dar um pouco de esperança a maioria consciente do povo brasileiro, que quer mudanças reais a curto prazo. A pesquisa mostra aquilo que já prevíamos, ou seja, que o ex-presidente Lula (diga-se de passagem, o melhor Presidente que este pais já teve, especialmente sob o ponto de vista dos trabalhadores e da maioria do povo) e o grande favorito para vencer as próximas eleições presidenciais.

*Segundo a referida pesquisa Datafolha, Lula (PT) venceria Bolsonaro (sem partido) tanto no primeiro quanto no segundo turno, sendo que em ambos com larga margem de diferença. No primeiro turno Lula teria 43% dos votos contra Bolsonaro, que ficaria com 23%, em segundo lugar. No segundo turno Lula teria uma expressiva vitória com 55% dos votos, contra 32% de Bolsonaro. Contra outros eventuais candidatos, a vitória de Lula seria mais expressiva ainda.

...

*1º de Maio - O Ato Político na 'Esquina Democrática' da Praça Moisés Viana, alusivo ao Dia Internacional dos Trabalhadores, organizado/realizado dia 1º de Maio pelo PT de Santiago-RS, teve caráter simbólico devido a pandemia potencializada pelo genocida Bolsonaro e sua troupe negacionista, vendida e corrupta, pois a direção do Partido optou por fazer uma demarcação politizada - e simbólica - na praça pública, sem aglomeração, mas que atingiu plenamente seus objetivos. Foram milhares os acessos (mais de 50 mil!) e curtidas (likes) que tivemos na nossa live, além de mais de 400 compartilhamentos e aproximadamente 6 mil comentários.

*Mas, como diz o ditado, “tudo tem seu preço”. O sucesso do Ato serviu também para atiçar os bolsominions e robozinhos acostumados a produzirem mentiras (fake news) nas redes e atacarem, de forma rasteira, caluniosa, odiosa e mal-educada, o Presidente Lula, o PT, suas lideranças, militantes e outros setores democráticos/populares (especialmente da esquerda) que se opõem ao neoliberalismo e à ultra-direita. (A propósito, para quem tiver paciência - e estômago!-, vejam o nível de alguns "comentários" na página do facebook do PT/Santiago realizada por essa ralé fascistóide e imbecilizada que muge ... e segue o 'mito' ... em direção ao matadouro).

*Certamente, ainda mais agora com a revelação dos resultados da pesquisa eleitoral acima registrada – e com os desdobramentos da CPI da Pandemia que pode/deve resultar no impedimento do genocida –, com a ‘casa caindo’ para Bolsonaro e aliados, os ataques desqualificados ao PT e ao Presidente Lula devem aumentar, sobretudo nas ‘redes sociais’. Mas não mudarão em nada o cenário ... e a futura vitória do povo – e da democracia - que se aproxima, inexoravelmente. -Alutasegue!!!

...

**Júlio César Schmitt Garcia é Advogado, Pós-Graduado em Direito do Estado, Consultor, dirigente político (PT) e Midioativista. Foi um dos fundadores do PT e da CUT. - Publicado originalmente no Jornal A Folha (do qual é Colunista) em 14/05/2021

***Via Blog O Boqueirão Online

14 maio 2021

Globo censura o nome de Lula ao noticiar Datafolha no Jornal Nacional e em toda a programação

Principal telejornal da emissora mostrou apenas a avaliação de Jair Bolsonaro, ignorando o cenário para 2022, em que o ex-presidente Lula aparece como líder disparado e com possível vitória no primeiro turno. Na Globonews, o comentarista Carlos Alberto Sardenberg seguiu a mesma linha

       Lula, William Bonner e Renata Vasconcellos (Foto: Brasil247 | Reprodução)

247* - A TV Globo tem ignorado o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao noticiar a pesquisa Datafolha divulgada nesta quarta-feira, que mostra o petista liderando disparado e com possibilidade de vitória já no primeiro turno.

No primeiro turno, a pesquisa mostra Lula com 41% dos votos totais, contra 23% de Jair Bolsonaro - 18 pontos de diferença. No segundo turno, Lula aparece com 55% e Bolsonaro, 32%. Outros candidatos, como Sergio Moro, Ciro Gomes, Luciano Huck e João Doria aparecem com percentuais de 7% para baixo.

O Jornal Nacional desta quinta mostrou apenas o recorte da pesquisa sobre a avaliação de governo de Bolsonaro, ignorando todos os cenários da disputa presidencial de 2022.Na Globonews, o comentarista Carlos Alberto Sardenberg seguiu a mesma linha (assista aqui). -*ViaBrasil247

13 maio 2021

O Navio Negreiro, de Castro Alves


*Com Caetano Veloso e Maria Bethânia (via Youtube)

(...) 

Existe um povo que a bandeira empresta
P'ra cobrir tanta infâmia e cobardia!... 
E deixa-a transformar-se nessa festa 
Em manto impuro de bacante fria!... 

Meu Deus! meu Deus! mas que bandeira é esta, 
Que impudente na gávea tripudia? 
Silêncio. Musa... chora, e chora tanto 
Que o pavilhão se lave no teu pranto! ... 

Auriverde pendão de minha terra, 
Que a brisa do Brasil beija e balança, 
Estandarte que a luz do sol encerra 
E as promessas divinas da esperança... 

Tu que, da liberdade após a guerra, 
Foste hasteado dos heróis na lança 
Antes te houvessem roto na batalha, 
Que servires a um povo de mortalha!...

(...)

12 maio 2021

Na Rua da Margem


*Daniel Wolff e Raul Ellwanger

Na Rua da Margem - Daniel Wolff e Raul Ellwanger em supimpa marcha-rancho "estórica" do novo álbum.


Música-tema do novo disco dos parceiros Daniel e Raul, recorda momentos da história de Porto Alegre, mesclando verdades, bobagens e mentiras, às vésperas de seus 250 anos, numa levada agradável apesar de ter sido gravada no ano das Pestes - 2020.

Ao falar da epidemia da COVID-19, o álbum “Na Rua da Margem” é absolutamente atual, seja em Quarentena com sua linguagem descarnada, seja em Farrapos de Gaudí, alegoria dolorosa com ritmos e solos algo ibéricos de Daniel, que vão se intensificando com o dramatismo da letra, carregada de citações históricas, e acentuadas pelos derradeiros malabarismo vocais. Neste mesmo diapasão, a faixa-título Na Rua da Margem está repleta de lugares, episódios e figuras da cidade natal dos autores, numa bem humorada confusão de personagens, espaços e situações históricas, acentuada pela malemolência da marcha-rancho que a conduz. Também Te Procuro Lá, mesmo sendo uma canção “séria”, traz seus momentos de picardia em tempo de telecoteco, com brincadeiras vocais ao final.

Otro Rollo e Poema para Uma Vida são homenagens a pessoas falecidas (o poeta uruguaio Atilio Macunaima Perez e o Dr. Henry Wolff), e por seu caráter pessoal, conduzem ao próprio clima afetivo que as animou. O uso do idioma espanhol intensifica esta peculiaridade. Também carregada de emoções é A Blusa Que Eu Fiz, onde a letra de Raul mistura e ficciona histórias reais de refugiados étnicos das tragédias europeias que lhe foram contadas por amigos, estórias antigas porém atuais. As levadas de chamamê e candombe matizam o romantismo de Cabana de Santa-Fé e Seiva do Peito, nas quais é possível reconhecer o lirismo musical e poético dos autores, exacerbado ainda mais na declaração de amor paternal e na delicadeza musical de Raquel Menina. Nesta mesma órbita lírica e emotiva se situa Poemas de Ar, com certo ar trovadoresco e antiquado, quase provençal, nas cenas bucólicas que sugerem uma sensualidade apenas insinuada.

No campo das releituras, Cigana Tirana (parceria de Raul com Pery Souza) e Pealo de Sangue permitem solos inspirados do violão de Daniel e um reverdecimento destas canções de Raul. Os arranjos tem o feitio e a direção geral de Daniel, com participação de Raul. Luiz Jakka se ocupou do dezaine, Marcos Abreu da masterização e Tiago Becker da gravação.
Ayres Potthoff, Giovani Berti, Viktoria Tatour, Nelson Coelho de Castro, Cristina Caparelli, Rodrigo Alquati, Marcelo Delacroix, Veco Marques e Eliezer Fernandes são convidados de luxo que trazem sua arte desde as esferas erudita ou popular. De inhapa, temos a voz do poeta uruguaio Atilio Macunaima Pérez no candombe que o homenageia, assim como a da própria menina Raquel na canção que a nomeia. -Via youtube